O Chefe Da Minha Mãe escrita por Giolopes


Capítulo 8
Encontros E Barrancos...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596561/chapter/8


[…] E que nunca nos falte os motivos para sorrir.

Os dias podiam passar despercebidamente, mas há algo que sempre nos faça lembrar-nos do tempo e nos perguntar ¨ Já?!¨. E as incertezas da vida nos pega de certo modo que é impossível desviar. Quando crianças as coisas são tão simples, tudo tão digerido que por isso às vezes mesmo grande agimos como crianças bobas.

Como exatamente agora, onde a preocupação dos meus amigos é desperdiçar todo o lanche em uma pequena guerra de comida. Para eles não passava de uma maravilhosa brincadeira e talvez seja talvez a vida só tenha que saber ser vivida para torna-la em um parque de diversões.

Eu queria poder ignorar o fato de vê-la em outra mesa, descontando sua raiva em seu lanche o torturando com o garfo. Queria não pensar em como ela estava triste pelo fim de seu relacionamento e queria não pensar em como seria daqui pra frente, ela se afastaria de nós e nós perderíamos uma amiga.

__ Ei, ela está bem! – disse Frida tocando meu braço e me despertando dos devaneios. Meus olhos encontraram seu rosto amigável e sorri fraco.

__ Ela não me parece bem e muito menos o lanche dela. – respondi e suspirei em seguida. Desviei meu olhar para meu copo de suco de uva e beberiquei um pouco do mesmo.

__ Estamos falando da Isabelle Klein. Daqui a pouco ela está rodeada de garotos sarados e garotas entojadas, feito ela. – concluiu Austin enquanto mordiscava seu hambúrguer. Encarei o Jamie ao meu lado, ele não expressava preocupação e muito menos tristeza.

Talvez ele estivesse certo. Afinal Isa sempre foi popular e nunca ficou sozinha por muito tempo e isso no começo do namoro até incomodava o Jamie, sempre que queria privacidade alguém colava entre eles. Observei novamente a garota numa mesa afastada e seus olhos encontraram os meus, sorriu amigável e depois se levantou saindo dali.

***

Vestia minha roupa depois de um banho gelado, quando ouvir o som da companhia. Amarrei os cabelos em um rabo de cavalo e sai do quarto arrastando os pés até a porta. Abri a mesma e me deparei com o garoto de cabelos bagunçados, sorriso debochado e totalmente sexy. Ele mal disse ¨Oi ¨ e foi entrando. Fechei a porta e observei indo para meu quarto, franzi o cenho e o segui...

__Ok. Perdi algum capitulo?! – resmunguei irônica e vi seus olhos me fitarem assim que se jogara na minha cama.

__ Não que eu saiba! – respondeu colocando as mãos debaixo da cabeça e fechando os olhos.

__Já sei. Ficou sem ter oque fazer agora que não tem mais namorada. – disse confiante e ele me encarou sorrindo debochado.

__ Não. Vim te chamar para curtir um cinema! – respondeu se levantando e indo até o espelho ajeitar os fios desarrumados.

__ Não estou a fim de sair hoje... – disse e dessa vez eu que me joguei na cama e agarrei meu travesseiro.

__ Você nunca estar! – rebateu indo até minha cômoda com alguns filmes em DVD e observando um por um.

__ Já que estou aqui e você não quer sair, vamos fazer um cinema aqui mesmo. Terror ou comedia? – perguntou segurando dois DVD’s em mãos.

__O que temos ai? – perguntei.

__ A casa da colina e Loucuras de verão! – respondeu.

__ Terror. E eu faço a pipoca!

Ele sorriu animado, sempre era assim, eu e ele sempre optamos por terror e amávamos assustar um ao outro. Enquanto ele colocava o DVD eu preparava pipoca e pegava refrigerante. Ele apagou todas as luzes e fechou a porta do quarto, nos entocamos debaixo do edredom enquanto comíamos e assistíamos no escuro assustador.

