O que o Acaso Traz escrita por b-beatrice


Capítulo 16
A Verdade


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas!
Sei que tinha dito que tentaria postar o capítulo na quarta, mas infelizmente me atrasei um pouquinho... Ainda assim, espero que vocês gostem e continuem apoiando a ideia de 2 capítulos por semana com muitos comentários lindos! rsrsrsrsrs
Boa leitura!
Beijinhos!
obs: NÃO LEIAM EM LOCAIS PÚBLICOS! rsrsrsrsrs



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Ponto de Vista – Bella

A verdade era que as coisas vinham ficando complicadas.

Eu não havia conseguido conversar com o Sr. Masen naquela segunda-feira. Pelo mesmo motivo que não conseguimos conversar na terça. Coincidentemente a mesma razão pela qual não conversamos na quarta. Bem como aconteceu de sermos impossibilitados de conversar na quinta.

Nós sempre nos atracávamos como dois náufragos em busca da salvação que em nosso caso parecia que só seria encontrada dentro dos lábios no corpo do outro.

Na terça-feira nós nos encontramos em uma sala vazia, mas apenas repetimos os acontecimentos da segunda. Ele novamente xingou quando o primeiro sinal interrompeu nosso beijo, sugeriu de conversarmos depois do meu horário e eu respondi que precisava trabalhar. Eu então refiz a sugestão de conversarmos a noite, o que ele rapidamente negou, novamente sem explicar o motivo e marcou a conversa para o dia seguinte.

Na quarta-feira o encontro foi no depósito e as coisas conseguiram ficar ainda mais quentes naquele pequeno espaço, quando ele passou a permitir que suas mãos se aventurassem sob minha blusa e eu me permitir me esfregar contra ele desavergonhadamente. Com isso acabamos admitindo para nós mesmos que a conversa não aconteceria se nós estivéssemos sozinhos entre quatro paredes. Quando voltamos ao mesmo impasse dos dias anteriores ele sugeriu um telefonema, mas nós dois concordamos que uma conversa por telefone não seria o ideal.

Na quinta-feira nos encontramos no banheiro dos funcionários, onde ele me sentou na bancada da pia enquanto nossas bocas se devoraram, nossas mãos estiveram por toda parte e aquela determinada parte minha que vinha dando tantos sinais implorava para conhecer uma determinada parte dele. Quando o sinal tocou nós apenas nos encaramos, sabendo que novamente chegaríamos a um impasse.

– Só me diz por que não hoje à noite? – perguntei torcendo para ele abrir pelo menos uma parte da vida dele para mim.

Ele suspirou.

– Amanhã. – ele respondeu e apenas o empurrei bufando com raiva por tantas esquivadas, querendo sair logo daquela situação, mas ele me segurou antes que eu pudesse me afastar mais – Amanhã à noite se não conseguirmos conversar aqui.

– Sério? – perguntei imensamente feliz por finalmente ter a oportunidade de esclarecer as coisas, ao mesmo tempo em que percebia que teríamos um encontro.

– Mantenha a mente aberta, ok? – ele falou ainda segurando minha mão – Eu tenho muito para contar.

– Eu terei o dobro. – respondi apreensiva, mas ele apenas sorriu e ganhei um selinho antes de correr para minha próxima aula agradecendo ao universo por ninguém ter sentido a necessidade de usar aquele banheiro enquanto estávamos lá.

O diálogo com Anthony, por outro lado, evoluía cada vez mais e era incrível pensar o quanto dele eu havia conhecido em menos de uma semana.

Ele não falava da mãe ou de qualquer outra coisa relacionada à sua vida antes de vir para Nova York, mas vez ou outra indiretamente soltava alguma informação.

Eu sabia que sua mãe era absurdamente ausente. Ele mal a via, e quando via não recebia qualquer tipo de carinho maternal. O pior de tudo era que ele não parecia perceber o quão errada ela estava e o quão amado ele merecia ser.

Eu sabia também que a escola em que ele estudara era algum tipo de escola interna que ensinava tanto as matérias escolares quanto questões de educação, boas maneiras e comportamento. A verdade era que a soma de um ao outro poderia ter dado origem a uma criança rebelde, mas dera origem a um menino carente, precocemente amadurecida e com muitos sentimentos reprimidos. Um perfeito robozinho, ou mesmo um mini adulto.

