Miss Simpatia escrita por Little Queen Bee


Capítulo 31
Homem Estranho, Homem Novo


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI! VOLTEI! VOLTEI! Por favor que vocês não tenham me abandonado! Por favor! Por favor! Desculpem!!!! Eu sei que vacilei um pouco, mas eu tenho algumas desculpas, tipo: ENEM, um teste de matemática que eu adiei por um dia õ e preguiça pq já estou cansada #chegalogoférias. Minha música pós ENEM: Don't dream it's over... hahahah é rir para não chorar, mas enfim. Cheguei e este é o PENÚLTIMO capítulo!!!!! SIM!!!!! Estamos no THE END. Terá mais um capítulo e um epílogo assim como teve o prólogo. Nossa! Como eu escrevi! #masenfim Boa leitura!



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POV. Daphne

Minha vida estava começando a andar. Eu podia ver isso. Minha formatura foi a uma semana. Se pensa que eu estou parada curtindo a vida de recém-formada é muito engano seu. Hoje andei por toda Manhattan entregando meu currículo para jornais e revistas. Cansaço me define, mas ao mesmo tempo estou feliz que pelo menos algo está dando certo.

No momento não possuo nenhuma exigência quanto ao cargo, mas tenho o sonho de ser colunista no futuro. Escrever o que quero e saber que as pessoas lêem e gostam. Não sou só um rostinho bonito. Sempre dei-me bem nas redações no colégio.

Saio da estação de metrô, caminhando na direção de casa. O dia estava ótimo, mas você nunca sabe o que pode acontecer até o final dele.

Esbarro em um homem que caminhava no sentido oposto. Penso em pedir desculpa pela minha distração, mas ao ver a cara do sujeito recolho imediatamente minhas palavras.

– Ai meu Deus! – murmuro ao esbarrar com Patrick.

– Daphne! – diz ele parecendo contente em me ver.

– Olha sem palhaçada. Estou atrasada para chegar a um lugar. – minto.

– É só um segundo. Eu estava querendo te encontrar. – diz ele segurando meu braço, mas não com a brutalidade que ele fazia.

– Patrick, eu não vou sair com você. – digo com um tom mais elevado.

– Não é isso que você está pensando. Deixe-me falar. – diz ele e me calo. – Eu queria pedir desculpas pra vocês, pelo modo como lhe tratei. Eu agi como um babaca. Você e todas estão cobertas de razão. Eu devia pedir desculpas até pro Josh, mas falaram que ele foi embora.

Não digo nada em relação à isso. Já estou surpresa em relação à esse pedido de desculpa inesperado.

– Eu sinto muito. Eu sei que você gostava dele.

– Não quero falar sobre isso. – digo, olhando para meus pés.

– Desculpe. – diz ele e posso ver em seu rosto que está arrependido.

– Está bem. – digo e o abraço para selar a desculpa.

Dou um beijo na bochecha dele. Fico feliz que ele tenha mudado. Afinal, ele só tem a ganhar tratando as pessoas bem.

– Tenho que ir. Minha namorada está me esperando. Até mais. – diz ele coçando a nuca e se vai.

– Patrick!- grito, antes que ele vire a rua. Ele se volta para mim. – Continue assim. – pisco para ele.

– Você também. – diz ele, piscando de volta e se vai.

Sigo meu rumo para casa. Só agora acredito que Patrick tenha mudado o seu jeito. Eliza já havia me contado sobre isso, mas não acreditei. O que o fez mudar? Não faço ideia, mas que bom que mudou.

Ao chegar em casa meu celular toca. Procuro-o dentro da minha bolsa. Algumas vezes penso que eu deveria carregar menos coisas. O número era desconhecido.

– Alô? – digo ao atender.

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POV. Josh

Faz poucas horas que retornei à Manhattan. Desde que voltei de Miami passei uma semana na casa de meus pais. O baile de Jared foi neste final de semana. Eu o auxiliei com tudo, como deveria chamar a menina, como trata-la, como se vestir. Não é para me gabar, mas tenho muita experiência nisso.

Voltei, hoje, a dividir o apartamento com Phil, ele já não aguentava mais o antigo inquilino. Comecei a distribuir meu currículo para várias revistas da cidade. Desta vez quero um emprego de fotógrafo, não jornalista, apesar de eu ter feito faculdade disto. Só em último caso eu apelaria para o jornalista.

Não conversei com Daphne desde que voltei de Miami. Jared me perturbou durante a semana passada inteira para quando eu retornasse a Manhattan a procurasse. Estou organizando minha vida ainda, mas penso em fazer isso amanhã.

Já era final da tarde quando eu estava retornando para casa. Phil havia me pedido para passar na mercearia perto de casa, estavam faltando algumas coisas para janta. Uma figura, que sai do metrô do outro lado da rua, me chama a atenção. Daphne! Esta é a minha chance.

