Miss Simpatia escrita por Little Queen Bee


Capítulo 29
Vida errada


Notas iniciais do capítulo

Olá peoples I'm BACK Bitches!!! Gostaria de convocar vocês para uma votação quanto a capa da fanfic. https://twitter.com/beefanfic/status/653703995849080832 Gostaria, também, de agradecer ao comentário Miss Schreave!!! :* Aqui está mais um. Boa leitura.



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POV. Daphne

Esse último mês não tem sido fácil. Meus pais declararam divórcio. Isto meio que desestabilizou eu e meus irmãos. Eu descobri por eles, porque se depender dos meus pais não me contariam nunca.

Além disso, tenho inúmeros trabalhos finais da faculdade para fazer, pois estou quase me formando. Tenho estado de olho em diversas vagas de empregos em jornais e revistas. Alguma hora tenho que sair da So Chic. Tenho que pensar na minha vida depois que eu me formar.

Hoje é dia dos namorados. Não poderia ser um dia pior. Não estou pronta para isso. Eu tenho me ocupado o máximo nessas semanas. Quando não estava escrevendo algo, estava com Eliza, já que ela e Brian haviam dado um tempo. Não era um dia bom para ninguém.

Não vou dizer que estou bem, de modo algum, porém já se passaram mais de dois meses que nem sequer falo com Josh. Sinto falta da amizade dele, de poder correr pelo Central Park para mantermos uma vida saudável, acima de tudo estar com ele. Isso dói, mas torço para que ele esteja feliz já que seguiu a carreira que queria.

É triste quando você diz que esta superando, porque realmente aquela parte da sua vida foi importante para você e aceitar que se foi é o mais difícil. Tive que superar porque como meus pais diziam, nós não devemos depender de ninguém neste vida.

O barulho das buzinas traz-me a tona. Caminho até o metro retornando para casa. Eu não aguentava mais trabalhar na boutique. Eu não servia para lidar com o público. Nem sempre eu conseguia ser simpática. A culpa não era das pessoas, apenas minha. Afinal a culpa é sempre minha, não?

Chego em casa sem a menor vontade de sair. Eliza programou para irmos a um pub a esta noite. Eu não tinha mais animação para isso. Vou porque ficar em casa é pior. Em menos de um minuto estou arrumada. Ponho um vestido bege, simples. Nada demais, porque aliás só quero passar um tempo com minha amiga.

Encontro Eliza em frente a casa dela e pegamos um táxi. Pegamos um pouco de engarrafamento até o pub mais próximo. Quando chegamos o local estava repleto de casais. Pude ver a cara de nojo de Eliza.

– Brian me faz muita falta. – diz minha amiga, sentando-se no banquinho do bar.

– Por que você não deixa de ser orgulhosa e vai conversar com ele? – digo, sentando do lado dela, que permanece em silêncio. – Ah pelo amor de Deus! Pare de ter medo de relações. O cara te ama. Ele só quer o seu bem. Não é porque você só pegou idiota que quer dizer que ele é um. Deixe de ser trouxa.

– E se a família dele não gostar de mim? – pergunta ela, com insegurança.

– Você nunca vai saber se não tentar. – digo. – Você é um doce, simpática, extrovertida, trabalhadora, estudiosa. Só não comenta nada sobre seus ex-namorados com a família dele e nem use suas roupas de balada.

– Você tem razão. – diz ela. – Vou tentar ligar para ele agora.

Eliza levanta e sai com o celular na mão. Peço uma bebida e percebo que alguém sentou-se no lugar de minha amiga.

– Boa noite. – diz o estranho.

– Boa noite. – digo com indiferença, olhando para meu copo.

– O que te abala? – pergunta o homem.

– Pareço abalada? – volto-me para ele.

– Um pouco. – diz ele dando de ombros. Suspiro.

– Este dia me abala. Não todos os anos, mas nesse especificamente. – digo, olhando de volta para o copo.

– Alguma história para este dia dos namorados?

– Não quero comentar.

– Tudo bem. – diz ele. – Posso lhe pagar outra bebida?

– Olha, eu não quero me envolver. Só estou aqui para beber um pouco e não para tentar arranjar alguém, já que esse alguém ta muito longe quando deveria estar bem aqui ao meu lado. – disparo. Fico os olhos um pouco marejados. Reprimo meu soluço e minhas lágrimas.

– Entendo. Desculpe, não estava pretendo nada. Não queria que me interpretasse mal. – diz ele. – Pode me dizer como ele é?

– O homem mais incrível que eu conheci. Bobo. Que deixaria de seguir sua carreira dos sonhos para ficar comigo. Cuidadoso. Sexy. Compreensivo. Sabe se virar na cozinha. – digo e rio um pouco. – Mas acho que não dei o valor que ele merecia.

– Você o ama. – afirma o estranho. Apenas neste momento noto que nunca disse para Josh isso. O quanto eu o amo. Noto também o quão idiota eu fui.

– Sim. – concordo. Sorrio e uma lágrima desce pelo me rosto.

