Minha segunda chance escrita por millsswan


Capítulo 2
Capítulo 2




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CAPÍTULO UM

— Eu a encontrei. Quinn congelou. Essa era a notícia que ela esperava desde junho, mas, agora que ela finalmente chegara, ela quase tinha medo de formular a pergunta necessária.

— Onde?

— Em Suffolk. Ela está instalada em um chalé. Instalada. Ela respirou fundo profundamente. Todos aqueles meses em que ela temera por Rachel...

— Ela está bem?

— Sim, está. Quinn teve que se obrigar a continuar tendo aquela conversa.

— Sozinha? O homem fez uma pausa.

— Não. O chalé pertence a um homem chamado Kurt Hummel. Ele está trabalhando fora do país no momento, mas, eventualmente, ele volta. Meu Deus. Ela se sentiu mal. Tanto que mal registrou o que o homem disse a seguir.

— Rachel tem o quê?

— Bebês. Gêmeas. Duas meninas de aproximadamente oito meses.

— Oito... — balbuciou ela, sem conseguir raciocinar direito.

— Bem, então ele tem filhos?

— Até onde pude apurar, não — afirmou, categórico, o investigador particular que Quinn contratara.

— Deduzi que as meninas são dela. Ela está lá desde meados de janeiro do ano passado e os bebês nasceram durante o verão, em junho, segundo a senhora que trabalha na agência do correio. Ela foi de grande ajuda. Acho que houve certa especulação no vilarejo acerca do relacionamento entre Rachel e o tal homem. Quinn podia apostar que sim. Que Deus o ajudasse ou ela mataria Rachel. Ou o tal Hummel. Talvez ambos.

— Claro que, examinando as datas, é possível imaginar que ela já estivesse grávida quando deixou você. Isso quer dizer que as meninas poderiam ser suas. Ou isso, ou ela já vinha tendo um relacionamento com Hummel há algum tempo. Quinn encarou o imprudente investigador.

— Atenha-se ao seu trabalho, deixe que as contas eu mesmo faço. Ela não queria nem pensar na possibilidade de Rachel ter sido infiel a ela.

— Onde ela está? Quero o endereço.

— Todos os dados estão aqui — disse o homem, entregando a Quinn um grande envelope pardo.

— Fiz relatórios de todas as etapas.

— Vou examinar tudo. Muito obrigado.

— Se houver mais alguma coisa que precise, sra. Fabray, alguma informação adicional.

— Entrarei em contato.

— A senhora na agência do correio me disse que Hummel está ausente por estes dias — disse o investigador antes de sair. Quinn encarou o envelope por alguns instantes antes de abri-lo. As fotos tiradas pelo investigador foram a primeira coisa que viu. Deus, Rachel estava linda. Um pouco diferente, mas linda. Ela levou um momento para reconhecê-la, porque o cabelo dela crescera e ela o usava preso em um rabo de cavalo. Aquilo fazia com que ela parecesse mais jovem. Os tons alourados haviam desaparecido e ela voltara a ter os cabelos castanhos-escuro. Os cabelos que ela queria tanto afagar. Ela ganhara algum peso, mas aquilo só a deixara mais bela. Ela parecia bem, feliz, e continuava muito bonita, porém, estranhamente, considerando quão desesperada ela estivera por notícias dela no último ano; um ano, três semanas e dois dias, para ser exato. Mas não foi a imagem de Rachel que prendeu a atenção de Quinn, passado o choque inicial. Foram os bebês. Em uma das fotos, elas estavam sentadas lado a lado em um cercadinho de supermercado. Duas lindas meninas. Idênticas. Seriam dela? Com a mais absoluta das certezas. Bastara apenas um olhar para o cabelo loiros e espetado das meninas para saber que elas eram dela. Era como olhar para uma foto sua quando menina. Rachel estava bem. Bem e linda. E tinha duas filhas. Dela. Meninas que ela jamais conhecera, das quais não fora informada. Como ela ousara não contar a ela sobre as filhas? O peso de papel estilhaçou o vidro da janela, e os caquinhos de vidro se espalharam pelo chão. Ela escondeu o rosto nas mãos e contou até dez.

— Quinn?

— O investigador particular a encontrou. Em Suffolk. Preciso ir até lá.

— Claro, claro que sim — disse sua assistente.

