O Enigma de Hogwarts escrita por GG


Capítulo 2
02


Notas iniciais do capítulo

Oi, lindos leitores



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Capítulo 02 — Cartas

— Coloque todas as suas coisas no armário sob a escada, agora. — ordenou avó Petunia Dursley para a menina assim que adentraram a casa de número quatro na Rua dos Alfeneiros.

— No armário…? — indagou a menina soando surpresa, ela não esperava tanta maldade e judiação assim, nem mesmo daquela família. Não conseguia acreditar nas ordens de sua avó. — Eu não vou ficar no antigo quarto de meu pai? Ou então no outro quarto vago da casa?! Vou ficar na porcaria do armário!

— Exatamente. — afirmou avó Petunia fingindo não se importar, e na verdade não se importava mesmo. Ela nem encarava a menina nos olhos, mas Vernon sim e viu o que estava acontecendo. A menina de apenas 10 anos perdia o controle sob suas habilidades mágicas e ficava trocando de forma sem conseguir controlar.

— PARE COM ISSO AGORA! — explodiu o homem assustado com o que a garota estava fazendo, não podia ser verdade. Nem Harry Potter lhe dera tanto trabalho, e olha que tinham acabado de chegar em casa e até mesmo no caminho até lá, de pouco mais de uma hora, a garota causara-lhes problemas.

— Desculpe.... — a menina murmurou nervosamente. — Eu não... não consigo controlar isso.

Vernon correu na direção dela e puxou-a pela blusa, jogou a menina no armário violentamente junto com a mochila e trancou a porta abruptamente.

É, aquelas seriam mesmo as melhores férias.

+++

Na hora do jantar, finalmente Annabel foi tirada daquele armário. Sentia-se livre mesmo estando trancada dentro da casa, as fechaduras eram robustas e dignas de uma prisão de segurança máxima, de causar inveja nos vizinhos. Revirou os olhos. O que eles pensavam que ela era? Uma criminosa graduada em fugas?

Avó Petunia mandou que ela se sentasse na mesa rapidamente, assim ela o fez. Enquanto a Sra. Dursley servia o jantar, um grande e suculento rosbife com batatas fritas, Sarah divagava sobre como seriam aquelas férias.

— Ainda estou tentando entender os motivos de ter sido arrastada até aqui. — resmungou a garota assim que a avó juntou-se aos dois, ela e Vernon, o avô.

— Está aqui por causa daquela maldita carta, Annabel. — informou avó Petunia enquanto deliciava-se com a janta. — E não irá sair até estar totalmente curada.

— E que doença eu tenho? — perguntou a menina desafiadoramente, os olhos brilhando. Adorava aquela audácia, aquela coragem misteriosa que surgia do nada.

— Chega! — exclamou avô Vernon. — Ou cala a boca ou vai para o armário com fome mesmo.

— Eu juro, juro que vou pegar aquela carta e vou lê-la todinha! — disse a menina jogando o jantar pelos ares e correndo de volta para o armário sob a escada, sem se importar com o ronco de seu estômago, a teimosa prevalecia sempre.

+++

Os dias foram passando e aos poucos os avós de Annabel deixaram ela ir até o quintal mas ela era feita de empregada. Limpava a casa, arrumava os quartos, tirava o pó, lavava, passava, secava, arrumava tudo que fosse possível e preparava as refeições e lanches. E a condição para ir até o quintal era cortar a grama e varrer o quintal. Ela aceitou de bom grado, fazia uns dias que não via o sol.

Sentou-se no banquinho de pedra após o trabalho duro e demorado, não havia absolutamente ninguém na casa de número quatro além dela mesma o que significava que podia descansar um pouco, que fosse. A casa estava toda trancada e uma fuga não daria certo mas também ela não teria para onde ir caso conseguisse fugir, por algum milagre divino.

Sua própria família detestava-a, era tão frustrante. Imaginava o que aconteceria se ela ainda tivesse sua mãe, nem mesmo conseguia lembrar-se de seu rosto, de seu jeito, absolutamente nada. A única coisa que ganhara dela e guardara era um colar de pedra azul brilhante que nunca tirava do pescoço, nunca.

Pensou em Petunia e Vernon fazendo-a de empregada, de serviçal, de servente. Odiava aquilo. Oh, como odiava! Odiava com todas as suas forças…!

Seu ódio foi interrompido quando olhou para a fonte d'água onde os pássaros bebericavam um pouco daquela água fresca que jorrava sutilmente dali, conforme a raiva crescia dentro de seu peito a água flutuava mais e mais alto. Assustou-se e parou abruptamente de concentrar-se. O que diabos era aquilo?

Logo pensou em ligar para os avós, em desespero, mas não era a coisa certa a se fazer, claro que não era! Pensou quase que automaticamente na primeira noite em que jantara ali, na fala da avó.

"— E não irá sair até estar totalmente curada.", será que estava mesmo doente? Será que imaginava tudo aquilo? Será? Havia tantas perguntas rodando-lhe a mente que começava a sentir dores de cabeça demasiadamente fortes. Lembrou-se também das vezes em que Harry e Lily foram mencionados, seja lá quem são. Eles deveriam ser como ela, doentes, prejudicados. E eram da família.

