As If It Were The Last Day - 1ª Temporada escrita por PrisReedus


Capítulo 7
Pretending be well.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/595929/chapter/7

Ana foi a primeira a ir deitar, logo depois Drake entrou na mesma barraca e se acomodou ao lado dela, tendo que afastar os cabelos dela de seu espaço, Ana resmunga e vira de frente pra ele. Drake fica encarando o teto.

– Eu vou deitar também - July se levanta se apoiando no ombro da prima- Tchau Carl. Tchau Sophia.

– Tchau - dizem juntos.

Já Marie estava totalmente sem sono - Eu já volto - diz pros pequenos e se levanta, andando até Shane.

Ele ergue o rosto para ela - Sim?

– Queria saber como vai ser pra dormir. Não é nada difícil adivinhar que teremos que vigiar, esse lugar é seguro mas nunca se sabe.

– Sim. Você está certa.

– Eu me voluntario. Tomei quase dez litros de café.

Shane ri - Gostei. Mas você não pode ficar sozinha

– Por quê?

– Pode ser perigoso.

– Não, capaz. Se eu vir algo pode ter certeza que eu grito, e se ficar cansada acordo alguém.

– Se você quiser eu reveso - diz alguém atrás dela, Glenn.

– Não precisa, de verdade.

– Então tá bom - Shane bate na lateral de sua cadeira e fica em pé - Dale, a moça aqui vai fazer a vigia durante essa noite, ela pode ficar em cima do trailer?

– Claro. Eu coloco uma cadeira pra você lá. Tem um arma

– Tenho.

Marie pega a escopeta 12 de dentro do carro, uma xícara de café, um binóculo e um pacote de clube social e se dirige ao trailer. Glenn ainda está lá - Oi.

– Oi - ela diz lentamente, quase em tom perguntativo e para na frente dele

– Vi como você segurou o Merle. Você sabe se virar…

– Merle? quem é… Ah! Não, foi minha prima. Nossa, somos tão parecidas assim?

– Desculpa! De longe… a noite. É, são sim.

O acampamento todo já se recolhia. Lori arrastava Carl para dentro da barraca. Amy e Andrea se afastavam dando tchau para Carol e Sophia e o Glenn ali.

– O que você quer? - ela pergunta um pouco rígida demais.

– Nada. Desculpa.

“Aí… Droga” ela pensa querendo se jogar com força contra uma árvore - Se estiver sem sono… - ela diz e Glenn se vira - Pode vir comigo… Se quiser.

– Beleza!

– Sem problemas!

Ela sobre no carro pela escada traseira e ele logo depois. Se sentam nas cadeiras e ficam olhando para a copa das árvores.

Daryl se levanta no banco que estava quando vê Marie subindo no trailer, ele dá um passo pra frente para ir até lá, mas para quando vê o Glenn indo atrás.

– Japa ligeiro…

– Vai dormir e para de falar sozinho, seu nóia - diz Merle de dentro de sua barraca.

Daryl joga a besta pra dentro da sua barraca e a camiseta que usava por cima dela. Depois se joga no colchonete… E dorme estressado, tentando se convencer de que tava tudo bem, mas isso só depois de se remexer no colchonete, imaginando o que estava acontecendo lá.

“Nada” pensa Marie “Glenn veio até aqui pra não falar nada” ela se vira para ele, com o rosto apoiado no punho, e o cotovelo no joelho, ele olha em volta, para o céu e parecia que ela nem estava lá. “Tenho que parar de ser tão legal com as pessoas… Por que eu deixei ele vir mesmo?”

Glenn olha para ela e sorri, seus olhos se fecham - Tudo bem?

– Sim - “Não” - E com você?

– Bem. Não to nada cansado. É o nervosismo sabe, com tudo isso. Nunca imaginei que viveria para ver o dia que o mundo estaria tão mal que teríamos que caçar pra viver. Voltamos aos tempos das cavernas, parece. Você acha que é no mundo todo?

Marie abre a boca pra dizer “Não faço ideia”, mas ele não deixa.

– Eu não sei atirar. Nunca tive boa mira, nem em simulador de shopping, não sou forte nem corajoso, tenho medo de tudo… Aí, vi você e sua prima enfrentando os dois e vi como sou fraco… Eu vi meu colega de trabalho sendo engolido vivo, berrando, eu peguei a moto e sai em disparada, nem perguntei nada. Teria morrido se Shane não tivesse atirado em um dos errantes que vinham pra cima de mim. E você e sua prima… Por que não me juntar a vocês, não é? Eu poderia aprender alguma coisa. Fiquei com medo de falar com você, mas você não é ruim...Digo, você é legal. To falando demais, desculpa.

Marie balança a cabeça - Tranquilo. Eu tenho medo também… July me faz ser corajosa, por que eu sempre me espelhei nela, em tudo. E eu entendo, eu estou nervosa com o que vai acontecer com a gente. O que são aquelas coisas? Da onde elas vieram?

Glenn volta a olhar as árvores - Vai amanhecer logo.

– É…

– Você pode… fingir que eu não te contei nada? Eu sei, sou um molenga.

Ela sorri - Só se você fingir que eu não contei nada, também. Principalmente pra July.

– Fingimos que estamos bem.

– Isso.

