O que o Acaso Traz escrita por b-beatrice


Capítulo 29
Incompreensível


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas!
Finalmente consegui escrever mais um capítulo!
Advertência: cenas perigosas para se ler em público!
Espero que gostem!Vejo vocês nos comentários!
Beijinhos!



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Ponto de Vista – Bella

Meu interfone tocou em menos de meia hora.

No breve tempo que Edward levou para chegar até a minha porta uma infinidade de pensamentos passou pela minha mente.

Foi um erro convidá-lo? Como eu deveria recebê-lo? O que ele esperava dessa noite? Meu cabelo estava apresentável? Eu estava apresentável?

Eu estava claramente uma pilha de nervos.

Quando ele chegou a minha linha de visão, vestindo um jeans escuro surrado e uma camisa polo cinza e um sorriso lindo apareceu quando nossos olhares se encontraram, todos os sentimentos ruins se foram e só ficou a vontade de me jogar em cima dele.

— Oi. – ele falou sorrindo, ficando bem de frente para mim.

— Oi. – respondi, mas acho que suspirei um pouco, depois de passar tanto tempo sem saber como ficaria nossa frágil relação depois do incidente com Anthony.

— Posso entrar? – ele perguntou e me dei conta de que estávamos os dois parados em minha porta porque eu não conseguia fazer nada além de encarar aquele rosto.

— Claro, claro! Me desculpa! – falei me afogando em vergonha, abrindo passagem para que ele entrasse – É bem simples...

Ao contrário de Anthony, Edward obviamente não pareceu maravilhado com minha pequena sala de estar, mas era estranho o quanto ele parecia confortável ali.

— Eu passei no Burger King e trouxe um lanche para nós dois – ele falou estendendo a mão e me entregando dois pacotes que eu não havia notado antes – Não é grande coisa, mas é algo que sempre me ajudava quando eu me sentia abandonado de alguma forma.

De repente me dei conta de que Edward provavelmente passara por muito mais momentos como este do que eu, com a perda dos seus pais e todo o resto.

— Eu me sinto uma idiota por fazer tanto drama. – admiti começando a abrir os pacotes e espalhando as batatas pela minha mesa em frente ao sofá.

— Eu estou fazendo drama porque meu filho foi dormir na casa dos tios. – ele comentou rindo e me ajudando – Acho que podemos compartilhar esse momento.

— Você dispensou os refrigerantes? – perguntei vendo que não havia mais nada em suas mãos.

— Eu pensei que poderíamos tomar uma daquelas cervejas que você comprou. – ele comentou parecendo um tanto incerto.

— Ótima ideia, senhor Masen! – comentei levantando para pegar uma garrafa para cada um de nós e de repente percebi que estava muito mais tranquila quanto a sua presença.

Edward e eu comemos e bebemos lado a lado, sentados no chão, encostados contra o sofá e conversando como dois velhos amigos. Ele me contou mais sobre sua infância, sobre como ele sempre fez o estilo rebelde sem causa e sobre todas as travessuras hilárias que ele havia feito.

Contei a ele sobre a minha própria infância em Forks e sobre o quanto eu sempre quis sair daquele lugar, mas por dentro sempre tive medo de ficar longe dos meus pais.

Nós rimos dos casos engraçados da nossa pré-adolescência e adolescência.

Eu jamais imaginaria que nós dois pudéssemos nos dar tão bem.

— Edward? – chamei enquanto ocorria um breve silêncio entre nós dois.

— Sim? – ele respondeu imediatamente.

— Obrigada por ter vindo. – falei sinceramente enquanto olhava em seus olhos tentando mostrar a ele o quão sincera era a minha gratidão.

— Obrigado por me convidar. – ele respondeu.

Edward então aproximou seu rosto do meu e de repente senti um frio na barriga que não sentia antes.

Instintivamente me inclinei para mais perto dele e prendi minha respiração.

— Eu deveria ir embora. – Edward falou quando estava a poucos centímetros de mim.

— Mas não vai. – respondi sentindo sua respiração sobre mim.

— Não, não vou. – ele falou e nossos lábios se encontraram.

Foi lento no início. Foi como se nós nunca tivéssemos nos beijado antes.

Seus lábios acariciaram os meus antes de nossas línguas se fazerem presentes e eu finalmente poder me deliciar com o gosto dele.

Edward se virou completamente para mim e trouxe uma de suas mãos para minha cintura e outra para meu rosto, enquanto eu fui direto para os cabelos em sua nuca.

Antes que eu conseguisse me controlar, já havia me jogado para cima dele, sentando em seu colo de frente para ele, com uma perna de cada lado de seu quadril, devorando seus lábios.

Eu ficaria com pena dele, se ele não estivesse parecendo profundamente feliz com meu ataque, se é que o aperto de suas mãos em meus quadris e seus suspiros poderiam ser levados em conta para avaliar.

— Eu realmente deveria ir embora. – ele falou separando nossos lábios e encostando sua testa na minha, mas suas mãos me mantinham firmemente presa contra ele.

— Por quê? – perguntei segurando seu rosto e unindo nossos lábios mais uma vez.

— Isabella... – ele falou separando nossos lábios outra vez e jogando sua cabeça contra o acento do sofá – Isso é errado. Você está sensível, você bebeu e eu realmente não deveria me aproveitar disso.

