Minha segunda chance escrita por millsswan


Capítulo 3
Capítulo 3




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CAPITULO DOIS

Quinn deixou o chalé para pegar uma camisa seca no carro, e Rachel olhou para Rachel através da janela, com a mão sobre a boca. Ela iria ficar? Oh, Deus. Ficar ali? Não, ela não podia ficar ali, não com ela! Ela não poderia deixá-la ficar porque ela o conhecia, conhecia aquela expressão em seus olhos, sabia o quanto era vulnerável ao seu fascínio. Quinn só precisava tocá-la para que ela cedesse. Mas a verdade era que Rachel estava chocada com a mudança de Quinn.

Ela perdera peso; ela estava certa disso, sentira seus músculos tesos sob seus dedos enquanto passava o gel sobre a pele avermelhada dela. Quinn envelhecera no último ano mais do que envelhecera em todos os anos em que estiveram juntas, e ela sentiu outra pontada de culpa, apesar de dizer a si mesma que não era sua responsabilidade se ela não se cuidava. Rachel não esperava vê-la tão, tão desolada.

— Há um pub ou algum lugar onde eu possa ficar? — perguntou Quinn, voltando para a cozinha e abaixando-se para abrir sua mala, tirando dela um suéter macio e vestindo-o, depois de tirar sua camisa molhada. Rachel abriu a boca para dizer que sim, mas algum gênio do mal assumiu o controle, porque tudo que conseguiu dizer foi:

— Não seja boba, você pode ficar aqui, há quartos sobrando.

— Mesmo? Você não está preocupada em comprometer sua reputação na aldeia? Rachel riu.

— É um pouco tarde para se preocupar em me comprometer, Quinn. Você fez isso quando me engravidou. E, francamente, não ligo para o que os outros pensam.

Quinn franziu a testa, e voltou sua atenção outra vez para a mala, fechando o zíper e deixando-a de pé em um canto.

— E quanto a Hummel? — perguntou ela.

— Quanto a ele? Apenas cuido da casa dele. Estou autorizada a receber visitas, está no meu contrato.

— Você tem um contrato?

— Bem, é claro que tenho um contrato! — disse Ravhel.

— O que você acha, você pensa que eu estaria vivendo na casa de um homem sem um propósito? Ele é amigo de Marley e Jack, e estava procurando alguém para cuidar da casa. Não se preocupe, está tudo sob controle.

— A senhora na agência do correio pareceu pensar diferente.

— A senhora na agência do correio precisa cuidar da própria vida — disse ela.

— De qualquer forma, como eu já disse, ele é gay. Você está com fome? Quinn franziu a testa.

— Com fome?

— Quinn, é hora de jantar.

Disse ela, sentindo-se mal ao pensar que ninguém cuidava de Quinn, obrigava-a a trabalhar menos e a comer nos horários certos. Ninguém estava cuidando dela, aquilo era claro. E mais claro ainda: ela não se cuidava sozinha. Quinn parecia exausta, havia círculos negros ao redor de seus olhos, seus rosto estava encovado e aquele sorriso fácil e adorável se fora sem deixar vestígios. Ela sentiu lágrimas surgirem em seus olhos e se virou.

— Temos frango na geladeira.

— Nós não podemos sair?

— Aonde iríamos com as gêmeas? Não posso apenas sair, Quinn. Isso é uma operação militar e não tenho acesso instantâneo a uma babá.

— Servem comida no pub?

— Sim. E boa, por sinal. Você poderia ir até lá.

— Eles fazem comida para viagem?

— Duvido muito. Por que você não vai até lá? Fica do outro lado do rio. Você vai levar dois minutos a pé. Ou você poderia comer lá, se você estiver preocupado que eu vá envenená-la. Quinn ignorou a tentativa de piada dela.

— Eles têm um cardápio?

— Têm. Eles são muito bons, a comida é excepcional. Você poderia escolher alguma coisa e tomar um drinque enquanto eles preparam. Deve levar uns 20 minutos. E ela poderia tomar um banho e vestir algo que não cheirasse a vômito de bebê e pomada de assadura, pentear seus cabelos e colocar alguma maquiagem. Não, maquiagem não; ela não queria parecer muito desesperada.

