My Secret Past | Dramione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 7
Capítulo 7 - Protect


Notas iniciais do capítulo

Oi.
Voltei com mais um cap. e com certeza todos vão, amar? odiar? pirarem?
Era a parte da história que eu mais queria escrever.
Bem, então okay.
Boa leitura.



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Fazer o caminho de volta pelo vilarejo fora horrível. Não sei dizer se alguém morreu nesse rápido duelo mas que os alunos do terceiro ano estavam apavorados isso eu poderia afirmar. Harry andava tão rápido que para Ron e eu conseguirmos acompanhá-lo fora difícil, ele olhava para todos os lados e logo notei o que estava fazendo. Procurando Gina.

Meu namorado me olhou meio assustado por não acharmos a irmã e nervoso pelo comportamento do melhor amigo. Comecei a me desesperar também e olhei em volta procurando aqueles cabelos ruivos mas não achei.

– Ela deve estar em algum lugar Harry. – tentei confortá-lo.

– Minha irmã quando acabasse um duelo a primeira coisa que faria é procurar ele. – Rony falou sombriamente.

Eu sabia daquilo porem não poderia deixar os dois entrarem em desespero sem saber o que exatamente havia acontecido. Tente-se lembrar da ultima vez que viu Ginny, Hermione, pensei comigo mesma. Fora enquanto eu lutava, ela estava com alguns comensais a poucos metros de mim então como poderia ter sumido completamente sem eu ter notado?

– Ela pode ter voltado pro castelo. – pensei em voz alta. – Se ela viu algo deve ter ido correndo atrás da Minerva para contar.

Harry e Ron me olharam descrentes.

– Vamos pro castelo ver se ela esta lá. – o ruivo disse.

– Quero continuar olhando por aqui...

– Você mesmo disse que temos ir pro castelo Harry. – disse assentindo e logo vi Luna mais adiante. – Vou pedir pra Luna nos avisar caso ache Gina por aqui e mandar chutar a bunda dela até o castelo.

Sem esperar que algum deles me responder apressei o passo até a minha amiga loira que ajudava uma garota com seus machucados. Assim que me viu se aproximar ela levantou e vi em seu rosto como estava triste por essas lutas sem sentido não terem acabado junto com Voldemort.

– Estamos indo pro castelo falar com Minerva. – avisei. – Não achamos Gina, se a vir... Diga que Harry esta muito preocupado. – dei ênfase no muito para Luna entender o recado.

Ela assentiu.

– Não se preocupe, vou vasculhar cada canto de Hogsmeade atrás dela.

Dei-lhe um olhar agradecida.

Virei e meus dois melhores amigos me olhavam com expectativa. Assenti e eles começaram a andar e logo os segui. Era muito estranho fazer aquele percurso que já fiz por tanto anos mas agora sem Voldemort para nos assombrar e agora preocupada com o sumiço da minha melhor amiga.

Nenhum de nós estava com animo para conversar então o caminho todo fora um silencio fúnebre que acabou me deixando ainda mais nervosa. Meu coração começou a bater mais rápido assim que chegamos próximos aos grandes portões do castelo. Automaticamente nos entreolhamos e logo estávamos passando pelas portas e começamos a correr em direção a sala da diretora.

– Qual é a senha? – Ron perguntou assim que paramos em frente as grandes gárgulas.

– Alvo Dumbledore. – Harry e eu respondemos sincronizados e logo as escadarias que dava para a diretoria foram aparecendo.

Minerva teria que nos desculpar depois pela entrada abrupta em sua sala. Nenhum de nós estávamos com cabeça para parar e então esperar ela finalmente nos deixar entrar. Assim que chegamos notei cada detalhe daquele lugar parecendo que fazia anos que não estava ali, anos e não dias como era o caso. A diretora olhou para a gente surpresa e confusa.

Ela estava sentada em sua mesa com seu óculos no rosto e lendo algo na folha que estava em suas mãos. Pela expressão em seus olhos eu podia notar que alguém entrar não fora a surpresa para e sim quem entrou, ela provavelmente estava esperando outra pessoa.

– O que... – começou mas foi interrompida.

