Apenas por uma Noite - Tomione escrita por Beatrice Black Riddle


Capítulo 5
Capítulo 5 - Sonho ruim


Notas iniciais do capítulo

Oii gente bonita!!
Tava com saudades de postar já :p
Mas ai está o capítulo, espero que curtam!!



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– Hermione. É só um sonho ruim. Calma. Eu estou aqui. – Era a voz do Tom, e foi com suas palavras reconfortantes que eu voltei para superfície, explodindo em um choro igual ao de uma criança. Meu rosto já estava molhado antes e pelo jeito eu já havia me contorcido e gritado. Encolhi em uma bola tentando inutilmente me acalmar.

A dor havia sido como a de ser queimada, o choro havia sido real e os gritos também. A visão dos meus pais naquelas condições não saia do fundo dos meus olhos quando eu piscava. Eu tentava me abraçar para me acalmar, tentava dizer ao meu coração que aquilo não havia sido real, mas ele não queria me ouvir. Ele queria continuar a sofrer, ignorando minha mente.

Foi só quando a coberta foi levantada e senti alguém entrando atrás de mim na cama, que eu comecei a ser puxada de volta para a realidade. A mão de Tom brincava vacilante nas minhas costas, fazendo carinho e tentando me consolar, ele provavelmente nunca tinha feito isso para ninguém. Me senti um pouco mais calma pensando que eu era a primeira pessoa, que ele se importava em consolar.

Comecei a me concentrar em seu carinho para tentar acalmar minha pulsação e parar meu choro. Seu toque era suave e calmo, e quando ele percebeu que eu comecei a chorar um pouco menos, suas mãos foram se tornando mais confiantes e seus carinhos ainda mais delicados. Até que eu estava apenas soluçando, ainda fortemente, mas mais calma. Foi então que ele me puxou devagar para seu peito, passando as mãos pela minha cintura e me prendendo perto.

– Calma. Você não está sozinha. – Com suas palavras então, meu coração tombou cansado e destruído. E eu pude fechar os olhos por um momento, controlando os soluços.

Então sem pensar, sai da posição de bolha, e virei para o seu lado. Olhando para seus lindos olhos verdes, tão diferentes de qualquer tom que eu já havia visto antes. Seu olhar me transmitia tranquilidade, ele era concreto, suas mãos firmes em minha cintura diziam isso, e estava ali para me ajudar. Observei seus olhos por mais um minuto, antes de baixar minha cabeça para a dobra do seu pescoço e ficar ali, apenas absorvendo o fato de que ele era real e o pesadelo não.

Tom me abraçou assim que cai em seu ombro, ele me apertou com força contra seu corpo e eu me permiti ficar ali, tentando tirar a imagem dos meus pais do fundo dos meus olhos. Ele não disse mais nada, apenas ficou ali me abraçando e fazendo carinho nas minhas costas, oferecendo um consolo silencioso enquanto eu não estivesse pronta para falar.

– Sonhei que eu estava paralisada, tudo estava escuro e eu não podia me mexer ou falar ou piscar. – Estremeci lembrando. – Então de repente tudo ascendeu em chamas, e eu estava no local onde meus pais estavam quando aconteceu o incêndio. Eu os vi deitados, esperando a morte vir. E não podia fazer nada. – Um soluço escapou junto com algumas lágrimas, então Tom apertou seus braços ainda mais ao meu redor. – E então eu comecei a queimar, e a dor me fazia querer gritar e chorar, mas era impossível. – Solucei mais uma vez, minha voz se tornando um sussurro ao fim.

– Você está aqui comigo. Em Hogwarts, a salvo na minha cama. – Sua voz era um sussurro no meu ouvido. – Se você quiser, posso dormir aqui. Cuidarei de você a noite toda. – Assenti com a cabeça, dizendo que queria que ele ficasse ali, mas temia que não fosse apenas para meu consolo.

Levantei a cabeça e olhei para ele. Com uma de minhas mãos comecei a acariciar seu cabelo, que agora estava ainda mais divertido, molhado e sem gel. Passei a outra mão pelo seu rosto, com suavidade e cuidado. Ele fechou os olhos apreciando meu toque, e relaxando de uma forma que eu não o havia visto fazer antes. Talvez ele nunca houvesse deixado alguém cuidar dele.

– Posso cuidar de você também, Tom? – Perguntei baixinho ainda olhando para seu rosto, com medo da resposta que ele poderia dar. Para minha surpresa ele sorriu e abriu os olhos para mim.

