O que o Acaso Traz escrita por b-beatrice


Capítulo 30
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas!
Sinto muito por estar demorando tanto entre as postagens, mas juro que estou fazendo todo o possível!
Espero que não esteja sendo alvo do ódio de vocês! rsrsrsrs
Não sei ainda quando vou conseguir postar o próximo capítulo, mas fiquem de olho no grupo do facebook, porque de vez em quando vou aparecer por lá!
Espero que aproveitem a leitura!
Beijinhos e até os comentários!



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Ponto de Vista – Edward

Meu primeiro pensamento ao acordar foi que eu não conseguia acreditar na minha sorte.

Eu estava na casa de Isabella, na cama dela e abraçado ao seu corpo ainda nu. A vida não poderia estar melhor.

Afastei seu cabelo do rosto para ter uma visão melhor e percebi mais uma vez o quanto ela era linda.

— Pare de ficar me analisando. – ela murmurou e percebi que provavelmente havia acordado há pouco tempo, apesar de permanecer com os olhos fechados.

— Não consigo. – respondi rindo e beijando sua cabeça, que estava apoiada em meu braço, perfeitamente aconchegada contra meu peito.

— Não seja esquisito. – ela falou, mas acabou sorrindo também.

— Eu sempre soube que você me traria problemas, desde a primeira vez que te vi no trabalho. – confessei e Isabella finalmente abriu os olhos, aquelas duas íris chocolates me encarando.

— Agora eu entendo porque você era tão insuportável. – ela disse rindo e acabei rindo também, apesar daquela ser a mais pura verdade.

— Você sempre foi bonita demais para eu manter distância e parecia que cada movimento seu me provocava e me fazia querer te agarrar. Eu provavelmente teria dado em cima de você no primeiro dia, mas Anthony estava aqui e a última coisa que eu queria era me envolver com alguém e atrapalhando esse contato que eu estava tentando fazer com meu filho. – confessei não conseguindo me impedir de passar minhas mãos pelos seus fios cor de mogno.

— Então você só me viu quando Anthony já morava com você? – ela perguntou parecendo aceitar bem meus movimentos.

— Sim, ele veio durante as férias da antiga escola para começar o semestre letivo aqui, foi no início desse semestre que você começou a trabalhar lá, não foi? – expliquei.

— Meu estágio com os professores começou esse semestre, mas eu trabalhei na biblioteca da escola durante um bom tempo antes de começar esse estágio. – ela contou como se minha ignorância quanto a sua presença há tanto tempo por perto a divertisse.

— Bom, isso só reforça o quanto a minha falta de hábitos cultos atrapalha minha vida. Se eu tivesse o hábito de ler teria te conhecido antes e poderia ter te conquistado com meu charme. – brinquei e arranquei gargalhadas de Isabella.

No momento aquele era o som mais lindo do mundo para mim.

— Não teria dado certo. – ela falou ainda parecendo divertida – Acho que não existe uma única pessoa do sexo feminino daquele lugar que não tenha uma quedinha por você e sua fama não é das mais inocentes, Sr Masen.

— Então você já tinha ouvido falar de mim? – perguntei um tanto convencido.

— Sim, e estava preparada para mandá-lo para o inferno caso você viesse dar em cima de mim. A última coisa que eu queria na minha vida era um mulherengo e você estava em primeiro lugar na lista dos caras a serem evitados. – ela falou e me senti um pouco mal, sabendo que meu histórico realmente não era nada louvável.

— Eu sou um pai de família agora e meu filho adora você, para nossa sorte, então acho que está tudo bem nos envolvermos um com o outro. – comentei esperando ver alguma reação dela que indicasse que ela também gostaria de entrar com tudo em uma relação entre nós dois.

— Você não me contou como ficaram as coisas com Anthony... – ela falou parecendo um tanto tristonha e me senti mal por deixá-la agoniada quando as coisas na verdade estavam indo tão bem.

— Ele na verdade estava se sentindo um pouco culpado por ter te deixado triste. – falei, sendo completamente sincero – Ele te adora e sabe que você também gosta muito dele. Ele disse que você gosta mais dele do que Victoria parecia gostar. Ele realmente estava tentando defendê-la no mercado.

— Eu acreditei quando ele se explicou no carro, mas ainda assim, é muito surreal. – ela falou parecendo sentir por ele quase tanto quanto eu sentia – Como pode aquela mulher não perceber a criança incrível que ela tinha?

— Eu não sei e eu a desprezo por isso e por toda a negligência pela qual ela o fez passar. E eu sei que a culpa também é minha porque eu deveria ter estado mais presente e deveria saber sobre essas coisas, mas ela sempre deu a entender que ele era feliz e que ela o queria por perto. – suspirei pensando em todos esses anos que Anthony passou tão carente de carinho, atenção e amor – Eu só posso agradecer ao que quer que seja por ele estar comigo agora.

— Edward? – Isabella chamou e percebi que havia perdido o foco enquanto pensava sobre o passado.

— Sim? – respondi voltando a olhar para ela, me perdendo naquele mar de chocolate.

— Você acha que eu poderia vê-lo hoje? – ela perguntou de forma tão insegura que me surpreendi por ela realmente acreditar que eu poderia negar algo assim – Quero dizer... Eu não quero atrapalhar nenhum plano que vocês tenham, então não precisa ser nada especial... Eu só queria poder dar um abraço a ele e dizer que está tudo bem.

Oh céus, ela realmente achava que poderia negar seu pedido.

Isso me fez perceber que, apesar de termos conversado tanto na noite anterior e realmente termos passado a noite juntos, eu não havia, em momento algum, dito a ela o quão importante ela era para mim, muito menos deixado claro as minhas intenções de assumirmos um compromisso.