— Mas espere um minuto, acalmese. Vou fazer uma xícara de chá para você e pedir que alguém faça sua mala.

— Tenho uma mala pronta em meu carro. Cancele minha viagem para Nova York, Aliás, cancele tudo, pelos próximos dois dias. Desculpe-me, Emma, mas não quero chá. A única coisa que quero é ver minha... mulher. E os bebês. Seus bebês.

— Faz mais de um ano, Quinn. Dez minutos não farão diferença. Você não pode dirigir no estado em que está. Precisa se acalmar, refletir, pensar no que quer dizer. Do jeito que você está, vai deixá-la apavorada. Sente-se. Muito bem. Você almoçou?

— Almoço? — Ela encarou sua assistente. Maternal, eficiente, mandona, organizada e, ele via agora, muito, muito bondosa. Ela pediu que mandassem comida para a sala dela e olhou as fotos sobre a mesa.

— Essa é Rachel?

— Sim.

— E os bebês?

— Ah... Interessante, não? Ao que tudo indica, sou mãe. E ela nem se deu ao trabalho de me avisar. Bem, ou isso, ou ela teve um caso com minha irmã gêmea idêntica que desconheço, porque as meninas são a minha cara.

A comida chegou e Emma colocou a bandeja sobre a mesa dele. Depois disso, ela se virou e o abraçou. Por um momento, Quinn não soube o que fazer. Fazia tanto tempo que ela não recebia um abraço que o choque não a deixou reagir. Mas, em seguida, ela ergueu seus braços e a abraçou de volta, e o calor do contato a envolveu e a confortou. Obrigando-se a não chorar, ela se afastou dela e voltou-se na direção da janela.

— Meu Deus, elas são mesmo a sua cara! Bem, beba seu chá, coma seu sanduíche. Pedirei que David traga seu carro. O carro dela. Uma belezinha esportiva de dois lugares, baixo, sexy e com espaço nenhum para acomodar duas cadeirinhas de bebê. Tudo bem. Ela providenciaria um carro adequado. Com o vento gelado de fevereiro soprando, durante as duas horas seguintes Quinn dirigiu na direção do lugarejo onde Rachel vivia agora, vasculhando as teias de aranha em sua mente, tentando decidir que diabos diria a ela. Ao cruzar uma ponte antiga, de pedra, ela prendeu a respiração ao ver Rach, emoldurada pela janela da sala de estar de um chalé harmonioso, com telhado de sapé. Ela estava com um bebê em seus braços.

— Shhh, Charlie , que boa menina! Não chore, querida. Ah, olhe ali, alguém está vindo para cá! Vamos ver quem é? Pode ser a tia Mar! Ela se aproximou da janelão para enxergar melhor quem estava dentro do carro e foi então que achou que fosse desmaiar.

Quinn? Mas como?

Ela se sentou abruptamente no velho sofá, ignorando o bebê que choramingava em seu ombro e o outro bebê, que dormitava calmamente no cercadinho.

Tudo que ela conseguia fazer era ficar sentada ali, encarando Quinn através do vidro, enquanto ela descia do carro, batia a porta, andava lentamente na direção da casa e entrava em sua varanda. Ela tocou a campainha, tensa, as mãos nos bolsos da calça.

Ainda que ela chorasse durante o sono, de saudade dela, ainda que, cada vez que olhava as filhas, ela se lembrasse dela, ainda que sentisse uma enorme tristeza sabendo que elas não conheceriam a outra mãe, Rachel sabia ter feito a coisa certa.

Como contar a ela sobre os bebês, depois de tê-la ouvido dizer tantas e tantas vezes que filhos eram a última coisa que queria? Murphy, o cão, foi até a porta e latiu. Charlie parou de choramingar e deu um gritinho, o que fez com que Quinn olhasse pelo janelão enquanto esperava.

Os olhos dela encontraram os de Rachel. Ah, elas estavam tão próximas. Ela estava ali, do outro lado do vidro, com seu cão e seus bebês, e Quinn não sabia como agir. ela tentou sorrir, mas não conseguia se lembrar de como fazer isso. Rachel parecia exausta, mas ela nunca vira ninguém mais bela. Ela veio até a porta, que foi aberta com um rangido.

E lá estava Rachel , linda, parecendo tão cansada, mais linda do que jamais a vira, com um bebê no colo e um enorme labrador ao seu lado.

