Serena escrita por Kikonsam


Capítulo 10
Pirocinese


Notas iniciais do capítulo

Outro pra vocêsssssss, esse é QUENTE. Literalmente.



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Que cheiro é esse? Levanto-me da minha cama e vou até a porta do meu quarto. Esse cheiro me acordou, parece cheiro de erva ou algo parecido. Saio do quarto, e vou até a escada, descendo e indo até a sala onde trouxemos Misty Day de volta ontem ao nascer do sol. De lá para cá, Cordelia Foxx já havia se emocionado com a volta de Misty e estava muito emocionada até agora.

Chego na sala, e vejo Misty sentada numa poltrona, fumando um cigarro de maconha enquanto o cheiro se espalha pela sala.

– Ah, - diz ela – pensei que todos estivessem dormindo.

– Não sei por que acordei mais cedo – digo, não querendo parecer grossa ao dizer que acordei por conta do cheiro da maconha que havia se espalhado pela mansão inteira.

– Que bom – diz ela, rindo. – sente-se aqui, por favor.

Sento-me e começo a sentir o cheiro mais forte ainda de maconha, já que ela está do meu lado.

– Então, diga-me – diz Misty – Qual seu poder especial?

– Eu queimo tudo que toco, assim que eu consegui destruir o seu inferno. – Digo, por que uma parte de mim acha que estou sendo amostrada?

– Nossa, muito bom. – diz Misty. – Já sabe controlar?

– Não. – digo. – Mas dizem que em alguns meses eu vou conseguir, até lá tenho que continuar á usar minhas luvas. Vocês tem um poder de tocar fogo com a mente, não é? Piro... Piro...

– Pirocinese, sim – diz Misty, me interrompendo. – Mas você também já deve saber fazer isso, não é? Ia ser uma ironia enorme se você não soubesse.

– Há, há. – rio, por que não sei fazer direito a Pirocinese ainda. Estou aprendendo, mas nem sempre funciona. – Então, com foi passar um ano no inferno?

– É horrível. – diz ela, olhando para o chão da sala. – Tem horas em que a gente simplesmente entra em transe e para de gritar e sofrer, mas voltamos ao normal e tudo volta a ser o mesmo inferno de sempre.

– Imagino – digo.

– Mas você já deve saber muito de mim – diz ela, olhando para mim. – De onde você veio?

– Seattle. Estou aqui á uma semana. – digo.

– Nossa. Imagino que deve ser horrível sair do friozinho de lá para vir para esse calorão de New Orleans. – diz ela, que de fato é verdade. O calor não ajuda em nada a eu controlar os poderes. Mas sou curta na resposta:

– Pois é.

– E quem te dá aulas de controle de poder, Selena? – pergunta ela, errando meu nome.

– Serena. – digo. Por que pareci grossa? – Mas eu estou sim tendo aulas, com Queenie.

– Ai, meu Deus. – diz ela. Pelo jeito ela não é muito amigável como Zoe e Cordelia a pintam. – Queenie é horrível nessas coisas. Eu falo com a Cordelia para dar aulas á você. Ela é a melhor nisso.

– Nossa, obrigada. – digo.

– Imagina. – diz ela, e em seguida dá mais uma tragada no cigarro de maconha.

– E você pretende dar alguma aula aqui? – pergunto.

– Cordelia disse que eu deveria dar aulas de Vitalum Vitalis – diz ela. – Mas não sei, depois de um ano sofrendo por conta disso, não acho que vou querer dar aulas disso por um tempo.

– Dê, por favor – digo. – Estou doida para aprender o Vitalum Vitalis, e...

– Tá, tá – diz Misty, impaciente. Ela definitivamente não é tão legal.

Nesse momento ouvimos um grito passar pelo corredor de cima e descer as escadas, é Abby com seu cabelo rosa enorme. Gritando por nós.

– Misty! Ajuda! – grita ela. – Têm uma aranha enorme lá no quarto!

– Ai, que saco! – diz ela, se levantando e subindo as escadas, e eu subindo atrás. As duas correndo.

– Que é? – diz ela, impaciente.

– Ali! – grita Angie, que está no beliche de cima junto á Kathy, apontando para uma aranha enorme que está em cima da mesinha de cabeceira ao lado da minha cama...

– O que foi? – diz Zoe, aparecendo do meu lado.

– Uma aranha – diz Misty. – E essas medrosas não querem matar ela, têm poderes pra quê?

– Matar? – diz Zoe, olhando incrédula para Misty. – Misty, matar?

– Sim, matar. – diz Misty, e levanta seu braço em direção á aranha e a faz pegar fogo, com pirocinese.

– Misty! – grita Zoe, e corre atrás de Misty enquanto ela sai do quarto.

– O que acabou de acontecer? – diz Abby, olhando para a aranha em chamas em cima da mesinha de cabeceira.

– Me disseram que essa Misty Day era super amigável e jamais matava nada nem ninguém – diz Kathy, descendo do beliche.

– Todo mundo pode matar. – disse Angie, descendo atrás de Kathy. – mas pelo visto a experiência no inferno fez nossa amiguinha maconheira se revoltar, né?

– Ai, meu Deus – diz Kathy, como se estivesse se lembrando de algo.

– Meu Deus, o que, Katheryn? – diz Angie, olhando para Kathy.

– Dizem que é muito raro – diz Kathy. – Mas, quando uma bruxa volta do inferno depois de muito tempo, pode ficar agressiva, como uma repulsa ao mundo real que ela retornou.

– Nossa, e só agora você diz isso? – diz Angie, revoltada.

– Não importa. – disse Abby, parando a briga. – Temos que dizer para a Cordelia.

– Pois é. – digo.

– Vai logo, então. – diz Angie, passando por Abby e saindo do quarto, seguida pelas meninas.

Vou atrás, e antes de sair do quarto, paro. Olho para a aranha em chamas, estendo minha mão, me concentro, e apago o fogo. Não tenho como comemorar, por que estou com pressa. Saio do quarto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem! :)))) Próximo capítulo amanhã.