Na terça-feira eu precisei passar com ele no mercado para comprar algo para o jantar. Descobri então que ele nunca havia entrado em um supermercado. Fiz questão então de passar com ele por todas as prateleiras enquanto me encantava com a admiração em seus olhinhos que nunca haviam visto tantos produtos diferentes, em tanta quantidade em um mesmo local. Ao contrário do que qualquer outra criança faria, no entanto, Anthony não me pediu para comprar nada.

Na quarta-feira, enquanto íamos de mãos dadas para a casa dele, passamos por uma locadora e Anthony ficou encantado pela possibilidade de um lugar com tantos filmes. Me perguntei qual seria sua reação ao descobrir a infinidade de filmes existentes na internet, mas refleti que crianças naquela idade não deveriam ter acesso livre à rede e perdoei essa parte. Acabamos me cadastrando e locando o filme do Peter Pan da Disney, que chamou a atenção de Anthony por ter na capa um menino de cabelos ruivos, e dedicamos a maior parte da nossa tarde a ele.

Na quinta-feira cometi um delito. Ao invés de ir para casa com Anthony fui com ele para a biblioteca e consegui fazer com que a menina fizesse o cadastro dele, mesmo sem seus documentos. Ah... As vantagens de ter trabalhado naquele lugar... No fim, deixei que ele rodeasse o lugar à vontade e escolhesse um livro para levar para casa, desde que ele havia terminado seu livro de mistérios no dia anterior. Tive um ataque de amor quando Anthony voltou do universo das estantes com um exemplar da Disney de Peter Pan, animado em ler a história que assistimos na véspera.

O sinal para o intervalo tocou, chamando minha atenção para o presente.

– Srta. Swan? – ouvi aquela voz maravilhosa me chamar assim que pus os pés para fora da sala.

– Desculpe, Sr. Masen, eu já estava indo levar os papéis que o senhor pediu. – respondi na maior cara de pau, exibindo uma pasta que eu carregava – Eu tenho algumas dúvidas, no entanto, se o senhor não se importa.

– Venha comigo. – ele respondeu como se estivesse fazendo um grande sacrifício.

Ao chegar na sua sala fui rapidamente atirada conta sua mesa enquanto nossas bocas se encaixava. Me apoiei em seus ombros para me impulsionar e sentar sobre ela. Pude sentir suas coxas entre as minhas coxas, sua excitação dando sinais e minha calcinha inundando.

Seus lábios foram para o meu pescoço enquanto suas mãos acariciavam meus seios por baixo da blusa e sentia seu membro rígido roçando em mim. Suspirei me agarrando ainda mais a ele, precisando sentir mais, e mais, e mais daquele contato.

Uma de suas mãos foi descendo e vagarosamente adentrou minha saia, acariciando minha coxa lentamente, como se estivesse testando aquele contato.

Como o que eu mais queria era que aquilo continuasse, retribuí descendo minhas mãos até o cós da sua calça e tomei a liberdade de abri-la.

Sua mão me acariciou onde eu mais precisava, mas a calcinha ainda atrapalhava.

Invadi sua boxer e pude finalmente olhar aquilo que há tantos dias vinha tirando minha sanidade. Era melhor do que eu podia imaginar.

Seus dedos habilmente passaram para dentro da calcinha pude senti-los me acariciando, pressionando e esfregando como eu mais queria. Àquela altura eu já gemia desavergonhadamente.

Me pus a acariciar toda aquela masculinidade, subindo, descendo e tentando descobrir o que fazia com que ele se sentisse melhor.

Senti seus dedos finalmente me invadindo e joguei minha cabeça para trás, maravilhada com aquela sensação.

A partir daí as coisas deixaram de ser lentas. Ao mesmo tempo em que eu movia minha mão ele movia seus dedos. Sua boca voltou a encontrar a minha, abafando meus gemidos. Meu corpo inteiro se movia em nosso ritmo e percebi que o mesmo acontecia com ele. Sua mão livre voltou a acariciar meus seios e me perdi naquele misto de sensações. Explodi de prazer em seus dedos e percebi que o mesmo havia acontecido com ele.

