O Chefe Da Minha Mãe escrita por Giolopes


Capítulo 24
Seja minha!




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Eu não tive coragem de me aproximar, o deixei ir com ela em seus braços. Quando simplesmente ele adentrou seu carro e pisou no acelerador, corri para fora e adentrei o primeiro taxi que vi do lado de fora. Pedi ao motorista para seguir a BMW em nossa frente e fora oque ele fez.

Hospital Central de Paris, fora onde Carrie dera entrada. Paguei o taxista e agradeci descendo do veiculo, caminhei em passos lentos para dentro do mesmo, não sabia o que diria a Max e muito menos qual seria sua reação a me ver depois da nossa ultima conversa.

E lá estava ele, sentado na recepção, de cabeça baixa apoiada nas mãos. Meu coração pulou e algumas lágrimas pediram, por favor, para saírem:

__ Max? – chamei-o parando em sua frente. Seu olhar me mediu dos pés aos olhos.

__ Mag? – devolveu.

__ O que aconteceu com Carrie? – perguntei me sentando ao seu lado.

__ Não sei. Encontrei-a desmaiada na cama... – resmungou abaixando novamente o olhar e se perdendo na culpa.

__ Acha que é algo com o bebê? – perguntei com um terrível nó na garganta.

__ Espero que não... – choramingou.

__ É essa situação... – resmunguei trazendo seu olhar confuso para mim. __ Essa situação ridícula em que você trocou a sua noiva e mãe do seu filho pela irmã dela. Isso afetou Carrie de uma forma que nunca achei que fosse! – completei finalmente liberando as lágrimas.

__ Não tem nada haver conosco, Maggie! – ele disse passando as mãos pelos cabelos, irritado e preocupado.

__ É claro que tem. Se eu não tivesse entrado em sua vida, uma hora dessas vocês estariam casados, curtindo a gravidez e programando os nomes do bebê. – eu disse aflita, me culpando por tudo.

__ Acha que me arrependo de ter te conhecido?! Que me arrependo de ter saído daquela igreja com você?! – perguntou ofendido.

__ Não importa, magoamos pessoas, Max. Eu me arrependo! – rebati me levantando.

__ Se arrepende? – perguntou puxando meu braço e me colando ao seu corpo.

__ Você não vê?! Carrie sempre estará em meio á nós, querendo ou não, e sabe por quê?! Por que eu jamais te pediria para escolher entre mim e seu filho, não seria justo. Esse bebê é a chave que Carrie queria para te prender! – ignorei sua pergunta e desengasguei.

__ Ela só ficará entre nós se você permitir. Se sair da minha vida, se me deixar. Eu não deixarei isso acontecer! – ele disse tocando meu rosto com as pontas dos dedos.

__ Senhor Thompson? – uma voz desconhecida chamou ao lado e logo me afastei do mesmo, fitando um senhor com um jaleco.

__ Sim... – disse Max.

__ Tenho informações sobre a senhorita... – ele olhou na prancheta. __ Carrie Bernard! Bom... Ela tomou alguns remédios para provocar o desmaio e por sorte não afetou o bebê. – completou.

__ Espera... Está nos dizendo que ela provocou? – perguntei surpresa.

__ E quem seria a senhorita? – perguntou ele.

__ Maggie Bernard, irmã da Carrie. – respondi.

__ Oh sim. Ela provocou, seja lá por qual motivo, acho que devem tomar cuidado com uma depressão pós-parto, muitas mulheres sofrem disso quando tem uma gravidez em meio á confusões e decepções! – ele explicou me mantendo ainda mais culpada.

__ Obrigado. Tomaremos cuidado, sim! Podemos vê-la? – perguntou Max tentando segurar minha mão, mas me afastei.

__ Claro, me acompanhem! – disse o médico seguindo pelo corredor.

__ Vamos? – perguntou Max.

__ Não. Ouviu o que o médico disse, ela precisa de cuidados. Não sou a pessoa que ela queira ver lá. – respondi.

__ Então me espera aqui. – ele disse começando á andar.

__ Não! – respondi. Ele me fitou decepcionado. __ Eu vou embora, estou saindo dessa historia, Max! – eu já não controlava mais minhas lágrimas.

__ Mag, por favor, não faz isso! Eu te amo. – disse me fazendo chorar mais.

__ Eu também te amo, tanto que chega dói. Mas, sabemos quando é hora de parar, quando devemos ceder. Cuide bem do seu filho, Max! – sai de lá deixando meu coração nas mãos dele.

Assim que pus os pés fora do hospital, meu mundo desabou junto com meus joelhos ao chão.