Faziam meses que eu não a via. Ela havia mudado muito. Seu cabelo estava maior, mas ainda tinha aqueles cachinhos na ponta que eu adorava. Aquele lindo sorriso parece ter se apagado. Ela parece mais madura. Apesar de tudo, ela ainda é a garota mais linda que eu já vi.

Penso em atravessar a rua para falar com ela, mas êxito quando vejo que ela esbarra em Patrick. Tento esconder-me atrás de um poste para observar eles. Brian havia dito que ele havia mudado, mas só acredito vendo.

Daphne parece irritada ao vê-lo e então me preparo para atravessar, mas seu humor muda e vejo que eles conversam normalmente. Ela o abraça e o beija na bochecha. As coisas mudaram demais desde que fui embora. Não suporto mais ver a cena. Bufo e continuo meu rumo para fazer meus afazeres. Terei que repensar seriamente no que fazer amanhã.

Depois de andar alguns quarteirões, chego à mercearia. Empurro a porta para entrar enquanto um senhor, que estava saindo do estabelecimento, a puxa. Dou passagem para ele, mas algo de estranho acontece. Depois de ele sair sorrindo, em agradecimento, para mim, ele põe a mão no peito e se agacha. Corro para ver se ele está bem. Ele cai em meus braços e vejo não está respirando.

– Ambulância! Alguém chama uma ambulância! – berro, clamando por ajuda. Tento reanima-lo. Pessoas começam a se amontoar ao meu redor, ajudando ou apenas olhando em curiosidade.

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Depois do desespero, encontrei a tranquilidade. Acompanhei o senhor até o hospital, entraram em contato com sua família, que chegaria aqui logo. Os médicos o diagnosticaram com um acidente vascular cerebral. Ele está passando por uma bateria de exames e tratamentos, mas os médicos têm grandes expectativas de que ele não terá sequela alguma. Não consegui saber todo seu nome, mas ele se chama Florian. Esse nom não me é estranho.

Fico na sala de espera, mexendo no celular. Mando uma mensagem para Phil, avisando que não chegarei para jantar. Irei esperar a família do homem chegar, não sinto-me bem deixando-o sozinho.

– Meu pai! Meu pai! Onde ele está? – diz uma voz desesperada, adentrando o local e retirando minha atenção do celular.

Daphne estava parada em minha frente. Seus olhos estavam cobertos de lágrimas e seu rosto demonstrava desespero.

– O que... o que você está fazendo aqui? – diz ela com a voz calma.

– Oi para você também. – digo. Sei que fui frio, mas ainda sinto raiva dela.

Ela se acalma e senta ao meu lado.

– Você tem alguma notícia do meu pai? – pergunta ela suplicando. As lágrimas começam a rolar pelo seu rosto.

– Não sei quem é seu pai. Eu só trouxe aqui um homem que sofreu um AVC. Seu nome era... Florian. – digo e só depois me toco de onde conheço esse nome.

– O nome do meu pai é Florian. Florian Campbell. Ligaram-me dizendo que ele deu entrada nesse hospital depois de ter um AVC. – diz ela.

No momento que eu ia lhe responder um médico apareceu.

– Responsável pelo paciente Florian Campbell. – diz ele no meio da sala de espera.

– Somos nós. – digo, levantando junto de Daphne.

– O que vocês são dele? – pergunta o médico, olhando em sua prancheta.

– Amigo e filha. – digo apontando para Daphne.

– Está bem. Bom, a situação não é tão fácil quanto imaginávamos. Teremos que submeter o paciente à uma cirurgia e coloca-lo depois em observação na UTI. – diz o médico.

– Ele... ele corre algum risco? – pergunta Daphne.

– Toda cirurgia, por menor que ela seja, passa por algum risco. Essa cirurgia será bem delicada.

Daphne começa a soluçar mais alto e as lágrimas começam descer pelo seu rosto com mais frequência. Abraço-a com força para mostrar que estou aqui e que ela não vai passar por isso sozinha. Ela me abraça com a mesma força.

–Voltarei daqui alguns minutos avisando a hora que o paciente entrará no centro cirúrgico. – diz o médico e assinto.

Daphne e eu retornamos para nossos assentos. Ela me abraça com força e chora. Por alguns instantes esquecemos de tudo o que passamos. Por um instante me concentro no fato do quanto eu queria esse abraço, mas deixo de ser egoísta e penso no que ela esta passando. Alguns minutos depois o choro dela cessa e ela apenas soluça.

– Tenho que ligar para os meus irmãos. – diz ela se levantando com o celular na mão.

Coço minha nuca e bufo. Minha cabeça está confusa demais. Esfrego as mãos em meu rosto. Bebo um copo d’água e retorno para meu lugar. Como a vida é doida. Nunca passaria pela minha cabeça que o homem que eu socorri na rua é o pai da mulher que amo, por mais que eu nunca tenha dito isso à ela. O problema do ser humano é o orgulho.