Nossas testas ficaram coladas enquanto tentávamos controlar nossas respirações.

– Fazia muito tempo que eu não sujava minhas cuecas assim. – foi a primeira coisa que ele falou e eu não sabia se ria ou se rolava os olhos.

– Meu Deus, Masen... – respondi sem conseguir colocar qualquer tipo de entonação em minhas palavras.

– Edward. – ele disse.

– O que? – perguntei ainda um tanto perdida.

– Acho que chegamos a um ponto em que podemos nos tratar pelo primeiro nome, não acha? – ele perguntou e abri os olhos para me deparar com aquela imensidão verde à espera da minha resposta.

– Acho. – meio que suspirei.

– Então você não vai se importar se eu a chamar de Isabella, vai? – ele perguntou.

– Não. – respondi, mas a fixa logo caiu – Espera, como você sabe meu nome?

– Vantagens de ser o chefe. – ele respondeu rindo – Como acha que descobri seu telefone?

– Perseguidor. – brinquei.

– Isso te incomoda? – ele perguntou levando minha brincadeira bem mais a sério do que eu esperava.

– No momento não. – respondi sincera e recebi um selinho.

O sinal tocou estragando nosso primeiro momento aconchegado.

Suspirei me afastando dele mesmo sem querer.

– Então... – ele começou enquanto eu me afastava e tentava me ajeitar ao máximo possível – Hoje à noite?

– Claro. – respondi feliz novamente.

– Eu te mando uma mensagem. – ele falou e me deu mais um beijo.

– Vou estar esperando. – respondi e saí torcendo para que eu conseguisse dar uma passada rápida no banheiro antes de ir para a aula.

~*~*~*~*~*~

O tempo esfriara e esfriara rápido. Quando saí da escola com Anthony o vento era leva, mas cortante.

A cidade dava todos os sinais de que algo estava para acontecer. As pessoas estavam mais agitadas, os carros pareciam querer acelerar ao máximo possível até o céu começou a dar sinais de stress, derramando algumas gotas.

– Não solte a minha mão, ok? – combinei com Anthony enquanto íamos passando por entre pessoas impacientes e ele rapidamente concordou.

Aproveitei que paramos em um sinal e tirei meu blazer para entrega-lo.

– Vista isso, pequeno. – aconselhei.

– É de menina. – ele respondeu com aquela ruguinha na testa indicando que aquilo não estava de acordo com o que o haviam ensinado.

– Eu sei, mas está frio e crianças devem se agasalhar. – respondi e isso foi suficiente para fazê-lo concordar em vestir.

– Você não vai sentir frio? – ele perguntou, sempre cavalheiro e sempre solidário.

– Eu vou ficar bem. – respondi sorrindo e voltando a pegar na mão dele.

Quando chegamos em sua casa estávamos bastante molhados. Anthony foi para o banho enquanto eu pendurava meu blazer. Cheguei a cogitar pegar emprestada uma camisa de seu pai, mas rapidamente me livrei dessa ideia, decidindo que seria ultrapassar mais níveis de privacidade do que já vinha fazendo.

Estava esquentando leite para fazer chocolate quente quando Anthony surgiu vestido em moletons e calçando pantufas, enquanto carregava uma toalha dobradinha.

– Eu peguei para você, Bella. – ele falou me entregando com um sorriso tímido.

– Muito obrigada, pequeno. – falei enquanto aceitava seu gesto – É muito doce da sua parte.

– Você não precisa agradecer. – vi aquelas ruguinhas indicando que havia um conflito com o que o haviam ensinado antes.

– Todo mundo deve agradecer quando recebe um gesto bom. – expliquei.

– De nada. – ele respondeu corando.

Foi a cena mais linda que eu já vi.

Enrolei a toalha em meu cabelo e sentamos para tomar nosso chocolate.

Anthony me contou animado que Esme viria buscá-lo mais tarde para passarem um tempo juntos, mas era possível ouvir os uivos do vento lá fora e percebi que mesmo enquanto ele falava seus planos, ia ficando apreensivo, mas em momento algum reclamou de alguma coisa.

