O Enigma de Hogwarts escrita por GG


Capítulo 3
03




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/595668/chapter/3

Capítulo 03 — Cicatrizes do passado

Harry Potter mal conseguia acreditar nas palavras da menina quando tomou a carta de resposta em suas mãos, teve que reler umas sete vezes apenas para conseguir absorver o poder de tudo que lhe relatara por meio daquele pedaço de papel gasto. Como Dudley podia ser tão ignorante?! Despachara a própria filha para as garras de Petunia e Vernon, que tinham um rancor vivo em relação a magia e nunca saberiam lidar com uma jovem bruxa.

"Vovó jura que estou doente e a cada dia passo a acreditar mais em suas palavras, isso não é normal!", aquele trecho em especial ficara marcado em sua mente. A pobre Annabel começava a acreditar que era louca, que estava doente e tudo por causa da avó ordinária! Aquela era a gota d'água.

Ginny! — gritou Harry Potter diretamente do seu escritório, a esposa deveria estar no primeiro andar com as três crianças, os seus três amados filhos. — Ginny, venha aqui, querida!

Em pouco tempo a ruiva materializou-se na porta do escritório com a cabeça tombada para a direita, observando cuidadosamente o marido que tanto amava. Os olhos verdes de Harry estavam alarmados e assustados, e havia uma expressão de raiva em seu rosto que costumava estar sempre alegre e animado.

— O que foi, Harry? — perguntou a ruiva enquanto aproximava-se da escrivaninha onde a carta estava apoiada, os olhos castanhos da ruiva encaravam o olhar do marido carinhosamente, pegou sua mão e a acariciou enquanto fazia círculos imaginários em sua pele. — Está tudo bem?

Se Harry não relaxara com o toque de Ginny, então a coisa era realmente séria, e a ruiva sabia daquilo. Afinal Ginny era a resposta para todas as perguntas de Harry, era o sorriso para todas as lágrimas, eram como almas-gêmeas aqueles dois. E um sabia quando o outro não estava bem, mas Ginny pensara que não custava nada perguntar, rezando para que estivesse errada quanto ao estado do marido.

— Não, querida, nada está bem. — ele disse enquanto levantava-se da cadeira rotativa da escrivaninha e levava consigo a carta da menininha, entregou-a nas mãos de Ginny. — Leia-a, leia-a em voz alta, por favor.

"Caro Sr. Harry Potter,

Creio que não poderia ter encontrado melhor hora para contatar-me! Estou trancafiada na casa dos meus avós, sem saída e sem rumo. Tudo por causa da carta que chegou em casa, meu pai me despachou para cá. Coisas estranhas me perseguem, a mais esquisita é a minha habilidade de mudar de forma, não consigo entender nada que acontece. Vovó jura que estou doente e a cada dia passo a acreditar mais em suas palavras, isso não é normal!

Mas se o Sr. vier ao meu socorro juro que passo a desacreditar nisso, começo a acreditar que essas coisas de magia são reais e nada é impossível, mas preciso que venha logo. Estou sozinha em casa e por isso consegui receber a carta, das últimas vezes avô Vernon teve prazer em destruí-las e queimá-las na lareira. Estou trancada no armário sob a escada e não consigo sair, apenas nas tardes em que eles estão fora e eu sou obrigada a cortar a grama do quintal e varrê-lo.

Então por favor não desista de mim.

Espero ansiosamente o Sr. dar-me uma resposta, não me abandone, não desista, por favor.

Ansiosamente,

Annabel Dursley."

Ginny leu a carta para Harry, assustando-se com a resposta. Sabia que o marido havia contatado a menina mas não esperava tamanha resposta.

— Eles estão enchendo a cabeça dela de baboseiras, Harry! — exclamou a ruiva estupefata com a situação, chegava a ser desumano. — Precisamos....precisamos fazer alguma coisa para ajudá-la, ou então ela irá enlouquecer de verdade.

— Eu sei, Ginny, eu sei. — ele disse enquanto andava nervosamente pelo escritório. — Mas o quê?

— Talvez possamos contatar o Conselho Tutelar Bruxo. Pelo que você me contou antes ela perdeu a mãe que era bruxa então não pode ter o direito de exercer sua cidadania como bruxa e isso inclui assistir as aulas em Hogwarts, que com certeza serão terminantemente proibidas pelos parentes-trouxas!

— Você está certa! — disse Harry e beijou carinhosamente os cabelos ruivos da esposa, ela sorriu radiantemente.

Os dois tinham assuntos importantíssimos a tratar.

+++

Quando Vernon e Petunia retornaram para casa a garota foi chamada na sala de estar. Onde Vernon ficava esparramado preguiçosamente no sofá e assistia TV. Avó Petunia estava sentada numa poltrona de frente para Sarah, que não conseguia relaxar. Como podia seguir em frente agora? Era uma bruxa, tinha um 'tio' bruxo e uma escola para ingressar! E ninguém nunca lhe contara absolutamente nada.

— Deve estar perguntando-se o motivo de tê-la chamado até aqui, não é? — "não, não, não estou!", pensou a menina irritadamente. Como se concentraria naquelas banalidades quando tinha tantos assuntos a pensar? — É que eu e seu avô estivemos conversando e você até que tem melhorado gradualmente, isso significa que pode ir para o quarto antigo de seu pai, enquanto se comportar assim.

A menina assentiu silenciosamente e levantou-se, pegou todos os seus pertences e quando estava subindo as escadas conseguiu escutar um vislumbre de conversa entre os avós.

— Petunia! Uma daquelas cartas chegou hoje, ali no chão da sala, veja! E está intacta, a idiota nem viu! — exclamou seu avô, a menina nem percebera a outra carta, parecia que o pessoal de Hogwarts não se cansava de tentar, ela sorriu consigo mesma enquanto subia as escadas.

Instalou-se no quarto e abriu a janela que parecia ter ficado décadas fechada. Pegou alguns produtos e itens de limpeza e fez uma grande faxina no quarto para poder tornar-se habitável.

Quando terminada toda a arrumação, se sentou no parapeito da janela e observou a vizinhança. Todas as casas iguais.

Fechou os olhos imaginando quando aquela loucura toda teria fim. Quando os abriu encontrou uma coruja piando ao seu lado no parapeito. Sorriu tão largamente que sentiu dores de tanta alegria, pegou a carta das garras da pequenina e acariciou a sua cabeça como forma de agradecimento.

— Muito obrigada, minha amiguinha. — murmurou para a coruja.

"Caríssima Annabel Dursley,

Aqui é Harry Potter, novamente. Recebi sua carta e não pude mais esperar. Já contatei órgãos do mundo mágico especializados em todo tipo de problemas e estaremos aí amanhã pela manhã, assim que o sol raiar, espero que aguente até lá.

Boa noite e até logo.

Carinhosamente,

Harry Potter."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá, magníficos leitores! Retornei com a fanfic, mas espero que agora vocês colaborem deixando um review sempre que lerem, isso ajuda e muito. Também estou sem tempo para mexer aqui, estudo 10 horas diariamente e ainda tem a pilha de trabalho de casa do ensino médio + técnico então complica, só dá vontade de me esforçar pra mexer aqui se vocês derem valor, compreendem? Se a fanfic vai ou não continuar, depende somente de vocês!
Ah, eu já tenho vários capítulos escritos e prontos mas como disse, depende de vocês, haha.
Boa leitura



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Enigma de Hogwarts" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.