Daphne volta e se senta ao meu lado.

– O que você está fazendo aqui? – pergunta ela, guardando seu celular na bolsa.

– Eu estava indo na mercearia e o seu pai estava saindo, mas eu não sabia que era ele, eu o ajudaria de qualquer forma, só pra deixar claro. – digo, começando a ficar nervoso e me enrolando nas palavras. – Aí ele passou mal e eu ...

– Não. – diz ela me interrompendo e olhando em meus olhos. – O que você está fazendo aqui em Nova York? Você não estava em Miami?

– Não deu certo lá. – digo olhando para meus pés. – Emprego ruim, lugar ruim, companhias ruins. – dou de ombros. – Eu sabia que iria voltar lá no fundo, por mais que eu não quisesse.

– E por que não queria? – pergunta ela. Olho para Daphne e ela estava me fitando. Suspiro.

– Vários motivos. Não queria ter que aturar meu pai com esse lance de emprego, mas ficou tudo certo. E... – êxito em falar.

– E... – ela me incentiva a falar.

– Eu não queria ficar perto de você, mas saber que você poderia estar com um outro cara. Você me mandou ir embora, lembra? Seguir meus sonhos, mas nem sempre o que a gente sonha é melhor para nós.

– Você não devia ter me escutado. Há meses atrás eu mal sabia o que fazer com a minha vida.

– É, mas agora passou. Eu fugi de você, e eu estava errado porque eu tinha que enfrentar meu problema. Fiquei uma semana na casa de meus pais. Voltei hoje para Manhattan. Estou morando temporariamente com Phil e procurando um emprego. Estou tentando andar com a minha vida.

– Isso é bom. – diz ela soluçando novamente. – Eu me formei faz pouco tempo. Por isso meu pai estava aqui na cidade. Eu tenho uma ideia do que possa ter causado isso. Ele anda muito estressado e triste porque ele e minha mãe estão se divorciando. Agora não sou mais Miss. Eu renunciei meu título e na manhã de natal eu fui lhe procurar para te contar sobre isso, mas você havia ido embora. – ela mexe em seu cordão. Por essa eu não esperava. – Meu pai que me deu isso. Ele lutou para que eu conseguisse seguir meus sonhos e eu fui, mas ele escapou de mim.

– Ele retornou sabia? – digo e as lágrimas rolam por seu rosto novamente. – Olha, eu não acho que essa é a hora certa pra discutirmos sobre as besteiras que nós dois fizemos. E isso é passado. – ela assente e tenho medo de como ela tenha interpretado minhas falas.

O silêncio domina o local. Minutos depois os irmãos de Daphne chegam.

– Como está o papai? – pergunta o que aparenta ser mais velho.

– É, ele está bem? – diz o mais novo. Ele deve ter a minha idade ou ser apenas alguns anos mais velho que eu.

– Estão fazendo alguns exames nele e ele terá que fazer uma cirurgia. Daqui a pouco virão para dizer a hora.

– Ai meu Deus! – diz o mais velho.

– Você o trouxe para cá? – pergunta ele a Daphne.

– Não. Foi Josh.... meu amigo. – diz ela e um pequeno sorriso se abre em seus lábios.

– Muito obrigado, Josh! Não sabe como estou agradecido. – diz o mais velho abraçando-me. – Sou David e este é meu irmão Dwayne.

– Muito obrigado mesmo! – diz Dwayne.

– Não precisam me agradecer. – digo e volto-me para Daphne. Agora que sei que ela está bem, posso ir. Eu ficaria a madrugada toda aqui com ela, mas este é um momento familiar. – Acho que já está na hora de eu ir.

– Espera, Josh. – diz Daphne se aproximando. – Muito obrigada mesmo. – Ela me abraça com força. Eu retribuo, depositando um beijo em sua cabeça e sussurro em seu ouvido esquerdo.

– Não se preocupe. Ele vai ficar bem. Tenho certeza que ele é um homem forte como a filha dele é. – digo e me afasto. – Nos falamos depois, okay?

– Está bem. – diz sorrindo para mim. Pisco para ela e vou embora.

Não foi como eu imaginava, o nosso encontro. As circunstâncias que o ocasionaram não foram nem um pouco boa. Precisamos nos acertar, mas depois dessa pequena conversa de hoje, tenho a plena certeza de que quero reconquistá-la. Ela é a garota com quem quero realizar meus sonhos. É ela que quero ao meu lado. Não vou ser idiota e deixar essa chance me escapar. Vou agarra-la e aproveita-la. Já perdemos tempo demais, não?


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Notas finais do capítulo

QUERO COMENTS!!!!! PLEASEEEEE Digam-me o que acharam. Curtam e recomendem para os amiguinhos!!!! Tentarei escrever o último capítulo dentro de duas semanas. Prometo não demorar tanto. Beijos e até a próxima ;*



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