Apenas por uma Noite - Tomione escrita por Beatrice Black Riddle


Capítulo 6
Capítulo 6 - Realidade


Notas iniciais do capítulo

Olá gente bonita!!
Estou de volta para o último capítulo da fic D:
Foi muito bom escrever para vocês, e espero que tenham gostado!
Qualquer coisa podem conversar comigo por mensagem, ou nos comentários, e se gostaram, fiquem de olho porque pretendo escrever mais tomiones!
:D



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Acordei, de uma vez só, e levantei minha cabeça rapidamente. Eu estava em um dormitório vermelho e dourado bem familiar. Estava sozinha em uma das três camas do dormitório, e a julgar pelo sol lá fora, já era mais tarde do que eu geralmente levantava. Fiquei alarmada por um momento, pensando que poderia estar atrasada, mas então lembrei de que hoje era sábado.

Joguei-me novamente na cama, sentindo saudades de algo que eu não podia entender. Eu estava confusa, afinal tudo havia sido apenas um sonho? Um sonho realmente muito bom. Mesmo que tivesse sido com Tom Riddle? Não podia acreditar que isso fosse verdade. Eu realmente sentia falta dele ali, não era como em um sonho normal, eu realmente estava sentindo falta.

Saí da cama e por um momento me senti ainda mais confusa. Minha camiseta na noite anterior era rosa claro, e agora eu estava com uma camiseta azul escura. Poderia jurar que não era essa a camiseta que eu estava ontem, mas então isso só prova que eu havia sonhado tudo aquilo. Provavelmente eu não havia nem saído da sala comunal à noite, provavelmente eu havia subido para o dormitório depois de brigar com Ronald.

Nossa briga foi real? Sim foi. Definitivamente eu ainda estava com raiva. Fui preguiçosamente até o banheiro e tomei um banho rápido, porém relaxante. Coloquei um vestido soltinho para aproveitar meu sábado, e desci as escadas para o salão comunal, um pouco menos confusa. O sonho havia sido incrível, gostaria de sonhar com o Tom outras vezes.

Passei pelo quadro da Mulher Gorda e desci os lances de escada, indo atrás de algo que eu pudesse chamar de café da manhã. Fui ao banheiro da Murta, para ver se ela estava lá e se poderia me dar uma dica sobre a noite anterior, mas ela não estava o que era realmente estranho.

Cheguei quase à porta do salão principal. Eu olhava para baixo e estava distraída pensando no sonho, e nem percebi que uma cabeleira ruiva estava vindo rápido, e também distraída, na direção oposta. Acabamos nos encontrando com força, e caímos cada uma para um lado.

– Ai. Gina. Você poderia ter mais cuidado, não? – Massageava minha cabeça tentando fazer a dor passar.

– Estava exatamente indo te ver. – Olhei para ela surpresa, ignorando a dor por um momento. Devia ser algo muito importante para ela sair tão rápido do salão principal. – Dumbledore me pediu para lhe entregar isso. – Era uma caixinha de papel, branca, não muito grande. – Ele também pediu para que você abrisse sozinha. – Ela franziu o cenho, obviamente curiosa com o que poderia ser.

– Eu te conto o que é se for realmente importante. – Tentei fazer pouco caso, e ela pelo jeito acreditou. – Agora acho que vou pegar alguma coisa para tomar café. – Eu iria se ela não tivesse atravessado na minha frente.

– Ele também pediu para que você visse a caixa antes de se encontrar com qualquer pessoa além de mim. – Ela estava bem séria. Olhei mais um momento para seu rosto, então assenti e comecei a subir as escadas com a caixa na mão.

A princípio, eu não sabia para onde ir. Mas então exatamente quando pensei isso, lembrei que para isso existia o lugar certo. Subi todos os lances de escada, passei quase correndo pelo quadro da Mulher Gorda, e fui para a parede que eu precisava. Andei três vezes de um lado para o outro pedindo por um lugar onde eu pudesse ficar sozinha e que jamais fosse incomodada. E assim a porta apareceu.

Me permiti ficar maravilhada por um momento. Eu havia ouvido falar sobre essa sala em Hogwarts, Uma História, e tinha quase certeza de que era alguma lenda da escola, e não realmente uma sala que aparecia para quem precisasse. Porém pensando bem, isso era bem provável quando se tratava dessa escola.

Entrei na sala, que estava exatamente como eu havia pedido, e me sentei em um tapete felpudo enquanto me encostava a uma almofada grande e fofa que estava, por sua vez, apoiada no sofá. Olhei para a caixa por um momento, tentando imaginar o que havia ali.