Nós estávamos no escuro, já que ele havia apagado todas as velas antes de vir deitar comigo, mas eu ainda podia ver seu rosto pela luz que entrava das janelas que ficavam perto do teto. Ele estava sorrindo e seus olhos estavam brilhando. Ele não disse nada por um momento, mas uma das mãos que estavam em minhas costas, subiu para o meu rosto, e com cuidado ele passou a mão desde a minha bochecha até o meu queixo. Então olhou diretamente para minha boca.

– Acho que pode. Só por favor. – Sua respiração estava pesada, e seus olhos ainda não haviam saído dos meus lábios. – Não se afasta agora. – Suas últimas palavras foram apenas sussurros, que eu só pude ouvir porque estava bem perto.

Teria pensado em responder, dizendo que não conseguiria nem que eu quisesse, mas minha mente ficou vazia assim que senti seus lábios nos meus. Como eu havia imaginado, seus lábios eram frios, mas não tanto quanto seu primeiro toque. Eles só eram um tanto mais frios que os meus.

Ele me beijava com suavidade, lento e calmo, aproveitando o momento. O menino podia não ser o maior pegador de Hogwarts, esse título provavelmente pertencia à família Malfoy através das gerações, e era passado de pai para filho assim que recebiam sua primeira carta da escola. Mas ele com toda certeza já teve outras experiências anteriores, o que me fez agradecer ao fato de ter beijado um garoto trouxa no verão passado, porque seria vergonhoso não saber o que fazer nessa hora. Mesmo que Tom passasse toda a confiança do mundo, em seu toque seguro e seu beijo lento, mas de tirar o fôlego.

Não percebi quando fui parar em cima dele, ou quando suas mãos começaram a subir pelas minhas costas, onde ele claramente tentava se distrair para não ultrapassar o limite. Mas percebi quando ele pediu passagem para aprofundar o beijo nos meus lábios e quando ele mordeu meu lábio inferior, me provocando. Levantei minha cabeça, lhe dando acesso ao meu pescoço, quando ele começou a beijar meu queixo e timidamente descer um pouco mais a cada beijo.

Ele queria ser respeitoso, podia sentir o quanto ele precisava se controlar para não me colocar embaixo do seu corpo. Eu era muito nova, tinha plena certeza disso, mas também tinha total consciência do fogo que subia pelo meu corpo e que eu nunca havia sentido antes. Não resisti e rolei para seu lado, deixando que ele começasse a subir e por fim estivesse em cima de mim.

Tom não havia deitado totalmente, ele estava com os joelhos dobrados para que seu peso não caísse sobre mim, mas eu precisava de mais contato. Seus beijos estavam bons, mas eu precisava mostrar a ele que ele podia fazer mais. Então peguei uma de suas mãos das minhas costas e flexionei seu braço, para que sua mão me tocasse nas primeiras costelas na parte da frente. E com cuidado, empurrei um de seus joelhos para que ele escorregasse pela cama.

O moreno parou um momento, olhando para mim com pupilas dilatadas de desejo, havia uma pergunta silenciosa ali. Ele queria saber se realmente podia continuar. Parecia a ponto de explodir de vontade, mas estava esperando o que eu ia dizer. Então olhando em seus olhos, e tentando não ficar vermelha, coloquei a sua mão que havia colocado na costela, em cima do meu seio.

Tom parou ainda por mais um instante, olhando agora para onde eu havia deixado sua mão. Mas foi um tempo curto, porque em seguida ele abriu minhas pernas com o joelho que eu havia derrubado, apertou meu seio por cima do sutiã e da camiseta, e deixou seu peso cair sobre mim, fazendo com que eu sentisse o seu amiguinho, duro e pronto. Gemi com o contato.

Então o moreno começou a devorar minha boca, com fome, explorando cada canto. Sua mão apertava-me com vontade, e seus quadris me friccionavam em círculos. A tortura era deliciosa. Sua outra mão desceu por meu corpo até a bainha da minha camiseta, a qual ele começou a puxar devagar, e eu comecei a explorar seu corpo com as mãos, uma em seu cabelo, o apertando, e a outra em seu peito e em seu abdômen.

Ele se levantou para tirar minha camiseta e também a sua. Me senti envergonhada por um momento, mesmo que eu já estivesse com o corpo bem formado para a minha idade, eu ainda assim estava com vergonha de estar apenas de sutiã na sua frente.

