Miss Simpatia escrita por Little Queen Bee


Capítulo 30
Chegada da Primavera


Notas iniciais do capítulo

Olá peoples. I'M BACK. Estamos chegando nos capítulos finais amigoooos. Boa leitura!!!



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POV. Daphne

O inverno já havia ido embora de Nova York. A primavera chegava e as flores brotavam em todos os lugares. Girassóis, rosas, orquídeas e muitas outras. Eu, particularmente, gosto das tulipas, sem preferência de cores. Tenho um sonho descomunal de algum dia visitar um jardim de tulipas holandês.

A vida podia ser assim, a felicidade brotar como flores, mas nunca vai ser. Seria fácil demais.

Entro na cafeteiria que marquei com minha mãe. Ela já me esperava sentada em uma mesa. Eu não estava com muita paciência para ela, depois que me xingou de todos os nomes horríveis por eu ter renunciado meu título de Miss Nova York.

– O que é? – pergunto, tirando meu óculo de sol e sentando na mesa.

– É assim que trata sua mãe? – pergunta ela.

– Esta bem. Desculpa. – digo e suspiro. – Pra que me chamou aqui?

– Já que da última vez você fez um escândalo por ser a última a saber que eu e seu pai nos separamos, agora eu mesma vim para dizer que vamos assinar os papéis do divórcio.

– Como consegue falar como se fosse a coisa mais simples do mundo depois de anos de casados?

– Você é minha filha, mas não sabe nada sobre mim. – diz ela, indignada.

– Sei o suficiente. Sei que você é egoísta e mesquinha. Demorei muito pra perceber que a única maneira de me livrar de você, era te enfrentando.O que aconteceu com aquela mãe amorosa que eu tinha? Você agora não passa de uma treinadora de concursos, mas agora você perdeu seus títulos mais importantes. Mãe e esposa. – digo. Fico impressionada com a frieza em minha voz. Ela fica em silêncio e apenas observa sua xícara. – Era só isso que tinha para me dizer?

– Seus irmãos perguntaram quando será sua formatura. – diz ela com a cabeça baixa.

– Dia 27 de maio. Se você não tiver nenhum concurso também está convidada. – digo. – Se não tem mais nada para dizer, eu vou embora.

Levanto e saio do estabelecimento. Minha formatura seria daqui a algumas semanas. Se ela quisesse, que comparecesse. Eu que não obrigarei. Meu pai viria para cá alguns dias antes.

Estávamos em abril. Faziam dois meses desde o dia dos namorados. Posso dizer que pedir completamente as esperanças de Josh voltar. Ao julgar pelas redes sociais, ele está se divertindo muito. Queria saber qual tipo de imagem eu passo. Tomara que não seja ruim. É bola para frente. Tenho que me reerguer, não?

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POV. Josh

Sinto que minha carga horária é pesada. Claro, talvez eu esteja acostumado com o meio expediente, mas acho que não deveria ser tão puxada. Não estou trabalhando diretamente com fotos. Sou mais assistente dos principais fotógrafos e já faz quatro meses que mudei para cá.

As coisas não estão como eu gostaria. Não me sinto mais feliz aqui. Para falar a verdade, nunca me senti. Saí de Nova York, porque achei que assim esqueceria essa merda toda com a Daphne.

Suspiro e respiro novamente um bafo quente vindo da rua.

– Esse calor não incomoda vocês? – pergunto para meu colega de trabalho.

Ele ri da minha cara e depois vai embora. Por que as pessoas têm que ser tão ignorantes? Bufo e torno para dentro do edifício.

No final da tarde, eu já havia retornado para casa. Depois de ter tomado meu banho, conversei com Brian por vídeo.

– Você não vai acreditar quando eu te dizer. – diz Brian

– Diga. – falo desanimado.

– Acho que Patrick mudou de verdade e para melhor.

– Por que acha isso?

– Hoje fui na faculdade pra pegar uns documentos. Encontrei ele e fiquei batendo papo. Um casal, que eu desconhecia, estava discutindo, mas o cara parecia nervoso demais, parecia que ia bater ali na garota. – relata Brian. – Sabe o que Patrick fez?

– Não faço a mínima ideia.

– Empurrou o cara para longe e começou a discutir com ele falando que isso não era jeito de se falar com uma mulher. Aí o cara se mancou e foi embora. Patrick e eu ficamos acalmando a menina.