– Hogsmeade foi atacada. – Harry fora direto.

Vi sua expressão mudar para espanto.

– Quem...?

– Comensais. – Ron agora que a interrompera. – E não achamos a minha irmã.

Minerva colocou a pasta que segurava novamente na mesa e tirou seus óculos estreitando os olhos para nos ver e fez careta. Olhei para mim e meus amigos e notei como nossa aparência estava horrível. Nosso pequeno duelo não havia durado muito mas fora o suficiente para nos sujar todos e Ron ainda tinha um corte na bochecha.

– Minerva! Não nos ouviu? – meu namorado nos surpreendeu gritando com a diretora. – Minha irmã sumiu!

– Se acalme Ronald. – ela disse calma como sempre. – Estou pensando no que devemos fazer primeiro.

– Achar Gina. – Harry disse antes que o ruivo o fizesse.

– Nem sabemos se ela esta mesmo desaparecida! – a voz da diretora saiu teimosa. – Vocês apenas não a encontraram. – olhei-a descrente. – Não estou dizendo que não iremos procurá-la senhor Weasley, apenas precisamos calcular muito bem nossos passos antes de fazer qualquer coisa.

Suspirei.

Eu a entendia muito bem. Tínhamos que ser racionais. Mas era a minha amiga que estava sumida por ai e eu tentava não pensar negativo mas aqueles dois estavam tão nervosos que me deixava mal também. Eu sabia que a primeira coisa que a ruiva faria era nos procurar para ver se estávamos bem.

Nessa hora a porta se abriu novamente e com esperança que fosse Gina todos nos viramos para ver Draco entrando com a cabeça baixa sem nos notar na sala. Logo voltei a respirar e nem tinha percebido que a tinha prendido e sorri por vê-lo bem. Bem que eu estava sentindo falta de alguém no vilarejo.

– Sua fuinha loira desgraçada.

Digo que ver Ron berrar aquilo fora uma surpresa para todos nós na sala. Draco levantou o olhar confuso e viu que estávamos ali, franziu a testa confuso mas não teve tempo de fazer nada já que o ruivo tinha chegado perto dele e suas mãos foram para o pescoço do loiro o empurrando até a parede atrás deles.

– Ronald! – gritei e corri até eles.

– Esta louco Weasley? – Draco tentou gritar mas sua voz saiu falha. Vi seus olhos arderem de raiva e se virou para o resto da sala. – Vocês deram o remédio dele hoje?

Cheguei perto dos dois e tentei tirar o braço do meu namorado da garganta do meu ex namorado mas não consegui. Nesses últimos anos Rony acabara ganhando muita força muscular por causa da guerra e quadribol então ele era bem mais forte que eu. Vi que quanto mais eu tentava tirar ele de cima de Malfoy mais ele apertava a garganta do loiro.

– Me diga o que você fez com a minha irmã. – o ruivo ordenou.

Foi assim que eu entendi o que estava acontecendo. Ele achava que Draco de alguma maneira estava relacionado com o sumiço de Ginny. A vontade de rir veio mas me controlei. Draco não faria isso, ele não estava mais aliado aos comensais, eu poderia jurar de pé junto.

Porem algo dentro da minha cabeça disse que eu também já jurei que ele estava do meu lado mas na verdade não estava. Meu estomago se revirou e balancei a cabeça para tentar afastar as memórias ruins, não devemos viver no passado.

– A virtude da Weasley esta intacta por mim. – Draco ironizou. – Bem não digo totalmente intacta por causa do testa rachada ali mas eu não fiz nada, acredite das Grifinórias ela é a ultima que eu penso em levar pra cama.

– Obrigada por nos esclarecer isso senhor Malfoy. – Minerva disse e notei que ele acabou se divertindo com tudo isso. Os valores daquela mulher estavam trocados! – Agora o solte senhor Weasley e acharemos sua irmã.

– Solta ele, Ron. – pedi mas meu namorado não olhou para mim. – AGORA.

– Não banque o engraçadinho comigo Malfoy, eu te conheço. – Ron me ignorou. – Agora me diz onde eles a levaram.

Draco franziu a testa.