— Olá, Quinn.

Olá, Quinn? Era tudo que Rachel tinha a dizer depois de um ano e dois bebês? Quinn sentiu-se decepcionada, arrasada. Todo aquele ano de solidão, desespero e terror passou por ela em um segundo e ela quis reagir, brigar e armar uma cena. Mas as palavras de Emma a alcançaram e ela tratou de se acalmar. Ela podia fazer aquilo, pensou. Ela era capaz de lidar com a situação.

— Olá, Rachel.

Olá, Rachel? Rachel, e não Rach, ela notou. Bem, então seria assim. Era uma mudança. Ela se perguntava se algo mais mudara. Provavelmente, não o suficiente. Rachel se recompôs, endireitou-se, tomando o controle da situação e de seu corpo, que tremia.

— É melhor você entrar.

O que mais ela poderia fazer? Quinn aparecera ali na sua porta, sem aviso nenhum, e era melhor lidar logo com a situação.

— Feche a porta para que o calor não se perca — disse ela a Quinn. Ela a seguiu até a cozinha, seus passos fazendo barulho, enquanto Murphy farejava em volta dela, batendo a cauda nas paredes e móveis.

— Isso é tudo que você tem a dizer? Um ano sem uma palavra sequer e o que você me diz? "Feche a porta?"

— Estou tentando manter os bebês aquecidos — disse Rachel, e os olhos dela imediatamente buscaram pelas crianças, enquanto seu rosto ostentava uma expressão indecifrável. Consciente da importância daquele momento, ela disse:

— Esta é Charlie. E gesticulou com sua mão livre na direção na direção do bebê no cercadinho. — E aquela é Beth. Ao ouvir seu nome, Beth ergueu a cabeça e sorriu.

— Ma-mi

Disse ela, erguendo os bracinhos, abrindo e fechando as mãos, pedindo para ser pega no colo. Rachel deu um passo na direção dela, mas então parou e olhou para Quinn, com o coração disparado.

— Bem, vá até lá. Pegue sua filha no colo. Acho que é por isso que você está aqui, não é? Quinn estava muito abalada. Sua filha... Oh, meu bom Deus. Fazia séculos que ela não segurava um bebê no colo. Ela nem mesmo estava certo de ter segurado um bebê tão novinho. Ela estava apavorada, com medo de deixá-la cair. Quinn tirou o casaco, que pendurou nas costas de uma cadeira, depois foi até o cercadinho e ergueu a garotinha em seus braços. — Ela é tão leve! Pensei que fosse mais pesada.

— Ela é apenas um bebê, Quinn. E, de qualquer forma, gêmeos são menores. Mas elas são muito saudáveis. Diga "olá" para mamãe, Beth. Mamãe?

— Ma-ma!— disse ela e, esticando a mãozinha, agarrou o nariz de Quinn e puxou-o com força.

— Ai!

— Beth, seja boazinha — disse Rachel. Ela mostrou a ela como segurá-la e depois lhe entregou Charlie.

— Aqui estão. São as suas meninas. Quinn olhou para elas, perguntando-se como, em nome de Deus, ela conseguia diferenciar uma da outra, porque, para ela, eram idênticas. E elas tinham um cheiro delicioso; ela nunca sentira algo assim. Charlie e Beth, ao mesmo tempo, ergueram suas cabecinhas para encarar a mãe com seus enormes olhos cor de mel, sorrindo para ela. Quinn se sentiu zonzo de amor.

— Quinn, aqui, venha, é melhor você se sentar . disse Rachel com a voz carregada de emoção. Ela puxou uma cadeira e fez com que ela se acomodasse ali, antes que suas pernas, que tremiam, não pudessem mais sustentá-la. Ela parecia atônito e as meninas também estavam claramente fascinadas por ela, passando as mãozinhas em seu rosto, puxando seu nariz e suas orelhas e sorrindo, enquanto Quinn se deixava ficar sentada ali, apaixonada demais para esboçar qualquer reação. Quinn olhou para Rachel e ela notou que, por trás do encantamento, havia uma raiva surda e latente, uma espécie de força avassaladora que ela nunca vira. Ódio. Quinn a odiava.