— É um pouco cedo. Eu poderia ir mais tarde.

— Acontece que mais tarde os bebês podem ter acordado, e, acredite em mim, é mais fácil comer quando elas estão dormindo. Além disso, o pub só fica aberto até as 9h da noite e, de qualquer forma, estou faminta; me esqueci de almoçar.

Quinn continuou hesitando, mas então deu em breve aceno de cabeça, encolheu os ombros, vestiu sua jaqueta e foi até a porta.

— Alguma sugestão?

— Ah, Quinn, você sabe do que eu gosto.

No pub, Quinn bebeu uma cerveja lentamente e examinou o cardápio. Ela sabia do que ela gostava. Bem, costumava pensar que sim. Café com leite desnatado e com um toque de essência de baunilha, chablis bem gelado, chocolate amargo, filé de peixe com legumes ao vapor, sanduíche de bacon, croissants de amêndoas, pudim de leite com muito creme e acordar nas manhãs de domingo para fazer amor com ela até a hora do almoço. Ela sabia como arrancar até o último suspiro dela, como fazê-la suplicar e pedir por mais, por aquele último toque, por aquele último movimento que a levaria gemendo ao êxtase.

— Está pronto para pedir, senhora? Ela apertou os olhos brevemente, e então olhou para a garçonete.

— Humm... Sim. Eu vou querer o filé, por favor, e o salmão. Para viagem, você pode fazer isso para mim? Eu sei que vocês não costumam fazer isso habitualmente, mas não temos uma babá e, bem, vocês já terão fechado quando conseguirmos sair para jantar. Quinn deu a ela seu melhor sorriso.

— Certamente podemos fazer isso, senhora . Disse ela, um pouco sem fôlego, e Quinn odiou a si mesmo pela pequena pontada de orgulho que sentira, porque ainda podia fazer as garotas ficarem encantadas com um simples sorriso.

— Oh, e eu poderia dar uma olhada na carta de vinhos? Gostaria de levar umas duas garrafas, se possível.

— Claro, senhora! Vou levar isso para a cozinha e trago a carta de vinhos. Ela estava de volta em alguns minutos, e Quinn escolheu um tinto e um branco, pagou a conta e esperou.

Engraçado. Ainda ontem, ela estaria muito ocupado para esperar pela comida. Mas, esta noite, depois de ter dado alguns telefonemas e checado seus e-mails em seu Smartphone BlackBerry, ela estava satisfeita em sentar em um pub lotado e pensar sobre o que fora o dia mais importante da sua vida. Exceto... Mas ela não queria pensar naquele outro dia, então enterrou esse pensamento, bateu os dedos de leve e esperou...

— O jantar estava ótimo. Obrigada, Quinn. Foi realmente uma boa idéia.

— Estava tudo bom? Meu bife estava sensacional, mas fiquei inseguro sobre o que você gostaria, confesso. Rachel sentiu um sorriso chegando e não pôde impedir.

— Você não é a única. Frequentemente também não sei o que quero. Os olhos de Quinn voltaram a ficar sombrios enquanto ele a observava.

— Foi por isso que você não entrou em contato comigo? Por que você não conseguiu decidir se era a coisa certa a fazer?

— Provavelmente. Mas você apenas não me ouviria, então não consegui achar um bom motivo para tentar entrar em contato com você. Mas você também não tentou falar comigo.

— Eu tentei! Seu número estava bloqueado e eu não fazia idéia do porquê.

— Meu telefone foi roubado. Mas foi o mesmo até junho.

— Eu estava esperando que você me ligasse. Pensei que se eu lhe desse espaço você me procuraria. E, quando você não ligou, uma parte de mim pensou: "dane-se". Não sabia onde você estava, o que estava fazendo. Isso estava me matando. Então, liguei e não consegui falar com você. E você não estava gastando nenhum dinheiro, não estava usando a nossa conta.

