O Enigma de Hogwarts escrita por GG


Capítulo 4
04


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Tenho que dizer que realmente me surpreendi. Vocês me deixaram mega animada novamente com a fanfic aqui, haha, obrigada de coração



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— ANNABEL DURSLEY!

Ótima de começar o dia, pensou a menina sonolenta enquanto colocava-se sentada na cama. Avó Petunia acordando-a gritando e.... Oh, céus, ela lembrou-se da noite passada, da carta do tio Harry e tudo que aconteceria. Quando o Sol raiar.

Ela levantou-se sobressaltadamente e colocou o roupão cor-de-rosa apressadamente, desceu as escadas pulando de dois em dois degraus e chegou até o hall de entrada, deparando-se com uma cena nada comum na casa de número quatro da rua dos Alfeneiros.

Várias pessoas estavam na porta de entrada querendo adentrar a casa dos Dursley. A menina pôs logo um sorriso imenso no rosto. Ele realmente tinha vindo buscá-la, resgatá-la, ajudá-la.

— Annabel, o que isso significa? — indagou avó Petunia batendo o pé, de braços cruzados sob o peito.

— Significa que tio Harry veio até aqui e...

— Tio Harry, mas que diabos…? — avô Vernon já se exaltava. E então, como se tivesse lembrado de supetão da presença de 'toda aquela gente' na porta de sua casa, virou-se para a plateia ansiosa e gritou — Saiam já da minha casa, agora! Ou então chamarei a polícia.

— O Sr. poderia ser poderia ser preso caso a menina ali prestasse queixa. — indagou um homem com um uniforme bem arrumado, os olhos cinzentos fixando-se sob avô Vernon. — Estão privando-a do exercício de sua cidadania bruxa.

— E quem é você, hein?

— Darwin Brown, eu sou responsável pelo cumprimento da lei bruxa. — anunciou cheio de si o bruxo, Annabel conteve uma risadinha.

— Annabel! — chamou uma voz masculina, a menina espremeu-se entre os avós e saiu para a entrada da casa, sorrindo encontrou um rosto amigável, uma cicatriz na testa e óculos tapando os grandes olhos verdes, só podia ser ele! — Eu sou Harry.

— Tio Harry! — a menina mal o conhecia mas já tinha grande afeto por ele, abraçou-o apertadamente e não queria mais soltá-lo.

— O que vocês planejam fazer aqui, posso saber? — ralhou avó Petunia irritadamente, odiava ver aquela gente, odiava.

— Vamos levar a menina. — anunciou a voz de Darwin Brown convictamente.

— Não tem esse direito, nenhum de vocês têm! — exclamou a mulher sacudindo o dedo ossudo e magro, os cabelos começavam a soltar-se dos bobs que usava para dormir, o pijama sob o corpo magro parecia grande demais.

— Para onde eu vou? — ela murmurou para tio Harry ansiosamente.

— Iremos cuidar de você até tudo se resolver. — ele prometeu e abraçou seus ombros gentilmente. — Eu prometo.

+++

As coisas aconteceram em uma rapidez inacreditável. Num momento Annabel estava presa na casa dos avós e no outro estava hospedada confortavelmente na casa dos Potter.

— Meu nome é Lily Luna. — disse uma menina ruivinha que deveria ser uns três anos mais nova que Annabel, ela dividiria o quarto com a adorável Lily enquanto ficasse ali.

— É um prazer conhecê-la. — disse Annabel timidamente. — Sou Annabel.

— Você vai ser tipo minha irmã-temporária, né? Vamos até dividir o quarto! Mas papai disse que você vai pra Hogwarts esse ano, que inveja, você logo vai e eu aqui esperando tanto tempo e.... — Lily não parava de tagarelar um minuto ao menos mas Annabel adorara aquilo na menina.

— Meninas. — uma voz doce como mel interrompeu a conversa a animada na qual apenas Lily falava, era Ginny Potter, a mãe de Lily, esposa do tio Harry. — O almoço está pronto.

