O que o Acaso Traz escrita por b-beatrice


Capítulo 15
Frustração


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas!
NOVIDADE!
— Percebi que muitas estão impacientes com a velocidade dos acontecimentos, então vou tentar aproveitar que estou de férias e postar 2 capítulos por semana, mas para isso vou precisar da ajuda de vocês com os comentários! (não adianta eu postar um capítulo por dia se apenas duas pessoas forem me dar o retorno dizendo se ficou legal, se tem algum erro ou em que eu preciso melhorar...)
— Me perguntaram sobre a alternância dos pontos de vista. Eu só faço ponto de vista do Edward quando acredito que vai ajudar vocês a entender melhor os acontecimentos, então por enquanto os pontos de vista vão continuar sendo da Bella.
Enfim, é isso!
Beijinhos e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/594678/chapter/15

Ponto de Vista – Bella

Eu dei o melhor de mim para não demonstrar aos meus alunos que eu estava, no mínimo, um tanto aérea.

Passei os exercícios, tirei dúvidas, dei broncas aos que insistiam em tagarelar e fiz o possível para que toda a tensão que estava em mim não transparecesse.

Afinal, se eu fosse ser muito sincera, admitiria que explicar como contar sílabas poéticas não era nem de longe tão interessante como pensar no Sr. Masen.

Ainda assim, eu precisava que aquela turma aprendesse pelo menos o que eram versos alexandrinos, o que era muito difícil quando minha mente não conseguia parar de pensar na grandeza da situação em que eu havia me metido.

Para começar, eu estava me agarrando despretensiosamente com um cara que era pai de família. Tudo bem, ele provavelmente não era casado, mas nem por isso ele e seu filho deixavam de ser uma família.

Eu estava ultra apegada ao filho do cara com quem eu vinha me agarrando despretensiosamente, apesar desse cara não saber que eu sabia da existência do filho dele.

Aliás, este cara é meu chefe. Acrescente o fato que ele é meu chefe nos meus atuais dois trabalhos. Certo, eu não sabia ao certo o que ele fazia na escola, mas sabia que ele era um superior e isso não vinha ao caso.

Voltando à parte que eu estava me agarrando com o cara, nós não conversávamos, nós brigávamos muito e nosso único fator comum era nossa tensão sexual. De repente, eu tenho as chaves da casa dele. Que me foram dadas pela mãe dele. Ou tia. Tanto faz.

Acho que vou passar mal.

Finalmente, o sinal bateu e eu estava livre para o intervalo.

Saí da sala ainda não sabendo se realmente queria um intervalo. Quer dizer, sim, eu precisava conversar com ele, mas eu ainda não havia conseguido pensar em como abordar o assunto.

Oi, eu só queria te contar que sei que você tem um filho. Aliás, eu sou a nova babá dele, que esteve em sua casa ontem, entrando com as chaves dadas pela sua mãe. Ou tia. Que seja... Você gostou do macarrão?

Não, não parecia bom.

– Srta. Swan! – ouvi a voz do Sr. Masen me chamar assim que pus os pés no corredor – Eu preciso falar com a senhorita, se importa de me acompanhar até a minha sala?

Eu podia ver a raiva em seus olhos.

Percebi sua postura rígida, seu modo de falar perfeitamente polido, mas colocando toda distância entre nós.

Acenei positivamente sem conseguir falar coisa alguma. Esta provavelmente era uma situação inusitada e eu ainda não sabia se queria me desculpar ou gritar com ele por me culpar de algo que não era exatamente minha culpa. Como eu ia saber que ele era o pai de Anthony? Eu não havia feito nada errado exatamente.

– Me acompanhe. – ele falou e o segui até sua sala.

Ele ia na frente guiando o caminho e eu ia atrás provavelmente parecendo alguém que enfrentaria a forca, tentando usar aqueles últimos momentos para pensar em algo em minha defesa.

Entramos em sua sala e ele finalmente se virou de frente para mim e me encarou com o rosto sério.

Ficamos parados ali, no centro de sua sala por um instante.

– Feche a porta. – ele finalmente falou.

Virei para fechá-la, mas assim que voltei a ficar de frente para ele, fui empurrada contra ela por seu corpo poderosamente pressionado ao meu.

Suas mãos tomaram conta da minha cintura, suas pernas repentinamente se misturaram com as minhas, seu perito pressionou sobre meus seios e sua boca finalmente veio de encontro à minha.

Sem pensar mais joguei meus braços sobre seus ombros aceitando aquela tortura. Sua língua me invadiu e revidei, fazendo o possível para sentir cada pedaço daquela boca deliciosa.

Pude sentir suas mãos subindo, pressionando a pele por onde passavam e começando a massagear meus seios por cima da roupa. Maldita roupa.

Gemi ainda com nossos lábios conectados e deixei minhas mãos passarem pelos seus cabelos. Incrível como um cabelo aparentemente tão revoltado podia ter uma textura tão deliciosa.

Antes que eu percebesse suas mãos estavam em minha bunda, me puxando de encontro a certa parte de sua anatomia que mostrava o quão feliz ele estava em me ver e pude ouvir seu próprio gemido.

Não resisti a passar minhas mãos pelo seu peito perfeitamente firme e não sabia se glorificava o terno que o deixava ainda mais sexy ou se o amaldiçoava por me separar da pele dele.