– Tem certeza de que não era o Patrick que estava humilhando a garota? – pergunto sendo um pouco sarcástico.

– Absoluta. Não sei o que houve, mas agora ele virou super gente boa.

– Só creio nisto com os meus olhos. – digo.

Meu celular começa a tocar e vejo uma chamada Jared.

– Vou ter que desligar, Brian. Mais tarde falo contigo.

– Falou. – diz ele e desligo.

Vou para a janela pegar um sinal melhor da ligação e atendo Jared.

– Alô?

– Josh? – diz Jared. – Eu só quero saber de uma coisa. Quando você vai voltar?

– Voltou a falar comigo.

– Eu estou ficando louco por conta da mãe e do pai. – sussurra ele. – E também sinto sua falta, irmão. Quero ter alguém perto de mim, que eu possa contar.

– Eu sei.

– Posso ser mais novo que você, mas já sou grande o bastante pra ver que você não ta feliz aí. Não sei por que você esconde isso. Tem medo de voltar por causa do papai? – pergunta Jared.

Meu irmão não é mais uma criança. Agora vejo como cresceu, já até dirige, não muito bem, mas isso não importa agora. Ele não é mais o pequeno que implicava ou que defendia dos valentões. Nem eu sou o mesmo, daqui a pouco vou beirar os trinta.

– Não. Não tenho medo dele. Consigo me virar com ele depois. – digo, esfregando a mão no rosto.

– É por causa da Daphne? – pergunta ele e suspiro.

– Olha eu não quero falar sobre isso, ok? – digo.

Sinto um cheiro estranho. Olho para baixo e vejo o drogado acendendo seu cigarro. A empolgação começava e hoje não era Village People.

– Vamos cantar, amigos! You can dance, you can jive; having the time of your life; see that girl, watch that scene; digging the dancing queen. – canta ele. Se ele estava falando com alguém? A rua estava deserta, só pra constar.

– O que é isso? – pergunta Jared, do outro lado da linha.

– Um maluco aqui da minha rua. – digo e passo a mão nos cabelos da minha nuca.

– Ta...mas voltando. Eu nunca vi você gostar tanto de uma garota com dessa Daphne. A quanto tempo você não fala com ela?

– Sei lá. Uns quatro, cinco meses.

– Olha, eu li uma vez que a gente nunca pode fugir de nada. Temos que enfrentar Você nem tentou falar com ela depois da briga.

– Já se passaram quatro meses. Eu soube até que ela renunciou ao título dela de Miss Nova York, acho que se ela quisesse algo teria me procurado.

– Volta pra casa Para de tentar arranjar desculpas para não voltar. Mamãe está muito infeliz, porque ela já te via pouco, agora sabendo que você está em outro estado, ela já até perdeu as esperanças. Diga-me uma coisa que você goste aí.

– Ah... tem...Tá legal não tem nada que eu goste aqui. Odeio o lugar onde eu moro, odeio meu trabalho e as pessoas de lá, odeio o clima deste lugar, odeio as praias daqui. Era isso que você queria ouvir, não era? – disparo.

– Sim. – diz ele, satisfeito. – Não acha que isso já é motivo o suficiente para voltar?

– Talvez. – digo, dando de ombros.

– É o seguinte, eu vou levar uma garota que eu estou gostando pro baile da escola e eu gostaria muito que você estivesse aqui para me dar umas dicas.

Não digo nada, permaneço em silêncio.

– Eu estou te esperando e que você venha para ficar. – diz Jared. – Vou desligar, mamãe ta reclamando que a ligação vai sair cara demais. Estou te esperando, valeu? Tchau! – diz ele, não me dando tempo para responder.

Desligo e fico um tempo olhando para a rua. Nada disso vale a pena. Agora eu sou a prova viva de que nem sempre o que a gente sonha é o ideal. Sinto falta do meu irmão, dos meus amigos e até de meus pais. Sinto falta de Daphne também, não sei se eu deveria conversar com ela. Eu gostaria. Gostaria muito de saber como ela está, saber o que está fazendo e como vai a graduação.

Não tenho nenhuma intenção, quero apenas saber se ela está bem. Eu queria saber por que de todas as garotas que eu fiquei teria que me apaixonar logo por ela, que nunca teve sequer permissão para namorar.

Meu irmão está certo. Não posso fugir de nada. Tenho que enfrentar meu problema de frente.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam!!! Digam também o que acharam da nova capa, eu tentei galera. Bom, beijos e até a próxima.



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