— Kurt paga as minhas despesas com a casa e o carro.

— Muito generoso — rosnou Quinn.

— Ele é. É um bom homem.

Quinn trincou os dentes ao pensar que outro pessoa a estivesse sustentando. Bem, pensou, era apenas um trabalho.

— Ele foi maravilhoso comigo — continuou ela.

— Foi realmente compreensivo quando os bebês nasceram, e conseguiu um amigo para ficar aqui em meu lugar até que eu estivesse apta a voltar para casa.

— Casa?

— Sim, casa. Este lugar é uma casa para nós; por enquanto, pelo menos.

Rachel não contou que John retornaria em breve e ela teria que encontrar outro lugar. Deixou que Quinn pensasse que estava tudo certo e que ela não tinha preocupações, ou ela usaria isso para tentar algum tipo de reconciliação. E ela não poderia aceitar tê-la de volta à sua vida até que tivesse certeza de que estava pronta.

— E eu disse a mim mesmo que você entraria em contato se precisasse de mim. Eu me obriguei a lhe dar espaço, a dar um tempo para que você escolhesse o que queria. Você disse que precisava de tempo para pensar, mas eu não perguntei de quanto tempo. Caso precisasse de muito, então nós provavelmente não tivemos nenhuma importância para você, e eu seria rejeitado se fraquejasse e lhe telefonasse. Mas, como você não entrou em contato, contratei um detetive.

— Um detetive?! Você mandou me espionar?

— Eu estava muito preocupada com você. E, de qualquer forma, como diabos você pensa que eu a encontrei? Não foi por acidente, de jeito nenhum.

— Bem, não pelo seu próprio esforço, com certeza — disse Rachel, elevando a voz, ignorando outra pontada de culpa.

— Você devia estar muito ocupado para fazer esse tipo de coisa por si mesmo. Estou surpresa por você estar aqui agora, na verdade. Você não deveria estar em algum lugar mais importante? Quinn deu a ela um olhar frio.

— Bem, Quinn, quando você descobriu que eu estava aqui?

— Hoje. Esta tarde, às 14h30 ou algo assim.

— Hoje? — disse ela surpresa.

— Então você veio direto para cá? Quinn encolheu os ombros.

— O que você pensou que eu faria? Esperaria você desaparecer outra vez? É claro que eu vim direto para cá, eu queria respostas.

— Respostas?

— Sobre a paternidade das meninas.

— Você sabe que elas são suas! Você não deveria estar nem um pouco surpresa. Eu espero que seu detetive particular tenha tirado muitas fotos. E, de qualquer forma, por que você se importaria? Você me disse tantas vezes que não queria filhos. O que mudou, Quinn? O que levou você a percorrer todo esse caminho em pleno inverno para me perguntar sobre o pai das meninas?

— Você venceu — disse ela, bruscamente.

— Senti sua falta, Rach. Volte para mim.

— Não é assim tão simples.

— Oh, você vai começar com aquela história do meu estilo de vida outra vez, não vai? disse, revirando os olhos e deixando escapar um suspiro de irritação,

— Bem, sim. Você obviamente não mudou, está com uma aparência horrível, Quinn. Quantas horas você dormiu na noite passada?

— Quatro horas— admitiu ela de má vontade, parecendo um pouco desconfortável.

— Quatro horas de sono, ou quatro horas no apartamento?

— De sono — disse ela, mas parecia desconfortável novamente, e Rachel teve a intuição de que ela estava escondendo alguma coisa, e sentiu que sabia o que era.

— Quinn, quantas horas você está trabalhando em média? Quinze, dezoito, vinte? Acrescentou Rachel, olhando cuidadosamente para ela, e percebeu um movimento rápido nos olhos dela quando acertou.

— Quinn, seu idiota, você não pode fazer isso! Você precisa de mais do que quatro horas de sono por dia! E onde você está dormindo? No apartamento ou no escritório?

— Por que você se importa? — perguntou Quinn, sua voz repentinamente amarga, então levantou a cabeça e a fulminou com os olhos.