– Não tenha vergonha, você é muito bonita. – Tom me levantou um pouco e colocou uma de suas mãos no meu queixo para que eu olhasse para seus olhos. Era muito bom olhar para as pupilas dilatadas neles, mostrando que ele me queria tanto quanto eu o estava querendo. – Pode abrir o sutiã para mim? Eu não sei fazer isso. – Ele baixou o olhar por um segundo, talvez envergonhado, mas eu levantei seu rosto com minha mão, sorri e dei um selinho em seus lábios.

– Você já fez isso antes? – Perguntei receosa com a resposta que podia receber, enquanto tirava meu sutiã para ele. Tom negou com a cabeça, e eu não pude evitar sorrir. Ele seria meu.

Ele pareceu lembrar-se de uma coisa, então se esticou e pegou algo na mesa de cabeceira. Deu-me então o frasco para beber, era azul turquesa. Não perguntei o que era porque eu já havia ouvido falar, poção anticoncepcional. Abri o frasco e o bebi inteiro, não desejando um filho nessa época da vida, ainda mais com uma guerra que poderia começar a qualquer momento.

Assim que entreguei o frasco vazio para ele, e que ele o colocou na mesa, eu aproveitei seus movimentos para olhar para seu corpo. Ele era magro, mas incrivelmente seu corpo era levemente definido e razoavelmente forte. Ombros largos, abdômen quase definido, nada de barriga e a marca dos ossos onde sua calça estava um pouco abaixo da cintura. Na calça preta de moletom que ele usava, e também pela forma como ele se mexia, era possível ver vestígios de seu amigo endurecido.

Quando ele voltou, sorriu tímido, percebendo que eu o estava admirando, mas sua timidez se foi assim que ele olhou para meu corpo nu da cintura para cima. Não pude deixar de corar e de desviar meu olhar de sua expressão vidrada e desejosa. Mas ele puxou gentilmente meu queixo para eu olhá-lo antes dele me beijar nos lábios e começar a descer os beijos pelo meu queixo, ombro, e seios. Onde parou para brincar um pouco. Ele foi com calma, fazendo eu me sentir desejada primeiro, depois me fazendo sentir desejo, e então discretamente nos deixando sem roupa, parando por um momento quando terminou de nos deixar nus.

– Você quer isso? – Ele me perguntou quase sem íris. Seus olhos estavam pretos. Fiz que sim com a cabeça, sabendo que meus olhos deviam estar no mesmo estado. – Tem certeza? – Assenti sabendo que se eu falasse estaria tão ofegante quanto ele, e que isso só ficava sexy e bonito nele.

E então nós acabamos nos perdendo um no outro, nos esquecendo de tudo exceto do que estava acontecendo ali. Estávamos acordados apenas para as sensações e emoções daquele momento. Houve dor, calma, confiança, arranhões, beijos, mordidas, e prazer. Passamos por tudo juntos, conhecendo o que nossos corpos podiam nos oferecer e descobrindo sensações novas. Por fim acabamos deitados, com as pernas enroladas, e eu apoiada em seu peito. Nós dois bem quentinhos, presos um no outro e nas cobertas.

– Você me perguntou se eu já havia feito isso antes. – Disse ele depois de um tempo que ficamos apenas trocando carícias e beijos. – Eu nunca havia sentido vontade de fazer. – Ele tentava expressar em palavras algo que para ele parecia mais complicado do que isso. – Quero dizer, eu nunca havia tido vontade de fazer algo que me levasse a isso. O máximo que havia feito foi trocar alguns beijos com algumas garotas, mas nada como um amasso no corredor. – Ele sorriu com alguma lembrança antiga.

– Mas desde o momento que eu me aproximei de você no banheiro, e então quando te peguei nos braços, senti que com você ia ser diferente. Eu mal te toquei e o desejo já estava ali, tenho certeza de que se tivéssemos trocado apenas um aperto de mão, eu já teria sentido vontade. – Sorri envergonhada pela sua sinceridade. Sorri como uma menina, feliz, quando descobre que o garoto que ela gosta também gosta dela.

– Boa noite, Tom. – O abracei e o beijei levemente nos lábios. – Você me deu a melhor noite da minha vida. – Sorri brincando levemente com seus cabelos, havia me apaixonado por tocá-lo ali.

– O prazer foi meu. – Seu sorriso cafajeste decididamente é quente. – Boa noite, Hermione. – Ele me beijou mais uma vez e me apertou em seus braços, para que eu dormisse protegida e aquecida.


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Notas finais do capítulo

O próximo será provavelmente o último capítulo, como vocês sabem, é um projeto curto.
Ps. Para os que curtem Tomione, e já tinha lido alguma fic minha antes, to com uma ideia nova para Tomione, e essa é para ser longa *-*