***

Arrumei minhas malas rapidamente, não queria correr o risco de encontra-lo. Pedi para as empregadas me ajudarem á levarem-nas para baixo e elas fizeram. Peguei um taxi e dei o endereço do meu pai, era o único lugar do qual eu poderia ir, sem contar a casa da Frida e Jamie. Eu chorava descontroladamente e passava as mãos nos cabelos com uma forte dor dentro do peito. Meu celular vibrara, olhei a tela do mesmo e vi a minha foto com Max surgir na tela, era a imagem de seu contato. Ignorei a ligação e comecei a digitar uma mensagem para Frida:

“Preciso de você! Casa do meu pai...” – Mag.

Quando o táxi parou em frente á grande porta, dupla de cor marfim, eu paguei ao motorista e peguei minhas malas. Toquei a companhia e logo o semblante cativante da Michele apareceu na porta e precisando de apoio, agarrei seu corpo e a abracei forte, nesse momento ela era minha mãe.

E eu finalmente tive com quem desabafar... Contei tudo que estava acontecendo para minha madrasta enquanto ela me ouvia, ambas sentadas na cama:

__ Então você o deixou? – perguntou triste.

__ Era o melhor a se fazer. Não posso toma-lo do filho e querendo ou não isso sempre estaria entre nós. – respondi um pouco mais calma.

__ Mag, veja bem. Sou casada com um homem que tem duas filhas e uma ex-esposa e nem só por isso, eu deixo com que não dê certo. – ela disse tentando me convencer.

__ É diferente! Você entrou na vida do meu pai quando ele não estava mais casado e não prestes á casar e com sua irmã. – resmunguei.

__ É diferente para você. Carrie é a mesma coisa que sua mãe, eu tenho que enfrenta-la toda vez e isso só atrapalharia meu casamento se eu deixasse. Não perca seu homem por causa dela. Filhos não prendem ninguém! – ela disse se levantando.

__ Mas eu me sinto culpada! – suspirei.

__ Não foi você que a obrigou á tomar os remédios... – ela disse. __ Vou ver se o jantar está pronto. – completou saindo do quarto.

Será que eu fiz a escolha certa?

Frida veio preparada para dormir aqui, meu pai estava viajando segundo Michele me disse, então era somente eu, ela e Frida. Contei tudo para Frida enquanto Michele nos ouvia e ela fez questão de repetir tudo que Michele disse:

__ Você está sendo uma boba. Está na cara que ela fez isso para chamar atenção. Não perca o Max, Mag! – disse Frida.

__ É oque estou tentando dizer. Também existe uma ex em meu relacionamento, mas não estou nem ai se ela não soube segura-lo. – disse Michele.

__ Max te ama! – completou Frida.

__ E ele precisa de você! Se o ama de verdade, tem que lutar com ele e por ele. Tem que ser por ele e com ele! – implementou Michele.

***

Dois dias se passaram... Hoje meu pai chegaria de viagem, eu não tinha noticias da Carrie ou do Max, apenas suas inúmeras ligações em meu celular. Frida ficará aqui comigo durante todo tempo e me animei com a notícia de que ela e Jamie estavam namorando, eles mereciam isso. Os meninos tiveram aqui para me ver, Jamie me apoiava e me passava à matéria, já que eu não estava indo á faculdade, enquanto Austin tentava me fazer rir e ele sempre conseguia. Michele estava sendo uma ótima madrasta, na verdade uma mãe, nova e charmosa.

Frida reclamava de eu não está me alimentando bem, então ela desceu essa manhã animada para me aprontar panquecas, ela sabia que eu não resistiria. Ajeitei meu short, amassado de tanto que eu estava deitada na cama abraçada ao meu travesseiro e fechei os olhos tentando livrar a mente de tanto peso.

Ouvi o barulho da porta sendo aberta e sem abri os olhos, eu sorri:

__ Já, Frida?! Que panquecas mais... – abri os olhos e meu sorriso sumiu. __ Max? – eu não acreditei no que estava vendo em minha frente.

Ele fechou á porta atrás de si e se aproximou:

__ Eu não lutei tanto para te ter, para agora te deixar ir assim! – disse puxando minhas pernas, me fazendo deitar na cama e ficando por cima de meu corpo.

__ O que pensa que está fazendo? – perguntei tentando sair, mais ele prendera minhas mãos acima de minha cabeça.

__ Mag, esquece tudo e todos, eu só preciso de você. Eu quero você como minha mulher, esposa, amiga, mãe dos meus filhos. Eu quero que seja minha da mesma forma com que sou seu! – ele começou mantendo nossos olhares fixos. __ É você que eu amo, eu não sei mais viver sem você, eu não quero viver sem você, eu não consigo viver sem você! – disse colando nossos lábios em um beijo rápido.

__ Max... – eu disse entre o beijo.

__ Me faça o homem mais feliz do mundo. Casa comigo?

(...) E sem você perceber: EU já era SUA!


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