Sob a Máfia escrita por Deih


Capítulo 39
38


Notas iniciais do capítulo

Taí amor, obrigada pela recomendação ♥ isso me inspirou a vir aqui e postar ♥ Meninas ainda estou sem wifi, mas aviso que estamos no fim da fic (+4)



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BELLA

Acordei, Edward já estava de pé. Havia comida na mesa, agua e um olhar preocupado brincando em seu rosto. Uma das coisas que prometi a mim mesma era não fazer perguntas, se ele confiava em mim ele iria me contar – mas não sabia ate quando aguentaria seu silencio.

—Coma bastante.

—Como conseguiu?

—Fiz um pequeno pedido.

Claro, pequenos pedidos. Me sentei e comi – estava com mais fome do que imaginava. Edward passou o tempo todo na janela vendo o movimento e parecendo inquieto. Alguma coisa grande havia acontecido e ele estava tentando não me contar isso – no momento pelo menos. Depois que terminei me enfiei no chuveiro gelado e tomei um longo banho.

Iria confronta-lo e deixaria mais uma vez claro, que isso não era algo que eu gostava de fazer com frequência. Ele estava arrumado quando o vi.

—Está pronta?

—Aonde vamos?

—Vamos voltar ao galpão... que te perdi.

Parei afundando as unhas em meus braços.

—É o único lugar que eles não voltarão. Eu tenho algumas coisas lá, vai nos ajudar e vou entrar em contato com Felix.

—O que mais aconteceu?

Edward passou as mãos no cabelo e encarou o teto antes de voltar a mim.

—Peter está morto.

—Como?

—Phill não deixaria barato, eu não sei se ele pegou mais alguém mas perdemos Peter. Então eu preciso ir até lá o lugar mais seguro. Temos armas, telefones...

—Vamos. –Peguei a arma na mesa enfiando na minha cintura. –Estou pronta.

Edward me puxou com um braço só e beijou minha testa.

—Vamos cuidar um do outro dessa vez. –Sussurrou contra meu cabelo.

—Vamos.

Pensei em perguntar como iriamos sair dali, mas me calei quando Edward pegou as chaves no bolso e abriu o carro parado a três metros de onde estávamos – contatos. Não era um supercarro, era algo que dava para disfarçar. Durante o caminho ele esteve em silencio como se pensasse longe dali eu sabia que ele amava seus homens, era sua família e cada perda deveria machuca-lo também. Dessa vez não haveria questionamento.

Não paramos em nenhum segundo, haviam dois galões de gasolina no porta-malas para segurança. Estava escurecendo quando Edward entrou em um caminho isolado no norte da cidade, por incrível que pareça eu não sentia fome nem sono, só uma sensação de adrenalina sem fim. Quando paramos já estava totalmente escuro, meu corpo estava formigando e ter Edward ao meu lado começou a ficar estranho.

Me sentia doente.

Abri a porta e sai, da ultima vez que estive ali tinha um massacre bem na minha frente. Segurei as lagrimas, a imagem de Rose foi um tapa na cara. Emmett... respirei fundo e o segui, Edward não me tocou, não segurou minha mão e muito menos me chamou. Apenas o segui, eles mudaram os portões e a policia esteve ali. Tinham faixas de perímetro por todo o lugar – os homens de Edward mudaram algumas coisas, eram possíveis ver os cadeados espalhados aqui ou ali. A porta se fechou atrás de mim e tudo ficou escuro.

Ouvi os passos de Edward e uma luz se acendeu, era baixa demais, mas o suficiente. Ele passou a frente seguindo para outra porta e a abriu demorei alguns segundos para passar na frente dele e entrar. Era onde estive com Rose, não havia mais sangue no chão, mas eu podia sentir o cheiro. Não havia mais nada ali, mas eu podia ouvir os tiros. Edward passou seus braços pela minha cintura e beijou minha nuca. Ele estava tenso – bem mais do que eu.