***

__ Não senti falta da Isa? – perguntei procurando o pior assunto que eu poderia tocar. Nossos olhos se encontraram e ele demonstrava descontentamento.

__ Não. Pois estou contigo! – respondeu sorrindo e me derreti todinha.

__ Você é um fofo... – falei sorrindo e me aconchegando ao seu lado.

(Terça-feira: 06h30min)

Abri os olhos com dificuldade, o sol incomodava bastante, bocejei toda minha preguiça e sentir algo em minha mão, eu olhei para o lado e vi aquele rosto lindo dormindo meigamente, olhei para minha mão e lá estava a dela á segurar. Sorri ao lembrar que acabamos nem assistindo todo o filme e que minha mãe havia o deixado dormir aqui. Era uma pena ter que acorda-lo...

__ Jamie... – chamei em seu ouvido e assoprei seu pescoço. Seu braço ligeiramente prendeu minha cintura e levou meu corpo para baixo do seu. Pude sentir sua respiração misturada a minha...

__ Bom dia... – disse sorrindo e abriu os olhos azuis com dificuldade. Beijou minha testa e se levantou sorrindo.

__ Minha mãe não te acordou e não te mandou embora?! Isso está estranho. – pensei alto, tão alto a ponto de ele rir debochado.

_ Sabe como é. Ela confia no gatão aqui! – respondeu convencido. Alcancei meu travesseiro e joguei nele que sorriu mais ainda.

__ Me espera. Tomamos café e vamos juntos pra sua casa, você se troca e vamos para universidade. – ordenei me levantando e correndo para o banheiro sem esperar uma resposta.

***

Esperei no quarto do loiro enquanto ele se vestia no banheiro para irmos para faculdade. Ajeitei minha roupa e retoquei o batom até que ele saiu e fomos para faculdade juntos. Quando descemos do seu carro me impressionei quando ele segurou minha mão, fitei seus olhos mostrando que aquilo não era boa ideia e ele simplesmente sorriu torto. Eu amo os milhares de sorrisos que você tem, e toda paz que eles transmitem ao meu coração. Eu amo tuas risadas, tuas piadas sem graça e tuas tentativas de me tirar do sério.

Observei meus amigos se aproximando de nós e sem mais demora puxei minha mão segurada pela do Jamie. Notei que Isabelle havia voltado para nós, ela vinha logo atrás caminhando meio receosa ao encarar o loiro ao meu lado, sorri disfarçadamente e tentei mostrar toda calma e contentamento possível.

__Isa, está de volta! – sorri ao dizer e abracei seu corpo em seguida. Ela retribuiu meio inesperado. Afastei-me e observei que ela franzia o cenho, talvez confusa.

__Quando eu fui embora? – perguntou confusa e depois encarou o loiro que não expressava nada mais nada menos que NADA.

__ Olá para você também, Suster! – disse em seguida e recebeu um breve aceno do mesmo.

__ Digamos que você havia se afastado... – respondeu Frida enquanto retocava o batom se olhando na pequena tela escura de seu celular. A japonesa suspirou meio abatida.

__ Precisava de algumas horas sozinha. – respondeu enquanto passava as mãos pelos cabelos lisos e alaranjados. Assenti sem mais assunto e encarei o Austin distraído enquanto babava por uma loira ao fim do corredor.

__ Precisa de um babador, Horn? – perguntei sarcástica. Seus olhos me encararam com superioridade e um sorriso debochado brotou em seus lábios.

__ Só se ele pertencer á ti, querida Bernard! – ironizou e revirei os olhos enquanto todos riam.

__ Participarão da festa dos calouros hoje á noite? – perguntou Isa enquanto encarava algo na tela de iphone e ao mesmo tempo sorria de algo que provavelmente chegara nele.

__ Claro que sim. – Frida respondeu por todos. Franzi o cenho querendo desmanchar o prazer dela, mais fui impedida pelo meu caro amigo.

_ Não perderíamos por nada! – disse Jamie enquanto envolvia meu pescoço com seu braço.

