Serena escrita por Kikonsam


Capítulo 9
Não disseque este sapo


Notas iniciais do capítulo

Desculpa postar tão tarde... Divirtam-seeeee



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/594679/chapter/9

A fumaça cinza volta, e vai desaparecendo aos poucos, até eu aparecer em um corredor de uma escola comum de gente comum. As meninas estão comigo.

– Conseguimos – disse Zoe, parecendo não acreditar no que estava vendo. – Certo, temos que ficar juntas. Temos até o nascer do sol para voltarmos com a Misty para casa, se não...

– Ficaremos presas aqui – digo, evitando um possível drama.

– Meu Deus, - diz Maggie, olhando para os armários e o corredor vazio. – Que tipo de inferno ela tem aqui?

– Isso a gente vai descobrir encontrando ela. – diz Abby, andando pelo corredor, e entrando numa das salas de aula. As meninas a seguem, indo até a sala. Vazia. Ninguém, Somente carteiras, uma cadeira para o professor e um quadro negro.

– Que tipo de inferno é esse? – pergunta Angie.

– Talvez o que ela tenha mais medo seja da escola – diz Kathy – e da solidão.

– Não, não é isso – diz Zoe, saindo da sala e andando pelo corredor. – O que ela tem mais receio é de matar um ser vivo.

– Sério? – diz Angie, incrédula, enquanto entramos em outra sala vazia. – Meu Deus, que fresca.

– Não fale assim dela, Angelina. – diz Zoe, virando-se para ela, encarando-a de frente.

– Ou o que? – diz Angie, cruzando os braços. –Vai me bater?

Nesse momento, escutamos um grito vindo de uma sala vinda do final do corredor. Corremos até lá, passando pelos armários de ferro da escola fantasma.

– Como sabemos se é ela? – pergunto á Zoe, enquanto corremos.

– É ela – diz Zoe, esperançosa, correndo.

Chegamos em um laboratório, ao contrário das outras salas dessa escola, esse laboratório está cheio de crianças, um professor e uma mulher adulta que está com roupas de hippie, que está de costas para nós, sentada em uma cadeira.

–Misty... – diz Zoe, olhando para a mulher, parada em frente á porta do laboratório.

A sala parece normal, até que.

– Esquisita! – grita um menino que estava sentado na mesma mesa que essa mulher, olhando para ela, atrás dos óculos para laboratório. – Sr. Kringley, ela fez de novo!

O professor vai até a Misty, olha para frente da sua mesa e diz:

– Cadê o sapo morto?

– Está bem aí, ela ressuscitou ele. – diz o menino que divide a mesa com Misty.

– Cale a boca, Bobby! – diz o professor – ela colocou um vivo no lugar. Se você não vai dissecar um sapo morto, vai dissecar um vivo.

– Não, por favor – diz Misty – Você não pode me obrigar.

Mas como se fosse automático, a Misty mete a faca no sapo, e grita ao fazer isso. O professor vai até sua mesa, e ela o traz de volta á vida.

– Esquisita! – grita o menino.

– Já chega! – diz Zoe. Indo em direção á Misty. Ela olha para trás e vê Zoe, e chora.

– Zoe... – diz Ela, as lágrimas escorrendo do seu rosto.

– Outra aberração, feito você? – pergunta o menino.

Nesse momento, o professor chega perto e diz:

– Se você não vai dissecar um sapo morto, disseca um vivo.

– Já chega! – grita Zoe, jogando o professor por telecinese para o outro lado da sala, estraçalhando as mesas e as crianças caindo no chão.

– Serena – diz Zoe, se virando para mim, enquanto ela puxa Misty da cadeira, levando o sapo na mão. – Coloque fogo no professor, agora!

– Não vai, não – diz o menino, que se levanta e tira á força o sapo da mão de Misty, deixando cair no chão e o estraçalhando pisando nele.

– Chega, Bobby! – diz Misty, que com telecinese joga o menino para o outro lado da sala.

– Uau – digo, pensando alto. Pensei que essa Misty Day só fosse uma curandeira hippie.

– Serena, agora! – grita Zoe para mim, e me lembro de que tenho que tocar no professor, que está se levantando.

Chego perto dele, tiro minhas luvas rapidamente e toco em sua roupa, fazendo em segundos o professor em uma fogueira humana.

– A sala vai pegar fogo daqui a pouco – digo, por que já tenho experiência nessas histórias de salas pegando fogo em segundos por minha culpa. – rápido! Saiam!

As meninas saem, pulando pela porta. Até que eu ando entre as chamas, que nunca me incomodaram, enquanto as crianças do inferno de Misty Day gritam por socorro. Pulo para fora da sala pela porta aberta e...

Acordo no chão da sala, percebo que está amanhecendo, e vejo as outras meninas acordando.

– Ué? – diz Abby, se levantando. – cadê a Misty?

– Ela vai se reintegrar – disse Kathy – Quando alguém fica preso no inferno, seu corpo vira cinzas, e quando volta, tem que reintegrar as cin...

Mas as palavras de Kathy foram interrompidas por cinzas voando de todos os canto e entrando na sala, indo pirar em nossas cabeças e tomando forma de esqueleto, uma visão horrível. Depois os órgãos. Meu Deus, que nojeira. Depois, a pele, os cabelos, os lábios, os olhos, e finalmente, as roupas hippies. Misty Day pairava sobre nós, com os olhos abertos e cansados, descendo lentamente até o chão. Ela para, se espreguiça, olha para nós e diz:

– Alguém tem um cigarro de maconha?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capítulo amanhã. Gostou? Favorita a história e comenta :))))