Lily puxou Annabel escada abaixo. A casa dos Potter ficava em Godric's Hollow, uma vila bruxa diferente de tudo que Annabel vira. Ela chegara fazia pouco tempo e só tivera tempo de conhecer Lily e começar a arrumar os seus pertences no quarto temporário, segundo tio Harry ela seria muito bem vinda ali até quando ela quisesse mas Darwin Brown dissera que seria um extenso tempo, ao menos até o início do ano letivo escolar.

Era tanta coisa para absorver de uma só vez!

A sala de refeições era esplêndida do tipo que Annabel via em filmes norte-americanos de famílias perfeitas que vão passar as férias no Hawaí ou coisa parecida, ela ficou pasma com tanta arrumação. Havia uma criaturinha esquisita porém intrigante servindo as coisas, seu olhar fixou-se nela e Lily percebeu.

— É Monstro, nosso elfo doméstico. — explicou Lily sorridente. — Vai gostar dele, ele é legal quando fazemos amizade com ele.

Tomaram um lugar na mesa e aos poucos os Potter iam chegando e sentando-se na mesa.

— Você deve ser a Annabel, certo? — indagou um menino que deveria ser um pouco mais novo que Annabel, ele tinha olhos verdes como os do pai, tio Harry. Os cabelos negros pareciam despenteados, quase como se ele tivesse acabado de acordar.

— Exatamente. — disse a menina apertando sua mão nervosamente, não estava acostumada com aquele tipo de coisa. — E você, como se chama?

— Albus Severus Potter. — informou o menino.

— É um prazer conhecê-lo, Al. — disse já adotando um apelido, ele sorriu largamente ao escutar 'Al'.

— Ei, lindinha. — uma voz masculina chamou, Annabel virou-se e deu de cara com um garoto que deveria ter a sua idade, ele sorria radiantemente. Annabel corou automaticamente. — Sou James Sirius.

— Vocês aqui gostam de nomes duplos, hein? — ela comentou arrancando risadas da mesa inteira. — Ah, sou Annabel. Prazer em conhecê-lo.

— Essa frase é minha. — ele piscou e estendeu o sorriso. — Annabel é muito grande! Que tal Annie?

— Annie é legal. — encorajou Ginny com aquele sorriso maternal no rosto, Annabel sentia-se acolhida naquela casa tão rapidamente que nem conseguia explicar.

— Annie. — ela murmurou experimentando o sabor da palavra, o som que as letras unidas formavam. — Gosto de Annie.

— Papai disse que você é Metamorfomaga. — adiantou-se Lily com verdadeiro fascínio, o olhar dos pais recaindo sob a caçula dos Potter, envergonhados pela indiscrição da menina.

Lily Luna! — censurou Ginny irritada. E então o olhar recaiu sob Annie. — Querida, me desculpe. Sinto muito, é que falamos bastante sobre você para as crianças, não queria lhe....

— Está tudo bem, tia Ginny. — disse Annie sorrindo ansiosamente, sempre gostara daquele talento que possuía mas não sabia que possuía nome, soubera disto no caminho até a residência dos Potter. Mal conseguia acreditar que poderia usá-lo sem ser castigada. —Nem sabia que tinha um nome, essa cosia de....de mudar de forma. Mas é que meu pai me castigava toda vez que eu usava esse....hm, dom? Não sei como devo dizer, mas essa coisa sempre me meteu em encrencas.

— Pode ter certeza de que aqui, e em Hogwarts, ninguém irá se irritar com isso. — prometeu tio Harry solenemente. — É um dom, e muito raro, é algo muito bom e poderoso.

— Mostra, mostra! — pediu Lily Luna batendo palmas de agitação.

Annie sorriu e em segundo não era mais Annie, era Lily Luna. Com os mesmos olhos castanhos e cabelos ruivos, o rosto de boneca e de aparência muito similar ao da mãe.

— Eu descobri que podia trocar de forma no primeiro dia de aula. — contou Annie. — Meu pai foi chamado e eu fiquei de castigo por semanas, sem nem mesmo entender o que acontecera ali. E, de alguma maneira estranha, quando voltei a escola era como se ninguém tivesse presenciado aquilo, ninguém lembrava.

— Deve ter sido o Ministério da Magia, costumam apagar as memórias das pessoas quando coisas assim acontecem. — explicou tio Harry. — Você deve estar cheia de interrogações na cabeça, certo? Pode perguntar qualquer coisa que queira saber.