— Vou fazer um chá — disse Rachel, procurando desesperadamente por algo que a ocupasse. Mas, naquele momento, Charlie começou a chorar de novo e Beth também choramingou, para acompanhar a irmã. Então, ela deixou o cadeirão de lado e pegou Charlie do colo de Quinn

. — Venha, querida — murmurou. A verdade era que seus seios já estavam cheios de leite, e doloridos e os bebês precisavam ser alimentados. E Quinn, que conhecia seu corpo melhor do que ninguém, estava sentado ali, encarando-a com seus olhos Avelã.

— Tenho que alimentá-las — disse Rachel, e Beth começou a gritar.

— Vou ajudá-la.

— Apesar de você ter o equipamento, não acho que você ter o que e necessário

— Ah... disse ela, entregando Beth para ela.

— Bem, nesse caso...

— Sente-se, Quinn . disse Rachel, içando com um movimento de cabeça o banco acolchoado junto à janela da sala. Não havia por que adiar aquilo. E, de qualquer forma, ela não veria nada que já não tivesse visto antes. Rachel se sentou ao lado dela, ajeitou as almofadas do banco para acomodar os bebês e abriu seu sutiã de amamentação. Quinn não sabia para onde olhar. — A água da chaleira deve estar fervendo. Eu adoraria um chá.

— Ah... Claro. Ela foi até a cozinha e se atrapalhou um pouco, sem saber onde apoiar a chaleira quente. No balcão. Bem, podia ser. Mas aquele era um sistema ridículo. Por que ela não tinha uma chaleira elétrica como a do apartamento delas? Apartamento delas? Será? Depois de um ano?

— Onde estão as canecas?

— No armário acima da pia. E o leite está no refrigerador. Ponha um pouco de água fria no meu, por favor. Ela colocou os saquinhos de chá nas canecas, espantou o cão para longe dela, achou o leite na geladeira e serviu-o, para depois tropeçar pela milésima vez no cão e, entrando na sala, tentar entregar uma caneca para Rachel.

— Obrigada, pode pôr em cima da mesa. Já vou beber. Ela hesitou sobre o que fazer a seguir, constrangida. As crianças mamavam com sofreguidão. Os seios de Rachel estavam maiores do que de hábito, cheios de veias azuis, e ela estava fascinada. Aquela cena parecia tão maravilhosa para ela. E ela se sentiu excluído, privado de algo muito importante. Enganada. Furiosa.

— Quinn? Ela a encarou.

— Você poderia pegar Charlie para mim, por favor? Ela precisa arrotar, você pode andar pela sala com ela? Ah, sim, cubra seu ombro com esse paninho. Se ela regurgitar, pode sujar sua camisa.

— E então ela a pegou, sua preciosa, preciosa menina. Sua filha. Ela estava sorrindo de novo, linda, dando risadinhas. Ela limpou sua boquinha e sorriu para ela.

— Ei, gracinha! — disse Quinn, num tom pouco habitual, cheio de carinho, enquanto ela ria e agarrava o nariz dela.

— Ei, coisinha fofa, devagar — murmurou Quinn. Ela pegou sua caneca de volta e já ia levá-la à boca, quando o bebê agarrou a caneca, virando seu conteúdo sobre Quinn. Sem pensar sobre o que fazia, ela a segurou o mais longe de si que pôde, enquanto o líquido quente se espalhava por seu peito, fazendo-a abafar um grito de dor. Ah, meu Deus, elas precisavam de água fria. Bem fria. Ela correu para a pia e colocou a mãozinha dela embaixo da água da torneira. Rachel colocou Beth no carrinho e correu atrás delas.

— Dê o bebê para mim — disse ela. Charlie não se ferira, mas poderia facilmente ter saído machucada. Rachel se descontrolou.

— Que diabos você pensou estar fazendo? Jamais pegue algo fervendo quando tiver um bebê em seu colo!

— Perdão. Eu não pensei que... Ah, Deus, ela está bem? Ela precisa ir para o hospital?

— Não, ela não foi atingida. E não graças a você.

— Nunca me ocorreu que fosse tentar pegar a caneca de chá!

— Você deveria ter pensado nisso!

— Mas ela não se machucou!

— Somente pela Graça Divina! Não, não querida, não chore. Calma.

— Ah, perdão. Rach, desculpe-me, por favor.