***

Às vezes eu sinto vontade de matar Frida de tão insistente que ela consegue ser. Quando as aulas acabaram, ela obrigou-me a ir com ela no centro da cidade comprar roupas para irmos à festa e isso involuntariamente me obrigaria a pedir dinheiro ou cartão a minha mãe, oque eu odiava de todas as formas. Travava meus pés no chão do elevador, eu não queria nem um pouco entrar no escritório de minha mãe e pedir algo a ela, ou pior dar de cara com Carrie.

Frida puxara meu braço saindo do elevador, passamos pelas pessoas em constante correria para entregar seus trabalhos. A porta do escritório de minha mãe se abriu e antes que eu pudesse ver quem passara por ela, me esbarrei no ser e pra completar quase cai. Quase, se não fosse pelo fato de mãos envolverem minha cintura impedindo meu impacto ao chão. Meus olhos fitaram todo o corpo de cima á baixo até que encontrou aquele rosto maravilhoso como sempre...

__ Foi mal, não te vi... – disse um pouco nervosa pela proximidade. Eu podia sentir sua respiração contra meu rosto e seu hálito de menta me invadir. Seus olhos azuis encarava todo meu rosto e em sua boca se mantinha um sorriso tentador.

__ Será que nossos encontros sempre vão ser assim?! – perguntou sorrindo meigo e retribui. Max poderia ser o noivo da minha irmã, mais confesso que sua boca me chamava para confusão. E a maneira como suas mãos me segurava era tão protetor.

__ Estou começando a considerar essa hipótese. – respondi ainda sorrindo e vi sua língua sendo passada pelos lábios e logo em seguida sendo mordiscados. Faltavam mínimos centímetros para um pecado acontecer.

__ Maggie? – chamou minha mãe. Meus olhos a fitaram, parada na porta e engoli em seco. As mãos foram tiradas de minha cintura e me ajeitei enquanto recuperava o folego.

__ Oi mãe... – respondi voltando a fitar o rapaz em minha frente. Ele sorria tranquilo e depois fez reverencia saindo logo em seguida.

__ O que faz aqui? – perguntou e encarou Frida ao lado, que mantinha sua boca entreaberta e os olhos totalmente arregalados.

__ Olá Frida! – disse sorrindo amigavelmente para a mesma.

__ Olá senhora Bernard! – respondeu a garota.

__ Então Maggie, o que faz aqui? – tornou perguntar.

__ Ah. – despertei dos devaneios.

__ Preciso de dinheiro para comprar roupa para uma festa na faculdade hoje á noite. – completei.

__ Porque não pediu a seu pai? Estou muito endividada ajudando Carrie com os preparativos do casamento. – disse depois de um suspiro. Assenti já acostumada com tudo para CARRIE.

__ Eu já imaginava. Carrie, Carrie, Carrie! – disse irritada.

__ Não comece Maggie... – repreendeu minha mãe.

__ Imagina querida mãe, eu já terminei aqui. – respondi puxando o braço da Frida e me virando para ir embora. Dando de cara com a maldita CARRIE.

__ Tome meu cartão! – disse ela me estendendo o mesmo. Eu sorri irônica e revirei os olhos.

__ Enfie seu cartão bem no seu...

__ MAGGIE... – interrompeu-me minha mãe. Sorri debochada e dei um tchau falso para elas.

***

__ O que vai fazer agora? – perguntou Frida enquanto atravessamos a enorme porta de saída da empresa. Eu tentava pensar mais ela não deixava, talvez se eu não for para essa festa seja uma boa ideia.

__ Simples, não vou à festa. – respondi meio irritada e parei de andar encarando seu rosto.

__ Ah não, Maggie. Damos um jeito, mais você vai pra essa festa nem que seja nua. – disse a garota num tom bem autoritário, encarei-a assustada e franzi o cenho, quanta violência jovem.

__ Talvez eu possa ajudar... – uma voz conhecida veio por trás de minhas costas, vi o olhar da garota mudar para felicidade e malicia, virei-me e dei de cara com o ilustre e sorridente, Max.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Chefe Da Minha Mãe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.