Tapiando o Destino escrita por caroline_03


Capítulo 24
a coisa oxigenada.


Notas iniciais do capítulo

hm, cap curtinho... Explico no fim porquê...



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-AH MEU DEUS, AH MEU DEUS! –Clara choramingou do outro lado da linha.

-o que foi Clara? –perguntei colocando uma batata frita na boca.

-os ingressos para o show da Britney estão quase esgotados. –ela berrou respirando pela boca.

-faça reserva de uma vez. –ri um pouco, vendo meu irmão entrar na cozinha carregando Frog nos braços.

-mas e se John não quiser ir comigo? –ela choramingou.

-Clara, ele não vai deixar você ir sozinha. Compre os ingressos e depois vocês resolvem. –dei de ombros com a testa franzida. Para mim tudo parecia tão fácil.

-tem razão... –ela suspirou. –ótimo, agora só tenho que imprimir o comprovante. Que horas nós vamos a Dallas então?

-o show começa as dez da noite, então vamos sair à tarde para irmos para o hotel e deixar todas as coisas lá e se arrumar e todo esse blábláblá de sempre. –falei rindo.

-ah meu deus, nem acredito que nós vamos mesmo ao show da Britney! –Clara soltou um gritinho histérico e eu ri outra vez.

-tudo bem vai... Nos falamos mais tarde, tenho que começar a arrumar minhas coisas e ainda deixar Frog, Bartolomeu e Lilly a salvos. –fiz careta ouvindo a risada de Clara.

-até parece que eles vão se matar. –ela zombou.

-acredite... Se Lilly e Bartolomeu matarem Frog, meu irmão morre junto. –Eric fez careta para mim.

-bem, nesse caso, é melhor você fazer alguma coisa. –ela falou rápido de mais, me fazendo rir.

-até.

-até.

Joguei o celular em cima da mesa e continuei comendo minhas batatas fritas, assistindo enquanto Eric olhava para seu sapo de estimação com cara de frustração. Confesso que estava com medo de perguntar por que diabos ele estava daquele jeito, mas minha curiosidade sempre me venceu.

-o que aconteceu? –ergui uma sobrancelha.

-nada.

-como nada?

-nada de nada.

-como assim “nada de nada”? –provoquei, vendo seus olhos se voltarem para mim com uma expressão assassina.

-AAAH! Mas que saco! –ele bufou cruzando os braços, Frog pulando em cima da mesa. –só estou pensando, ta bem? –ele revirou os olhos.

-Eric, você está sempre pensando e nem por isso fica vinte e quatro horas com cara de quem chupou limão. –ergui uma sobrancelha, ainda olhando a ruguinha que se formava em sua testa.

-é que... –ele suspirou. –eu briguei com a Mercie.

-e...

-e que ela falou que a teoria do universo finito é totalmente errada! –ergui as sobrancelhas.

-hein?

-assim... A teoria de que o universo na verdade é esférico e, por isso, que ele nunca acaba... –mantive a sobrancelha levantada. –e se o universo é esférico, significa que ele é finito, ou seja, tem um fim...

-Eric, eu não quero saber sobre as suas viagens, eu quero saber sobre a briga. –já que eu realmente não iria entender, é melhor pular essa parte.

-mas ela está dizendo que Einstein estava errado. –ele choramingou.

-Eric, qualquer um pode acreditar ou não nisso... –revirei os olhos. –você acredita, ela não, dane-se, achem um meio de conviver que vocês não passem o tempo todo discutindo sobre esse monte de coisas.

-mas...

-e não me importa de quem é a maldita teoria, eu estou mais preocupado com meu irmão no momento. –bufei. –você tem que aprender que as pessoas podem estar erradas sabia... Todos esses caras que você admira eram humanos, eles podem estar certos ou não... É por isso que se chama TEORIA!

 -mas...

-Ah, Eric... Me economize né! –bufei colocando mais algumas batatas na boca.

-eu só ia falar que nós já demos um jeito nisso. –ele resmungou baixinho de mais. Fiquei em duvida se sua intenção era de eu ouvir ou não.

Ergui uma sobrancelha e ia começar a reclamar, mas no mesmo instante, ouvi passos que pararam bem atrás de minha cadeira e uma mão tocar meu ombro. Engoli em seco e olhei para cima, encontrando o olhar totalmente verde de Jackson em mim.