Então a abri com cuidado. Dentro havia uma folha de pergaminho dobrada ao meio e um pacote embrulhado com algo dentro, não era algo pesado ou quebrável, mas deixei minha curiosidade para depois, abrindo o pergaminho.

Alguns homens acreditam que tudo pode ser resolvido na base da força, da coragem e da luta. Mas nem tudo precisa ser dessa maneira. O ser humano é mutável e engenhoso, não somos apenas bem, ou apenas mal, mas uma fusão dos dois. Uns mais mal do que bem, outros mais bem do que mal, e ainda há aqueles que destroem um de seus lados.

Há muitos anos, um jovem parecia ter acabado com todo seu lado bom. Praticamente o destroçado em anos de negligência e dor. Ninguém deveria crescer dessa forma, mas ele não conheceu outra forma. Tudo para ele era dor, morte e destruição. Foi assim por longos anos, e havia sido até hoje.

Mas ontem a noite, algo mudou. E não foi através de luta, mesmo que tenha sido necessária coragem. E acho que talvez um empurrãozinho meu.

Acredito que você se lembre, como eu, da Murta que Geme, apelido dado à jovem que morreu nesta escola há 50 anos. Foi por causa dela que pedi à senhorita Weasley que você tivesse a oportunidade de ler esta carta antes de falar com qualquer outro. Sinto muito se eu tenha atrapalhado seu café da manhã.

Basicamente o que se precisa ser explicado, é que Murta não morreu. Não nesse futuro. Aqui ela é a professora de Adivinhação, incrivelmente boa nisso, se me permite dizer. Mas então você deve estar se perguntando como isso é possível.

Amor. Senhorita Granger. Murta está viva porque quem queria machucá-la esqueceu disso.

Na noite em que a Murta morreu, ela havia atrapalhado o jantar de Tom Riddle. Ele não havia demonstrado sua raiva, mas chegou ao ponto de se retirar no meio do jantar. Naquela noite a menina foi encontrada morta no banheiro.

Mas isso não aconteceu, nem naquele dia, e nem para frente, porque ele não se importava mais com as perseguições da menina, ele havia se distraído disso.

Apenas eu e você sabemos disso, e eu gostaria de pedir para que continue sendo assim. Acredito eu que a senhorita conhece bem os perigos que uma viagem no tempo pode oferecer.

Outros acontecimentos importantes, ainda aconteceram, mas agora me pego pensando, o que não poderíamos evitar, senhorita Granger?

Ps. Espero que rosa não seja sua cor favorita.

A letra definitivamente era de Dumbledore, era idêntica à das cartas que recebíamos de Hogwarts.

Li e reli a carta mais de uma vez, até poder absorver e memorizar o conteúdo dela. Me sentia gelada e pálida como papel, era muita informação em um curto espaço de tempo. Não tinha ideia de como seria ver a Murta viva, mas lembrando de minha conversa com ela ontem, não pude deixar de sorrir ao imaginar, que ela havia ganhado a chance de crescer e amadurecer.

Depois de ler pelo menos 10 vezes a carta, e ter certeza de que havia memorizado tudo, coloquei uma de suas pontas no fogo da lareira que havia ali, e a segurei em minhas mãos a vendo queimar, até que virasse cinzas no chão perto do fogo.

Então resolvi abri o embrulho que havia deixado em cima do sofá. Abri calmamente, com os dedos levemente trêmulos. Era decididamente muita informação, e além de tudo eu teria que guardar tudo isso sozinha, para sempre.

Estava distraída, tanto que nem notei quando terminei de abrir o embrulho. Mas então senti que havia encontrado um material que era diferente do papel, era mais macio e sedoso. Olhando para baixo, não pude acreditar no que meus dedos estavam tocando.

Era a gravata verde, que Tom estava usando na noite anterior quando me encontrou no banheiro. Decididamente era ela, eu havia prestado atenção nela no pescoço dele. Junto com ela havia um pequeno bilhete.

Eu duro como o amor, e como ele não posso ser visto, só sentido.

Era a mesma letra do professor Dumbledore, e ao cheirar a gravata percebi que ela cheirava fortemente ao perfume do Tom, a abracei apertado, sentindo falta dele. Ainda poderia existir um futuro para nós. Eu poderia acabar com essa guerra sem que mais vidas fossem tiradas e provavelmente poderia salvar grande parte dos que já haviam morrido, mas para isso eu precisava entender seu passado. Falaria com o diretor e tentaria obter o máximo de informações para poder tentar mudar as ideias do garoto.

Eu me permitiria ter esperança, porque eu descobri que era amada, assim como eu amava. Olhei para minha camiseta e sorri, não iria sentir falta da rosa, ela estava em boas mãos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do final! Sinceramente acho que é minha fic favorita até agora!
Até a próxima! Beijooos
:D