Eragon: Wyrda un Moi escrita por Arduna


Capítulo 1
Primeira Parte: Reflexões Noturnas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Essa é a minha primeira fanfic do Eragon (e minha primeira fanfic no site, então espero que tenham paciência comigo), espero que agrade. Quero avisar que o título da fanfic quer dizer Destino e Mudança na Língua Antiga.
A fanfic é dividida em três partes e esse é o começo da primeira. Sei que está meio curto, mas é uma espécie de prólogo. Os próximos vão ser maiores (ou não).
Enfim, espero que gostem e boa leitura! ;)



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Eragon olhava as terras sem fim iluminadas pela pálida luz do luar. O rio Edda era uma fita de prata em meio à escuridão das terras ao redor. Areia. A areia era de uma cor clara, quase prateada e em pontos isolados cresciam alguns poucos arbustos emaranhados e baixos de aparência ressecada. Essa paisagem deprimente estendia-se infinitamente em todas as direções e terminava em pequenas colinas no horizonte.

Há poucos minutos sua alma estava embrenhada em tristeza, havia deixado tudo e todos que conhecia para trás, mas agora sua mente estava clara e calma como a superfície de um lago. Afinal estava fazendo o que era certo, não havia mais lugares em Alagaësia para os dragões, era a única maneira. As estrelas brilhavam sem parar no céu longínquo, seu brilho só era interrompido pela enorme silhueta de Saphira, que voava em círculos sobre o barco.

Como está aí em cima?

Agradável, Pequenino, mas seria melhor se eu não tivesse que voar em círculos o tempo todo. Esse barco dos elfos é muito devagar.

Eragon não respondeu a isso. Não achava o Talíta devagar. Ele era calmo. Balançava tranquilamente nas águas calmas do rio Edda, deixando o cavaleiro com sono.

Pode acreditar no que acabamos de fazer, Saphira? Deixamos tudo e todos para trás e não fazemos a menor ideia do que há a nossa frente.

Saphira deu mais uma volta sobre a pequena embarcação. Eragon sentiu a tristeza que emanava dela. Sentiu o pesar e a saudade que sentia dos que ficaram para trás, principalmente de Fírnen, mas como sempre, ela achou um jeito de tentar confortá-lo.

Sei que é difícil. Sempre será, mas estamos fazendo o certo. Vamos criar os novos dragões e depois treinaremos os cavaleiros. Conforme-se com isso Pequenino.

Vou tentar.

Saphira deu um rugido frustrado com a reação dele e soltou um jato de fogo azul no céu que iluminou toda aquela parte do deserto. Lobos uivaram em algum lugar ao norte, alarmados, como se sentissem o perigo, que nesse caso era Saphira. O grande dragão azul parecia satisfeita por ser temida por aquelas criaturas.

Eragon deu um pequeno sorriso. Não sabia o que faria sem Saphira. Ela era seu porto seguro, sua âncora. Se ela não estivesse ali tinha certeza de que teria enlouquecido.

Por que pensamentos tão sombrios, Eragon Finiarel? Umaroth perguntou em sua mente. A consciência do dragão era devastadora, mas ao mesmo tempo transmitia paz e tranquilidade.

Os outros Eldunarí murmuravam na mente de Eragon, pareciam impressionados com as terras que viam usando os olhos do jovem cavaleiro, há muito ele não se incomodava mais em dividir a mente com tantos seres.

Só estou inseguro. Não conheço nada daqui.

Mas estamos com você, Pequeno. Glaedr entrou na conversa e Eragon ficou surpreso por seu mestre usar esse ripo de tratamento carinhoso com ele.

Eu... Eu sei mestre.

Eragon deu mais uma olhada em Saphira. Sentia o pesar que emanava dela, mas a tristeza foi substituída por uma grande curiosidade pelo que veriam a seguir.

Eragon andou calmamente pelo Talíta, adequando-se aos movimentos suaves do barco. Os elfos dividiam-se entre cuidar de seus afazeres e olhar a paisagem. Pareciam sombras, silenciosos e discretos.

Os ovos de dragão e os Eldunarí estavam em uma depressão na proa do navio prateado. Ele as aproximou e tocou um pequeno ovo prateado com nuances douradas e cinzentas que teria passado despercebido de tão minúsculo que era. A casca era fria ao toque, mas Eragon podia sentir a pequena consciência adormecida do dragão selvagem. Queria achar um novo lar para os dragões o mais rápido que fosse possível. Não queria que os filhotes nascessem com problemas por passar tanto tempo presos em seus ovos. Saphira parecia compartilhar sua preocupação.