— Que diabos importa para você se estou tentando acabar comigo mesmo?

— Tentando? — caçoou ela, mas em seguida desejou não ter feito isso, porque, com a voz rude, Quinn respondeu com uma honestidade que lhe partiu o coração.

— Tentando esquecer você. Tentando ficar acordada tempo o suficiente para cair no sono completamente exausta e não pensar sobre você, se está viva ou morta. Rachel respirou fundo.

— Quinn, por que você pensou que eu estava morta?

— Porque eu não soube mais nada sobre você! — ralhou ela, jogando-se em uma cadeira e olhando ao redor da cozinha, as emoções contidas fazendo seu corpo estremecer.

— O que eu ia pensar, Rachel? Que você estava bem e tudo estava bem sei lá onde? Não seja tão ingênua. Você não estava movimentando nosso dinheiro, seu telefone não estava funcionando, você poderia estar jogada numa vala. Passei dias procurando por você, telefonando para qualquer um de quem eu me lembrasse, fazendo o detive investigar mais e mais, trabalhando até chegar ao fim do dia tão cansada que não tinha mais nenhuma energia ou emoção.

Quinn parou e olhou em volta, girou sobre os calcanhares e bateu a mão contra a parede, enquanto Rachel olhava para ela, espantada com a dor em suas palavras, dor que fora causada por ela. Não ter energia ou emoção para o quê? Quinn também chorava sozinho, como ela fazia? Não. Não Quinn. Será que não? Rachel se levantou e foi até ela, seus passos silenciosos no chão de pedras, e colocou a mão em seu ombro.

— Quinn, sinto muito . sussurrou ela.

— Por que, Rachel? — perguntou Quinn, sua voz como pedra.

— Por quê? O que eu fiz de tão ruim para que você me tratasse desse jeito? Como você pôde não me contar que eu ia ser mãe?

— Eu quis, mas você sempre foi contra ter filhos.

— Porque você não podia ter e porquê... — Porquê...? Quinn sacudiu a cabeça.

— Não importa. Isso é irrelevante agora, mas nós estamos falando na teoria, aqui, não na prática. Quando você descobriu que estava grávida, quando você soube? Rachel engoliu em seco.

— Quando você estava indo para Tóquio. Marley meio que adivinhou e me deu um teste de gravidez. Os olhos de Quinn ficaram arregalados.

— Todo esse tempo? Você soube desde o primeiro minuto e escondeu isso de mim? Rachel, como? Por quê?

— Eu não imaginei que você quisesse saber. Eu quis contar a você. Eu quis muito que você estivesse aqui comigo, para participar disso.

— Eu poderia ter estado — disse Quinn asperamente, seus olhos atormentados.

— Eu poderia ter estado com você cm cada momento se você tivesse me dado a chance.

— Mas só quando você não estivesse muito ocupado. Ela olhou em volta.

— Eu não estaria muito ocupado nesse caso.

— É claro que estaria.

— Não, não para algo assim. Você deveria ter me dado chance de escolher, Rachel, e não ter tomado a decisão sem o meu conhecimento. Você não estava certa em fazer isso.

Quinn estava certa, claro. Tão cera, e sua raiva e mágoa naquele último momento a atravessaram. Rachel quis abraçá-la, colocar seus braços em torno dea, mas não tinha mais direito de fazer isso. Como confortá-la por uma dor que ela mesma causara? E, de qualquer forma, não havia garantias de que ela não a rejeitaria, e ela não teria suportado uma dor daquelas.

Então, Quinn buscou e encontrou os olhos dela, e ela soube que ela jamais a rejeitaria. Ela estava presa em seu olhar triste, incapaz de respirar por causa das emoções que fluíam através dela. Quinn estendeu a mão e tocou em sua face ternamente, e Rachel sentiu que os dedos dela estavam trêmulos.

— Eu preciso de você — disse Quinn em voz baixa.

— Eu a odeio pelo que você me fez, mas, maldita seja, ainda preciso de você. Volte para mim. Por favor, volte para mim; vamos construir uma vida juntas. Nós podemos recomeçar. Rachel deu um passo para trás, suas pernas parecendo geleia. Se fosse tão simples...