-brigando outra vez? –ele perguntou com um sorriso de canto. Senti minhas bochechas esquentarem e sorri em graça.

-sabe que isso é praticamente parte de mim. –dei de ombros. Jackson riu, puxando a cadeira ao meu lado.

-oi Eric. –meu irmão sorriu.

-Ei, Jack...

-Clara acabou de ligar. Ela conseguiu dois ingressos para o show. –avisei colocando uma batata em sua boca.

-hm... Que bom, e reserva no hotel? –ele disse tentando engolir.

-feitas desde a semana passada. –sorri.

-e...

-está tudo certo. –falei colocando um dedo na frente de seus lábios. –de verdade.

-ahn... Só para ter certeza, sabe como é... –ele revirou os olhos, ainda sorrindo, e dando de ombros.

-é eu sei. –ri um pouco dando um beijo em sua bochecha.

(...)

Era hora de começar a viagem. A desvantagem de sua melhor amiga ser desesperada é justamente o fato de ela te acordar sete horas da manha em um sábado pra que vocês vão para a cidade do show que começa às dez da noite.

E depois reclamam do meu mau humor!

-Maggie, traz para mim uma camiseta? –Eric pediu piscando os olhos, enquanto estávamos entrando no carro de Jackson. Franzi a testa.

-desde quando você é fã da Britney?

-desde que minha irmã mais velha vai a um show dela. –ele comentou rindo.

-oras...

-sempre tão controlada. –Jackson comentou rindo. Fala sério, essa frase estava começando a ficar meio batida. –ela traz sim baixinho.

-eu trago? –perguntei franzindo a testa.

-é claro que sim! –Clara riu do banco de trás. –qualquer coisa pelo irmão caçula!

-hm... –fiz contrariada.

-não vou deixá-la esquecer. –Jackson garantiu ao meu irmão sorrindo.

Minha mãe deu mais umas vinte instruções a Jackson (não deixe a Maggie beber, não dirija bêbado enquanto a Maggie estiver com você, não deixe a Maggie entrar em confusão, lembre Maggie de limpar a orelha quando sair do banho, e não esqueça que a Maggie...) e então fomos para a rodovia em direção a Dallas.

John já roncava, com o rosto grudado na janela no carro e a mão em cima da de Clara. Clara cantarolava baixinho a música que tocava no rádio e eu pensava no motivo de Jackson ter aceitado tão facilmente levar a maldita camiseta para meu irmão. Bem, era apenas uma camiseta, mas ainda era meu irmão!

-por que diabos concordou com Eric? –perguntei finalmente, me virando a tempo de ver o sorriso de canto brincar nos lábios de Jackson.

-bem, primeiro porque eu realmente gosto dele. –ele sorriu abertamente, me olhando por trás dos óculos escuros. –e depois... É melhor você começar a mimar um pouquinho seu irmãozinho.

-por...

-porque ele sabe que você anda recebendo visitas noturnas! –Jackson segurou a risada e Clara soltou o som de: “HM?”

-O QUE VOCÊ QUER DIZER COM ISSO? –gritei em desespero.

-relaxa... Ele é bonzinho de mais para contar para sua mãe, mas ainda assim é melhor não abusar! –Jackson mordeu o lábio inferior, fingindo prestar uma atenção desnecessária na estrada.

-você está brincando com a minha cara! –falei sentindo minhas orelhas esquentarem.

-ahm... Sim!

-amém! –murmurei.

-se minha mentira te deixar mais feliz...

-PUTA MERDA! –choraminguei.

-hm, vai adiantar alguma coisa eu perguntar o que está acontecendo? –Clara perguntou se apoiando em meu banco.

-não sei se você vai querer saber. –comentei suspirando.

-Clara, você já deve imaginar! –Jackson disse sorrindo fraco.

-MAGGIE! –Clara berrou. –você está traindo o Jackson?

-EU TO O QUE? –berrei me virando para ela. Jackson começou a gargalhar.

O que diabos minha amiga tem na cabeça eu não faço idéia. O que ela acha? Mesmo que isso fosse verdade, ela realmente acreditou que eu e Jack Estripador estaríamos discutindo o assunto assim... Tão calmamente?