— Como você conhece os Dursley? Meu pai mencionou-te antes de me levarem para a casa de meus avós, algo como 'primo Harry' e também uma moça chamada 'Lily' mas não consegui entender como estão....hm, interligados de alguma forma.

— Ah, sim. — disse Harry sorrindo fracamente, antigamente ele sentia-se meio nervoso ao falar sobre essa história e não contava-a muito as seus filhos, que também pareciam absortos na conversa naquele instante. — Bem, meus pais morreram quando eu era apenas um bebê, assassinados por um bruxo das trevas, você vai aprender que não existem apenas bons bruxos.

"Eu fui enviado para morar com meus tios maternos, seus avós no caso. Eles nunca foram muito gentis comigo, percebo que também não são com você. Mas quando a carta chegou, tudo pareceu mudar, eles me desprezavam e odiavam o fato de ter sangue mágico, de ser um bruxo. Seu pai é meu primo de primeiro grau, ele também nunca foi muito amistoso comigo. E Lily, é o nome de minha falecida mãe, era uma nascida-trouxa, trouxa é quem não tem poderes mágicos, ou seja, ela veio de uma família de pessoas-não-bruxas mas desenvolveu poderes mágicos."

— Muito obrigada por explicar-me. — agradece Annie timidamente. — Posso fazer outras perguntas?

— Mas é claro que sim.

— Bem, talvez essa você não saiba a resposta mas preciso fazê-la de mesma maneira. — anuncia a menina. — É sobre a minha mãe, a única coisa que sei é que ela foi assassinada quando eu era um bebê, igual aos pais do senhor, mas será que ela era bruxa também?

— Eu a conhecia sim. — ele diz com um sorriso grande no rosto. — Conheci quando ela casou-se com seu pai, éramos bons amigos, tanto que ela nomeou-me seu padrinho, ela queria que alguém cuidasse da filha caso algo lhe acontecesse.

— O Sr.? Meu padrinho? — indagou a menina feliz e confusa ao mesmo tempo. — Caso algo lhe acontecesse....então ela já esperava que algo acontecesse a ela?

— Bastante curiosa, e inteligente, hein, Annie. — elogiou Harry Potter gentilmente. — Sim. Você precisa entender que esse bruxo das trevas que matou meus pais, bem, ele tinha seguidores, chamados Comensais da Morte. Mas esse bruxo da treva, Voldemort, já não vive mais, todavia há muita discussão sobre seu retorno, seus leais capangas tramam seu retorno, os Comensais da Morte. E eles recrutaram sua mãe, viam potencial nela. Claro que Sarah recusou, disse que nunca se juntaria, por isso eles a mataram.

A menina ficou calada por longos minutos, absorvendo tudo aquilo. Sua mãe fora assassinada por servos do tal Voldemort, as lágrimas insistiam em deslizar pela sua face mas ela seria forte, não choraria na frente de ninguém.

— Sinto muito, muito mesmo. — disse Ginny consolando-a maternalmente.

— Obrigada, tia Ginny. — disse, adotara rapidamente o costume de chamá-los de 'tia' e de 'tio'.

— Está tudo bem?

— Está. — disse a menina mordendo o lábio inferior. — É que também me entristece saber que a única coisa que eu tenho dela é o colar azul que uso.

+++

Na hora de deitar-se, Annie deitou na cama ao lado da de Lily. Lily a explicara que aquela cama ficava ali para o caso de alguma de suas primas a visitar e decidir passar a noite, ela possuía várias primas, contara.

— Vai ficar tudo bem aqui, Annie. — prometeu a ruivinha enquanto dava um abraço de boa noite na menina. — Você é da família também, protegemos uns aos outros.

— Obrigada, Lil. — ela disse suavemente. — Por tudo.

— Não precisa agradecer. — disse a pequenina. — Agora precisamos dormir.

— Sim. — concordou Annie pensativa.

— Boa noite, Annie.

— Boa noite, Lil. — e pouco depois, para sua própria surpresa, adormeceu e dormiu tão serenamente, como não fazia havia anos e anos.


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