***************

No sonho, Marie mordia sua orelha e sussurrava coisas que ele não entendia. O sangue pulsava em seu ouvido… E em outra parte de seu corpo.

“Eu quero você” ela disse e beijou a boca dele.

“Eu também” ele murmurou mordendo o pescoço dela, e apertando seu quadril sobre o corpo dele

A moça sorriu, sentindo o volume da calça dele “É, tô sentindo”

Daryl puxou seu cabelo, fazendo ela jogar a cabeça pra trás e rir, ele mordeu o lóbulo de sua orelha, Marie gemeu e passou a mão pelo peito dele, começando a fazer um caminho de beijos de seu pescoço até a barriga, passando pelo meio de seu peito. Daryl respirava com dificuldade com os arrepios que a boca da mulher lhe causavam. Ela abriu o cinto dele e depois a calça, num movimento desajeitado, ele tirou tudo.

Marie se posicionou em cima dele e quando ela estava prestes a começar a se mover sobre o membro dele e leva-lo para o céu, a barraca é sacudida e Daryl levanta num susto.

– Anda, bela adormecida!

– Ai, caralho. To indo! - ele passa as mãos pelo rosto “Era o que faltava, sonhos obscenos com a Marie”

Ele sai e fica ali parado olhando a protagonista do sonho conversar com a menina loira pequena. A loirinha vê e aponta, Marie se vira e ergue uma mão, cumprimentando ele. Daryl devolve o gesto e põe a camiseta, a mesma do dia anterior, lava o rosto numa bacia que Dale doou para os dois e devagar, caminha até o grupo.

Sophia se afasta enquanto Daryl se aproxima, Marie parecia sorrir para ele, mas era só o sol atrapalhando sua vista. Ela usava a mesma roupa do dia anterior também, mas agora sem blazer, dois botões abertos no peito, formando um decote discreto que revela um risco onde os seios se encontram e o pingente de avião cai, a manga dobrada até o cotovelo. Daryl olha de baixo a cima rapidinho.

– Bem vindo aos exilados - ela diz

– Vim oferecer meus serviços.

– Força bruta? Pff… - ela caçoa dele, com os punhos fechados apoiados na cintura fina.

– E você? - ele imita a pose dela

Marie ri e cruza os braços, Daryl relaxa - Eu sou muito útil - ela diz - Fiquei a noite toda acordada.

– É… Vi você e o japa.

Não era preciso ver ela no trailer durante a noite para saber, as olheiras e olhos levemente vermelhos denunciavam isso.

– O nome dele é Glenn.

– Tanto faz.

A garota não percebia o que realmente queria dizer então deixou passar. Shane passa por eles e ela o para - Tem alguma coisa que possamos fazer?

Shane olha os dois - Sinceramente, ainda não sei.

Daryl olha em volta - Eu tenho umas cordas, posso pregar em árvores e teremos um varal.

O olhar de Shane sobre ele ganha um certo respeito. Pequeno, mas está lá - Gostei. Tudo bem, então. É Dixon, certo?

– É.

Shane se afasta, os dois o seguem com o olhar. Marie se volta para o colega - Dixon?

– Daryl Dixon. Por quê?

– Nada, credo. Quer ajuda?

– 'Bora lá.

Eles vão até o acampamento Dixon e ele pega na caçamba da caminhonete azul marinho com branco uma mala de ferramenta. Daryl vê que Merle está em cima do trailer, com seu fuzil nas costas - Pelo menos aquele inútil tá fazendo alguma coisa.

Marie acompanha o olhar dele e então volta para Daryl que agora mexe na maleta, tirando um rolo de corda, pregos e um martelo enferrujado.

– Ele… - Marie começa, mas para. “Talvez ele não saiba, será que eu conto?”

– Fala.

– Nada.

Ele ergue uma sobrancelha - Fala.

– S-seu irmão… usa drogas, né?

– É uma pergunta?

– Não.

– É, usa. Você viu?

Ela confirma com a cabeça - Ele não teria feito aquela confusão ontem se estivesse sóbrio.

– Não. Eu tenho que torcer para ele não deixar tão óbvio. Que ele não dê mais nenhum piti desses. Já gastei muito dinheiro pagando fiança, não quero ter que gastar mais pra tirar ele da cadeia por porte de drogas, desacato à autoridade… - diz se referindo ao Shane - ou violência, sei lá, à mulher ou à criança.

– Você não usa.

– É uma pergunta?

– Não.

Daryl sorri de leve, só uma marca ao lado dos lábios que nem se movem - Deposita essa fé em mim?

– Por enquanto… E você já tentou ajudar ele?

– Já. Claro. Mas quem quer ser ajudado colabora, e ele não. Então eu larguei e agora me acostumei.

– Acostumou?

Ele olha para ela, colocando a maleta dentro da caçamba de novo, fechando os olhos por causa do sol - A gente tem que se acostumar, ou pelo menos fingir que se acostumou, que está bem, não acha?

Marie encolhe os ombros, lembrando do que conversou com Glenn durante a noite - Se você acha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, a primeira temporada é bem arrastada mesmo, desculpa. E a galera que tá lendo clica em "acompanhar essa história" eu iria ficar bem feliz, bem realizada :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As If It Were The Last Day - 1ª Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.