MoonBlack Pack - Interativa escrita por animallover1143


Capítulo 4
Loba


Notas iniciais do capítulo

Do capítulo anterior para esse já passou um tempinho, ok?



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 Night

Fazia 5 meses desde que nossa família tinha morrido. Bem, nossa tia sobreviveu, mas isso não nos ajudava, já que ela devia estar a milhares quilômetros de nós. Eu apenas não acho que ela tenha morrido. Ela era a melhor loba do bando, e Sadie herdou suas habilidades.

Sobreviver esses meses não foi la tao difícil -embora não seja super fácil-. Sadie dava um jeito de caçar uma rena jovem uma vez por mês, e no resto tínhamos que nos virar indo atras de coelhos ou cães-das-pradarias, as vezes alguns coiotes nada apetitosos, mas sempre conseguíamos alguma coisa.

Sadie estava sentada em uma pedra, observando a paisagem.

—Fome? -perguntei, lhe trazendo um pedaço de uma lebre.

—Sim. -Ela respondeu- Vou caçar hoje, preciso de energia.

—Quando?-perguntei.

—Assim que o Sol se por.

—Vou ajudar?

—Não.

Isso sempre me chateava. Sadie nunca me deixava eu ajudar quando ela ia caçar alces, renas, caribus ou cervos. Por motivos que ela escondia, eu só podia matar presas menores ou menos perigosas.

—Por que?

—Por que você e muito novo!- ela respondia, irritadiça.

—Tudo bem... -eu sempre cedia desanimadoramente.

—Vá para algum buraco se esconder, você já deve ser velho o suficiente para sentir o cheiro da comida quando eu conseguir.

Assenti. Os lobos nunca arrastam suas carcaças a um lugar seguro ou coisa parecida. Pois uma alcateia faminta, com indivíduos ansiosos para conseguir mais alimento que os outros, não consegue cooperar a ponto de carregar uma coisa pesada todos na mesma direção, e apenas um ou dois lobos não são suficientes para carregar uma carcaça pesada a uma longa distancia. Os lobos que não participaram da caçada -e eram poucos pois geralmente lobos caçam com a alcateia inteira- precisavam encontrar o local em que a presa fora abatida usando o cheiro tanto do bando quanto da criatura morta. Hoje eu precisaria que meu olfato funcionasse bem, pois meus bons ouvidos não seriam muito uteis em longas distancias.

 Sadie

Quando o sol se pôs, imediatamente comecei a procurar uma manada. O ultimo dia de inverno passara a pouco tempo, e eu ainda não havia me acostumada a caçar sem neve fofa e profunda cobrindo o chão e as arvores, a neve também servia de abrigo, pois nosso calor corporal nos esquentaria se fizéssemos um buraco. Agora, precisávamos encontrar buracos naturais para nos abrigar.

Fiquei com a cabeça e a cauda baixas, tentando farejar alguma coisa, uma manada nunca estaria no meio da floresta, como eu estava agora, mas tinha a chance de eu encontrar um individuo isolado. E encontrar um me faria economizar tempo e energia que eu precisaria para afastar uma rena ou cervo de seu bando.

Infelizmente, farejei uma manada de caribus , justo em uma clareira bem grande e verde, o que tiraria minha camuflagem. Desanimada, fui andando apressadamente para o local.

Era um grupo médio, com uns trinta indivíduos, e estavam na margem de um pequeno lago, bebendo. Isso era uma desvantagem enorme, pois suas pernas longas os fazem mais rápidos na água quando comparados aos lobos, mas eu teria que conseguir.

Já estava completamente escuro, a luz da lua permitia que eu os enxergasse com minha incrível visão noturna. Já eles, que não possuíam uma visão muito apurada, começaram a se distanciar do lago, para poderem se manter alertas.

Era minha oportunidade! Comecei a, lentamente, ficar entre eles e a água, não lhes dando escapatória. Comecei a procurar algum membro jovem, doente ou ferido, e encontrei. Uma fêmea bem velhinha estava mancando de não uma, mas duas patas! Era meu dia -ou noite- de sorte! Ela estava entre os últimos próxima a mim, melhor que está não fica.

Rapidamente fui rastejando ate ela, obvio que não ia pega-la completamente de surpresa, mas consegui me aproximar o suficiente antes que uma fêmea com um filhote me avistasse e avisasse o grupo, que saiu em disparada.

Eu rapidamente alcancei a fêmea ferida, e comecei a morder agressivamente uma perna traseira que estava boa. Se eu a derrubasse no chão, tudo estaria acabado.

Ela se debateu, desesperada pela vida, mas eu não tive compaixão. Também estava desesperada! Eu e meu irmão precisávamos comer! Algumas dezenas de minutos depois, consegui derruba-la. Meus dentes , não afiados o suficiente, não conseguiram cortar sua garganta, então foi necessário mata-la no sofrimento, sufocando-a.

 Night

Em vez de me esconder, como Sadie havia me instruído, comecei a vagar ,discretamente, explorando o local. Quando fazia quase uma hora desde a partida de Sadie, comecei a procura-la.

Tentei me lembrar do cheiro, Sadie e eu tínhamos comido animais maiores apenas algumas vezes, não o suficiente para meu jovem focinho memorizar. Senti o odor ao longe, mas não com precisão o suficiente. Então, segui o odor de Sadie, esse eu conhecia bem. No caminho, vi uma manada correndo, mas Sadie não estava com eles, então continuei seguindo seu rastro.

Alguns minutos depois, encontrei-a ao lado de uma carcaça de caribu, era uma fêmea grande e velha, Sadie já havia comido alguns poucos pedaços.

—Foi difícil?-indaguei.

—Não poderia ter sido mais fácil.-ela respondeu com, um pouquinho, mas eu detectei, de arrogância.

Mesmo assim fiquei alegre. Mesmo tendo 2 anos e meio, ela já era uma excelente caçadora.

  ***

 Sadie

Ja tinha se passado dois meses dês daquela excelente caçada. Eu e Night estávamos vagando por ai, pensando na próxima refeição.

—Estou sentindo um cheiro, Sadie...

Night não tinha um bom olfato, então se ele sente um cheiro, preciso verificar o que é.

Farejei um pouco, mas ao primeiro resultado, não acreditei em meu focinho e botei ele para trabalhar novamente. O resultado era sempre o mesmo, eu tinha certeza.

—Há outra loba por aqui.

Night olhou para mim com uma cara tão assustada que ficou engraçado.

—O que?

—Sim.-eu confirmei, conseguindo esconder minha enorme surpresa.

—Hmm... -ele continuou "branco" de susto- Tem alguma chance de ser nossa tia?-ele deixou um pouquinho -só um pouquinho- do susto de lado e uma pequena esperança surgiu em seus olhos.

—Hmm... -eu odiei estragar a esperança dele, nas eu realmente duvidava, farejei o ar e o chão mais uma vez. -Nenhuma chance, é outra loba.

Ele voltou a ficar pasmo.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo o primeiro lobo enviado por vocês irá aparecer :-) Desculpe se deixei escapar algum errinho de português.



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