Love Me Harder escrita por Amanda Vieira


Capítulo 5
Lembranças.


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo!
Quero agradecer especialmente á Lee Wolf, pelos comentários que me incentivaram a continuar... Nesse momento em que minha vida esta "de pernas pro ar" e que toda minha criatividade esta sendo transferida sem sucesso para as redações do cursinho, enfim, espero estar de volta logo. Obrigada a todos, Bejuuu.



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Pov Leah.

~Fash back, on~

 Lembro-me exatamente de cada detalhe daquele dia, acho que este é um daqueles momentos da vida em que tudo é tão terrivelmente trágico que fica gravado em seu cérebro, incapaz de te fazer esquecer, mantendo aquela ferida sempre aberta, lembrando de como você foi estúpida...

 A chuva caia forte lá fora e eu a observava incapaz de me mexer. Apesar de todas as janelas e portas estarem fechadas, fazia frio, mas o ignorei. Há muito tempo que não se via um tempo tão ruim em La Push, e Sam deveria ter chegado há duas horas, então não desgrudei da frente da janela até avistá-lo correr em direção a casa.

 Fui correndo abrir a porta e esqueci o fato de ele estar completamente molhado quando me joguei para ele. Ele riu e gentilmente me afastou, então fui pegar algumas toalhas e um cobertor para que ele pudesse se aquecer.

 Peguei tudo e desci correndo as escadas para encontrá-lo, foi quando sem querer trombei com Emily, que estava parada no fim da escada encarando Sam na porta. Passei por Emily e fui até Sam, que pareceu não perceber minha chegada, pois estava vidrado olhando minha prima. Franzi o cenho e o chamei, ele demorou um pouco para realmente me notar, e pareceu se assustar com minha proximidade.

 -Tudo bem?- perguntei, olhando dele para Emily, que parecia envergonhada e foi para a cozinha.

 -Tudo.- respondeu entre-dentes, então bufou e me encarou.- Desculpe, Leah, preciso ir.- falou e saiu correndo.

 Não sei por quanto tempo fiquei parada na porta, encarando o lugar por onde Sam havia desaparecido floresta a dentro, então me assustei quando minha mãe falou comigo.

 -Esta tudo bem, querida? O almoço esta na mesa.- falou, acenei com a cabeça e saindo do transe a acompanhei.

 Todos os outros já estavam sentados e se servindo, meu pai a cabeceira, mamãe indo para a outra ponta, Seth de um lado e Emily, que evitou olhar para mim, do outro. Sentei-me ao lado de Emily e comecei a me servir.

 -Onde está Sam?- perguntou papai, dei de ombros.

 -Ele disse que precisava ir.- respondi.

 O almoço seguiu calmamente, e após lavar a louça fui para meu quarto. Não consegui entrar em contato com Sam pelo resto do dia e Emily se manteve distante. À noite, ela se deitou no colchão no chão do quarto e me respondeu com frases curtas, logo em seguida afirmando estar exausta e se virando para o outro lado a fim de dormir.

 Fechei meus olhos e tentei dormir, dizendo a mim mesma que estava tudo bem. Demorou um pouco, mas consegui pegar no sono. Quando acordei de manhã, parecia que eu não havia dormido quase nada, o que deixou minha mãe com uma cara de interrogação no rosto quando desci para o café-da-manhã.

 Emily havia saído cedo e não avisou para onde iria, então eu vaguei sozinha pela praia até a hora do almoço. Emily não apareceu e Sam também estava incomunicável.

 Novamente, não encontrei Emily para o almoço. Passei o resto da tarde trancada no quarto, pensando em tudo que estava acontecendo, obtendo mais perguntas do que respostas. Mais tarde, tomei um banho, me vesti e fui para a fogueira que iria ter na praia.

 Quando cheguei, alguns garotos que eu conhecia desde criança já tinham acendido a fogueira e arrumavam mais algumas coisas. Não demorou muito e logo o lugar encheu. Várias pessoas com que convivi desde criança, outros vindos de fora, a maioria bebendo. Quando começou a música, tudo ficou ainda mais agitado.

