Tapiando o Destino escrita por caroline_03


Capítulo 15
Alguém empresta uma moeda?!


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem geeente! HAHAHAHAH



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[Maggie]

Quando eu costumo viajar preciso estar parcialmente dopada ou pelo menos apagada, já que o movimento faz meu estomago embrulhar e minha cabeça parece que vai explodir a cada sacudida. Dessa vez não foi diferente, e eu tudo o que eu precisei foi de um, apenas UM paracetamol para que eu dormisse por um longo tempo. E depois Eric tem coragem de dizer que esses remédios não fazem mal nem a uma formiga... É claro, não é ele a pobre formiguinha!

Quando abri os olhos novamente, com a luz da janela vizinha batendo em minha cara, já estávamos bem longe de Beeville, principalmente por que já passava do meio dia pelo que eu podia ver pelo sol lá fora.

-o bicho preguiça acordou! –alguém que eu não identifiquei a voz no momento gritou e um segundo depois tinha um mundo de pessoas em cima de mim.

-o que está acontecendo? –gemi colocando as mãos no rosto.

-MAGGIE? VOCÊ ESTÁ VIVA? –Clara berrou pulando em cima de mim.

-é claro que eu estou viva, que pergunta é essa? –franzi a testa olhando para Jackson, que fazia uma careta esquisita, Justin, com uma sobrancelha levantada, Simon com a boca aberta, Britany e suas comparsas e até John, que parecia não acreditar em alguma coisa.

-Maggie, querida, você dormiu por mais de vinte horas... –Clara avisou piscando os olhos freneticamente.

Dei um pulo da minha poltrona (graças a deus estava sozinha, já que Clara resolveu passar a noite conversando com John), e olhei em volta. É, acho que remédios têm um grande efeito sobre mim.

-está dizendo que estamos chegando? –perguntei abrindo minha cortininha e vendo a paisagem.

-mais ou menos umas três horas ainda. –Clara falou dando de ombros.

-meu deus, o que aconteceu com você? –perguntei vendo as olheiras fundas embaixo de seus olhos.

-não foi todos que dormiu VINTE HORAS sabia? –Jackson respondeu com uma sobrancelha pulsando e o rosto levemente vermelho. Gente... O que foi que eu fiz agora?

-hm... –olhei em volta, e por algum motivo todos ainda me olhavam assustados.

-achamos que você poderia estar doente. –Clara explicou com um sorriso meigo, se sentando ao meu lado.

-ahn... –ergui uma sobrancelha.

-tentamos até bater o pandeiro em sua orelha, mas nem assim você acordou! –ela explicou outra vez, piscando os olhos.

-achamos que você tinha morrido! –John falou com um sorriso de orelha a orelha.

Continuei olhando para eles com as sobrancelhas levantadas. Como assim eles tinham pensado que eu tinha morrido? Desde quando eles se tornaram loucos (não responde)?

-o que? –ri um pouco. Era só o que faltava.

-você nem sequer se mexia. –Simon falou sorrindo carinhosamente para mim. Pisquei os olhos e me espreguicei um pouco, sentindo todo meu corpo travado.

-acho que o remédio fez efeito. –falei suspirando.

-que remédio? –Jackson perguntou ainda com a mesma expressão de antes.

-eu me sinto um pouco mal viajando, então tomei um comprimido antes de entrar no ônibus. –dei de ombros explicando. Preciso dizer que agora todos me fuzilavam com o olhar?

-você tomou o remédio sem ter nada? –Simon disse com a sobrancelha levantada.

-você tomou o remédio para dormir? –Britany se assustou.

-você está bem? –Clara suspirou me olhando.

-você tem problema na cabeça? –quem adivinhar quem disse isso ganha uma balinha de hortelã... Yes, Jack Estripador, mas não vou dar a balinha do mesmo jeito.

-ok, vamos por ordem... Não, eu sempre sinto enjôo e acreditem vocês não iam querer isso. Ahn, não. Sim, estou melhor e... Não, até onde me lembro eu sou normal! –respondi e sorri cínica, depois fuzilei Jackson com os olhos.

Depois de minha explicação John puxou minha amiga para algum banco lá na frente e Justin e Simon voltaram sua atenção para seu jogo de cartas. Britany, que já não dava muita atenção a mim antes, voltou para seu assento com suas amigas, apenas Jack Estripador ficou ali, ainda me fuzilando com o olhar.

-ih, lá vem o sermão de mãe. –falei suspirando e o vendo se sentar ao meu lado.

-Sermão de mãe? Eu já estava ligando para sua mãe, até o treinador ficou preocupado, mas como você estava respirando ele achou que poderia estar apenas cansada. E sem contar no remédio, Maggie, parece que não sabe que não pode simplesmente tomar um remédio sem ter nada! –ele bufou olhando por cima de mim para a janela.

