A teoria do amor escrita por Ariana Arivielo


Capítulo 17
Capítulo 14 - Contra todas as probabilidades


Notas iniciais do capítulo

Oiiii Shamys!!! Voltei!! Sorry pela demora!! Novo trabalho, muito cansaço e eu estava bloqueada mentalmente... Mas os últimos episódios de the big bang theory me deram mais ideias!! Estou amando a 8 temp!!! Espero que gostem!!
:*



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Os preparativos do casamento do ano estavam andando as mil maravilhas, Penny e Bernadette estavam ajudando bastante Amy com todos os detalhes. O vestido já foi escolhido, o Buffet, a decoração, a igreja, os arranjos dos convidados e a data.

Faltavam apenas quinze dias para a cerimônia, Sheldon e Amy estavam dividindo seu tempo entre o trabalho e os preparativos, mas uma viagem de última hora pegou ambos de surpresa. Sheldon teria que passar dez dias na Inglaterra para um experimento da teoria em que ele estava trabalhando.

Amy foi levá-lo ao aeroporto toda triste e ele tentava consolá-la:

– Querida, estarei aqui logo! Vai dar tudo certo, acredite em mim.

– Eu acredito Shelly! Mas nosso casamento está tão próximo e você vai ter que viajar para tão longe...

– Tudo está encaminhado, os detalhes já estão certos, ok? Eu preciso aproveitar essa oportunidade única, o laboratório de lá dificilmente abre as portas para estrangeiros, como minha teoria é de interesse deles eu consegui alguns dias.

– Eu entendo. Mas é que... Eu vou morrer de saudade.

– Eu também! Vem cá.

Eles se abraçam demoradamente e o voo é chamado pela última vez, eles se olham tristes e Sheldon entra no saguão de embarque, deixando Amy triste e com o coração apertado, uma sensação estranha estava a incomodando.

À noite depois de falar com Sheldon que já estava em solo inglês, Penny apareceu na para tomarem vinho e conversar. Penny notou que Amy estava cabisbaixa e perguntou:

– Ei Amy! Está tudo bem?

– Sim, é só saudade do Sheldon... E o Leonard?

– Ele vai trabalhar até mais tarde hoje, tem uns relatórios para entregar e ele quer dobrar hoje para amanhã sairmos para jantar. É nosso aniversário de namoro.

– Ah que bom! E antes que eu me esqueça eu queria te agradecer pela imensa ajuda nos preparativos, eu mal tive tempo para ver as coisas e você e a Bernadette me ajudaram tanto! Obrigada!

– De nada Amy! Amigas e madrinhas de casamento são para isso. Mas parece que tem alguma coisa te incomodando, o que está acontecendo Amy?

Amy estava triste pela ausência de Sheldon poucos dias antes do casamento, preocupada pelo fato de estar tendo sonhos ruins e tendo a sensação de perda conhecida desde quando perdeu o pai quando criança. Só que ela tinha tanto medo de tocar nesse assunto que falar para a Penny era quase impossível.

– Nada demais Penny. Acho que é nervosismo pré-casamento...

– Ames... Como se eu não te conhecesse tão bem! O que está realmente acontecendo? Você está mais ansiosa que o normal, tem dormido pouco e se alimentado mal e eu sei que você passou mal no trabalho algumas vezes. Pode confiar em mim, eu sou sua melhor amiga Amy!

Amy não sabia o que dizer, estava com os hormônios malucos, uma confusão de alegria e tristeza, enjoos matinais e falta de apetite, fora a sonolência e os sonhos ruins que tinha constantemente e de repente tudo veio junto com um choro incontrolável e Amy tentava falar, mas os soluços não deixavam.

– Amy, tudo bem! Tudo bem, se acalma! Respira fundo. Não precisa ficar assim... Minha amiga o que você tem?

Depois de alguns longos minutos de soluços e lágrimas Amy finalmente conseguiu falar:

– Eu não sei Penny... De repente meu humor muda constantemente, uma hora estou bem, em outra só quero chorar... Outro dia no laboratório eu mal conseguia olhar para o mamífero que eu ia introduzir no estudo sem antes vomitar tudo o que eu comi...

– Hum... Interessante...

– O que?

– Você está atrasada?

– Meu ciclo? Acho que quase um mês, mas é normal para mim, o que você está sugerindo Penny?

– Vamos a farmácia e talvez tenhamos a resposta para isso.

