As If It Were The Last Day - 1ª Temporada escrita por PrisReedus


Capítulo 2
Survival mode.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/595929/chapter/2

O prédio todo estava nervoso, até o patrão estava, bom ele viva nervoso, por isso foram liberados pro resto do dia no horário de almoço.

Drake e Ana foram pra casa da amiga Marie e lá almoçaram. A programação da TV não voltava ao normal, era apenas jornais, entrevistas com policiais, médicos e pessoas anônimas na rua

– Cara, tô ficando com medo - fala Ana abrindo os armários e pegando um pacote de amendoim.

– Nada a ver, acho que eles estão fazendo algazarra por nada - diz Drake, sentando numa das cadeiras do balcão estilo americano da cozinha - E você, meow?

Marie o olha fazendo cara de brava - Meow nada. Olha, eu acho que tem alguma coisa acontecendo, mas não é isso… tipo, pessoa comendo pessoa - ela faz uma careta com bico, confusa.

A musica “You give love a bad name - Bon Jovi” começa a tocar bem baixinho, um som sufocado de um celular dentro da bolsa. Marie abre a bolsa e vasculha até encontrar o aparelho.

“July chamando”

– Oi prima!

– Marie, fica em casa, por favor. Me espera. Não sai daí. Prepara uma mala com roupas e coisas essenciais, modo sobrevivencia. É sério

– Isso tem a ver com a doença?

– Eu não sei o que é. Não pode ser doença, é… estranho. Prima, eu to indo praí, fica. em. casa

– Tá bom

– Você tá sozinha?

– Não, Ana e Drake estão aqui, lembra deles?

– Sim. Tranquem tudo, e só abram pra mim.

July desliga o telefone e Marie tira o aparelho da orelha, confusa. Ela fica ali parada olhando os amigos

– O que houve, mulher? - pergunta Ana com os olhos esbugalhados.

– Eu não sei. Minha prima não disse coisa com coisa.

– Tá, mas o que ela disse?

– Que isso não é uma doença, que eu tenho que fazer um mala - ela tranca a porta e prende a corda de trava - E que não é pra deixar ninguém entrar…

– Vish!

Marie corre para seu quarto e começa a fazer sua mala, uma mochila de acampamento de 50L que ela usava quando ia fazer trilha, subir morro ou ia à praia num modo “adventure” acampar com July. Ela coloca seu fogareiro, alicate suíço, lanterna recarregáveis a luz do sol e por pressão, ela prende sua barraca na parte de baixo da mochila, pega seu kit de facas e peças de roupas confortaveis, leves e apropriadas para qualquer clima.

Ela volta para a sala com a mochila, enche duas garrafinhas térmicas e coloca no freezer.

– Nossa, pra que tudo isso? - pergunta Drake.

– Minha prima disse “modo sobrevivência”. Quando éramos pequenas, combinamos de que quando algo desse muito errado e tivéssemos que fugir, usaríamos o modo sobrevivência como código… Acredito nela

– Meu Deus, amiga! Eu preciso ir pra casa! - os olhos azuis escuros de Ana brilham pelas lagrima

– Não. Você não vai sair daqui. Minha prima sabe como sobreviver em catástrofe, ela fez curso de bombeiros, deixa que ela resolve.

Drake caminha até as janelas da sala, estava tudo tão quieto… Algumas pessoas passavam ali apressadas, com mochilas nas costas. As vezes um carro passava em alta velocidade. Até que um deles parou na frente do prédio, Drake reconheceu aquele Jipe Troller preto, dele desce uma garota muito parecida com Marie. Com uma espingarda de caça nas costas, ela corre para dentro do prédio.

– A July chegou.

Marie se agita. Começa a pegar comida nos armários, duas latas de ervilha e um pote de azeitonas e joga dentro da mochila, juntamente com um coador de pano e um pacote de 1Kg de café.

A porta se chacoalha com os socos da prima.

– Prima! Abre, sou eu!

Drake abre a porta e July entra depressa, batendo a porta e trancando novamente. Ela põe a arma no balcão.

– Fez a mala, prima?

– Fiz. Modo sobrevivencia, como pediu.

July, uma mulher baixinha e forte devido às suas aventuras na mata, era a única prima de Marie… E única parente viva também, só tinham uma à outra no mundo, primas por parte de pai, elas não eram parecidas só no espirito desbravador, mas nas aparência também, tinham os mesmos cabelos levemente cacheados - o de Marie era mais - negros e os olhos em tons de verde - Marie tem olhos verde claro e July verde escuro, quase esmeralda.

July se veste de modo aventureiro, regata de cóton preta justa, calça larga, também de cóton, beje, cheia de bolsos e coturnos pretos do exército nos pés, prendendo a calça na canela, seus cabelos estavam presos em uma trança embutida, estilo Lara Croft.

A moça francesa agora olhava os amigos da prima. Ela se lembra que um dia os quatro saíram pra beber e assistir a final de um Superbowl. Drake ficou bêbado, July também e os dois choraram quando o England Patriots perdeu para o New York Giants, em 2008, dois anos antes - E vocês? Vem com a gente?

– Sim - diz Ana

– Não antes de me dizer o que tá acontecendo - pede Drake

– Mortos! - ela joga as mãos pra cima - Mortos andando, é o fim, o juízo final ,sei lá, chame do que quiser. Só sei que fodeu. Eles vem pra cima de você, nem sabem que um dia já foram como nós, não to mentindo, eu matei um! Eles comem pessoas. Vocês devem ter visto o vídeo… Da garotinha.

– Vimos - falam os três

– É daquele jeito, tudo verdade - ela olha pra TV e corre pegar o controle e aumentar o volume.

Era um tela com a imagem da bandeira dos Estados Unidos congelada, um áudio dizia para que todos que estiverem sofrendo os sintomas devida a alguma taque violento de um contaminado, ficasse em casa em quarentena do restante do mundo. E quem estivesse bem, com famílias, crianças que se dirigissem a o posto policial mais próximo ou ficasse em casa que a ajuda chegaria.

– É o mesmo aviso em tudo - ela diz - Nas emissoras de rádio também está assim.

– Tá, e o que a gente faz? - pergunta Drake

– A gente tem que se virar… Ir embora, acampar, caçar, eu e Marie sabemos como fazer isso… por que eu acho que ajuda governamental a gente não. vai. ter. não.

– Eu preciso pegar minhas coisas - falou Drake meio agitado, mexendo nas gavetas de Marie pegando um facão de açougue.

– Sua casa é longe?

– Não. É na sétima.

July se vira para Ana - E a sua?

– É longe.

– Você tem coisas uteis lá? Tipo arma?

– Não, nada.

– Então você vai assim mesmo.

– E roupa?!

– A gente pega no caminho - ela fala colocando a arma nas costas de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As If It Were The Last Day - 1ª Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.