— Edward – falei, aproveitando sua nova posição para beijar sua mandíbula maravilhosa e seu pescoço com aquele cheiro característico dele – Eu já superei a carência e juro que uma garrafa não é suficiente para tirar meu juízo.

— Não faz isso comigo. – ele pediu e eu teria cogitado atender seu pedido se não fosse seu aperto em minhas pernas que havia se intensificado.

Sendo assim, escolhi continuar passeando com meus lábios contra seu pescoço enquanto minhas mãos passeavam livremente pelo seu peitoral e abdômen.

— Não vamos fazer isso aqui. – ele falou antes de puxar meu rosto contra o seu e começar um novo beijo, realizando o que eu queria naquele momento.

— A porta para o quarto é logo ali atrás. – cometei enquanto voltava a devorar sua boca.

Levei um susto quando Edward levantou comigo em seus braços, minhas pernas ainda em volta da sua cintura.

Chegando ao quarto ele me colocou na cama com tanta delicadeza que me perguntei o que estava acontecendo com a gente.

Nossos olhares se encontraram e de repente toda a urgência que eu estava sentindo se transformou em algo diferente. Eu ainda o queria. Muito. Só que agora era de uma outra forma que eu não sabia explicar. Havia algum sentimento que eu não sabia explicar.

Graças aos céus Edward não me decepcionou e cobriu meu corpo com o seu enquanto nosso beijo recomeçou.

Suas mãos passeavam por toda parte, me cobrindo de arrepios e fazendo com que minhas próprias mãos tomassem vida própria e se movessem por ele sem precisar do meu comando.

Edward subiu minha blusa espalhando beijos por toda minha barriga e seios, fazendo com que eu não conseguisse fazer outra coisa além de suspirar e torcer para que aquela sensação nunca acabasse.

Eu mal senti quando minha calça foi retirada, mas fiz questão de ser eu a tirar a camisa dele, sendo privilegiada com aquela visão maravilhosa que era seu corpo.

Eu podia sentir contra minhas coxas o quanto ele me queria e eu só podia me contorcer esperando que ele entendesse o quanto eu o queria também.

Abri seu zíper e Edward fez o resto do trabalho com o resto de suas roupas.

Ele me olhou profundamente antes de abrir o sutiã e eu só podia implorar com o olhar para que ele entendesse o quanto eu queria aquilo.

Seus lábios vieram para um dos meus seios enquanto sua mão foi para o outro e pensei que eu fosse morrer em contentamento.

Seus lábios voltaram para os meus em um beijo leve e senti suas mãos no cós da minha última peça de roupa restante.

— Você tem certeza? – ele perguntou com a voz rouca e eu não conseguia entender como ele ainda conseguia parar para me perguntar algo assim.

— Sim! – respondi sabendo que aquela era uma das poucas certezas que eu tinha no momento.

Edward removeu aquela última peça e voltou para cima de mim, finalmente nos encaixando, fazendo com que eu me sentisse como nunca antes havia sentido.

Era uma sensação de plenitude, como se finalmente eu estivesse no lugar certo, como se finalmente eu estivesse completa.

Agarrei suas costas enquanto nos movíamos aumentando cada vez mais aquelas sensações de prazer.

Eu já não sabia mais de quem vinha qual gemido ou qual arfar.

Cheguei ao ápice com força e provavelmente marquei as costas de Edward com as minhas unhas, mas logo em seguida senti ele vindo e minha mente ficou em branco.

Edward se deixou cair por cima de mim e adorei a sensação de estar assim com ele.

Seu rosto estava contra meu pescoço e levei minhas mãos ao seu cabelo enquanto o sentia beijando a área logo abaixo da minha orelha, fazendo com que novos arrepios passassem por mim.

— Isabella? – senti seu corpo enrijecer de repente, logo antes dele se afastar de mim parecendo assustado – Nós não usamos camisinha.

— Está tudo bem. – respondi acariciando seu rosto, mas sabendo que para ele provavelmente não estava – Eu tomo pílula.

Sua expressão suavizou um pouco, mas ele permanecia tenso. Eu sabia que ele provavelmente estava agoniado com a ideia de uma nova gravidez não planejada e eu provavelmente estaria surtando se não fossem os medicamentos que eu usava desde os 13 anos para controlar minha menstruação.

— Eu juro. – falei tentando passar algum conforto para ele.

— Tudo bem. – ele respondeu se abaixando para me beijar novamente e, para minha surpresa, suas linhas de preocupação realmente haviam sumido – Eu acredito em você.

— Obrigada. – respondi sabendo o quanto confiar em alguém significava para ele.

— Posso te pedir um favor? – ele perguntou depois de um tempo, deitando ao meu lado e puxando meu corpo contra o dele.

— Claro. – respondi abraçando-o.

— Posso dormir aqui? – ele perguntou parecendo uma criança insegura e me dei conta mais uma vez do quanto ele e Anthony eram parecidos.

— É o mínimo que você pode fazer, senhor Masen, depois de ter se aproveitado do meu momento carente e embriagada. – brinquei.

Edward riu e puxou ainda mais para perto, se é que era possível.

— Vou te compensar amanhã. – ele falou e seus lábios pressionaram um beijo contra minha cabeça – E depois de amanhã. E depois também. Eu prometo.

Essa foi a última coisa que absorvi antes de me entregar a inconsciência.


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