Fomos para a sala e tentei distraí-lo com a televisão, mas o barulho da chuva contra a janela não ajudou em nada.

– Tem alguma coisa que você gostaria de fazer? – perguntei sabendo que a ideia de iniciar a lição de casa era a pior possível naquele momento, além do fato de ser sexta-feira.

– Hmm... – ele meio que pensou e meio que hesitou antes de responder – Na verdade não.

– Por que você não lê um pouco? – opinei não entendendo porque ele não se sentiria confortável em seu mais frequente hábito.

– Eu não tenho nada para ler agora. – ele respondeu dando de ombros – Devolvi o livro hoje.

De fato, o livrinho da Disney devia ter sido devorado em poucas horas pelo pequeno.

Foi quando me lembrei de um trunfo que eu vinha carregando comigo e que eu agora torcia para a chuva não tê-lo estragado.

– Isso me lembra que eu tenho um presente para você – falei indo até minha bolsa e felizmente encontrando a sacola intacta, apenas um pouco amassada.

Me ajoelhei em sua frente e o entreguei, recebendo de volta um olhar desconfiado, como se ele não tivesse certeza se podia abrir, mas em pouco tempo se rendeu e desembrulhou seu presente metodicamente.

– É um livro! – ele exclamou encarando o objeto como se fosse feito de ouro.

– É um livro de mistérios. – esclareci.

– Por que eu estou ganhando um presente? – ele perguntou olhando em meus olhos, com aquelas ruguinhas demonstrando que algo não fazia sentido em sua mente.

– Eu não sei. – respondi com a verdade – Eu apenas o vi e lembrei de você e decidi comprá-lo.

Anthony voltou a olhar para o livro e acenou positivamente, como se entendesse o que eu queria dizer. Antes que eu pudesse me preparar para o que viria a seguir, ele se inclinou para frente e me deu um abraço.

– Obrigado, Bella. – ele respondeu fazendo com que eu me sentisse a melhor pessoa do mundo.

~*~*~*~*~*~

A noite foi chegando muito rápido.

O tempo apenas piorava e a ansiedade começou a tomar conta de mim acreditando que além de um mau presságio, aquilo era algo definitivamente ruim.

Anthony estava mergulhado em sua leitura, então aparentemente estava mais tranquilo.

Meu cabelo secara, mas minha blusa ainda estava gelada e eu não estava no clima para cozinhar o jantar.

Eu estava pensando em ligar para pedir comida quando as luzes piscaram e de repente se apagaram.

– Bella!? – ouvi o pequeno gritar assustado.

– Está tudo bem, está tudo bem. – falei indo para perto dele o mais rápido possível que eu pude no escuro – Eu estou aqui.

– Hmm... Bella? – ouvi sua vozinha incerta.

– Sim, pequenino? – respondi me virando para ele, apesar dele não me enxergar.

– Eu não estou me sentindo muito bem. – ele falou receoso.

Encontrei seu corpinho no escuro e passei a mão pelo seu rostinho. Definitivamente, ele estava começando a ficar febril.

Suspirei sem ter ideia de onde arranjar um remédio infantil naquele momento.

– Vamos fazer um chá para você. – sugeri.

Com a lanterna do meu celular descobri um sache de chá de gengibre, mel e limão. Assim que Anthony o tomou o sono o abateu.

Era cedo, mas como ele parecia meio caidinho fui com ele para o quarto e lá fiquei até ele pegar no sono.

Voltando para a sala, eu não tinha o que fazer.

O telefone da casa não funcionava, provavelmente pela falta de luz.

Usei meu celular para ligar para o restaurante que eu costumava pedir comida, mas o atendente disse que a cidade estava intransitável em vários pontos e eles estavam cancelando as entregas.

O aparelho vibrou e vi uma mensagem do Sr. Masen. Ou Edward.

Não me odeie. Não vou poder hoje.

O relógio dizia que eram quase 19h. Esme provavelmente não viria. Eu não teria como sair daquele apartamento no estado em que a cidade se encontrava naquele momento. Aliás, eu não conseguiria largar Anthony sozinho naquele apartamento escuro por nada.