Continuei olhando para ele, apenas respirando e contando quantas vezes eu piscava até que ele voltasse a cor natural. Tentei segurar a risada, mas estava mesmo ficando difícil com esse novo surto dele. Normalmente isso acontecia quando eu aprontava alguma coisa.

-achei que ia gostar se eu morresse. –comentei o olhando. Falta! Ele voltou a ficar vermelho e grunhiu... ELE GRUNHIU! Tem noção?!

-se tem amor a sua vida não repete isso. –ele falou entre dentes. Ri um pouco.

-você é meio controverso, não? –perguntei sorrindo e então bocejei.

Ele deu um sorriso torto enquanto eu tentava limpar a água dos olhos. Não podia acreditar que ainda estava cansada mesmo depois de tanto tempo dormindo. Para a minha surpresa completa Jackson não tentou me torturar me deixando acordada, simplesmente me abraçou e permitiu que eu ficasse deitada em seu ombro, enquanto ele alisava meus cabelos.

-desse jeito eu vou dormir. –avisei sentindo os olhos pesados.

-acha que eu não sei? –a ultima coisa que ouvi foi sua risada baixa, enquanto a pontinha de seus dedos continuavam passando pelos longos fios de meu cabelo.

[Clara]

-WHEN I GET OLDER, I WILL BE STRONGER, THEY’LL CALL ME FREEDOM JUST LIKE A WAVING FLAG... –John cantava se sacudindo de um lado para o outro (N/A: A música da copa gente, sabe?! ++ http://www.youtube.com/watch?v=EuWXMKVvz5A escutem... mas não tem nada a ver com a fic, é só que eu realmente gosto dela! ++)

(quando eu for velho, eu serei forte, eles irão me chamar de liberdade, como uma bandeira acenando)

-resolveram se tratar como gente agora? –Tifanny perguntou olhando para o “casal” lá atrás. Ambos já dormiam de boca aberta.

-só por que eles estão sem brigar por cinco minutos não significa que estão se dando bem. –John observou enquanto ainda dançava.

-na verdade prefiro eles assim. –Tifanny comentou batendo o indicador no queixo. –sabe, pelo menos minhas roupas não ficam mais manchadas de suco. –ri alto.

-por quanto tempo acha que isso vai durar? –John perguntou com a testa franzida.

-para dizer a verdade, acho que por um bom tempo. Eles parecem ter achado uma forma bem peculiar de conviver... –ri um pouco percebendo que os outros me olhavam sem entender, menos John é claro.

-TIVE UMA IDÉIA! –meu namorado falou levantando com tudo ao meu lado e batendo a cabeça no suporte de bagagem de mão. –AU!

-não se mate, e me diga o que vai fazer, por favor? –falei o vendo pegar minha bolsa.

-pegar minha câmera, ou acha que vou deixar essa passar? –ele falou rindo e então correu para os bandos lá de trás.

-alguém pega pasta de dente! –Simon falou sorrindo. Ah não!

-não, não, não! Eles vão acordar, não queremos a terceira guerra mundial aqui dentro, certo? –perguntei e Simon suspirou chateado.

-mas ia ser tão legal. –ele falou fazendo bico. Revirei os olhos sorrindo.

-vai, aproveite que Tyson está dormindo! –ri um pouco e ele pulou em cima do menino do banco da frente.

Olhei para meu namorado e ele já estava pendurado no bando em frente à Megan e Jackson, com a câmera bem a posta. O que aconteceu a seguir foi meio em câmera lenta. Eu saí correndo (na velocidade permitida dentro de um ônibus em movimento), enquanto John parecia apertar o botão de tirar foto. O meu “NÃÃÃÃÃÃÃO” parecia lento e grave, enquanto eu me embolava em meus próprios pés.

-seu animal, o flash ta ligado! –avisei, mas já era tarde de mais.

O pior, foi que Maggie novamente nem sequer se mexeu, continuou dormindo com a boca aberta. Jackson abriu um olho verde e nos fuzilou com ele, mas depois se ajeitou, apertando o braço em volta dos ombros de Maggie e fechou o olho. Eu e John nos olhamos por um segundo.

-animal? –ele perguntou fingindo um bico.

-eu quis dizer ursinho de pelúcia amor. –ri fraquinho enquanto ele revirava os olhos. Bem, pelo menos dessa eu tinha me livrado.

[Maggie]

Sabe quando você está dormindo, mas ainda assim parece extremamente consciente de tudo o que está acontecendo em sua volta? Bem, era mais ou menos assim que eu estava naquele momento.

-ela não vai acordar, já tentamos isso mais cedo, lembra? –um menino falou.

-mas nós temos que descer! –uma menina teimou... Epa, essa era a voz de Clara.

-tudo bem, vamos acordar o Jackson e ele resolve o que fazer. –acho que John respondeu.

-tudo bem, a cabeça é sua...

