Tapiando o Destino escrita por caroline_03


Capítulo 16
Explicações.


Notas iniciais do capítulo

bem, me pediram um capítulo mais romantico e eu acho que consegui... HAHAHA espero que gostem! ++



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[Maggie]

Chuva. CHUVA! O que eu fiz para merecer isso? Viajei durante vinte e cinco horas tediosas para cair o mundo aqui?! Tudo bem, passei a maior parte do tempo dormindo, mas isso não vem ao caso. Eu e Clara jogávamos montinho em nosso quarto, assistindo a Oprah e bebendo refrigerantes do frigobar. NINGUÉM MERECE! É praga do meu irmão, que por falar nele...

 

Eu tinha ligado na noite anterior, antes de irmos jantar, para falar com minha mãe e dizer que eu estava viva e que o paracetamol tinha feito efeito já que eu dormi horas a fio, mas quem atendeu o telefone fora Eric.

-Maggie, você ainda existe. –ele fez questão de dizer. Podia até ouvir o sorriso em sua voz.

-não, eu fui engolida por um buraco negro no meio do caminho. QUE IDÉIA ERIC! –bufei vendo Clara rir ao meu lado.

-que mau humor, tudo isso por que está longe de mim? –ele perguntou tentando passar ironia, mas eu sabia que ele queria fazer aquela pergunta de verdade, então resolvi brincar um pouco com sua cara.

-Claaaaaro Eric, como eu poderia viver sem você? –revirei os olhos, certa de que agora ele estava pensando se meu tom de voz foi irônico ou verdadeiro.

-hm... Não gostei. –ri alto.

-cadê a mamãe? –perguntei voltando a me sentar em minha cama.

-saiu com o Seu Madruga, é claro. –ele bufou e eu suspirei pesadamente.

-bem, avise que eu liguei, certo? –pedi me olhando no espelho.

-eu não. –semicerrei os olhos para o telefone.

-estou com as mãos fechadas em punho, sabe o que significa, certo? –pisquei os olhos ouvindo o gemido que ele emitiu.

-estou brincando Maggiezinha, hihi. É claro que vou avisar a mamãe que você ligou. –sorri vitoriosa.

-muito bem, beijinho, se cuida, não encosta em meu carro, não entre em meu quarto e tente ficar longe de poeira e Cia. –falei olhando minhas unhas atualmente pintadas de azul.

-que mania que você tem...

-tchau Eric. –sorri quase fechando o celular.

-MAGGIE, ESPERA! –ele gritou e eu franzi a testa.

-diga.

-O Jack está bem? –fiz careta. ERA O QUE ME FALTAVA!

-ORAS, SE QUER SABER DELE, VOCÊ TEM O NUMERO, MAS QUE COISA ERIC, QUE MANIA DE ACHAR QUE EU SOU GRUDADA COM ELE! –falei cruzando um braço em minha cintura. Eric riu baixo.

-não seria má idéia. –ele sussurrou, achando que eu não ia escutar provavelmente.

-ORAS...

-eu digo para a mamãe que você ligou, beijinhos. –e com isso ele desligou o telefone, me deixando no vácuo total.

 

Meu irmão tem sérios problemas, fato.

-AAAH, DESISTO! –Clara falou jogando as cartas para o alto. Ri alto, e o telefone do nosso quarto tocou. Olhei para ele preguiçosamente, provavelmente era o treinador avisando que iríamos jantar no hotel ou alguma coisa desse tipo.

-oi?! –falei ao colocar o aparelho em minha orelha.

-Megan, passa para a Clara. –John pediu com a voz sonolenta.

-tudo bem, pedindo com tanto carinho... –revirei os olhos. –Clara, seu namorado irritante na linha.

-ele não é irritante. –ela reclamou fazendo bico e pegando o telefone da minha mão.

Me joguei na cama e comecei a assistir Oprah mais seriamente, tentando não prestar atenção na conversa de Clara com seu fofíssimo (para não dizer outra coisa) namorado. Não estava muito legal, principalmente por que eu tinha a impressão de que o sono iria me consumir mais cedo ou mais tarde e isso não era nada bom.

-Maggie, eu vou procurar a carteira do John e já volto, certo? –ela pediu sorrindo docemente para mim.