— Olhe, segure Charlie um pouquinho, vou pegar roupas secas para ela. Ela se molhou com a água da torneira. Quinn, ela está bem. Ela só chorou de susto. E desculpeme por ter gritado, só de pensar no que poderia...

— Oh, meu Deus.

— Fique tranqüilo, Quinn. Foi um acidente. Aqui. Pegue o bebê. Quinn não moveu um músculo, apenas ficou ali parada segurando o bebê, até que rachel voltasse com roupinhas pequeninas e lindas e pegasse o bebê de volta.

— Você pode dar uma olhada em Beth, por favor? Ela se recompôs.

— Você confia em mim?

— E por que não confiaria? Você é a mãe delas.

— Sou?

— Ora, Quinn, é claro, quem mais seria?

— Não sei, talvez pudéssemos fazer um teste de DNA. Ela ficou pálida.

— Por quê? Eu não mentiria a respeito disso. E não quero seu dinheiro.

— Eu não estava pensando sobre questões financeiras, estava pensando sobre paternidade. E eu não teria pensado que você mentiria sobre uma coisa dessas, mas também jamais passaria pela minha cabeça que você me deixaria sem aviso algum, e que viria morar no chalé de outro pessoa com duas crianças, sem se dignar a me dar uma explicação. Por isso, ficou claro para mim que eu não conhecia você como pensava conhecer e, sim, eu quero um exame de DNA.

Quinn podia sentir a raiva se avolumando dentro dela.

— Porque, fora qualquer outra questão, um exame de DNA vai ser bem útil no tribunal.

— Tribunal? — Ela pareceu alarmada.

— Por quê? Não vou proibi-la de ver as meninas.

— Eu não sei nada sobre isso. Não tenho como saber. Você pode simplesmente se mudar de novo. Você pegou seu passaporte. Além disso, se a certa altura você decidir que quer pensão, quero ter certeza de que são as contas das minhas filhas que eu estou pagando. Ela engasgou, seus olhos se encheram de lágrimas.

— Nem se incomode em chorar . Disse Quinn.

— Havia me esquecido do bastarda que você é, Quinn. Você não precisa de um teste para provar que essas meninas são suas. Estivemos juntos a cada minuto de cada dia no período em que elas foram concebidas! Quem mais poderia ser filhas?

— Kurt Hummel? Ela o encarou com vontade de rir.

— Kurt? Não, de forma alguma. Kurt jamais faria isso, confie em mim. Eu não faço o tipo dele. Ele é gay. O alívio quase a deixou sem fôlego. Rachel não tivera um caso e aquelas meninas eram mesmo dela. Definitivamente. E uma delas gritava por sua atenção. Ela ergueu Beth, quase que no piloto automático, e se aproximou de Rachel, que estava vestindo Charlie.

— Você está ensopada. Está machucada?

— Ah, eu vou sobreviver. Ela está mesmo bem?

— Sim, Quinn, ela está bem! Foi apenas um acidente. Não pense mais nisso.

Mais tarde, depois que as meninas tomaram uma sopinha de legumes e foram postas na cama, ela a fez tirar a camisa e vestir algo seco, e ambos viram a pele vermelha e machucada do peito dela. Quinn estremeceu. Se tivesse sido Charlie...

— Sua idiota. Você me disse que estava bem — disse Rachel a ela, para depois aplicar com grande delicadeza uma pomada esverdeada e refrescante em seu machucado.

— O que é isso? Perguntou Quinn, abalada por sentir o toque Rachel depois de tanto tempo.

— Gel de Aloe vera. Quinn mal podia respirar, seu coração parecia estar na garganta. Ela a queria. Ainda estava furiosa com ela, por deixá-la sem aviso, por desaparecer da face da terra, mas nunca deixara de amá-la, nunca.

— Rachel... Ela se afastou , o encanto quebrado, mas parecia estar abalada também, o que deu a Quinn algum tipo de esperança louca.

— Você precisa de uma camisa limpa. Trouxe alguma? Falou um pouco incomodada por ter uma Quinn só de sutiã na sua sala.

— Sim, minha mala está no carro. Ela olhou para Quinn de olhos arregalados.

— Ah, é? Você planeja ficar? Quinn riu.

— Ah, sim. Sim, Rach, vou ficar. Agora que a encontrei, não vou perdê-la de vista. E nem as meninas.


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Notas finais do capítulo

Ate...



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