— Não posso. Não para aquela vida.

— Para qual vida, então, Rach? Ela encolheu os ombros.

— Eu não sei. Ainda não sei. Apenas não aquela. Não para aquelas viagens sem fim ao redor do mundo, aquela corrida por dinheiro, a excitação do mercado de ações, as aquisições arriscadas, o desespero para estar no topo da lista dos mais ricos. Não quero isso nunca mais, Quinn, e mais importante: não posso fazer isso. Não quando tenho dois bebês que precisam de mim. Foi por isso que eu deixei você e nada mudou, não é? Você deveria estar em algum outro lugar agora. E, apesar de estar aqui, aposto o que for que você estava dando telefonemas agora há pouco lá do pub, para checar se está tudo bem na empresa. E aposto que, mais tarde, depois que eu for para a cama, você ainda irá fazer mais telefonemas, cuidar de outros assuntos. Estou certa?

Rachel deu um passo para trás e Quinn suspirou e concordou com a cabeça.

— Sim, droga, você está certa, claro que você está certa, mas eu tenho um negócio para tocar.

— E uma equipe. Uma boa equipe. Algumas pessoas excelentes, que são mais do que capazes de manter as coisas funcionando. Se você deixar, Quinn. Dê uma chance para que eles possam provar, e tire um tempo para conhecer suas filhas.

— Tempo? — perguntou Quinn com cautela.

— Duas semanas. Duas semanas aqui, comigo, sem telefones, sem notícias, sem papéis, sem computador ou e-mails ou correspondência, apenas nós. Umas férias, você sabe, uma daquelas coisas que você nunca teve? Você, eu e os bebês, para ver se há algum jeito de sermos uma família. Quinn estava balançando a cabeça.

— Não posso tirar duas semanas, não assim. Não sem ter alguma espécie de contato com minha equipe, meus negócios.

— Quinn, a única coisa que sei é que, se vamos tentar, tem que ser assim. Olhe, não tenho mais forças para discutir sobre isso. Foi um dia terrível, estou exausta. Estou indo para a cama e sugiro que você faça o mesmo. Fique com o quarto ao lado do quarto dos bebês, já está tudo pronto. E pense sobre o que eu disse. Se você realmente está falando sério sobre nós voltarmos a ficar juntas, quero essas duas semanas. Sem compromissos, sem trapacear, sem quebrar as regras. Apenas você, os bebês e eu. Telefone para sua assistente e resolva isso pela manhã.

— Ei, isso pareceu ser uma ordem!

— Apenas cumpra o regulamento. Ou você está comprometida com isso ou não está.

— Apenas me dê um único motivo. Ela riu suavemente.

— Posso lhe dar dois. E, se você quer fazer parte da vida delas, fará isso. Porque eu não vou sujeitá-las a uma mãe ausente que não tem compromisso com sua família e não sabe a diferença entre casa e trabalho.

Quinn olhou para ela por um longo momento e, então, cedeu.

— Tudo bem, vou ligar para Emma de manhã e formalizar a coisa toda. Você terá suas duas semanas. Mas não se engane, estou fazendo isso pelas crianças, elas merecem mais do que uma mãe ausente. Mas vai levar muito tempo antes que eu possa perdoar você por me privar dos seus primeiros meses, e por manter algo tão imensamente importante escondido de mim. Não espere que eu seja sempre doce e compreensiva. Ainda estou com tanta raiva de você que nem consigo encontrar palavras para descrever o que sinto.

Os olhos de Rachel se encheram de lágrimas.

— Eu sei. E sinto muito. Não machuquei você por maldade. Eu ainda amo você.

— Então volte para mim.

— Não. Não dessa forma. Isso não é o suficiente. Quero saber se podemos ser uma família. Se podemos reconstruir nossa vida, cuidar dos bebês juntas, criar nossas filhas em um lar feliz. Vamos ver, Quinn. Vamos ver.


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Notas finais do capítulo

Ate...



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