-Jack, cara, acorda... –John falou e eu senti meu corpo sacudir. Se era para acordar o Jackson, por que estão me sacudindo? Ah, claro... Por que eu to deitada no ombro dele.

-o que quê foi? –Jackson respondeu com a voz sonolenta.

-de um jeito de acordar a Megan, já chegamos ao...

-CHEGAMOS? –pulei olhando em volta.

-viu? Palavrinha mágica! –Jackson ironizou sorrindo torto, enquanto Clara segurava a risada atrás de um John contrariado.

(...)

-isso é tão bom. –Clara falou se jogando na cama ao lado da minha.

-ah, finalmente eu vou poder dormir. –disse feliz me jogando na minha embaixo da janela. Não importa o quanto o tempo passa, eu ainda me sinto sufocada se eu não ficar perto de uma janela.  Clara me fuzilou com o olhar.

-o que quer dizer com “finalmente vou poder dormir?” Maggie, você dormiu praticamente um dia inteiro. –ela falou com os olhos arregalados. Encolhi os ombros, envergonhada.

-brincadeirinha. –ri sem graça. Droga, não se pode nem mais dormir sem que alguém fique contando o tempo!

-TIVE UMA IDÉIA! –Clara gritou dando um pulo.

-hm? –fiz desconfiada.

-vamos dar uma volta e conhecer o hotel, podemos ia à praia aqui na frente e talvez vir alguns gatinhos, até a festa de boas-vindas. –ela piscou um olho sorrindo torto.

-hm, gostei da idéia. –ri me levantando. –mas você não tem namorado? –ela deu um tapa em meu braço mostrando a língua e depois nós rimos, correndo para trocar de roupa antes de descer.

Descemos o elevador, percebendo que o hotel estava vazio. Alguns turistas liam jornal na recepção e outros tomavam um refrigerante, mas fora isso não tinha ninguém do nosso colégio à vista.

-está acontecendo alguma coisa que eu não sei? –perguntei olhando em volta.

-bem, também não sei de nada. Devem estar desfazendo as malas ou alguma coisa assim. –Clara deu de ombros sorrindo.

Fomos andando lentamente para a parte externa do hotel, atrás de sombra, rede e água fresca... Mentira, Clara nunca deixaria que eu deitasse novamente. Assim que abrimos as portas, a claridade nos cegou. A leve brisa do mar fez com que um sorriso rápido escapasse por meus lábios.

Olhando bem para aquele lugar eu podia entender por que ninguém estava circulando pelo hotel. Estava acontecendo uma daquelas demonstrações em que as pessoas da animação se apresentam... E alguma me dizia que eu realmente ia gostar daquilo.

-gostei do loiro! –Clara falou apontando para um salva-vidas. Segurei a risada para que Clara não me matasse.

-e do moreno ali, não gostou? –apontei para John, bem ao lado da torre do salva-vidas a olhando com as sobrancelhas juntas.

Clara ficou roxa instantaneamente, depois começou a acenar freneticamente para John o chamando. Ri alto, o vendo revirar os olhos.

-por que você não falou que ele estava do lado? –ela perguntou entre dentes.

-por que eu só vi agora. –falei rindo.

Continuamos vendo a apresentação. Algumas dançarinas apareceram em frente a piscina, onde alguns já estavam se matando. Senti uma mão segurar meu braço e me assustei. Era só o que me faltava mesmo ele aparecer justo agora...

-OLHA AQUELES CARAS! –Britany falou pulando. Suspirei pesadamente, sentindo meu coração voltando a bater lentamente.

-pois é. –comentei rindo.

A cada movimento que os dançarinos faziam, Britany dava um pulo e eu ria. Eles eram realmente muito bonitos. Clara ao meu lado mantinha a boca aberta e eu procurava com os olhos uma peça faltando.

-NÃÃÃO! VOLTEM AQUI! –Britany gritou e eu me virei, vendo todos os dançarinos correndo para dentro do prédio. –MAAAIS!

-não será a ultima vez que você vai ver eles. –falei rindo.

-é tem razão. –ela ajeitou a saia cor-de-rosa. –vão à festa de boas-vindas?

-sim. –Clara respondeu por mim.

-então, é melhor se arrumarem, por que se tiver um garçom como aquele... –Britany (ou é Tifanny?) falou apontando com o dedão e sorrindo safada. Depois ela correu para a beira da piscina, onde suas amigas a esperavam.

Olhei para Clara que parecia surpresa com a reação de Britany aos homens, e depois começamos a rir sozinhas, olhando em volta.

-quem chegar por último à praia paga uma bala. –Clara gritou já correndo.

-ei, não vale! –ri alto a seguindo.

(...)

-me explica isso melhor, o que você e o Jackson são? –Clara perguntou abrindo o pacote da bala que eu tinha dado a ela.

-hm, amigos com benefícios? –saiu mais como uma pergunta. Clara me olhou com o canto dos olhos e uma sobrancelha levantada.