—Tudo bem?

Assenti.

—Eu queria leva-la...

—Estou bem. –Me virei a ele. –Não temos outro lugar.

Negou.

—Vamos lá para cima. –Segurou minha mão me levando com ele.

Era uma pequena sala, havia uma sofá-cama, computadores, armas e tudo o que iriamos precisar. Alguém esteve ali e alguém preparou o lugar – ele muito provavelmente. Me sentei no sofá e respirei fundo algumas vezes, Edward trancou a porta e ouvi um estalo.

—O que foi isso?

—As luzes foram apagadas, ninguém vai saber que estamos aqui. –Ligou o computador. Havia câmeras lá fora.

—Como o acharam? –Perguntei depois de alguns segundos.

Edward se sentou a meu lado.

—Peter estava na usina abandonada onde prendemos, Heidi ela provavelmente contou a eles onde era. Ele estava sozinho.

—Como ficou sabendo?

—Consegui telefonar a um dos meus homens, só que a ligação caiu então não sei de muita coisa.

—Por que não liga para o Felix?

—Podemos estar sendo rastreados. Só vou fazer uma ligação quando tivermos um plano em mente. Mas não posso fazer nada sem que você me diga o seu lado. Você precisa confiar em mim. Mas não precisa ser hoje, descanse.

—Acha que vamos conseguir sair bem disso?

Edward se aproximou me puxando para um beijo rápido, então se levantou ocupando a cadeira a nossa frente e ligando o computador novamente.

—Só sei que ninguém vai morrer, pelo menos não do nosso lado.

Acho que dormi por duas horas, acordei com Edward ainda no computador em um site secreto da polícia. Eu sabia que ele não conseguiria um acesso fácil porque apenas pessoas importantes possuíam suas senhas.

—Droga. –Resmungou.

—Como conseguiu entrar? –Perguntei.

Edward não me olhou.

—Sempre conseguimos, mas dessa vez vejo que mudaram algumas coisas por aqui.

—O que você está procurando?

—Acesso a Aro.

—Por que?

—Porque tenho um plano e preciso dele.

Me aproximei virando sua cadeira para mim, seus olhos pesaram por alguns segundos antes de se desviar.

—Está pensando em me tirar dessa, não é? Vai avisar a polícia então eles virão atrás de você.

—Eu vou mata-los e a polícia vai te levar. Como te disse antes e vou repetir novo, você está sendo sequestrada e eles estavam fugindo com você. Nunca nos vimos antes caso eles me peguem e qualquer coisa que disserem você vai negar.

—Por que fala como se algo fosse dar errado?

—Porque querendo ou não sempre dá, você esteve apenas de um lado em um confronto Bella. E esse lado é o da polícia. O meu lado não ajuda ninguém.

Não era apenas isso, mas ele parecia não querer se abrir. Suas mãos me puxaram para o seu colo e fiquei em silencio ouvindo seu coração bater enquanto ele tentava mais e mais senhas. Me ajeitei em seu colo afastando suas mãos do teclado e digitando a senha correta. A pagina abriu.

—Posso pedir apenas uma coisa?

—Qualquer coisa.

—Me deixe ficar.

—Tudo o que te prometi será cumprido.

—Obrigada.

O plano era trazer Phill para o galpão novamente, seus homens estariam em qualquer estrada de saída ou entrada da cidade. Mais homens muito provavelmente nos aeroportos a sua espera, Edward faria alguns ajustes quanto a isso já que muitos homens que trabalham com esse tipo de gente mudam de lado por uma quantia a mais do que ganham.

—Quando vai avisar, Felix?

Edward se levantou e se sentou a meu lado levando minhas pernas a seu colo. Seus dedos traçavam círculos lentamente para cima e para baixo.

—Quero me fale o que fez com o dossiê para que eu siga com isso.

