Outro Fruto Proibido escrita por Bebel_125


Capítulo 31
Uma arqui-inimiga vira uma aliada


Notas iniciais do capítulo

Gente! Eu sei o q devem estar pensando, eu postei muito rápido, mas eu me empolguei, e eu sei, eu naum estou fazendo jus a minha maldade normal, mas é q eu acordei feliz.



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- Como assim você não vai? – perguntou Rose.

 

- Minha mãe me fez jurar pelo Styx! – eu disse indignada – Eu nunca vou jurar mais NADA pelo Styx! E eu juro isso pelo... Ai que merda!

 

- Calma – disse Tony rindo da minha cara – Ela pelo menos disse por quê?

 

- Não! Ela pediu e foi embora! Sem me dar uma mínima explicação! Isso não é justo! Não quero deixar vocês irem e ficar aqui como uma idiota olhando pra terra esperando vocês chegarem! – eu gritei já chorando.

 

- Sua mãe teve os motivos dela, amor. E vai até ser bom saber que você vai estar a salvo – disse Nico.

 

- Nico! Eu quero ir! – reclamei batendo no ombro dele.

 

- Maggie, minha cara, sua mãe fez o que era certo – disse Quíron – Agora venha querida, eles precisam se preparar para viajar.

 

- O quê? Não era mês que vem? – perguntei e ele me puxou para cima.

 

- Não, os deuses me instruíram de mandá-los logo e deixar você aqui, eles disseram que o futuro do Olimpo depende disso. Acho que eles querem você aqui, se por acaso você e Nico morressem ia ser muito ruim para eles.

 

- Então se meu marido estiver indo pra forca ele está indo sozinho? – perguntei desesperada. – Não! Isso não está acontecendo!

 

- Procure se acalmar, minha menina – ele pediu – Quando eles forem sair eu aviso pra você ir se despedir.

 

- Quem sabe seja pra sempre, né? – perguntei triste e sarcástica.

 

Quíron me deu um olhar triste e saiu do quarto, por que deuses? O que eu fiz? Claro, minha mãe me acha uma incompetente só porque não sou uma deusa perfeita e poderosa como todos os outros filhinhos dela dentro do casamento!

 

Me deitei na cama ainda indignada, pra falar a verdade, vou passar a vida indignada! Eu não posso mais fazer promessas pelo Styx, porque as duas vezes que eu fiz isso eu casei a Cristina com um anão e esperei até o casamento para perder minha virgindade.

 

Fechei os olhos e deixei lágrimas de ódio caírem por meus olhos, esse vai ser o maior sacrifício que eu posso fazer no momento, deixar eles irem e ficar aqui esperando notícias como uma completa idiota, isso é terrível, isso foi cruel.

 

- Maggie, já estamos indo! – Rose gritou da porta.

 

- Vão logo! – eu pedi – Não quero ter que olhar vocês indo em uma missão para o Tártaro.

 

- Entendo – ela disse – Nós vamos nos ver de novo, ok? Eu prometo!

 

- Não jure pelo Styx! – alertei e ela riu.

 

- Tudo bem, não vou jurar pelo Styx! Mas sei que vai dar tudo certo.

 

Então ouvi minha amiga ir embora, mesmo não tendo descido para exatamente não os vereles saindo, eu, uma pessoa sem muito controle, tive que olhar pela janela. Ver 13 pessoas que eu amo, mesmo com rostos confiantes, partirem para um lugar como o Tártaro me deixou totalmente abalada e chateada.

 

Passei o resto do dia no meu quarto. Na verdade eu praticamente passei o resto do mês nesse quarto, eu só saia pra comer e ouvir as novidades sobre meio-sangues voltando ao acampamento porque a barreira de monstros estava muito ocupada, mesmo sendo boas notícias por fora, eu sabia que dentro disso tudo estavam meus amigos lutando contra esses monstros.

 

Eu passo o dia na minha cama, me lembrando do pessoal, do meu marido que podia estar morto agora, e eu penso comigo mesma que isso é pura maldade. Quíron me disse que tinham chegado cartas pra mim ontem, eu não tive coragem de abrir nenhuma delas, seria demais pra mim.

 

Tive o cuidado de colocar na gaveta todas sem saber de quem eram. Para não me iludir ou morrer de chorar ao lê-las. Olhei pela janela, criei esse hábito, de esperar eles voltarem por aquela colina, nem sei como eu não fui atrás dele ainda, mas eu fiz uma promessa a minha mãe e se eu quebrar morro.

 

- Maggie, visitas – gritou Quíron.

 

- Não quero falar com ninguém! Manda embora! – gritei de volta.

 

- Foi difícil chegar até aqui, não vou embora – alguém abriu minha porta.

 

- O QUE FAZ AQUI! NÃO TOQUE EM MIM! – berrei para ela.

 

- Maggie, por que você acha que Quíron deixaria eu entrar? – perguntou Liane – eu não vou fazer nada com você, fui revistada antes de subir aqui.

 

- Não tenho nada pra conversar com você! Se você se arrependeu pode ir lá pra baixo e cuidar da sua vida, mas não chegue perto de mim, tenho nojo de você.

 

- Não estou arrependida – ela disse sínica – Aqui me trataram como uma qualquer! Nico me desprezou, e eu o amo, você sabe que eu o amo, se não amasse não estaria aqui.

 

- Veio aqui pra me dizer na minha cara que você ama meu marido? Quer apanhar? – perguntei com raiva.