-amigos? –ela falou com o tom de voz categórico.

-tudo bem, esquece essa parte. Acho que estamos mais apenas para o beneficio. –respondi dando de ombros. Clara riu alto.

-você realmente, digo de verdade verdadeira, gosta disso? –ela perguntou me olhando com doçura. Às vezes era fácil me esquecer que eu não a conhecia há mais de quatro meses.

-o que eu posso dizer? Parece uma boa coisa. Pelo menos não estamos mais nos matando por aí. –olhei para o mar calmo e azul, se estendendo até o horizonte.

-mas não sente falta de se preocupar de verdade, de ter alguém para pegar no pé e simplesmente ter o direito de sentir ciúmes? –ela piscou os olhos castanhos para mim. Pensei por um segundo.

-não! –ela ergueu uma sobrancelha.

-fala sério. –nós rimos.

-eu já faço tudo isso de qualquer forma... Menos a parte do ciúme, é claro. –revelei olhando para meus pés.

-tudo bem, eu acredito. –ela revirou os olhos. –sabe, você não seria como eu... –ela continuou, olhando para frete. –eu sei que você acha que John tem problemas e que metade de seu cérebro é inutilizado, mas ele sabe ser bem esperto quando quer. –ela sorriu para mim, os olhos brilhando levemente.

-John esperto? –perguntei incrédula. –estamos falando da mesma pessoa? Digo, olhos azuis, cabelos escuros e cara de pateta? –ela riu alto.

-esse mesmo. –sacudiu a cabeça. –você é teimosa e de personalidade extremamente forte, em quanto a mim... Bem, sou fácil de ser convencida. –ela deu de ombros. –mas você... Se você diz que uma coisa é azul ela será azul até o fim, mesmo que seja vermelho. –ri um pouco.

-aonde quer chegar com isso? –perguntei notando seu rodeio.

-talvez, estou falando apenas hipoteticamente, não estou confirmando nada, ele pudesse gostar mais de você do que realmente admite. –ela se explicou rapidamente, talvez notando meu olhar desconfiado.

-quem? O Jack Estripador? Nem pensar. –sacudi a cabeça rapidamente. –aposto que ele só fica comigo de vez enquanto por que não tem nada melhor para fazer... Espera só ele achar alguma menina mais bonita e menos irritante, ele me deixa rapidinho. –dei de ombros suspirando.

-como pode pensar isso?-ela perguntou com os olhos arregalados.

-é a real...

-você tem um grande problema em se prender as pessoas, sabe disso não é? –ela falou me olhando com o canto dos olhos. –apesar de ter sido praticamente um psicopata, quando Bryan realmente começou a correr atrás de você para te chamar para sair, você sempre fugia...

-ah não. Não diga que você vai fazer comparações com o Bryan. –falei começando a me desesperar.

-nós não sabíamos que ele era problemático, Maggie, você não sabia. –ela revirou os olhos. –então ainda é possível ver como você é com as pessoas. Veja nosso caso, quanto tempo demorou para você se abrir para mim?

-não muito, você não parava de falar! –ela me deu um tapa. –AI!

-eu quis dizer, quanto tempo demorou para você me contar alguma coisa de verdade? –ela falou revirando os olhos.

Pensei por um segundo no que ela estava me falando. Até onde conseguia me lembrar eu nunca tinha dito alguma coisa de verdade a ela. Mas isso não era por medo ou por que eu tinha problema de me prender as pessoas, é só que... Não tinha porque contar.

-mas...

-ah, deixa para lá. –ela me empurrou um pouco e riu. –vamos logo lerda.

E ela começou a correr rindo, enquanto eu ia atrás dela para dentro do hotel.

(...)

-lápis? –pedi estendendo a mão.

-está aqui. –Clara me passou. –delineador?

-em cima da cama, e o rímel? –dei mais uma olhada no espelho.

-a última vez em que o vi, estava no banheiro. –corri até lá passando mais uma camada grossa.

-e então? –falei dando uma voltinha.

Clara bateu o indicador no queixo por um segundo, enquanto analisava bem toda a minha roupa. Ela puxou minha saia para o lado um pouco e depois ajeitou melhor minha blusa, colocando o decote “em seu devido lugar” como ela mesmo disse.

-está linda, aposto que Jackson terá alguma coisa para se preocupar hoje. –ela riu piscando um olho. –e eu?

-acho melhor você não encontrar com John antes de chegar ao terraço... –comentem rindo. –ele não vai deixar você sair assim. –ri um pouco e ela fez cara de desanimada, se olhando no espelho.

-está tão ruim assim? –ela perguntou suspirando pesadamente.

-não sua boba. –revirei os olhos sorrindo. –você está linda, por isso ele não vai deixar você sair.

Nos enrolamos mais um pouco, passando perfume, passando mais um pouco de lápis e rímel, até que finalmente conseguimos fechar a porta do quarto, antes que alguma quisesse voltar para pegar alguma coisa.

