As If It Were The Last Day - 1ª Temporada escrita por PrisReedus


Capítulo 3
Adventure time.


Notas iniciais do capítulo

Acho que a partir desse capítulo a história realmente começa, e só vou postar mais se eu ver que tem gente acompanhando, comentando, enfim... Caso contrario, eu vou apagar e entrar em depressão :)



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Marie coloca a mochila nas costas e sai logo atrás de July.

– A gente vai fazer por etapas, vamos até um mercado mais próximo, pegamos comida, depois vamos à casa do Drake e depois... armas.

– Arma? Onde? - pergunta Ana

Marie e July só trocam um sorriso entre si. Marie aperto o botão do elevador e July bate na mão dela.

– Tá louca?! Elevador é perigoso! Vamos de escadas.

– Aí, nossa… São vinte andares.

– Muito menos que qualquer morro que já subimos, anda!

Os quatro abrem a saída de emergência e começam a descer as escadas correndo, July na frente com a arma em punho, olhando pela mira cada vez que a escada faz um curva. Ao chegarem ao térreo já puderam ver o jipe preto e caminhando em direção a porta de vidro, um contaminado.

– Eles são assim - diz July - É um só, não vou gastar munição. Dá isso aqui!

Ela toma o facão da mão do Drake, joga a espingarda para as costas e corre em direção ao corpo que cambaleava para ela rosnando, mordendo o ar, com os braços esticados para eles, ela dá um pulo e antes de tocar o chão, enfia a lamina no meio da testa dele. Ela retira com um pouco de dificuldade, o crânio ainda é duro já que a morte é recente.

A prima joga as malas no porta malas e os quatro entram no carro. Ana está em choque. Drake coloca a mão no ombro dela - Respira com calma… - ele se vira para July no banco do motorista na frente - Afinal, o que são aquelas coisas!

– Mortos! - ela repete - Não adianta, você dá mil tiros no coração e ele continua vindo… - ela fecha bem uma mão no volante a outra acende um cigarro - Eles não morrem - ela falava agora torto devido ao fumo entre os dentes - Tem que ser na cabeça.

Chegam a um Walmart, estava um zona, tinha pessoas entrando e saindo com carrinhos cheios, tudo saqueado.

– PORRA! Não vai sobrar nada! Vocês dois - July se vira para Ana e Drake - fiquem aqui e se tentarem entrar, enfia essa faca na cabeça. Se mais de uma dessas coisas aparecerem, não deixem que o cerquem. Prima - ela abre o porta luvas e tira de lá um revólver majestoso, prata com a coronha preta.

Marie examina a arma na palma de sua mão - Ruger Super Hawk .50… Essa é a…

– Arma do seu pai. Minha herança do meu tio padrinho. Fica pra você.

Os olhos de Marie se enchem d’água. E com isso as duas saltam do jipe como quem pula de uma pedra alta na mata. Ágeis como dois guepardos, as duas saem correndo para dentro do mercado.

– Eu: higiene e comida! - diz July em tom de ordem - Não me espera! Volta pro carro

As duas se separam. Marie corre para a parte onde ela sabia que teria facas, onde o mercado vendia artigos de churrasco, ela encheu um cesta e correu para a parte de “utilidades de trilha” como o tio padrinho dela dela chamava. Pegou lanternas, pilhas, garrafas de álcool, acendedores, arame, cordas, dois sacos de dormir e uma barraca, tudo para seus amigos, ela sabia que a prima teria.

Era tudo o que precisava, ela corre de volta para o carro, passando por pessoas desesperadas e por um dos contaminados que por sorte não agarrou seu braço. Marie não o viu já que sua aparência ainda disfarçava aquela entre os vivos.

– Cuidado! - berra um garotinho no braços do pai que corre com um taco de beisebol na mão.

Ela se vira e antes que pudesse pensar, ela mesma atira na cabeça da criatura, que estoura para todos os lados, inclusive nela, devido ao alto calibre de sua arma. Todos pelo patio olham para ela. Ela continua sua corrida até o carro, joga tudo no porta mala e depois se senta no banco do motorista, a chave na ignição.

– Cade a July? - pergunta Ana desesperada

– Tá lá - Marie respira fundo, travando a arma e deixando em seu colo - Ela vem sim…

O grupo todo se sobressalta quando um mulher cai com um dos contaminados por cima, mordendo seu pescoço, bem na entrada do mercado, nesse exato momento, July aparece na porta, ela olha a cena por um segundo e antes que a coisa se virasse para ela, ela corre.

Assim como Marie, ela joga tudo no porta mala e entra no banco do passageiro.

– Que aventura… Vai! Toca! Toca!