Isso também me fez lembrar que eu não sabia ao certo se ela gostaria de ter um compromisso.

— Ou nós podemos deixar para eu vê-lo segunda mesmo se você achar melhor... – a voz de Isabella me trouxe de volta para a realidade e percebi que eu não havia respondido e seu olhar triste indicava que ela pensava que, de alguma forma, eu não a queria por perto de mim e do meu filho hoje.

Louca.

— Não, não, não! – falei tentando tirar logo a tristeza de seus olhos – Tenho certeza que ele adoraria te ver hoje! Poderíamos almoçar em algum lugar e depois darmos um passeio, que tal?

— Tem certeza? – ela perguntou ainda parecendo um tanto incerta.

— Claro que sim. – respondi beijando de leve seus lábios, ignorando o provável hálito matinal.

— Ótimo! – ela respondeu e sentou-se animada na cama, mas infelizmente estava abraçada com a colcha, que me impedia de ter uma boa visão de seu corpo – Você quer tomar um banho antes de ir buscá-lo?

— Que tal se nós dois fôssemos buscá-lo? – perguntei rindo da sua animação enquanto me sentava de frente para ela.

— Sério? – ela perguntou me olhando como se não conseguisse acreditar.

— Claro. – respondi dando de ombros, querendo demonstrar que estava realmente bem com aquilo – Você se importa se eu tomar um banho primeiro?

— Claro que não, vou pegar uma toalha para você! – Isabella respondeu e se afastou para pegar a tal toalha enquanto eu ia para o banheiro.

Imaginei qual seria sua reação se eu a convidasse para se juntar a mim, mas preferi resistir a essa vontade. Não queria que ela achasse que eu estava ao seu lado só pelo sexo, ainda que tenha sido maravilhoso.

Aproveitei meu tempo no banheiro para observar suas preferências. Isabella não era uma mulher de colecionar cosméticos. Não resisti e abri seu shampoo para respirar a fonte de seu cheiro de lavanda e frésias com uma mistura de morangos. Usei seu creme dental para me livrar do hálito matinal e finalmente poder beijá-la como eu queria.

Quando saí do banho, enrolado em uma toalha que Isabella deixara na porta, a cama já havia sido arrumada e ela estava sentada ao lado de uma pequena pilha de roupas como se estivesse apenas me esperando para começar a se arrumar, mas seu olhar ficou um tanto perdido encarando meu estado de seminudez.

— Bom dia. – falei me aproximando e unindo nossos lábios, mas antes que pudesse aprofundar nosso beijo ela me afastou.

— Não escovei os dentes ainda. – ela explicou quando fiquei olhando sem entender.

— Vou cobrar mais tarde. – falei deixando um beijo em sua testa antes de me afastar e deixá-la ir para o banheiro.

Decidi não vestir a camisa querendo flagrar Isabella me encarando novamente, pensando se conseguiria me aproveitar da sua muito evidente atração por mim, e fui para a cozinha querendo fazer algo especial para quando ela saísse do banho.

Liguei a cafeteira enquanto procurava algo que eu soubesse fazer, esperando que ela não se importasse com a minha intromissão.

Decidi que faria ovos mexidos. Era uma opção rápida e prática.

Estava prestes a acender o fogo quando sua campainha tocou.

Isabella ainda estava no banho e eu não sabia se deveria atender ou ignorar.

Cheguei à conclusão de que era melhor atender caso fosse algo urgente e abri a porta apenas para dar de cara com uma mulher loira muito sorridente, mas seu sorriso pareceu murchar quando me viu.

— Eu sinto muito, acho que toquei a campainha errada. – ela falou parecendo extremamente sem graça.

— Não tem problema algum. – respondi e a observei olhar de um lado para o outro no corredor parecendo completamente perdida – A senhora precisa de alguma ajuda?

— Eu não sei ao certo, acho que posso ter entrado no prédio errado, mas está tudo muito parecido. – ela falou ainda contemplando o ambiente.

— Renée? Quem é esse homem? – perguntou um homem com cabelos escuros e um bigode que realmente chamava atenção, evidenciando seu estado um tanto mau humorado, subindo as escadas carregando uma pequena bolsa de viagem e uma mala enorme.

— Charlie, querido, acho que entramos no prédio errado. – ela o respondeu parecendo confusa e depois voltou a se virar para mim – Sinto muito atrapalhar sua manhã, estamos procurando o apartamento da nossa filha, Isabella Swan.

Oh meu Deus.

Tentei responder alguma coisa, mas só saiam sílabas desconexas enquanto meu cérebro ainda processava a informação de que eu estava abrindo a porta para os pais de Isabella sendo que ainda estava com o cabelo molhado do banho recente e sem camisa.

— Meu Deus, esse cheiro delicioso de café está indo até o quarto! – ouvi Isabella dizendo ao entrar na sala sem perceber a porta aberta, com os pés descalços e usando um vestido florido que a fazia parecer ainda mais jovem do que era, o que me fez pensar se seu pai pensaria que eu era algum tipo de pedófilo.

A pior parte, no entanto, era a toalha enrolada em sua cabeça, indicando que ela acabara de sair do banho.

— O que aconteceu? – ela perguntou ao perceber que eu estava de frente para a porta aberta, vindo em minha direção com um olhar preocupado, provavelmente por causa do meu estado um tanto estático e perdido.

Voltei meus olhos para o casal na porta enquanto Isabella se colocava ao meu lado.

Seus pais olhavam de mim para ela e dela para mim como se também não conseguissem entender ou acreditar no que estava acontecendo.

Esse momento estranho, no entanto, passou rápido, pois seu pai logo assumiu uma postura dura, me encarando como se estivesse prestes a me matar.

Agora eu conseguia entender porque Isabella odiava surpresas.


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