Sua boa se separou da minha para ir em direção ao meu rosto, começando a fazer um passeio por minha mandíbula.

– Não! – consegui falar entre os suspiros, afastando minimamente meu rosto do dele – Eu quero fazer isso!

Fazendo o possível para conseguir alcançar aquela mandíbula deliciosa dele, me pus a realizar minhas vontades de usar e abusar daquela parte tão sexy daquele rosto maravilhosamente belo e sedutor.

Sua barba estava por fazer e o contato dos fios com meus lábios iniciava arrepios que iam para uma determinada parte minha que estava dando muitos sinais naquele momento.

Tracei aquela linha com meus beijos, alternando entre carinhosos e famintos. Chegando à sua orelha não resisti a mordê-la ligeiramente e lamber seu lóbulo, recebendo um gemido dele como prova de que ele aproveitara aquele gesto tanto quanto eu.

Tive um ligeiro lapso de consciência, no entanto, e voltei a me afastar um pouco.

– Achei que você quisesse conversar. – falei entre suspiros enquanto ele aproveitava aquela nova distância para beijar meu pescoço.

– O que te fez pensar isso? – ele perguntou, fazendo com que a vibração da sua voz contra minha garganta me fizesse tremer.

– Você disse isso. – falei, mas ao mesmo tempo inclinei minha cabeça para o lado, para aproveitar melhor a sensação de sua barba arranhando minha pele.

Seus lábios voltaram para os meus e pude sentir novamente o quão bem aquele homem sabia beijar. Era como se ele quisesse ser dono dos meus lábios, da minha boca e tudo mais que estivesse em contato com ele.

– Foi a melhor desculpa que eu arrumei para te trazer para cá. – ele falou enquanto me dava um décimo de segundo para respirar, mas logo voltou a me atacar.

Suas mãos novamente me puxaram de encontro a ele e agarrei seus ombros fortemente tentando fundi-lo a mim, fazendo com que nossos corpos estivessem completamente em contato.

– Você parecia bravo. – comentei entre um beijo e outro na sequência que estávamos construindo.

– Nós sempre estamos bravos um com o outro. – ele respondeu levando sua mão para minha nuca, puxando ligeiramente os fios que eu tinha ali, formando um novo ângulo para nosso beijo, me levando à loucura.

Eu estava prestes a começar a me esfregar desavergonhadamente contra ele quando ouvi o som do primeiro sinal.

– Merda! – ouvi ele xingar antes de me beijar mais uma vez.

Suspirei quando permanecemos a certa distância um do outro, apesar de nossas testas ainda estarem unidas e dele manter seus braços apoiados contra a porta me engaiolando enquanto tentávamos controlar nossas respirações.

– Eu realmente queria conversar com você. – ele comentou após alguns segundos e todos os medos que haviam sido esquecidos enquanto eu era maravilhosamente torturada por ele retornaram.

– Sobre o quê? – perguntei tentando encontrar em sua expressão alguma dica de raiva indicando que ele sabia de alguma coisa, mas ele continuava com a mesma cara de frustração desde que o sinal tocara.

– Sobre isso aqui. – ele respondeu me olhando de forma inquisitiva, me deixando entender que ele também queria falar sobre nossos “encontros”.

– Eu queria falar com você sobre isso também. – suspirei ainda não tendo conseguido deixar minha respiração normal – E sobre outra coisa.

– Mesmo? – ele perguntou desconfiado.

– É, mas acho que não vai ser agora. – falei olhando no relógio e percebendo que eu precisava correr para a próxima aula.

– Hoje, no final do seu horário. – ele falou, mas lembrei que eu precisaria encontrar Anthony e levá-lo embora, não gostando nada da ideia dele descobrir tudo me vendo de repente como babá do seu filho.

– Eu tenho que ir trabalhar depois daqui. – respondi sendo o mais sincera possível.

– Você estagia aqui e ainda trabalha? – ele perguntou franzindo a testa.

– A vida não é fácil. – respondi dando de ombros – Hoje à noite? Um encontro rápido em alguma cafeteria ou algo assim?

– Não posso. – ele respondeu cortante.

– Por quê? – perguntei, mas minha mente só conseguia focar no mantra “me conte que você tem um filho, me conte que você tem um filho, me conte que você tem um filho”.

– Amanhã. – ele decidiu se afastando, me dando espaço para sair, sem ao menos comentar sobre a minha pergunta.

– Sério, Masen? – perguntei frustrada por uma questão que me ajudaria tanto a abordar o assunto ter sido simplesmente ignorada.

– Não force a barra, Swan. – ele respondeu e voltou a se aproximar, me dando o que poderia ser considerado um beijo de despedida.

O segundo sinal bateu e corri para a sala onde seria minha próxima aula, enquanto puxava meu cabelo tentando ajeitá-lo em um coque improvisado pós amasso, torcendo para que minhas roupas não estivessem me entregando sobre o que acabara de acontecer.

Resumindo minha vida sentimental naquele momento:

– tensão por não ter conseguido contar sobre as coincidências da vida para o Sr. Masen

– culpa por estar escondendo algo tão complicado dele

– raiva por ele estar me escondendo o fato dele ter um filho

– medo das consequências de tudo que estava acontecendo

– total e completa frustração por nosso momento me-pega-e-me-joga-contra-a-porta ter durado tão pouco.

Não, a vida não é fácil.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Vejo vocês nos comentários!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O que o Acaso Traz" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.