-o que diabos, Clara? É claro que não! –falei rápido. Ela soltou um suspiro aliviado e Jackson continuou rindo.

-ah, bem... Menos mal. – ela sorriu, voltando a se sentar lá atrás. –mas então... Ahn...

-é! –Eu e Jackson falamos ao mesmo tempo.

-ah...

-é! –falamos novamente, eu franzindo a testa.

-ah... Entendi! –e então começou a rir.

Jackson sorria estranho, como se tentasse reprimir a risada. Clara ainda gargalhava e agora John começava a roncar. Ergui uma sobrancelha para meu namorado, que me olhou e levantou os ombros. Comecei a rir também. O que eu poderia fazer?

(...)

-ahn... Esse é o hotel? –John perguntou sonolento.

-é! –dei de ombros.

-bem, acho melhor entrarmos então... –Clara falou meio na dúvida, olhando a fachada clara de mais.

Peguei minha bolsa que estava no chão e comecei a andar em direção a porta. Jackson caminhava calmamente ao meu lado, segurando uma de minhas mãos enquanto sorria calmamente. Clara e John brigavam para resolver quem iria carregar a gigante mala de Clara (onde eu disfarçadamente coloquei algumas coisas minhas escondidas).

Paramos na recepção e logo uma mulher sorridente veio até nós, os olhos claros cravados em Jackson. Ergui uma sobrancelha. Uma certa menina californiana poderia muito bem dizer a ela o que acontece com gente que se mete a besta com o meu namorado. A mulher me viu ao lado de Jackson e deixou o sorriso vacilar.

-ahn... O que era para vocês? –ela perguntou, agora correndo os olhos por todos nós.

-temos reservas para essa noite. –Jackson explicou abraçando minha cintura. Soltei um sorriso presunçoso para a mulher.

-em nome de quem? –meu sorriso parecia não ter a afetado. Soltei uma maldição mentalmente.

-Jackson Bennett e John Mitchell. –meu namorado respondeu, apoiando o queixo em meu ombro.

-aham... –ela sorriu para ele outra vez. –aqui está. –e entregou um cartãozinho magnético para mim e outro para Jackson.

Ergui uma sobrancelha, imaginando o que aquela coisa oxigenada queria dizer com aquilo. Jackson riu alto e entregou o cartão magnético que ele segurava para John, me puxando pela mão para os elevadores antes que eu inventasse de dar uns bons safanões na cara daquela...

-sempre tão controlada! –ele falou novamente rindo, apertando o andar de nosso quarto.

-não é culpa minha se aquela vaca que esqueceu como se fala “MU” estava dando em cima de você. –bufei cruzando os braços. Clara e John riram ao meu lado.

-é só você não ligar. –Jackson riu beijando meu rosto. –e de qualquer forma... Ela pode tentar o quanto quiser.

-ah é... Você é imune a vacas oxigenadas. –revirei os olhos sorrindo de canto.

-ahn... É, prefiro as clássicas. –ele falou e abraçou minha cintura, me beijando rapidamente.

Permiti que eu me esquecesse da mulher da recepção, de Clara e John no mesmo elevador que a gente e de todo o resto. Na verdade era incrivelmente fácil fazer isso quando eu estava com os braços de Jackson ao redor de minha cintura. Ouvi um pigarrear e fiz careta.

-desculpa aí casal, mas vocês vão ter muito tempo para namorar. Mas agora precisamos sair do elevador. –John disse apontando para a porta aberta. Jackson riu outra vez, me carregando para fora.

-qual nosso quarto? –perguntei a Clara sorrindo fraco.

-o meu e do John é o 503, o seu e do Jackson... –ela pegou o cartãozinho em minha mão. -510.

Pisquei os olhos rapidamente. Que história é essa de “meu e do Jackson”?

-hein? –me fiz de desentendida.

-se você precisar de suas coisas, liga para nosso quarto! –e então Clara foi abduzida por John, que a puxou para o quarto. Continuei parada onde estava.

MAS QUE PORRA É ESSA?


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Notas finais do capítulo

Gente, esse cap ficou curtinho, porque o próximo vai ser meio compridinho... Dai eu deixei assim para não ficar tipo "pela metade", ok?!
prometo postar logo logo!! ++
comenteeeeem!! beeeeeeijos amores da Carol!



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