Ele realmente não sabia nada do que estava acontecendo.

Olhei para Harry apavorada que logo notou a mesma coisa que eu e veio para o meu lado tentando tirar o ruivo de cima do loiro.

– Me diz. – gritou.

– Ron, ele não sabe de nada. – o moreno disse enquanto tentava segurar os ombros do ruivo. – Solte-o.

Com a força de um capitão de quadribol Harry conseguiu tirar meu namorado de cima do Malfoy que nos olhou completamente confuso. Passou as mãos em seu pescoço e logo vi que ficara a marca vermelha onde antes estava a mão do Weasley.

– Alguém pode me dizer por que esse maluco tentou me matar?

– Você pode fingir que mudou Malfoy, mas eu sei a verdade, conheço você e sei que tem seu dedo no meio disso tudo. – Ron falou com raiva apontando o dedo para Draco.

Malfoy virou o rosto que continha uma pergunta silenciosa.

– Comensais atacaram Hogsmeade. – respondi-a.

Seus ombros ficaram tensos mas sua expressão fácil continuava a mesma. Realmente anos de pratica fez Draco ser uma fortaleza que eu antes jurava que conseguia entrar mas agora eu não tinha tanta certeza assim.

– Hoje? – ele perguntou e eu assentiu. – Você esta bem?

– Estou bem mas Ginnny... Não a encontramos.

Draco se virou para a diretora.

– Já chamaram a Ordem?

– A Ordem não existe mais senhor Malfoy. – Minerva respondeu. – Foi criada com um único propósito, acabar com Voldemort, depois que isso aconteceu não víamos motivo para continuar.

Vi-o revirar os olhos.

– Criaram uma organização apenas para matar Você sabe quem? Não pensaram no que vinha depois disso não? – ironizou. – Já vejo que não tem ex-Corvinos na Ordem se não teriam tido mais inteligência e bom senso.

Além de Rony todos viraram para o loiro com uma expressão assassina no rosto.

– Que foi? – Draco continuou. – Estou falando a verdade.

– Malfoy pare de agir como se não tivesse acontecido. – Rony berrou voltando para o assunto. No começo eu realmente achei que quem estava mais desesperado com o sumiço de Gina era Harry mas pensando bem meu namorado não conseguiria perder mais um irmão sem desmoronar e acho que nem mesmo eu conseguiria trazê-lo de volta. – Eu quero saber onde esta minha irmã!

O rosto de Draco estava vermelho.

– Eu não sei okay? – gritou de volta. – Eu não sei onde diabos esta sua irmã!

– Como se eu fosse acreditar em você. – Ron ironizou.

– Ron você acreditando ou não é a verdade. – falei e ele me olhou feio.

– Esta defendendo-o Hermione? Um comensal?

– Estou sendo pratica Ronald! – falei tentando manter a calma. – Também estou preocupada com Ginny, mas o que você quer que ele faça pra acreditar que Malfoy não sabe onde ela esta?

A sala ficou um segundo em silencio ai Ron disse:

– Quero que ele tome Veritaserum.

Todos se viraram para encarar Ron como se ele fosse o próprio Diabo em pessoa. Não conseguia acreditar que ele tinha sugerido isso, eu sabia como meu namorado detestava o loiro mas chegar a pedir para que o Sonserino tome uma poção da verdade, isso era uma história bem diferente.

– Não. – Harry, Minerva e eu falamos em uníssono.

– Você queria saber o que ele poderia fazer pra que eu acreditasse. – Ron falou pra mim. – Apenas isso.

– Senhor Weasley, isso é contra a lei. – Minerva disse com seu tom de censura.

– E mesmo que fosse dentro da lei, sabe quanto tempo demora pra fazer essa poção? Um mês no mínimo. – Harry disse já um pouco alterado pelo show que o melhor amigo estava dando quando sua namorada tinha desaparecido. – Nesse tempo Gina já teria morrido.

– Não é como se não soubéssemos que o estoque da escola esta cheia de Veritaserum. – ele resmungou. – Só quero fazer o que todos pensam mas não falam, temos que saber o que essa merdinha de comensal sabe. – com isso ele olhou diretamente para mim procurando conforto. – Você me entende né Mione?