-daqui a pouco, o ônibus vai sem a gente. –Clara falou guardando o cartãozinho.

-tudo bem, acho que eu tenho um mini kit de maquiagem aqui. –abri a bolsa e tirei um batom em miniatura.

-por que você carrega isso? –Clara perguntou pegando o kit.

-emergências. –comentei piscando um olho. Clara riu.

-tudo bem, vamos indo...

(...)

-olha, nesse informativo, dizia para que nos encontrássemos no terraço. –Clara falou me passando um papel amarelo.

-então, de duas, uma... Ou nós estamos atrasadas, ou estamos adiantadas. –falei suspirando alto.

-CLARA! –alguém berrou atrás de nós.

-FU-DEU! –ela falou com os olhos arregalados.

-o que pode acontecer de ruim? Ele é seu namorado! –falei olhando para trás e vendo um John e um Jackson marchando em nossa direção. –tudo bem, eu não sei o que a gente fez, mas é melhor correr.

-con...

-onde vocês estavam? –John perguntou nos olhando com a sobrancelha levantada.

-nos arrumando? –Clara chutou o abraçando.

-vocês estão meia hora atrasadas! –ele reclamou dando um beijo em sua testa.

-ué, vai se acostumando, isso tende a piorar. –comentei rindo.

-ou seja, está perdido. –Jackson falou rindo, dando um soco no ombro de John que rosnou.

-só eu, não é mesmo Jack? –ele falou me olhando de rabo de olhos. Forcei uma tosse, vendo Clara rindo escondida no peito de John.

-Então... Estamos atrasados, lembra? –ri forçado e Clara gargalhou.

-é, vamos logo. –Clara começou a puxar John, enquanto eu e Jackson ficávamos para trás rindo.

-vai ficar aí? –perguntei o vendo ficar para trás.

-é claro que não. –ele deu um tapa na minha cabeça e riu, começando a correr, já que não virou suicida ainda.

-volta já aqui seu projeto de gente. –ri correndo atrás dele.

-e eu tendo esperanças de que essas cenas seriam extintas. –Ouvi John falar, antes de eu conseguir chegar a Jackson e bagunçar seu cabelo.

(...)

-finalmente... –o treinador falou nos vendo entrar no ônibus. –podemos ir então?

-sim! –as pessoas responderam em coro.

Sentei em um banco qualquer e olhei pela janela, Clara se sentou ao meu lado e começou a tagarelar com seu namorado, do outro lado do pequeno corredor. Simon parecia entediado, novamente. Achei que isso fosse apenas por que festa não era exatamente o tipo de programa que ele gostava, mas tentei não pensar muito nisso. Justin estava roxo, de cabeça baixa, ao lado de uma menina, que não parava de falar (tentar) com ele.

O lugar não era muito longe de nosso hotel, então simplesmente pulamos do ônibus e corremos para a fila, contando os andares do prédio de nosso hotel. A fila andava rápido, já que éramos um dos únicos naquela hora. Em menos de cinco minutos, já estávamos lá dentro.

-isso vai encher logo. –comentei olhando em volta. O andar superior estava com algumas pessoas dançando e rindo alto.

-é, acho melhor nós conseguirmos bebidas antes de isso acontecer. –John falou puxando Jackson pela camisa.

-achei que eles não sairiam nunca. –Clara falou se aproximando de mim.

-o que tem em mente? –perguntei a olhando, desconfiada.

-nada, só queria perguntar se vocês têm algum tratado sobre exclusividade. –ela me olhou em expectativa.

 -não conversamos sobre isso. –falei mordendo o lábio inferior.

-hm, é melhor perguntar logo. –ela falou sacudindo a cabeça apressadamente.

-por...?

-tem dois gatinhos te olhando. –ela me apontou com o dedo.

Um era alto de cabelos e olhos escuros, um sorriso ligeiro e se mexia sem ritmo nenhum. O outro era um pouco mais baixo, com o cabelo em um tom de castanho mais claro, os olhos ligeiramente amendoados e sorria abertamente. Gatinhos? O cúmulo de estranhos.

-ah, acabei de me lembrar. É, acho que somos exclusivos. –respondi rindo.

-qual é o seu problema? –ela perguntou com a voz esganiçada.

-nenhum, ih, olha lá, seu namorado está vindo. –falei fingindo um sorriso.

-e o seu “amigo com beneficio” também.  –ela falou me olhando com o canto dos olhos.

-SHIU! –falamos juntas e eles chegaram bem no mesmo instante.

-o que estavam falando? –Jackson perguntou parando ao meu lado e me passando um copo com liquido verde.

-divida externa. –sorri sem graça e ele ergueu uma sobrancelha. Tomei um longo gole daquilo que ele me deu e cuspi ao mesmo tempo. –O QUE DIABOS É ISSO?

-falei que ela ia cair. –ele bateu o punho com John.