Hoje eu diria ao Sr. Masen/Edward a verdade. Eu só esperava que ele mantivesse a mente aberta.

Fui checar Anthony e ele estava na mesma posição de quando eu deixara o quarto pela primeira vez.

Voltei para o sofá e fiquei ouvindo o barulho do vento, da chuva e dos trovões até que a porta finalmente se abriu.

Pela primeira vez, eu o vi como Edward. O fator estar fora da escola provavelmente ajudava.

Edward entrou esbaforido e bateu a porta, jogando terno e pasta no chão enquanto a trancava.

– Anthony? – ele chamou, sua voz derramando toda ansiedade e desespero que ele devia estar sentindo.

– Ele está dormindo. – respondi e o silêncio tomou conta do ambiente.

Vi quando ele acendeu seu celular e usou a lanterna para iluminar o local onde eu estava.

– O que você está fazendo aqui? – Edward perguntou com a testa enrugada e, se eu fosse usar seu filho como base, me ver ali não fazia sentido algum em sua mente.

– Eu... – suspirei antes de continuar, sabendo que não tinha mais volta – Eu sou a babá do seu filho.

– Você... Você... – ele gaguejou provavelmente perdido em palavras e pensamentos, fazendo alguns momentos de silêncio nos quais eu podia praticamente ouvir meus batimentos acelerados, até que ele finalmente continuou – Você é a babá do meu filho?

– Isso. – confirmei sentindo que meu coração sairia pela boca.

– Você tem vindo à minha casa todos os dias, vem tendo contato com o meu filho todos os dias, vem tendo todo esse acesso à minha vida privada e nunca parou para me contar? – ele perguntou e percebi a raiva e a dureza em suas palavras.

– Eu posso explicar. – respondi rapidamente, tentando evitar que ele ficasse ainda mais bravo.

– Você sabia que era eu? – ele perguntou – O dono dessa casa, o pai dele, a pessoa cuja vida você vinha se intrometendo?

– No começo não! – respondi tentando contornar sua raiva.

– Quando você soube? – ele perguntou cortante.

– Eu não sabia! – comecei a explicar – Quando Sue me pediu para substituí-la eu nunca ia imaginar...

– Quando você soube? – ele perguntou novamente.

– Só depois que eu já estava aqui. – respondi.

– Você está aqui desde segunda! – ele praticamente uivou – Você está aqui há cinco dias!

– Eu tentei conversar com você e te contar, mas nós nunca... – falei não conseguindo mais ficar sentada.

– Como se você tivesse tentado o suficiente! – ele me cortou acusando – Você me achou perseguidor por ter pego seu telefone? Você pegou as chaves da minha casa! Que tipo de maluca psicopata você é?

– Não foi de propósito! – esclareci.

– Você passou todos os limites! – ele continuou como se eu não tivesse dito nada – Você invadiu a minha vida de todas as formas possíveis!

– Eu nunca imaginaria que Sue era a babá de Anthony, muito menos que você era o pai dele! – falei me aproximando, tentando fazê-lo entender de vez a situação.

Vi a postura dele mudar, como um animal que fora ameaçado e agora se tornava protetor com sua ninhada.

– Fique longe do meu filho. – ele falou pausadamente, entoando cada palavra – Eu não sei quem é você ou o que você queria, mas isso já passou de qualquer limite. Você vai sair daqui e nunca mais vai voltar a ter contato conosco.

– Como é? – perguntei incrédula – Você não só coloca toda a culpa em mim, mas também me chama de psicopata e me expulsa? Está caindo o dilúvio lá fora.

– Eu sei. – ele respondeu gélido – E eu não me importo.

Edward foi até a porta novamente, abriu-a e me deu passagem. Ainda fiquei o encarando por um momento, sem conseguir acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.

Sem ter alternativa, no entanto, me levantei e me encaminhei para a saída.

Em toda a minha vida eu nunca me havia me sentido tão humilhada e tão quebrada.


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Notas finais do capítulo

Sentiram a tensão do final?
O encontro foi como vocês esperavam?
Comentem e prometo escrever e postar o próximo o mais rápido possível! (próximo esse que provavelmente vai ser no ponto de vista do Edward...)
Beijinhos!



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