Quando ele deu um passo em minha direção eu recuei. Esse era o mesmo cara que eu havia me apaixonado? Nada poderia tirar a liberdade de alguém e era exatamente isso que Ron queria tirar de Malfoy.

– Não, eu não entendo. – eu sei que a minha expressão deveria estar horrível só que eu não conseguia esconder minha perplexidade com a situação.

– Eu tomo. – Draco falou.

Com isso todos nos viramos para o olhar. Desde que Ron dissera aquilo Malfoy não havia falado nada e agora vem com essa. Ele até que parecia calmo mas ainda jogava um olhar arrogante para cima do meu namorado.

– Então, diretora, melhor pegar a poção. – Ron disse sem desviar o olhar de Draco.

– Não. – falei e olhei pra Harry pedindo apoio mas vi dentro daqueles olhos verdes que meu amigo também queria saber disso. Vendo que a única que poderia concordar comigo era Minerva virei para ela. – Não podemos fazer isso, professora.

Minerva assentiu.

– Eu estaria violando uma lei, além de que é direito do senhor Malfoy ter sua privacidade protegida.

Rony revirou os olhos.

– Ele já aceitou. – gritou. – Quero apenas achar minha irmã.

Draco riu amargamente.

– Achar sua irmã? Você só esta querendo perder tempo aqui comigo pra no final não acharem nada. – ele disse. – Você não gostar de mim? Acredite eu entendo, mas essa birra que sente? É apenas por saber que eu sou muito melhor que você.

Ron levantou o braço como se fosse bater em Draco mas Harry segurou.

– Então vamos ou não fazer isso? – Draco perguntou se virando para Minerva.

A diretora suspirou.

– Chamem aqui Slughorn e peça pra que traga a poção.

***

Eu não acredito que isso esta mesmo acontecendo.

Quando Minerva deu bandeira branca Rony praticamente correu porta a fora atrás do professor que acabou encontrando na enfermaria que cuidava de seus ferimentos. Slughorn claro que não concordou com a idéia mas prometeu ajudar e não contar a ninguém o que iríamos fazer.

Enquanto nosso professor de poções ia buscar em seu estoque a poção da verdade Minerva foi até sua mesa e mandou uma carta para a Ordem agora desfeita e aos aurores, segundo ela eles chegariam em no máximo uma hora que era o tempo que tínhamos para fazer isso antes que nos encontrassem e fossemos presos.

– Só faço isso por que sinto que Dumbledore aprovaria. – ela disse e suspirou. – Mas não acho certo, mesmo Malfoy aceitando, nunca pensei que deixariam fazer isso com outra pessoa.

Senti-me mal mas mudei de idéia. Eu não estava deixando porcaria nenhuma acontecer só que alguém me ouvia? Claro que não. Hermione você tem que trocar de amigos, só pode, esses não te ouvem. Sei que Harry também estava se sentindo mal com tudo isso mas o desespero em encontrar Gina era mais alto do que sua consciência e Ron... Bem eu sempre soube que Rony não gostava de Malfoy mas agora vejo que seu ódio ia alem do que pensávamos.

Vi Draco sentado na cadeira em frente a mesa de Minerva sozinho olhando para o nada. Odiei Ron por estar fazendo ele passar por isso, sabia, bem no fundo eu sabia, que tudo isso deveria estar sendo horrível para Malfoy passar. Então andei até ele e sentei ao seu lado mas acho que ele não reparou nisso já que nem se mexeu.

– Não precisa fazer isso, Malfoy. – sussurrei.

Minha voz parece ter trago ele de algum tipo de transe. Draco piscou e depois olhou para mim vindo com um sorriso arrogante em seguida.

– Eu tenho que fazer isso. – ele afirmou. – Para calar a boca daquela cenoura metida a besta. – dei-lhe um olhar severo. – Você não acha realmente que eu sei onde a ruiva ta, né?

Balancei a cabeça.

– Claro que não. – respondi e o vi relaxar um pouco. – Malfoy, não tem ninguém aqui que te conhece melhor do que eu, sei quando esta escondendo alguma cosia, e acho que seria meio difícil esconder que anda se comunicando escondido com bando de malucos que querem acabar com o mundo.