-estou te devendo dez dólares. –John comentou rindo da minha cara.

-seu retardado. Eu te odeio! –falei com o indicador em seu rosto.

-tudo bem, acho que já passamos dessa fase. –ele revirou os olhos abraçando minha cintura.

Juro que minha primeira reação foi dar um chute nele, mas depois pensei: “por quê? Ele não fez nada pior do que ele já fez...” suspirei pesadamente, ouvindo seu riso baixo em meu ouvido, e abracei seu pescoço, vendo as pessoas que estudavam com a gente nos olhar com uma sobrancelha levantada. O que foi? Imagina se o Batman e o Coringa aparecessem abraçados por aí algum dia... O que você ia achar?!

Queria poder não dizer que eu gostava de sua proximidade, do cheirinho amadeirado de seu perfume tão perto e do calor que seu corpo passava para o meu, gostaria de dizer que não gostava de sentir sua respiração tão perto da minha e que não detestava a mínima distancia entre a gente. E, principalmente, sem duvidas nenhuma, eu gostaria de falar para que ele se afastasse, sem que eu tivesse vontade de me matar por isso mais tarde.

-é tão fácil assim? –Britany perguntou nos olhando.Ela virou em volta e deu uma boa olhada nos meninos que estavam em sua volta, escolhendo um e fazendo careta. –seu retardado, eu te odeio!-O menino arregalou os olhos enquanto ela sorria simplesmente abrindo os braços enquanto Clara e John riam. –por que isso não funciona comigo?

-é a pratica! –Clara comentou rindo e nos olhando. Jackson riu um pouco, dando um beijo em meu rosto.

-hm, carinhoso de mais. O que você fez? –perguntei erguendo uma sobrancelha.

-como assim o que eu fiz? Não posso nem te abraçar mais? –ele reclamou franzindo a testa.

-não é exatamente esse o problema. Você não faz demonstrações publicas de afeto, o que me leva a pensar que você fez alguma coisa. –sorri o olhando. Jackson suspirou pesadamente, afrouxando os braços em minha cintura.

-hm, senti saudades? –ele chutou sorrindo um pouco. Ergui uma sobrancelha. –tudo bem, tudo bem. Tem duas criaturas te olhando. –ri alto.

-E daí? Está com ciúmes Jack Estripador? –perguntei erguendo uma sobrancelha.

-HÁ! Ciúmes? Eu não tenho idéia do que é isso. –ele disse sorrindo torto. Ri alto outra vez.

-então, qual é o problema? –sussurrei em seu ouvido e vi sua pele se arrepiar um pouco. Abafei a risada com uma tosse forçada.

-o problema é que você não está nem sequer vestida adequadamente. Qual é o seu problema, hein? –ele bufou olhando em volta.

-o meu problema? –ri um pouco. –e por que você passou a se importar? –coloquei uma mão na cintura o encarando.

-ora, eu não me importo. Apenas acredito que você já se mete em confusões o suficiente vestindo burca, desse jeito vai acabar presa! –ele cruzou os braços sobre o peito e eu dei um empurrão nele.

-QUAL É O SEU PROBLEMA? –gritei descontrolada. Era hoje que eu ia arrancar a pele daquele retardado.

-VOCÊ NÃO TEM NEM IDÉIA? –ele gritou de volta.

-NÃO! –falei jogando os braços para cima.

Não tive muito tempo para ver o que estava acontecendo. Um segundo depois de eu estar jogando meus braços para cima e inconformada por Jackson retardado Bennett ser tão grosso, no outro seus braços já estavam em minha cintura e seus lábios esmagavam o meu com urgência.

Dei um beliscão em suas costelas e ele emitiu um som de dor, mas não me soltou do mesmo jeito. Segurando meu rosto com uma de suas mãos, que estava gelada, enquanto a outra segurava minha cintura com firmeza me mantendo presa ali.

-não fique brava. –ele sussurrou, apenas me abraçando e mantendo seu rosto encostado no meu.

-você é tão complicado. –falei suspirando, a testa franzida olhando o botão de sua camisa.

-você também não é nenhuma conta de dois mais dois, sabia? –ele comentou rindo, beijando meu rosto outra vez. Ri um pouco dando um tapa em seu peito.

-retardado.

-problemática. –nós rimos um pouco e ele me beijou outra vez.

Não era fácil estar com ele o tempo todo, mas era bom. Noventa por cento do tempo eu tinha vontade de arrancar seus cabelos com uma pinça, mas os outros dez por cento do tempo compensavam tudo.

-da licença aí casal. –Clara falou batendo no ombro de Jackson.

-sabe Clara, eu timing já foi melhor. –ele falou ainda me abraçando.

-desculpe, mas eu preciso ir ao banheiro e não quero ir sozinha. –ela falou fazendo bico.