 Eu não era de beber e não estava com clima para dançar, então fiquei quieta num canto, observando os outros se divertirem.

 Não sei exatamente em que momento os vi, mas num estante eu estava sentada num tronco velho de árvore, no outro corria desesperadamente em direção à Sam e Emily, que tinham acabado de sair da floresta. Quando estava quase pulando em cima dos dois, parei abruptamente, em choque.

 Eles estavam de mãos dadas!

 Encarei-os sem entender, meu coração querendo sair pela boca, minha garganta se fechando.

 -O que...?

 -Leah.- começou Emily.

 -Sam!- exigi.

 -Calma, vamos conversar.- respondeu ele.

 -CONVERSAR O QUE?- comecei a gritar, já perdendo a cabeça.

 -Lee-lee.- tentou Sam.

 -NÃO ME CHAME ASSIM!- gritei, meus olhos marejando.

 -Está bem, mas me deixe explicar, por favor!- pediu.

 -EXPLICAR?- gritei.- NÃO ME VENHA COM ESSA DE “DEIXE ME EXPLICAR”! EU ESTOU ENTENDENDO MUITO BEM O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI.

 -Leah, não é o que você está pensando!- protestou Emily.

 -AH, NÃO? ENTÃO O QUE É?- questionei, segurando minhas lágrimas, meu corpo tremendo.

 -Leah...-começou ela, então abriu a boca novamente, mas nada saiu. Tentou 1,2,3 vezes, mas nada parecia sair.

 -É exatamente o que estou pensando!- exclamei, irritada.

 -Leah.- replicou Sam.

 -NÃO!- gritei, me afastando dos dois.- COMO VOCÊ PODE? COMO PUDERAM FAZER ISSO COMIGO?- gritei, encarando-os, mas nenhum teve coragem de me enfrentar, ficaram calados.- HIPÓCRITAS!

 Sai correndo de volta pra festa, eu não sabia muito bem o que estava fazendo, só queria me afastar o máximo possível daqueles traidores. Acabei esbarrando em alguém, mas não me dei ao luxo de encarar a pessoa. Continuei correndo, sem rumo, com os olhos embaçados pelas lágrimas.

 Acabei me cansando e parando perto de um lojinha de conveniências a beira da estrada. Entrei para comprar uma garrafa de água, mas acabei por sair da loja com uma garrafa de vodka. Continuei andando sem destino definido, bebendo todo o liquido dentro daquela garrafa.

 Eu nunca tinha bebido álcool, então me engasguei e vomitei algumas vezes, mas a dor era bem-vinda, então continuei virando a garrafa, até cair em algum lugar e ficar por lá mesmo.

~fash back, off ~

 

 -Lee?- chamou.

 -Hmm?- murmurei, virando pro outro lado.

 -Acorda, amor.- insistiu Jacob, com a voz rouca em meu ouvido, beijando meu pescoço.

—Que foi?- perguntei, minha voz apenas um sussurro.

 -Acho que você estava tendo um pesadelo.- respondeu cauteloso.

 Aos poucos fui lembrando do sonho, o nó em minha garganta se fechando. Levei as mãos ao pescoço, me sentia sufocada, sentei na cama desesperada. Jake num movimento rápido me puxou para seu colo e me abraçou apertado no momento em que comecei a soluçar.

 Não sei quanto tempo se passou, mas enquanto meu corpo tremia com soluços involuntários, Jake se mantinha com os braços apertados ao meu redor, mas em silencio. Quando finalmente me acalmei e reuni coragem para encará-lo, seu rosto continha uma expressão dura, porém seus olhos mostravam compaixão. Ele me deu um selinho e encostou a testa na minha.

 -Você falou o nome dele.— explicou.

 -Sinto muito.- falei, fechando os olhos envergonhada.