Ele deu um meio sorriso quase imperceptível.

– Não sou tão livro aberto assim.

Eu iria responder mas nessa hora a porta fora aberta novamente e Rony entrou junto com Slughorn e na mão do professor tinha um vidro com o que parecia água dentro. Lembrei-me dos meus estudos falando que Veriteserum não tinha nem cor nem gosto. O mestre em poções também trouxe um suco de abobora e colocou em frente a Malfoy na mesa. Meu namorado andava ao seu lado e me olhou intensamente ao notar que eu estava falando com o loiro antes dele voltar.

– Agora vou colocar três gotas e o senhor Malfoy pode tomar. – Slughorn disse e assim o fez.

Todos olhávamos impressionados.

– Sejam diretos com as perguntas e Malfoy depois de tomar não poderá mais mentir. – completou. – E crianças eu concordo com Minerva, é horrível você fazerem isso quando mais precisamos nos unir.

Ron encolheu os ombros.

– Poderiam ter me oferecido algo melhor pra beber. – Draco resmungou pegando o copo. – Estou louco por um Wiskey de Fogo há séculos, não trouxe esse ano contrabandeado.

Minerva levantou uma das sobrancelhas.

– Contrabando senhor Malfoy?

Ele riu.

– Acho que deveria já comecei a falar a verdade antes mesmo de tomar esse treco.

Sem esperar ninguém dizer nada Malfoy virou o copo e tomou todo o conteúdo em um só gole. Abriu seus olhos que tinha fechado enquanto tomava e seus olhos focaram em mim.

– Como esta se sentindo? – perguntei.

– Enjoado. – respondeu e deu de ombros. – E com muito tesão.

– Malfoy! – ralhei. – Não é hora pra isso.

Ele sorriu ironicamente.

– Você que perguntou como eu estava.

Revirei os olhos e virei para Minerva.

– E agora?

Harry colocou a mão em meu ombro me fazendo levantar e todos na sala fizemos uma fila em frente a Draco que nos olhava com aquela arrogância Sonserina comum.

– Vou começar com perguntas fáceis e depois perguntam o que querem saber. – Minerva disse e olhou pra Draco. – Qual é seu nome completo?

– Draco Lucius Malfoy. – respondeu.

– Quem são seus pais?

– Lucius e Narcisa Malfoy.

Minerva se virou e olhou pra gente assentindo.

– Você fez parte do ataque de hoje? – Harry perguntou.

– Não. – Draco respondeu. – Eu nem fui a Hogsmeade hoje.

Ron franziu o cenho.

– Por que já sabia que iria acontecer?

Malfoy revirou os olhos.

– Não idiota, por que fiquei de detenção por sua culpa.

Então ele estava em detenção? Isso explica por que não o vi se agarrando em algum canto do vilarejo com as vadias Sonserinas.

– Você sabe algo sobre o que os comensais querem? – Harry perguntou.

– Não sei. – respondeu. – Mas tenho idéias.

– Que idéias? – Rony perguntou grossamente.

– O que todos imaginam, matar o trio de ouro e quem sabe colocar outra pessoa no comando para continuarem o que Voldemort queria? – Malfoy disse ironicamente.

– É o que também supomos. – falei.

– Faz alguma idéia se eles pegaram Gina? – Harry perguntou.

– Não. – Draco respondeu de um jeito rude. – Não sou uma enciclopédia Comensal, passei pouco tempo com eles além de que não confiavam o suficiente em mim para me contar os planos secretos.

Virei para Harry e Ron com a expressão no meu rosto como se dissesse: Não falei.Antes que pudéssemos continuar a porta da sala se abriu e já nos viramos para ver aurores querendo nos prender por transgredirmos a lei mas quem entrou nos surpreendeu mais ainda.

Era Gina.

Bem uma Gina toda arranhada e sangrando um pouco na perna com os cabelos todo bagunçado mas ela estava viva, era isso que importava. Harry se apressou e a abraçou forte o que acabou assustando um pouco a ruiva mas ela aceitou o abraço ainda olhando para nós confusos.