-tudo bem, vai. Nós já voltamos. –falei lhe dando um selinho e me afastando um pouco, vendo John parar ao seu lado e começar uma conversa.

Clara pegou minha mão, me guiando entre a multidão de pessoas que agora estava ali dentro. O som da batida era forte, e as pessoas dançavam encostadas uma nas outras, o que dificultava nossa passagem.

-o que está acontecendo? –perguntei quando finalmente chegamos a porta do banheiro lotado.

-nada, só preciso daquele kit maquiagem. –ela falou abrindo minha bolsa.

Esperei que ela terminasse pacientemente, pensando na nossa volta demorada. Suspirei frustrada e olhei para a porta, onde algumas meninas entravam rindo alto. Tudo normal até agora. Nada que eu já não tivesse visto pior em NY.

-vamos? –Clara falou sorrindo me passando novamente minha bolsa.

-claro. –sorri e abri a porta, dando de cara com os dois meninos que tínhamos visto antes. -hm, com licença. –pedi sorrindo.

Eles sorriram pra mim também, mas ao invés de sair do lugar apenas formaram uma muralha em minha frente, que nos impedia de sair do banheiro e outras pessoas de entrar. Engoli em seco e apertei a mão de Clara.

-nós precisamos passar. –falei tentando novamente entrar entre eles, mas a fresta se tornou mais estreita. –se vocês não saírem da minha frente agora, eu vou dar um chute em cada um, e eu to falando sério!

Eles trocaram um olhar longo e tranqüilo e depois me seguraram pelos braços. Parabéns Megan, agora você está realmente ferrada. Eu e essa minha boca grande, o que eu fiz para merecer isso? Por que eu não podia ser simplesmente quietinha?

-Maggie! –Clara gritou com os olhos arregalados.

-ah, minha mãe! –falei sendo carregada. –CLARA!

Eles me levaram até uma saída de emergência e chutaram a porta me arrastando por lá. E cadê a burca quando eu preciso dela? Comecei a gritar, mas não tinha esperanças que alguém realmente me ouvisse. Poucos metros de onde estávamos tinha um carro antigo, recém reformado, pude perceber também. É, meu pai me ensinara algumas coisas sobre isso.

-O QUE VOCÊS VÃO FAZER COMIGO? –choraminguei sendo jogada no banco de trás.

-com você? ECA! NA-DI-NHA! –o mais alto falou entrando no lado do motorista. Ergui uma sobrancelha.

-então, por que eu to aqui? –perguntei me ajeitando no banco e vendo as travas sendo fechadas, enquanto o outro menino entrava ao lado do motorista e ajeitava o cabelo no retrovisor.

-bem, nós estamos te seqüestrando. –aquele que não estava dirigindo falou.

-O QUE? Escuta, se vocês estão esperando que eu tenha algum dinheiro aqui, bateram a cabeça e depois beberam tequila de ponta cabeça. –avisei com os olhos arregalados.

-olha só, nós não pretendemos fazer nenhum mal, então tente não gritar muito, ok? –o motorista falou ligando o carro e saindo do lugar. –então... Será que você poderia nos passar o telefone do seu namorado?!

EU TO PERDIDA!

[Jackson]

-por que não? Eu realmente gosto quando o treinador...

-JACKSON, SOCORRO! –Clara falou agarrando o colarinho da minha camisa com os olhos cheios de lagrimas.

-o que aconteceu? –perguntei olhando em volta e não vendo Maggie. AH-MEU-DEUS!

-agente estava saindo do banheiro e aqueles dois meninos levaram a Maggie... –ela falou suspirando, como se tentasse engolir o choro.

-PARA ONDE?! –gritei olhando desesperado e senti meu celular vibrar.

“saia da boate.” E era o número de Maggie.

Arrastei John e Clara para fora comigo, pagando até a mais do que tínhamos consumido apenas para não demorar de mais. Paramos na esquina, onde não tinha movimento nenhum. Era só o que me faltava. Eu falei que ela era sinônimo de problemas, mas alguém me escuta?! NÃÃÃO!

O QUE EU IRIA DIZER AO ERIC?!

Tentei ligar para o seu numero, mas ninguém atendia. Olhei em volta completamente desesperado. Seqüestrada?! SEQUESTRADA? O QUE EU IA FAZER AGORA?! Enquanto meu cérebro ainda pensava em soluções fáceis para meu problema (como simplesmente ir a policia e dar uma queixa ou então sentar e começar a chorar), meu celular começa a tocar.

-Alô? –atendi no primeiro toque olhando em volta e vendo Clara pulando esperando por alguma coisa.

-estamos com a... Qual é o seu nome mesmo?  -ele sussurrou para alguém ao seu lado.

-COMO ASSIM VOCÊ ME SEQUESTRA E NEM SABE MEU NOME?! EU EXIJO QUE ME DEIXE SAIR DAQUI AGORA MESMO! –Maggie berrava próximo ao homem. É, acho que ela estava bem no fim das contas.