-tudo bem, vai lá, me abandona aqui, sozinha, jogada as traças... Eu nem estou pensando em dormir de qualquer jeito. –dei de ombros.

Uma coisa que estava começando a ficar chata era o fato de que Clara e Jack Estripador estarem fazendo revezamento na coisa de me acordar para aquele negocio de dormir quase um dia inteiro não se repita.

-relaxa, Jackson está vindo. –ela riu um pouco abrindo a porta. –ah, falando nele...

-ah, estava demorando. –reclamei colocando o travesseiro em meu rosto.

Ninguém respondeu nada, pensei que Clara já tivesse saído já que a porta bateu, mas para ser sincera ninguém parecia ter entrado. Tirei o travesseiro do rosto lentamente e abri apenas um olho, encontrando um par de olhos verdes folha me fitando, com um sorriso divertido no rosto.

Ergui uma sobrancelha e ele riu um pouco, indo se deitar na cama de Clara e olhando diretamente para a TV. Pensei por um segundo no que Clara tinha me dito no dia desastroso da festa de boas vindas. Pensei se por apenas um segundo ele não fosse completamente sincero quando dissesse que não gosta de mim. Suspirei pesadamente e pensei que talvez estivesse na hora de começar a fazer perguntas.

Para ser sincera, não era apenas o que Clara tinha me dito naquele dia, foi algo que eu realmente não esperava e que me pegou de jeito, fazendo com que eu revisse algumas coisas. Abracei meu travesseiro com um pouco mais de força e continuei o olhando, tentando achar a coragem que eu sempre julguei que tinha e agora simplesmente ela parecia que tinha vazado pelo ralo.

(escutem, escutem, escutem...

http://www.youtube.com/watch?v=3TZ63uT4n1A&feature=related)

-Jackson?! –chamei, piscando os olhos duas vezes. Ele virou a cabeça em minha direção com os olhos arregalados.

-Ei, está doente? –ele perguntou ficando de joelhos ao lado da minha cama.

-não, por quê? – ergui uma sobrancelha enquanto ele colocava uma mão em minha testa.

-você não me chamou de Jack estripador. –ele riu alto, um riso tranqüilo e sonoro, que fez um pequeno sorriso escapar por meus lábios.

-não seu bobo. –revirei os olhos, dando um espacinho para que ele se sentasse ao meu lado.

-então diga, qual o problema? –ele perguntou, colocando minha cabeça em seu colo, enquanto fazia pequenos cachinhos com meus cabelos em seus dedos.

Mordi o lábio inferior e engoli em seco. A testa franzida era o menor de todos meus problemas, principalmente por que agora ele parecia estar vendo que eu estava tentando dizer alguma coisa. Eu tinha que ter nascido tão desajeitada meu deus? Não poderia ser, tipo assim, menos segura?

-sabe, eu estava pensando...

-está doendo? –ele perguntou mexendo em minha cabeça como se estivesse fazendo massagem, rindo um pouco. Fuzilei-o com os olhos e ele mordeu o lábio inferior tentando não rir. –desculpe, pode continuar.

-eu queria saber que idéia foi aquela de você se vestir como fantasma da ópera no dia do baile de mascaras e, sabe... –pisquei os olhos mais algumas vezes e percebi que ele suspirou pesadamente.

Em um movimento rápido, ele colocou minha cabeça no travesseiro outra vez e se deitou ao meu lado, os olhos verdes tão fundos, me olhando com uma curiosidade que eu não entendia. Um suspiro escapou por seus lábios e ele colocou uma mão sobre meu rosto, sorrindo sereno para mim.

-eu nunca tinha pensado em você de outra maneira que não fosse a menina que eu adorava irritar...

-é, você faz isso muito bem. –comentei sorrindo.

-é, eu sei. –ele riu um pouco. –eu passava uma boa parte do meu tempo pensando em maneiras de acabar com seu dia e quando percebi... Bem, aí apareceu o Bryan. –ele deu de ombros. –a principio não consegui entender por que alguém poderia querer sair com você ou simplesmente ficar próximo sem erguer a sobrancelha no mínimo uma vez.

-isso não conta muito, já que você pensava em varias maneiras de minar minhas saídas com ele. –pisquei os olhos e vi um sorriso malicioso se formar em seu rosto.

-ele não era exatamente minha pessoa preferida se quer saber. –ele explicou revirando os olhos e me abraçando enquanto nos girava no colchão, me deixando em cima de seu corpo.