 

- Você não está em condições de matar nem uma formiga, Maggie, ao menos eu. E acredite quando eu digo, eu não viria aqui só pra ver sua cara de sonsa que conseguiu o Nico, como eu não sei. Eu vim aqui porque, embora ele esteja do lado inimigo ao meu, não quero que nada aconteça a ele.

 

- O que vai acontecer com ele? – perguntei.

 

- Pegaram ele. – disse ela – Estão torturando ele! E é na minha frente, para eu ver que ele é fraco para mim. – ela disse com nojo – Eu não consigo mais assistir isso, eles não sabem que eu vim até aqui, muito menos que estou avisando você disso, mas eu preciso que me ajude a salvá-lo.

 

- Não vou nem chegar perto – eu disse – Se eu sequer pensar em fugir morro, fiz uma promessa ao Styx.

 

- Sei qual é sua promessa, Maggie. – ela disse presunçosa. – Descobri quando vimos o que aconteceu na sua conversa com sua mãe.

 

- Como vocês viram? – perguntei assustada.

 

- Qual é? Maggie. – ela riu – Você sabe muito bem quanto eu que nós somos muito espertos – ela pegou em um espelho – Tudo que isso aqui reflete aparece lá na nossa fortaleza no Tártaro, lugar horrível – ela se arrepiou – Mas voltando ao assunto, você prometeu a sua mãe que não viajaria com eles, e se você viajar só comigo?

 

- Quer dizer, nós duas juntas? – perguntei.

 

- Exatamente, está nessa.

 

- Não sei não – eu disse insegura – Quem me garante que você não está querendo que eu morra? – perguntei.

 

Ela bufou e disse:

 

- Eu juro pelo Styx que não vou sair desse quarto com você. – ela disse e foi até a porta, depois ela voltou – Ta vendo? Agora eu posso atravessar quantas vezes eu quiser, só que você tem que sair um tempinho depois, estarei esperando.

 

Ela saiu do quarto e eu pensei no que ela me disse. Quer saber, se tem uma maneira de salvar meu marido eu vou arriscar! E eu sempre quis ir nessa missão mesmo, então, nada a perder, não é?

 

Desci as escadas e encontrei Liane e o Sr. D se encarando, ele parecia saber que ela não prestava, mas sabia que ela sozinha não faria nada contra o acampamento, levei ela pra fora dali antes que Quíron me visse ou Liane tivesse a chance de conseguir autorizar a entrada de algum monstro no acampamento.

 

Nem tive que convencer o Sr. D de alguma coisa, ele só murmurou alguma coisa sobre “Que bom que não tenho que ouvir alguém chorar à noite”, ele deve ter adorado que Nico saiu só para não ouvir nossos gemidos de noite, como eu sinto falta disso também.

 

Liane subiu em uma moto e mandou-me subir também. Obedeci meio assustada, eu andei de moto uma vez, não foi muito bom, sabe? Nem dessa vez, quando nós paramos pra comer eu nem agüentei o cheiro da comida, comi um prato enorme de macarronada com muito molho e depois um milk-shake de morango delicioso.

 

- Você está comendo demais! – ela reclamou – Me custou caro.

 

- Olha, cala a tua boca! – gritei pra ela.

 

- O marido não é meu. – ela resmungou.

 

- Como se você não morresse de inveja. – eu disse e ela baixou a cabeça e não falou até chegarmos nos estúdios onde estava a porta para o Mundo Inferior.

 

Na verdade foi uma viagem de dois dias, paramos em motéis e restaurantes o tempo todo, e Liane pagava, fiquei mal percebendo que ela estava toda empenhada em me ajudar a salvar meu marido, mas eu logo percebi que ela achava que EU estava ajudando ELA.

 

- Chegamos – ela disse. – Tem dracmas?

 

- Acha que eu viajaria até o Mundo Inferior sem elas? – perguntei sarcástica.

 

- Olhe quem está aqui! – disse Caronte ao nos ver – Que maravilha vê-las de novo, mas viajando juntas é a primeira vez.

 

- Seu idiota, tem deixado eles passarem com semideuses – eu disse com raiva.

 

- Clovis me paga melhor – ele disse tranqüilo – Então, quanto tem aí pra mim?

 

- 10 dracmas e nos deixa passar – eu disse entregando a ele.

 

- A senhora deveria ser mais cuidadosa, viajar com o inimigo que seqüestrou o seu marido? – Caronte disse nos guiando até a sua barca.

 

- É exatamente para tirar ele e meus amigos de lá, Caronte – eu disse – Não vai me impedir, não é?

 

- Eu nem pensaria nisso – ele disse – meu dever é apenas trazer quem me paga até o outro lado na minha barca.

 

- Odeio esse cheiro – comentou Liane.

 

- Nem me fala – eu pedi – Senão eu...

 

Me virei para o rio e vomitei, esse cheiro de lixo é nojento, e eu tenho o estômago sensível, quer dizer, eu tenho agora, mas isso não vem ao caso. Limpei minha boca com um papel que Liane me deu. Fiquei ansiosa o resto do caminho, queria reencontrar meu marido logo.

 

- Pronto, eu só venho até aqui – ele disse nos deixando e indo embora.

 

Liane tomou um caminho que eu não conhecia, ela passou por um túnel escuro e fedido, então finalmente ela parou e eu olhei o que tinha pela frente, nada, absolutamente nada, só um abismo enorme que parecia sem fim, o Tártaro.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu fui ótima com vcs postando bem rapidinho, mas isso foi devido à quantidade de reviews, então... Se naum comentarem eu só posto daqui a duas semanas *risada maléfica*