– O que esta acontecendo aqui? – ela perguntou.

Suspirei aliviada e vi Rony perder a tensão em todo seu corpo.

– O idiota do seu irmão! – eu disse irritada. – Estava culpando Malfoy por seu sumiço, fez com que déssemos Veritaserum pra ele.

A ruiva arregalou os olhos e chegou perto do irmão para lhe dar um tapa.

– Ai Ginny. – seu irmão gemeu. – Doeu.

– Era pra doer mesmo. – ela disse. – Como pode fazer isso? Seu platelminto!

– Eu estava preocupado com você!

– Não me use como desculpa pelo ódio desenfreado que sente por Malfoy. – Gina falou.

Draco pigarreou e voltamos a olhar pra ele.

– Agora que sabemos que sua irmã é mais inteligente que você e bem, eu sou mais inteligente que vocês todos. – ele começou. – Agora Wesleyzinha pode nos contar como foi seu passeio e por que esta toda machucada?

Os olhos de Gina brilharam.

– Quando os comensais apareceram eu comecei a lutar. – ela explicou. – E vi um correr para longe da cidade entrando na floresta proibida.

– Você não fez a burrice de entrar lá sozinha né? – Ron perguntou mesmo já sabendo a resposta.

– Era necessário. – ela continuou. – Tentei ser silenciosa pra não notar que eu estava o seguindo até que ele encontrou mais dois comensais e eu comecei a ouvir a conversa, foi confusa no inicio porem depois de um tempo eu comecei a entender o que eles estavam falando.

– E o que era senhorita Weasley? – Minerva perguntou?

– O ataque a Hogsmeade teve duas finalidades, capturarem Harry e pegarem algo. – Gina terminou. – Não sei o que, apenas que é um feitiço que eles planejam fazer e precisam de algo que esta em Hogwarts, acho.

– E como eles iriam consegui? – perguntei. – Precisariam de alguém aqui de dentro pra ajudar a entrarem.

Ron riu.

– Pelo jeito eu não estava tão errado assim afinal. – e se virou para encarar Malfoy.

Draco revirou os olhos.

– Não me diga que agora você acha que eu iria ajudar eles a entrarem?

– Não é como se não tivesse feito isso antes. – Rony respondeu.

– Eu não faria isso novamente. – Draco falou sombriamente. – Não depois de tudo que perdi.

Senti algo gelado dentro do meu peito como se fosse começar a me sufocar em qualquer momento.

– Acredite você não perdeu mais do que nós. – o ruivo rosnou.

Vi Draco fechar a mão em punho pronto para pular no meu namorado mas Minerva colocou a mão em seu ombro.

– Senhor Weasley acho que já chega.

Suspirei me acalmando finalmente poderia parar com essa palhaçada que foi darem a poção pra Draco.

– Só quero fazer mais uma pergunta. – Harry perguntou. – Se não tiver problema.

Olhei pra Draco que deu de ombros como se não se importasse. Mas bem, ele nunca parecia se importar com nada nem ninguém.

– Você fala que não teve nada haver com o ataque de hoje como se fosse algo obvio. – Harry começou. – Por que seria obvio?

Draco franziu a testa mas responder sem parecer pensar antes.

– Por que tem alguém que eu não quero que se machuque.

Senti meu coração parar de bater por um segundo. Por favor, por favor, por favor, que não perguntem, que não perguntem. Draco... Ele não pode mentir, não enquanto esta com o efeito da poção.

– Quem? – Rony perguntou. – Quem você quer proteger?

– Isso não é da nossa conta Ron. – falei tentando intervir.

Gina riu.

– Qual é Hermione, até eu estou curiosa.

Mordi o lábio.

– Não vai responder Malfoy? – Rony insistiu.

Senti meu mundo desmoronar quando Draco me lançou um olhar pedindo desculpas ao mesmo tempo que falava:

– Hermione. – ele finalmente respondeu. – Eu tenho que proteger Hermione.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Gostaram?
Review?
Recomendação? okay depois desse cap. eu mereço kkk'
Até o proximo.
Beijos