-por quê? –perguntei curiosa.

-se você deixasse eu terminar de falar... –ele revirou os olhos sorrindo.

-epa, desculpa. –fiz sinal que iria manter minha boca fechada e ele riu.

-e então ele apareceu e parecia que eu não teria mais motivos para te incomodar, por que então teria alguém para te defender sempre que eu sequer me aproximasse. –ele piscou os olhos, tirando minha franja do meu rosto. – entenda assim... Uma coisa sou eu brigar com você e ao mesmo tempo poder te proteger quando o necessário, outra coisa é quando outra pessoa faz isso... –ele piscou os olhos e nos virou de lado, me beijando calmamente.

Franzi a testa por um segundo tentando pensar em suas palavras. Me proteger do que e de quem?! E eu queria saber o que isso tinha a ver com a história de ele ter ficado louco e me beijado pela primeira vez, acarretando em todo nosso presente e tratos.

-qual a dúvida? –ela perguntou me olhando com curiosidade.

-quando você diz me proteger... –ele suspirou, perdendo o sorriso. AI!

-Eric me contou sobre... Você sabe, seu pai. –ele falou baixo vendo a minha mão entre as suas. Franzi a testa me sentando na cama. –Maggie eu não quis...

-está tudo bem, é só que... É complicado falar sobre isso ainda. –reclamei colocando o queixo nos joelhos.

-eu sei. –ele falou sentado atrás de mim, com o queixo em meu ombro.

-você não acha que eu tenho que esquecer? Simplesmente deixar para lá? –perguntei me virando para trás e encontrando seus olhos me fitando com curiosidade.

-acho que você tem que deixar no passado o que pertence ao passado. –ele deu de ombros. –é ilusão dizer que você vai esquecer, por que ele era seu pai, e você vai amar ele sempre. Mas acho que talvez seja necessário deixar as lembranças de lado, caso contrário você vai estar presa a isso como uma cama de gato. –ele abraçou minha cintura outra vez enquanto eu apenas podia olhar seus olhos sem acreditar.

-acho que eu te cortei novamente. –falei dando um meio sorriso. Ele riu um pouco e me puxou para a cama outra vez, me fazendo deitar sobre ele.

-onde eu parei? –ele se perguntou erguendo uma sobrancelha para o teto.

-em me proteger. –falei rindo um pouco.

-ah, claro. Então eu quis saber como era estar ao seu lado não sendo eu mesmo... Como seria se eu fosse outra pessoa, alguém que você provavelmente não odiaria. –ele terminou dando de ombros. –e isso é tudo.

Continuei o olhando por algum tempo sem dizer nada. Que ele era insano eu já sabia, mas não imaginava o grau... Sorri um pouco, olhando seu rosto com um pouco mais de cuidado. Cada pequena pinta que ele tinha no rosto e em como sua testa se franzia esperando que eu falasse alguma coisa.

-eu não odeio você. –conclui sorrindo para minha própria descoberta. Ele suspirou sorrindo.

-bem, acho que já é alguma coisa. –ele riu, me abraçando com mais força. Enlacei seu pescoço com meus braços e procurei sua boca com a minha, sem grandes dificuldades.

Ri um pouco e rolamos na cama mais uma vez, mas dessa vez não esperávamos que o chão estivesse tão perto... É, nós caímos mesmo. Gemi um pouco colocando a mão atrás da cabeça e fazendo careta. Jackson se levantou em um salto.

-você está bem? –ele perguntou colocando a mão em minha cabeça, preocupado.

-é, essas coisas acontecem com certa freqüência. –comentei rindo e ele me acompanhou, me puxando novamente para a cama.

-desculpa, minha intenção não te nocautear. –ele explicou debruçado ao meu lado.

-tudo bem, depois de algum tempo eu me acostumo. –rimos mais uma vez e novamente ele se abaixou, colocando seus lábios nos meus com cuidado e carinho.

E então eu pensei... Talvez coisas estranhas possam acontecer. Talvez ele seja aquele que viria a ser meu protetor.


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Notas finais do capítulo

Bem, ficou um pouco menor do que normalmente... Mas espero que tenha ficado bem, né! :S
por favor, comentem! ++

beeeeeeeeeeeeijos.



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