-calma meu amor, eu vou te tirar daí! –falei dando um pulo.

-do que você... –mas Maggie foi cortada.

-bem, o que vem ao caso é que queremos vinte dólares para deixar ela ir. –franzi a testa. VINTE DÓLARES?!

-VINTE DÓLARES?! –não disse?! – PEDE PELO MENOS QUARENTA!

-cara, a louca tem razão. –alguém sussurrou também. –é melhor aumentar o preço.

-desculpe, eu falei o valor errado! Vinte e cinco dólares! –o homem que falava comigo se corrigiu sentei no meio fio e cocei a cabeça.

-VINTE E CINCO?! EU JÁ VALHI MAIS MEU DEUS! –Maggie reclamou.

-escuta, você está negociando com um adolescente viajando sozinho, eu não saio com tudo isso para vir a uma boate. –expliquei suspirando. Se ele caísse nessa, eu estava feito.

-eu tenho, posso simplesmente pagar e ir embora? –Maggie falou com a voz cansada.

-isso seria suborno e não um seqüestro. –alguém sussurrou para ela.

-escuta, eu tenho cinco dólares aqui. –falei fingindo uma voz de pesar.

-O QUE?! ELE ESTÁ NEGOCIANDO A MINHA VIDA?! EU VOU ARREBENTAR A CARA DESSE...

-dez! –o homem respondeu.

-seis! –teimei tirando o dinheiro do bolso.

-era só o que me faltava. Eu vou morrer! –Maggie choramingou.

-oito! –o homem falou com a voz firme. Clara arregalou os olhos e John a segurou pela cintura.

-sete!

-sete e cinqüenta e não se fala mais nisso. –ele teimou e eu suspirei.

-VOCÊ BAIXOU MEU PREÇO DE VINTE E CINCO PARA SETE DÓLARES E CINQUENTA?! VOCÊS VÃO COMPRAR BALA NA PADARIA POR ACASO?!

-e o que você queria que eu fizesse? –o homem sussurrou para ela.

-tudo bem, eu aceito. –falei antes que o preço baixasse mais e Maggie precisasse de terapia.

-ok, atravesse a rua. –ele falou e eu olhei para o outro lado, vendo um carro antigo ali.

-atrás do carro? –perguntei confuso.

-no carro! –ele explicou e eu ergui uma sobrancelha.

Peguei o dinheiro, e até mesmo uma moeda emprestada de Clara e fui em direção ao carro. Quando me aproximei a janela se abriu e o menino estendeu a mão. Queria saber para que eles queriam sete dólares e meio, mas achei que era melhor não comentar.

-foi bom fazer negocio com você. –ele falou e a porta de trás foi aberta, com Maggie sendo chutada de lá de dentro.

-AI SEU BRUTO! –ela reclamou se levantando do chão.

-Tchau Megan, e lembre-se do que eu falei sobre maquiagem de mais, certo? –um menino de cabelos escuros falou tirando a cabeça para fora da janela.

-tchau Mister Frodo. –Maggie falou revirando os olhos e cruzando os braços sobre o peito.

O carro arrancou e eu percebi que era um daqueles carros antigos modificados e fiquei babando na pintura. CARA, QUE COISA MAIS LEGAL! Olhei para Maggie e ela estava com um bico que dava para ser vendido por metro.

-Maggie, você está bem? Fizeram alguma coisa com você? –Clara perguntou a abraçando.

-NÃO! Só me venderam por sete dólares e meio. –ela falou suspirando.

Ri um pouco e me aproximei, a abraçando pela cintura e aliviado por tudo ter dado certo no final. Quer dizer, quase tudo, mas isso não vinha ao caso.

-veja pelo lado positivo... –falei passando os dedos por seus cabelos. –está tudo bem agora.

-é, e você pagou sete dólares e meio por mim. –ela falou fazendo bico outra vez. Ri um pouco.

-então, já que eu paguei por você, acho que isso me da alguns direitos, certo? –perguntei e fui fuzilado com os olhos por ela.

-Ora, se você tivesse teimado um pouco, aposto que eles a devolveriam e ainda te dariam um pacote de fandangos. –John falou sacudindo a cabeça e rindo.

-ORA! –Maggie reclamou e eu ri a abraçando.

-podemos simplesmente pegar um taxi e ir embora? Chega de confusão por hoje, certo? –falei pegando a mão dela e indo para um ponto de taxi que tinha ali perto.

-só tenho uma pergunta. –Clara falou franzindo a testa. –o que eles iam fazer com o dinheiro?

-estavam guardando para comprar uma nova linha de maquiagem. –Maggie explicou dando de ombros. Fiz careta e John riu. Era só o que faltava mesmo!


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Notas finais do capítulo

HAHAHAAHAHAHAHHAHAAHAHAHHAHAHA espero que tenham gostado geeente!!!!
comentem, por favor! HAHAHA



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