Aos poucos ia juntando as peças do quebra-cabeças que ganhara. Já tinha uma ideia, ia até o quarto dos avós em busca de pistas, qualquer coisa que lhe ajudasse. Pôs-se de pé e entrou na casa novamente, subindo as escadas de dois em dois degraus, logo foi até o quarto do casal Dursley.

Empurrou a porta mas para a sua frustração estava trancada. Maravilha! Descia as escadas quando escutou um som esquisito vindo dos jardins, correu até lá, curiosa. E lá encontrou uma coruja piando e caída na grama fresca e verdejante.

— Uma coruja durante o dia? — indagou automaticamente enquanto se ajoelhava na grama, passou os dedos pelo animalzinho e viu que havia algo em suas garras, uma carta.

Pegou a carta e acariciou a coruja delicadamente. Era como pombo-correio de filmes antigos, pensou Katherine enquanto lia a carta cuidadosamente.

"De: Escola de Magia e de Bruxaria de Hogwarts.

Para: Annabel Dursley."

Ali havia o endereço exato da casa dos avós e até mesmo o armário sob a escada era mencionado! Inacreditável. Quem saberia tudo aquilo? Escola de Magia e de Bruxaria de Hogwarts....

"Escola de Magia e de Bruxaria de Hogwarts.

Diretora: Minerva McGonagall

(Ordem de Merlin, primeira classe. Grande bruxa. Bruxa chefe suprema. Confederação Internacional de Bruxos.)

Prezada Srta. Dursley

Temos o prazer de informar que V.S.A tem uma vaga na Escola de Magia e de Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa no dia primeiro de setembro, estamos aguardando a sua coruja até o dia 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Filius Flitwick,

Diretor substituto."

Escola de Magia e de Bruxaria? Corujas? Bruxarias? Magias? Tudo rodava a mente da menina, e a coruja estava ali, olhando-a atentamente, não estava realmente ferida, apenas cansada por causa da viagem. Annabel mexeu no envelope e leu a lista de material mas havia algo a mais, um bilhete anexado.

"Querida Annabel Dursley,

Aqui é Harry Potter. Demorei para descobrir sobre a sua existência mas finalmente o fiz. Eu sou primo de seu pai, Dudley Dursley, e seu 'tio'. Sou como você, um bruxo. Sei que tudo pode parecer demasiadamente confuso mas quero que saiba que estou pronto para ajudá-la, duvido que os Dursley estejam lidando bem com uma bruxa em casa, passei pelas mesmas coisas!

Por isso mandei a própria coruja da minha família, os Potter. Quero que responda meu bilhete, está pronta para tomar sua vaga em Hogwarts? Pois eu estou mais do que pronto para fazer uma visita especial a casa de número quatro na Rua dos Alfeneiros.

Responda-me por favor, a coruja estará aguardando sua carta, sua resposta. E logo estarei enviando-lhe outra carta.

P.S.: Esconda dos Dursley e tenha muito cuidado.

Carinhosamente,

Harry Potter."

Só podia ser uma brincadeira de mau gosto! Mas como saberiam esse nome? Harry Potter, só podia ser o Harry de quem seus avós tinham falado, só podia ser! Ninguém iria se dar ao trabalho de pesquisar tanto sobre ela mesma para debochar dela, não era possível, não era...

Olhou para a coruja e chamou-a para dentro de casa, ela voou na direção da menina. Annabel buscou folha e caneta, sentou-se na mesa da cozinha e pôs-se a escrever, a coruja empoleirada em um canto qualquer da cozinha dos avós da menina.

"Caro Sr. Harry Potter,

Creio que não poderia ter encontrado melhor hora para contatar-me! Estou trancafiada na casa dos meus avós, sem saída e sem rumo. Tudo por causa da carta que chegou em casa, meu pai me despachou para cá. Coisas estranhas me perseguem, a mais esquisita é a minha habilidade de mudar de forma, não consigo entender nada que acontece. Vovó jura que estou doente e a cada dia passo a acreditar mais em suas palavras, isso não é normal!

Mas se o Sr. vier ao meu socorro juro que passo a desacreditar nisso, começo a acreditar que essas coisas de magia são reais e nada é impossível, mas preciso que venha logo. Estou sozinha em casa e por isso consegui receber a carta, das últimas vezes avô Vernon teve prazer em destruí-las e queimá-las na lareira. Estou trancada no armário sob a escada e não consigo sair, apenas nas tardes em que eles estão fora e eu sou obrigada a cortar a grama do quintal e varrê-lo.

Então por favor não desista de mim.

Espero ansiosamente o Sr. dar-me uma resposta, não me abandone, não desista, por favor.

Ansiosamente,

Annabel Dursley."

Parecia a coisa mais esquisita entregar a carta para a coruja, mas a menina não tinha outra escolha.

— Aqui, amiguinha. — ela entregou a carta e fez carinho novamente na cabeça da coruja. — Entregue para o Sr. Harry Potter, por favor.

A coruja voou pela janela da cozinha levando consigo a esperança da menina Dursley.


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Notas finais do capítulo

Não vai demorar muito para a Annabel - melhor apelidarmos-a de Annie, né? Mais curto e prático, haha - ir embora da casa dos avós-trouxas-chatos, prometo.
Deixem reviews e até o próximo capítulo!



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