- Não vai me convidar para entrar? – Ele abre um sorriso de canto. Sakura respira fundo, o ar parecia ter se ausentado... Era aquele sorriso, aquele sorriso de canto que causava a falta de ar. Ele era tão... Sedutor.

- Claro entre Sasuke... – Sakura recua alguns passos dando passagem, ele entra e se senta no sofá. Ela fecha a porta e se senta ao lado dele, mas um pouco distante.

- O que te trás aqui?

- Bom, acho que nós não terminamos aquele assunto que começamos lá no colégio... Eu quero... Quero você junto comigo.

- Sasuke, você sabe que eu estou com o Naruto e...

- Droga, o Naruto é o de menos, você pode muito bem deixa-lo e ficar comigo!

- Não, não posso Sasuke.

- E por que não Sakura?

Ela o encara fixamente, nunca tinha entrado tão fundo naqueles olhos cor de ônix.

- Porque eu amo o Naruto... – Ela responde com uma voz firme dando uma ênfase na palavra “amo”. Sasuke também a encara, mais agora seu olhar estava vazio, parecia ter tido uma decepção enorme com a resposta da garota.

- Eu não vou desistir de você Sakura, demorei muito pra perceber que gostava de você e te fiz muito mal, mas vou te reconquistar. Custe o que custar.

Ele se levantou dando um beijo na testa da garota e sai pela porta. Sakura solta um longo suspiro deitando no sofá e colocando as mãos sobre o rosto.

(...)

Já era noite em Tóquio, o céu tinha poucas estrelas e o clima estava ameno. Shikamaru andava pensativo pelas ruas com as duas mãos nos bolsos. Uma pessoa passa por ele, ele não liga mais logo um perfume muito conhecido invade suas narinas. Era inconfundível. Ele olha para trás vendo por trás a loira, era Temari, sua ex-namorada.

- Temari!

Ela para com a chamada do garoto. Vira para trás encarando o garoto com um olhar cheio de magoa.

- O que foi?

- Não precisa ser tão grossa.

- Fala logo, tenho compromisso garoto.

Shikamaru se aproxima alguns passos ficando a centímetros de distancia dela.

- Você não acha que já está na hora de esquecermos o passado? Eu já te pedi perdão Temari, e você sabe que eu gosto demais de você. Foi numa hora de... Carência.

Ela solta uma risada alta e sombria colocando uma das mãos na cintura tombando a cabeça pro lado. Os olhos verdes da garota estavam vazios mais ainda assim encaravam com firmeza o garoto.

- Uma hora de carência? Eu fiquei um mês fora por motivos pessoais e você me trai depois diz que foi por carência? Se liga Shikamaru, não dá mais... – Ela vira e sai andando, Shikamaru corre entrando na frente dela e segurando seu rosto com as mãos forçando que ela olhasse pra ele.

- Por favor... Vamos sair juntos e conversar melhor. – Eles se encaram por alguns segundos, ela estava sofrendo muito com aquela separação. Havia dois meses que eles tinham terminado e diversas vezes o garoto havia pedido perdão, mas ela não aceitava, a traição tinha magoado demais. Mas já faziam dois meses e ela queria resolver as coisas. Temari suspira derrotada.

- Você me pega amanhã as 8:00, sem atrasos senhor problemático.

Ela sai andando e ele sorri.

- Sem atrasos,gata.

(...)

- HINATAAAAA! – A voz irritante da pequena Hanabi ecoava pela mansão dos Hyuuga. A criança de cabelos negros e longos como os da irmã corria pela mansão procurando Hinata. – Ah, você está aqui. Oni-san, vamos ao shopping hoje?

- Gomen nasai, Hanabi-chan. Eu tenho compromisso. – Hinata abre um sorriso e Hanabi sai resmungando algumas palavras inaudíveis. Hinata penteia os cabelos deixando-os soltos como de costume. Ela nunca havia mudado o jeito de seu cabelo, sempre foram lisos, negros e compridos – até a cintura. Hinata desce as escadas uma bolsa nas mãos.

- Sayonara! – Despede-se ela em melodia. Ela logo abre um sorriso quando vê Neji esperando por ela no portão da mansão.

- Vamos Hinata ?

- Ha-Hai.

Hinata entra no conversível do primo, sentando-se no banco do passageiro. Logo eles já estão a caminho da casa da amiga de Hinata. Neji prestava toda a sua atenção na direção, e Hinata estava em silencio, pensativa olhando pela janela do carro.

- Neji-san...

- Sim, Hinata-sama?

- Er... Você não se zanga, te ter que me acompanhar pra baixo e pra cima? – Pergunta Hinata meio hesitante. Neji para esperando o sinal ficar verde.

- Não Hinata, eu sou pago para isso, não faço mais que a minha obrigação. – Diz ele indiferente, ainda olhando o farol. Enfim o sinal fica verde e ele continua. O silencio novamente tomou conta. Hinata agora estava com um olhar triste.

– “Obrigação?” – Repeti-a em seus pensamentos. – “Então é isso, eu sou só uma obrigação”.

Neji para o carro e Hinata sai antes que o primo pudesse abrir a porta pra ela.

- Volto te buscar as seis.

- A mãe da Ayume me leva embora. – Ela entra sem nem olhar para o garoto.

- O que deu nela?

(...)

A tarde passou rápido e a noite havia chegado. O céu estava repleto de estrelas e era noite de lua nova. O céu estava realmente lindo. Apesar do céu lindo o clima estava mudando, e o vento gelado já soprava. Shikamaru dirigia apressado pela rua, olhava para o relógio no painel do carro, os números digitais marcavam 8:10.

- Ela disse sem atrasos, droga. – Ele para o carro em frente a uma casa laranja e desce apertando a campainha. Ele espera alguns segundos, ansioso. Shikamaru estava elegante, vestia um terno preto, seus cabelos estavam penteados para trás e sua barba estava feita. Ele segurava um lindo buquê de rosas vermelhas na mão. Logo a porta se abre um garoto ruivo o recebe com uma cara nada amigável.

- O que faz aqui Nara ?