– Bom, eu só posso dizer que pelo tanto que você o ama, que tudo irá dar certo. Mas tudo em seu tempo.

– Você acha?

– Acho. – diz ele, levantando-se. – Tenho que resolver minha vida agora. Adeus, moça.

Ele se vai. Não sei por que isso me pareceu como um aviso e um teste. Um aviso de que não posso deixar de ter esperança. E um teste do quanto eu amo Josh, de que ele não é mais só um cara que passou na minha vida.

Torno a beber minha bebida e sorrio balançando a cabeça. Como a vida pode ser engraçada as vezes. Talvez falte um pouco de fé em nós.

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POV. Josh

Não pode se comparar Miami com Mountauk. As praias da Flórida são belas, mas a que eu cresci extraordinária. O mais incrível é que ela era apenas minha. Era algo que compartilho com poucos.

Não há nada demais aqui além do calor. Sinto falta do frio da minha Nova York. Se foi a coisa certa a se fazer? Talvez tenha sido um pouco precipitado. Meus pais ficaram furiosos .Não me despedi de ninguém. Nem de Daphne, que aliás já faz algumas semanas que não tenho notícias. Meu irmão está uma fera comigo, porque ele acha que eu o abandonei. Estou me sentindo culpado.

Brian era minha fonte, mas desde que ele e Eliza deram um tempo, eu não tenho recebido nenhuma notícia dela. Quero saber que ela está bem, pois eu não estou nada bem. O emprego não parece nada do que eu pensei, não gosto da cidade. Estou longe da minha família e amigos. Estou longe da garota que eu amo.

Já suportei um mês aqui, mas talvez não dure tanto. O salário não é lá essas coisas. O lugar que eu consegui para morar é muito mal localizado. Tento economizar o máximo de dinheiro que posso, porque algum dia ainda voltarei para Nova York.

Corro pela orla da praia. Acabo parando de cinco em cinco minutos, pois o calor faz-me mal. Não estou acostumado com este clima. Volto para casa depois de ver que estou com falta de ar.

Tomo uma ducha e ligo o computador para falar com meu amigo. Sento-me em frente a câmera, já que seria uma conversa à vídeo.

– Fala, Brian. – digo, ao vê-lo na tela do meu monitor.

– E aí, Josh. Ta aproveitando o Sol? – pergunta ele e vejo seu semblante feliz.

– To aproveitando tanto que até passo mal. – digo e recosto-me sobre a cadeira.

– Show de bola!

– Como estão as coisas com Eliza?

– Nós reatamos. – diz ele com uma voz animada. Fico

– Parabéns, cara! Sério, estou muito feliz por você. – eu estava realmente feliz. Eles mereciam. Não que eu saiba algo sobre relacionamentos , mas acho que eles combinam.

– Valeu, cara. – diz Brian.

– Quando que vocês voltaram? – pergunto.

– Ontem. Ela me ligou e depois encontrei ela em um pub. Daphne estava com ela...

– Ela estava acompanhada? – pergunto um pouco decepcionado.

– Um homem que logo foi embora. Não pareciam ter nada. Eu perguntei à Eliza se o conhecia, e ela disse que não.

A vontade de saber se ela está com alguém neste exato momento me mata. Mas e você? Ontem foi dia dos namorados... você saiu com alguém?

– Conheci uma garota no bar, enquanto eu tomava uma bebida. Ela se ofereceu e tal, mas não deu em nada. Eu a apresentei pra um colega de trabalho, gente boa.

– Então quer dizer que você não ficou com ninguém?

– É. – concordo, um pouco desanimado.

– Milagre, hein! O que te deu? – pergunta Brian.

– Sei lá. Quero voltar para Nova York. Eu não deveria ter vindo para cá. Você tem a noção de qual a vista da minha janela? Um drogado, que dança Village People o dia inteiro. – digo e Brian ri do outro lado da tela. Acabo rindo também, pois chega ser cômico.

– Você quer voltar também por causa de Daphne que eu sei.

– Ela não quer ficar comigo. Se quisesse já teria me procurado. Eu quero voltar para ficar perto da minha família, dos meus amigos. Ter uma casa em um local descente.

– Então volte. E sobre Daphne... Ela não conversa com Eliza sobre você. Acho que isso não faz parte do jeito dela. – diz Brian.

– Não é tão fácil assim.

– Nada é, mas a gente não desiste não é mesmo? – diz Brian e começo a pensar. – Vou deixar você pensando aí. Tenho que trabalhar o dinheiro não vai vir do céu amigo.

– É, também vou.

– Falou, amigo. Fica bem aí. – diz Brian.

– Você também. – digo e desligo.

Não acho que devo correr atrás de Daphne. Ela me deu o fora, então não deve me querer perto dela. Será que devo insistir? Isso é muito complicado. Por que será que Brian disse que não devo desistir? Não sou expert com relaciomentos, as vezes por isso que o único relacionamento que tive acabou...

Arrumo-me para o trabalho e saio de casa para o martírio.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem e Não esqueçam de votar para escolherem qual a capa menos pior para a fanfic. :) Beijos até a próxima.



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