Vamos ter que começar a procurar um bom lugar para os ovos chocarem logo que o céu se iluminar.

Podemos começar a procurar agora, já que enxergamos no escuro.

Não é seguro Saphira disse dando mais uma volta sobre o Talíta. Não sabemos o que há por aqui.

Você tem razão. Eragon deu um suspiro e continuou brincalhão. Como sempre.

Ela deu uma risada convencida de dragão e olhou para ele lá do alto. Seus olhos azuis safira que pareciam duas grandes pedras preciosas eram perfeitamente visíveis aos olhos de Eragon, talvez fosse por sua visão aguçada.

Eragon olhou novamente para os ovos. Sentiu-se subitamente protetor. Eram tão pequenos e frágeis agora. Tão indefesos. Nem parecia que um dia se tornariam feras tão perigosas, mas sua majestade já era visível, de fato os dragões eram as mais belas e majestosas criaturas de todo o mundo.

Saphira mostrou seu contentamento pelo pensamento dele em relação a sua raça. Ela parecia ainda mais orgulhosa do que antes por ser um dragão.

Os Eldunarí continuavam murmurando e apreciando a vista, eles pareciam os únicos que não pareciam tristes com a partida. Talvez fosse porque tinham ficado tanto tempo presos em um único lugar, que estavam ansiosos para explorar tudo o que conseguissem.

O cavaleiro sentou-se no chão de Talíta e apoiou as costas na amurada, inclinando a cabeça para o céu e observando as estrelas. Seus pensamentos estavam longe dali. Penava em seus amigos e em sua família. O que estariam fazendo agora? Pensar que nunca mais os veria partia-lhe o coração, mas era necessário, além do mais, quando tudo estivesse acertado, os convidaria para vir visita-lo e isso o encheu de esperanças e de alegria. Não era o fim, era só um novo começo.

Nunca soube quanto tempo ficou sentado ali com a mente imersa em pensamentos, quase não sentia a presença dos Eldunarí e sentiu a cabeça pesar. Estava com sono.

Saiu de seu devaneio com um toque suave em seu ombro. Blödhgarm olhava para ele com seus grandes olhos amarelos e tinha uma mão no ombro do jovem.

-Matador de Espectros. O senhor já está aí há um bom tempo. É melhor ir descansar. Teremos um dia cheio amanhã.

Eragon concordou indiferente. Levantou-se com um gemido, seus músculos estavam rígidos e doloridos de terem passado tanto tempo na mesma posição. Desejou uma boa noite para Blödhgarm e descceu para as cabines por meio de uma delicada escada esculpida na madeira doTalíta.

Saphira?

Sim? Ela respondeu imediatamente.

Onde vai dormir? Você não cabe na embarcação.

Ficarei acordada hoje. Não estou cansada.

Certeza?

Sim, Pequenino. Durma em paz, ficarei bem. Ela disse obviamente comovida com a preocupação dele.

Se você insiste... Mas vai estar exausta amanhã.

Sou um dragão! Saphira disse com superioridade. Posso aguentar uma noite! Voamos sem parar até Vroengard! Esqueceu? Aguento voar em círculos durante uma noite! Sem problema algum.

Eragon suspirou. Não adiantava discutir com um dragão tão orgulhoso quanto Saphira.

Eu ouvi isso. Ela disse brincalhona em sua mente e o cavaleiro não pode deixar de sorrir.

Entrou em sua pequena cabine composta apenas de uma cama e um pequeno guarda-roupa, ambos esculpidos na madeira da maneira dos elfos. Uma pequena janela oval permitia que a luz suave da lua banhasse o cômodo com seus raios prateados. Ele tirou as botas de couro e deitou-se, não se incomodando com o lençol. A noite estava quente e agradável, não precisaria de cobertores.

Boa noite Saphira.

Boa noite Pequenino.

Ela retirou-se de sua mente, embora Eragon ainda sentisse sua presença pelo elo que ambos compartilhavam. O cavaleiro continuou acordado por um longo tempo, com a mente presa em pensamentos do passado. Por fim adormeceu em seu sonhar acordado, vendo seus entes queridos e ao fundo via um belo dragão azul voar pelo céu estrelado.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Gostaram? Amaram? Odiaram? Comentem e deixem uma autora feliz! Obrigada por lerem! Até mais ;)



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