 -Não é culpa sua, Leah. Saber sobre o imprinting não torna a coisa menos dolorosa e correta, ele é quem devia ter vergonha.- falou Jake, erguendo meu queixo a fim de que eu o olha-se.

Pov Jacob.

 Depois de algum tempo, Leah foi tomar banho. Ela parecia melhor, mas isso não mudava as coisas. A raiva fervilhava dentro de mim e enquanto pensava em maneiras de ajudá-la, me peguei lembrando de algo que só piorou tudo.

 ~Flash Back: on~

 Era de madrugada,depois de muito rolar pela cama e não conseguir dormir, resolvi que em vez de quebrar a cama com minha inquietação uma caminhada noturna seria muito mais relaxante. A noite estava quente e a brisa noturna era um reconforto gratificante, acabei me transformando em lobo e descobrindo algo que nunca deveria ter sido revelado.

 Sam também estava em sua forma de lobo, mas estava tão perdido em memórias e pensamentos que não notou minha presença. Reconheci a mulher em sua cabeça e soltei um gemido de incredulidade. Era Leah.Sam ainda amava Leah.

 Jacob! O que você faz aqui? Perguntou Sam, tentando livrar da mente tudo o que eu acabara de ver.

 Imagens de Leah. Ela dormindo pela primeira vez em sua cama, quando eles fizeram um passeio na praia durante a madrugada e em como ele a esquentou quando ela se queixou de frio, quando ele a levou para a cama, em como foi horrível lhe dispensar, e o pior, que todo esse tempo ele só a tratou mal para que ela não sofresse imprinting, que continuassem sendo “dele”.

 SEU CANALHA! Gritei indignado, todo esse tempo todos desprezando Leah apenas porque ELE a fazia se sentir mal. Você é um filho da puta, Sam.

 Ah, cale a boca, Jacob! Você não sabe o que fala. Retrucou.

 Todo esse tempo, Leah foi tratada de forma horrível, por SUA CAUSA! Porque você, é um canalha desgraçado e egoísta, que mesmo tempo um imprinting por Emily, A PRIMA DE LEAH, não suportou a idéia de que outro poderia fazer a Leah feliz, de um jeito que você nunca fez e nunca vai fazer, você teve medo de perder seu “BRINQUEDINHO”. Rosnei.

 Sam me atacou, revidei e mordi seu pescoço, nós lutamos e machucamos um ao outro, eu estava irritado por tudo o que ele havia feito com Leah e ele estava tentando mostrar que era o “dono do mundo” e que podia fazer o que bem entende-se. [...] Na manhã seguinte os ferimentos da luta já haviam desaparecido, e eu tive vontade de ir à casa dos Cleawater e contar tudo a Leah, mas então aquele maldito convite chegou e eu parti, sem fazer a coisa certa com a pobre garota que hoje poderia estar com seu objeto de imprinting e feliz...

 ~Flash back: off~

 -Jake?- chamou Leah, estalando os dedos em frente aos meus olhos, chamando minha atenção.

 Ela estava com uma expressão preocupada, então percebi o porque, em algum momento eu havia começado a tremer de raiva, coisa que não fazia desde que me transformei pela ultima vez. Forcei um sorriso pra ela, me acalmando.

 -Desculpe, estava lembrando de algo... desagradável.- falei, ela assentiu.

 -Estava pensando.- começou ela, baixando os olhos, apreensiva. Encurtei a distancia que nos separava e a abracei, ela me olhou e sorriu, tímida.- Gostaria de conhecer o seu local de trabalho, se você não se importar.

 Sorri abertamente e a ergui no ar.

 -Eu vou adorar! Anda, vai se arrumar que eu te levo.- falei, ela riu e correu pro quarto.

 Sorri vendo sua felicidade infantil.

 Leah já havia sofrido muito, eu sei que era seu direito saber a verdade, mas também sei que isso lhe causaria mais dor. Então resolvi ficar quieto, pelo menos por enquanto ela merecia ser feliz e eu ia fazer isso acontecer.


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Notas finais do capítulo

P.s. Contar ou não contar? Eis a questão.



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