– A única farmácia 24 hs fica a quilômetros daqui!

– Não tem problema, eu dirijo e Amy vamos ter uma conversa séria.

Durante o trajeto Amy finalmente entendeu o que Penny estava sugerindo, mas para ela era impossível. Amy diz incrédula a Penny:

– Penny, é impossível uma gravidez no meu caso!

– Por que Amy? Você não pode ter filhos?

– Não... Em minha primeira consulta ao ginecologista eu descobri que meu útero é incapaz de abrigar um feto, parece que ele não se desenvolveu como é esperado.

– E por isso você e o Sheldon não se preveniram ou conversaram sobre isso?

– Nós já conversamos sobre isso há muito tempo atrás, ele disse que se um dia desejasse filhos, nós daríamos um jeito, ele entendeu. Mas agora que tudo mudou eu não sei... E não, não nos prevenimos... Mas o médico disse que eu só ovularia até os vinte anos.

– Talvez ainda tenha óvulos por aí...

Penny estava rindo e Amy estava aterrorizada:

– Penny, isso é sério! Se houver um feto aqui eu não poderei tê-lo, eu não posso gerar um bebê...

Agora Amy chorava novamente, Penny entendeu a gravidade da situação e achou melhor levá-la a um hospital:

– Perdão amiga! Eu não tinha pensado por esse lado! Me desculpa? Eu não quis brincar com a situação...

– Tudo bem, eu entendo. Eu nunca quis falar isso para ninguém, mas a situação agora é diferente. Para onde estamos indo? Esse não é o caminho da farmácia.

– Vamos para o hospital.

Enquanto Amy e Penny seguiam para o hospital mais próximo Sheldon estava iniciando seus trabalhos no laboratório, ele queria terminar o quanto antes para voltar para sua Amy. Já estava quase na hora do almoço quando o telefone dele toca e é Leonard do outro lado com uma voz estranha e contida, mas ele diz:

– Ei amigão! Como vão as coisas por aí?

– Tudo como planejado Leonard! Por que você está me ligando a essa hora? Eu saí de Pasadena a pouco tempo e você já sente minha falta?

– Esqueci que agora você é um engraçadinho Shelly! Não é por isso! É pra avisar que o Darth Vader virá ao seu casamento.

– Sério! Ah que bom que ele aceitou o convite!

– Agora sim estou animado!

– Está com saudade da Amy? Seu safadinho!

– Estou morrendo de saudade! Não vejo a hora de voltar para casa e levar aquela mulher extraordinária ao altar... Ela está bem? Não nos falamos pela manhã, como de costume.

– Ahh... Acho que sim... Eu a vi muito rápido hoje... Deve estar bem.

– Certo, vou tentar ligar novamente, mais tarde. Agora eu preciso ir, tem muito trabalho. Até logo, Leonard.

– Até mais Sheldon.

Leonard não teve coragem de contar ao amigo que Amy estava internada no hospital, ela realmente estava grávida, mas uma gravidez de alto risco que a obrigaria a tomar uma difícil decisão, a sua vida ou a do bebê.

Penny e Bernadette estavam com Amy no quarto tentando animá-la e tomar a decisão certa, Amy precisava escolher viver, mas ela estava grávida de gêmeos e apesar de sentir dores fortes, vomitar de vez em quando e desmaiar sempre que tomava um susto ela estava imensamente feliz.

Mas a situação era grave, apesar do milagre da gravidez e de gêmeos, o útero de Amy estava normal, mas uma complicação no sistema circulatório poderia matá-la no parto ou matar os bebês.

Era preciso decidir, porém ela queria esperar Sheldon voltar, em dez dias ele estaria de volta e ele teria que aceitar que ela escolhera ter os bebês.

Bernadette tentava animar Amy:

– Que sorte hein Amy? Dois de uma vez! É como um milagre!

– Não entendo sua animação Bernadette, você não quer ter filhos... Ou mudou de ideia?

– Howie quer a casa cheia de filhos, ele sempre foi solitário por ter crescido apenas com a mãe, eu tive uma família grande com irmãos e sei o quanto isso é bom. Então eu acho que vale a pena ter essa família que o Howie quer, até porque no fundo é o que eu quero também.

– Que bom Bernie!! Fico tão feliz por vocês! Espero que venha logo!

– Eu também! E você Penny? Ainda não pensa sobre ser mãe?