—Eu entreguei boa parte para Leah. –Havia um brilho em seus olhos que não soube identificar, mas deixei passar. – Assim que ela entendeu que eu tinha muito a falar, as coisas começaram a andar. As prisões e os esquemas na fronteira. Fui passando pequenas informações. Eles sabem que se trata de uma máfia, afinal os portos estão sendo parados.

—Sim, sabemos disso.

—O que tinha no dossiê?

—Nomes, mercadorias entradas e saídas. Como funcionam, estradas, números de pessoas que morreram nisso, pessoas sequestradas. Eu sou uma delas lá, Phill estava guardando isso tão bem. –Sorri. –Isso foi a minha liberdade e a minha vingança. Ou melhor, era pra ser. –O encarei.

—Você estava livre para isso.

—Não se tratava só de você, era Felix, Jasper e todos os outros. Foi egoísta da minha parte com os demais, mas que se dane eu não conseguia vê-los preso.

—Nem eu?

—Nosso caso era pessoal. Eu não queria a polícia envolvida quando fosse mata-lo.

Sorriu.

—Essas honras eu sempre te darei.

—Não vou mata-lo. – Nunca gostei de dizer isso, mas era a verdade.

—O que fez com a parte que me incrimina?

—Destruí.

—Tudo?

—Cada pequeno detalhe. Jacob fez a última entrega, eu sei que agora eles estarão vindo a todo vapor.

—Por que?

—Talvez eu tenha mexido alguns pauzinhos e colocado a polícia com principal fonte de informações para tudo o que está acontecendo. Em parte, isso não é mentira.

—O que acha que eles irão fazer?

—Fui sequestrada novamente antes de descobrir isso. Agora é a sua vez de me dizer para onde vamos, então eles saberão para onde ir.

—Vamos traze-los para cá novamente.

O fitei.

—Tudo bem?

—Tudo bem.

EDWARD

A imagem de um alguém indefeso se desfez da minha mente, mesmo eu brigando para mantê-la Bella não era mais alguém que eu poderia proteger – em ação. Ela não me deixava mais fazer isso e se a única forma de mantê-la comigo era dessa mineira, então eu iria aceitar. Suas condições eram as prioridades agora.

Antes que ela pudesse se levantar, a puxei para mim novamente. Um sorriso brincou em seus lábios por alguns segundos, era como uma leoa. Nada dócil, nada simples, tudo ao mesmo nível e eu não sabia se isso me assustava ou me fazia mais apaixonado por ela.

—Eu amo você, não estou pedindo para dizer de volta, mas eu te amo.

Seus dedos traçaram as formas em meu rosto e ela se aproximou puxando meu lábio em seus dentes. Ela me amava também, eu sabia que lá fundo ainda existia alguma coisa para mim.

—Quer falar de sentimentos agora? –Sussurrou contra meus lábios.

—Não...-Minha voz estava arrastada e ela tinha todo o controle sobre mim.

Eu separo minha boca o suficiente da dela, provocando-a com um beijo que eu quero que ela tome de mim, seus olhos me investigam por um momento e então, ambos os seus braços envolvem possessivamente em torno de meu pescoço, puxando todo meu corpo contra o dela. Me puxando para outro beijo – nunca pensei que seria tão dependente de uma mulher como era de Isabella Swan.

A levantei em meu colo deixando seu corpo pousar, seus olhos não me mandavam recuar, ela me queria como eu a queria – ainda mais do que ela. Abri lentamente os botões de sua camisa, seus olhos observando cada detalhe – haviam marcas ali que provava que nada havia sido fácil. Marcas que nunca desejei que tivesse, me aproximei beijando cada uma delas, sentindo sua respiração oscilar. Seus dedos brincando em meu cabelo, até o poder voltar a ela e como uma exigência me mandar segui em frente.

Quando a tomo, seus olhos se fecham por um longo tempo e um sorriso surge quando os abre novamente. Ela não precisava dizer que ainda me amava, ela agia como uma. Era o suficiente para mim no momento.


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