O grupo ficou quieto enquanto pela estrada, para a casa do Drake, onde ele e July entraram pra pegar as coisas dele. Ele partiu sem olhar pra trás.

Se afastaram da cidade, indo para as pequenas pedreiras e em direção a loja onde pegariam armas.

Marie freia o carro, e as duas descem. Dessa vez a Ruger de Marie fica com Drake - Não hesite em atirar em nada

“Loja do Jimmy caçador”

July põe em mira a espingarda e as duas entram na loja do velho Jimmy. Tudo quieto, com cheiro de ferrugem, pólvora e uísque do bom. Atrás do balcão está o corpo mutilado de Jimmy, July respira fundo.

– Marie, não olha.

Marie curva a boca e segura o choro, ela sabe o que tem ali, ela pega uma cesta perto da porta e começa encher com munição da Espingarda Portuguesa 6.5 modelo 1904 da prima e da sua Ruger. July do outro lado da loja, põe a arma nas costas e começa a pegar outras, uma Submetralhadora MP5, um Rifle Sniper, uma Escopeta 12, duas Escopetas Recortadas, quatro Glock cromada - uma pra cada - quatro coldres e quatro silenciadores.

Marie pega roupas para Ana, todas são parecidas com a que July usa.

– Vamos - diz July.

Marie junta a cesta e nesse segundo, elas ouvem o barulho de vidro quebrando, como se piassem em cima, mais afastado, mas ainda dentro da loja.

– Vamos - diz Marie.

Elas entram no carro e July da a partida. Marie agora no banco do passageiro passa a cesta para trás, Drake devolve a arma e pega o “baú de tesouro”.

– Como conhecem esse lugar? - ele pergunta

– Meu pai… - começa July - ele trazia a gente aqui pra caçar nas nossas férias, comprávamos as coisas aqui - ela fecha a cara e diz numa voz grossa, uma imitação ruim do pai - “Jimmy, seu filho da puta, eu te amo”

Marie dá risada - Ele sempre dizia isso.

Drake e Ana sabiam que a amiga caçava quando era mais nova, só não sabiam que era tão intenso, achavam que era exagero da francesa.

– E agora? - pergunta Ana com sono. Já fazia um tempo que estavam na estrada.

– A gente vai pra um colina, tem um lago limpo, área boa pra caçar, é alto, teremos um boa visão - explica July

Antes que qualquer um pudesse falar, o ronco de um motor de moto potente corta o silêncio.

– Porra, tá vindo rápido - comenta Drake olhando pra trás.

July olha no retrovisor e vê uma moto grande preta se aproximando, talvez uma Custom, uma Shadow ou uma Harley. E logo atrás uma caminhonete surrada azul, a moto passa voando e July confirma seu pensamento. “É uma Custom”

O carro não demora muito pra passar e logo ultrapassa eles.

– July, acelera - diz Marie

– Porque?

– Das duas, uma: tá acontecendo alguma coisa ou… Estamos indo pro mesmo lugar.

– Filhos da puta.

Logo em seguida, mais dois carros e um trailer passam por eles e aí July acelera, o Jipe Troller ronca e ganha muita velocidade. É um carro feito para andar na mata, em terreno arenoso ou barroso, um asfalto não era nada pra ele. July começa a praticamente, apostar corrida com os carros, deixando o trailer pra trás.

Sim, estavam indo para o mesmo lugar. July estaciona e o cara da moto fica olhando para dentro do Jipe. Outro desceu da caminhonete azul, com uma besta nas costas e também ficou encarando.

– Tá… E agora? - Ana pergunta novamente, dessa vez a voz muito agitada.

– Eu venho em paz - diz Drake quase num sussurro

– É direito nosso ficar aqui também - diz Marie, ela se concentra para não mover muito os lábios enquanto olha para os dois ali na frente.

Os outros carros que estavam na estrada e o trailer chegam. Todos descem olhando o Jipe. July desce primeiro, colocando a arma nas costas. Depois os outros três, Marie deixa o revólver dentro do carro e Drake põe a cesta de arma embaixo do banco.

Um policial saí de um dos carros, com uma mulher e um garotinho. Ele se aproxima - Não vimos vocês na estrada com a gente.

– É porque não estávamos com vocês. A gente estava vindo pra cá, também.

– Eu não vejo problemas em ficarmos juntos… - ele olha a arma no ombro da garota - É uma bela arma de caça. Sou Shane Walsh.

– July… E essa é minha prima, Marie e nossos amigos, Ana e Drake.

– Bom, precisam de alguma coisa?

July olha pra trás, pra prima que nega com a cabeça, depois volta para Shane - Não. Só queremos um canto, sozinhos.


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