– Bom, só o fato de não ter casado grávida já me deixa feliz, mas sim, daqui a um ano ou dois eu quero ter o meu bebê.

– Ah amigas! Quanta mudança esse ano! Bernie querendo filhos, Penny e Leonard planejando fazer a família crescer e eu me adiantei com Shelly e vamos ter dois bebês. Estou tão feliz!

Todas se abraçaram e ficaram tricotando até a noite, Amy evitou de todas as maneiras que Sheldon descobrisse que ela estava internada e que só piorava seu estado, quando os dias passaram e Sheldon chegou, Leonard foi buscá-lo no aeroporto e o levou direto ao hospital, quando eles desceram na frente do hospital Sheldon não estava entendendo nada, então confuso perguntou:

– O que está havendo Leonard? Por que você me trouxe ao hospital? Não estou doente.

– Mas Amy está!

– O que? Como assim? Desde quando? Oh Deus! Por que você não me disse antes.

Ele entra correndo no hospital, esquecendo todas as suas manias e fobias de hospital, na recepção encaminham ele para o quarto de Amy, quando ele entra ela está sentada acariciando o baixo ventre, mas seu rosto está pálido, ela está no mínimo uns cinco quilos mais magra e seu sorriso já não é o mesmo.

Ele chega mais perto assustado e surpreso ao mesmo tempo, o quarto está cheio de flores, desenhos e cartões de várias pessoas e na mesinha ao lado da cama está uma foto deles em Amsterdã, no passeio de barco.

– Amy, o que significa isso?

– Sheldon! Que saudade! Não vai me dar um abraço?

– Não antes que me explique o que está acontecendo.

De repente o sorriso de Amy sumiu e deu lugar a uma carinha triste e doente, Sheldon se arrependeu na hora de não tê-la abraçado, mas sentou e segurou na mão de sua amada, ela estava tão fria, com uma aparência doente, então ele apenas a olhou esperando:

– Eu sei que você não vai me perdoar por não ter te contado, mas você estava em uma pesquisa importante e que não teria uma segunda oportunidade eu não quis estragar tudo.

– Você é a minha prioridade Amy! Só você...

– Eu vou ser direta, estou grávida de gêmeos, Sheldon! Gêmeos!

– Oh meu Deus! Como isso é possível Amy? Você me disse que era estéril!

– Eu disse! Mas nem os médicos conseguem explicar, é um milagre Sheldon! Mas tem um problema...

– Que problema Amy?

– É uma gravidez que põe em alto risco minha vida e a vida deles, o médico disse que eu só tenho até amanhã para decidir, se eu decidir interromper a gestação terei que tirar o útero, trompas e tudo e viverei normalmente, mas se eu decidir levar adiante os sintomas vão se agravar, terei que ficar internada até o fim da gestação e eu posso morrer no parto...

– Não Amy! Não diga isso nem de brincadeira! Meu Deus Amy! Eu não sei o que dizer, estou tão feliz porque vou ser pai, mas não quero te perder Amy, nem posso imaginar isso... O que vamos fazer?

– Que bom que você não me pediu para interromper, as meninas acham que é o melhor para mim, mas eu vou lutar até o fim por eles, meus pequenos milagres Sheldon, nosso milagre!

– Amy...

– Por favor! Fique do meu lado? Se você estiver do meu lado eu enfrento tudo o que vier.

– É loucura meu amor! É insano! Eu não quero te perder Amy, não, não...

– Não chora meu amor! Eu não vou morrer, eu preciso trazer eles a vida! Eu preciso ver o rostinho deles! Só diz que vai ficar ao meu lado, por favor?

– Sempre Amy, sempre eu estarei do seu lado meu amor!

Sheldon estava desolado, havia uma pequena hipótese de perder sua amada, mas a chance de ser pai estava alimentando todas as esperanças e ele resolveu se agarrar a essa esperança.

O casamento não foi cancelado, mas os noivos não poderiam ir à festa, Amy teria que voltar ao hospital após a cerimônia. Eles anunciaram ao médico a decisão e todos resolveram apoiá-los e torcer pelo final feliz.

Em poucos dias Amy seria a Sra. Cooper e ela não poderia estar mais ansiosa, nem as dores que a gravidez trazia tiravam o ânimo dela, Sheldon estava tentando parecer animado, mas ver sua amada definhando em dores estava o matando, ele não queria um futuro se Amy não estivesse lá, mas o que o amanhã reservava para eles?


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Notas finais do capítulo

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