Evil Ways escrita por Moonlight


Capítulo 35
Você está namorando a minha garota.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal.
Primeiramente (fora temer), eu decidi que publicaria esse capítulo. Me perdoem pelas poucas 875 palavras, mas é que esse cap publicado agora é, na verdade, um terço do que deveria ser. Decidi publicar porque depois de tanto tempo longe, vi que estava esperando uma reação minha que não viria tão cedo.
Eu signifiquei quando disse que não largaria Evil Ways. E não vou. Mas vou dar um tempinho oficial (mais do que esse tempo de 3 meses que eu dei sem querer).
Muita coisa aconteceu na minha vida que me fez perder a concentração em estar aqui. Eu carreguei a tocha olímpica. Eu comecei e terminei um curso de cinema - inclusive dirigi e roterizei um curta. Eu perdi meu avô, meu grande amor. Eu desmoronei e voltei ao apogeu tantas vezes. Eu fiz projetos escolares que me sugaram. Eu perdi muito tempo.

Atualmente, eu estou fazendo parte do nascimento de uma produtora de filmes, fazendo projetos audiovisuais e estou nos 4 ultimos meses de um ensino médio que está me desgastando mais do que o necessário. Não estou preocupada com faculdade nem vestibulares nesse ano, e esse tempo ''abandonando" algumas das responsabilidades que assumi me fez refletir muito sobre a vida.

As coisas são complicadas.

Então, só pra vocês não se perderem (e para ter uma explicação digna e uma continuação de história) aqui está um trecho do próximo capítulo.

Eu volto em Dezembro. Me perdoem, e muito obrigada.

Thay Barroso.



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Haymitch andou até a varanda, olhou o quão bonita a noite estava e decidiu que se jogar de lá de cima não era a melhor opção – e mesmo que fosse, ele já não tinha coragem alguma. Peeta o acompanhava logo atrás, bem nervoso como ele pode reparar e ainda sem a mínima noção de alguma ideia do que poderia estar acontecendo.

Ele virou de frente ao seu filho, colocou as mãos no bolso e respirou fundo. Como é que eu vou falar pra esse garoto que eu quase tracei a mãe dele?

— Haymitch? — Peeta chamou sua atenção. — E então...?

Haymitch olhou novamente para Peeta, e de repente se assustou com a semelhança entre Peeta e Big Bill, seu irmão mais velho, na ocasião em que Haymitch contara a ele que estava de partida, em meados de 92, ainda no Texas. Respirou fundo, devagar, limpou a garganta e tirou as mãos do bolso para, em seguida, dar tapinhas leves na coxa. Como começar?

— Antes de qualquer coisa, eu queria saber... Hãn... Como que você e minha Katniss vieram parar aqui essa hora, sozinhos!? — Haymitch incentivou, com um sorrisinho malicioso.

Embora soubesse que não era esse o assunto, Peeta não pode deixar de sorrir com as manias de desviar assunto que seu pai tinha (tão igual a ele), e Haymitch soube na hora que fazer Peeta falar primeiro tornaria as coisas muito mais fáceis para ele.

— Nós estamos oficialmente namorando agora. — Peeta respondeu genuinamente, com um sorrisinho de canto, que sumiu rapidamente ao fazer uma constatação importantíssima que havia passado despercebido até então. — Quero dizer, não se preocupe. Eu vou cuidar bem dela por você. — Peeta falou. — E eu sei que Katniss é como sua filha muito antes de eu ser seu filho. E eu prometo não decepcioná-la, nem ser um canalha ou coisa do tipo. — Ele completou.

Em algum lugar no passado, Peeta já fora um canalha.

 Talvez no ensino médio com Ruth, a garota que Finnick arrumou para ele. Ou com Glimmer e Wiress, as mulheres que o deixaram maluco e que serviram de tópico engraçado em uma de suas primeiras conversas com Haymitch. Mas há muito tempo não sentia nada que não fosse atração por qualquer garota. E desde o momento que viu Katniss, ele estava perdido – embora talvez perdido não fosse a palavra certa. Era o contrário: Ele finalmente estava no caminho. Ele encontrou o caminho.

— Eu sei que não vai, filho. — Haymitch o abraçou, e estendeu o gesto por quanto tempo conseguisse. Quando viu que já estava desconfortável – e até embaraçoso – soltou-se de Peeta. Agora, comece a falar de Effie, ele pensou.

Obviamente, ele falhou outra vez.

— E então... Como aconteceu o pedido? — Haymitch perguntou, ignorando a sua consciência e tentando se odiar um pouco – sem sucesso.

— Estávamos falando sobre Finnick e Annie, quando eu admiti que ficaria arrasado se ela sumisse do nada... — Peeta falou. Falou que ficou espantado com a naturalidade que Katniss – tão retida e cautelosa – levou aquelas palavras. Depois, quando ela confessou o mesmo e ele se sentiu o cara mais sortudo do planeta, e também o mais aliviado, ele a beijou e a pediu em namoro, que respondeu ‘sim’ cantando uma canção para ele. Ah, cara! Aquela noite, por mil motivos – cujos próximos viriam logo a seguir – estava sendo inimaginável para Peeta.

Haymitch também se viu surpreso. Primeiro, porque era muito raro ouvir Katniss cantar, ele sabia muito bem a razão. Segundo, porque Katniss não era muito de expressar sentimentos, especialmente expressá-los cantando como se morasse num musical da Disney. Definitivamente, não só pelo estranho cabelo loiro, mas Haymitch sentiu que estava perto de uma nova Katniss.

— E então, você já está preparando alianças e essas coisas? — Haymitch perguntou.

— Você sabe que vai ser o meu padrinho. — Peeta deu uma piscadinha para Haymitch, que não segurou o riso. — Agora chega de enrolar nos assuntos sérios, certo? Diz aí o que temos a discutir.

A gargalhada anterior de Haymitch sumiu em milésimos e um novo silêncio preencheu o ar. Cacete!

— Peeta... Então. Eu realmente não sei como dizer isso.

Já chega, era o que pensava Haymitch. Estamos cheios disso, eu e você, maldita consciência. Porque ele simplesmente não conseguia jogar as palavras para fora? Qual é! Era o medo de lhe dar com as consequências delas? Olha ele ali, pronto pra conseguir coisa melhor na vida! Pronto pra ter Effie, pronto para ter uma família, pronto para suportar a reação de Peeta, mesmo que fosse horrível. Afinal, Peeta era seu filho, e ele não sofreria represarias do seu próprio garoto. Seria uma conversa de homem pra homem, e se fosse necessário brigar por Effie, ele brigaria. Chega disso.

— Peeta, você está namorando a minha garota. — Haymitch falou. — E eu estou saindo com a sua.

A reação não foi imediata.

— O que? — Peeta perguntou.

Não era nada irônico da parte dele, não. Nem era a reação espontânea vinda do choque. Ele simplesmente não tinha compreendido o que as palavras de Haymitch significavam. Era como se elas estivessem ali, misturados, e ele simplesmente na captou a mensagem nelas. Era como ouvir uma música e não entender o que o cantor falou num trecho aleatório dela.

— Você está namorando a minha garota? O que...

 E foi só então que ele compreendeu.


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