Next Stop, Happiness! escrita por Yukino Miyazawa


Capítulo 3
Terceira Parada


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de volta, antes da data prevista, se isso é bom ou ruim, ai é com vocês! Esse capitulo era para ser postado na sexta, mas não deu, sorry!!

Eu tinha uns comentários a fazer, mas eu conseguir a proeza de fechar a pagina do nyah duas vezes, isso mesmo, duas vezes, e esqueci o que tinha escrito, mas não devia ser nada importante se esqueci!!!

Erros? Já conhecem a cantilena não é?

Muito obrigada pelos comentários, sempre lindos!

Um ótimo domingo para todos vocês!!!

Bjos e boa leitura!!



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Daniel estacionou o carro em frente à sua casa e o olhou, ele estava se esforçando para não pergunta o que havia acontecido, e Niko agradecia a gentileza, não tinha animo ou vontade de dividir com ele esse pedaço da sua vida.

– Me diverti muito Niko... espero que possamos sair novamente.

– Eu também

Daniel sorriu e levantou a sobrancelha, pelo visto sua voz sairá tão desanimada quanto soou em seus ouvidos, o quão injusto era essa situação, no dia que tinha resolvido que Félix era apenas uma sombra do seu passado, que estava pronto para seguir em frente, ele se materializava na sua frente.

Quando o viu, suas mãos começaram a tremer, então seus braços e pernas, não demorou para sentir seu corpo inteiro tremendo. Estava furioso com sigo mesmo, acreditara que tinha total controle sobre seus sentimentos por Félix, mas bastara vê-lo por alguns segundos para ficar completamente desestabilizado.

– Niko tudo bem, se você não está pronto...

Não estava tudo bem! Niko pensou com raiva, a ideia de que era tão franco, ou esse amor tão forte, ao ponto de que sempre que a lembrança dele cruzasse a esquina suas emoções fossem alteradas o fez se inclinar em direção a Daniel, sua boca se chocando contra a dele, ele hesitou por um segundo, então correspondeu ao beijo, enquanto Niko tentava se convencer que podia e conseguiria transforma Félix apenas em uma lembrança distante e vaga, enquanto tentava expurga cada pedaço de dor, magoa e frustração por esse amor que não deu certo.

Quando separaram-se, Niko forçou um sorriso e agradeceu pela noite agradável, saindo do carro antes que Daniel pudesse nota o quão envergonhado se sentia por que enquanto o beijava tudo em que pensava era em Félix.

Assim que fechou a porta atrás de si, deixou as lágrimas caírem sentindo-se decepcionado e infeliz.

Quando conseguiria arrancar esse amor do seu coração?

–-----

– Quem são Paloma e Bruno?

Renan moveu seus olhos de um lado a outro como se procurasse um lugar onde fixa-lo, com um suspiro ele voltou a olha-lo cuidadosamente como se o examinasse.

– Ela é uma medica do hospital.

– Você tem algum sentimento por ela?

– O que?! - Renan exclamou surpreso - Não! Por que pensou isso?

– Você está ai todo tenso, parece que engoliu um abacaxi pelo cabo - Félix riu, então balançou a cabeça fazendo uma careta.

– O que foi? Dor de cabeça?

– Apenas aquela sensação de novo - disse rindo da expressão preocupada do amigo - Tem algum parque aqui próximo? - perguntou tentando mudar de assunto - Quero correr...

Não gostava de falar sobre essas sensações que o atingiam quando menos esperava, uma palavra, um som, um gosto... pequenos farelos de suas lembranças, no início era frustrante não conseguir nomear ou encaixar essas sensações, mas aprendera a lida com elas junto com todo o resto.

– O Ibirapuera não está longe... mas tem um parque a três quadras daqui.

– Ótimo, você vai ao hospital? - perguntou passando por Renan, indo em direção a cozinha, não precisou olhar para trás para saber que o amigo o seguia.

– Sim, tenho pacientes agendados, mas a tarde estou livre. Quero conversa, saber quais são seus planos.

– Meus planos? - Félix riu abrindo a geladeira -Tudo bem Renan, colocarei você a par dos meus planos, mas antes de você vir para casa passe no supermercado, após ter meu cérebro aberto e revirado e sobreviver, não posso morrer por falta de comida, seria o apocalipse.

–--------

Félix corria, tentando se livra dos vestígios do pesadelo, não conseguia lembra-se deles quando acordava, apenas fragmentos desconexos e confusos, onde a parte essencial do sonho estava faltando, rostos, nomes, onde e porquê.

E de todas as sensações que sentia, havia uma que se sobressaia sobre as outras, e que por muitas vezes o fizera se enrolar como uma bola e chora como uma criança com medo do escuro, demorou a encontrar o nome dado a essa sensação, saudade.

Saber o que sentia não o ajudou, ao contrário, quase o enlouqueceu com as perguntas sem respostas. Renan e André ajudaram com as respostas básicas, e foi suficiente por um tempo, tinha coisas mais importantes com que se preocupar, do que não se lembrar com quantos anos tinha perdido a virgindade. Quanto mais melhorava, mais os pesadelos se intensificavam, e a necessidade de desbrava a escuridão que sua mente se encontrava ficava mais urgente.

Podia pedir ajuda a Renan, ele não se negaria, mas como explicaria? Se nem mesmo sabia o que buscava.

O que eu esqueci? Quem eu esqueci?

Quem me esqueceu?

Frustrado Félix aumentou o ritmo da corrida tentando manter a frustração longe, deu voltas no parque até que seu corpo começou a reclamar, especificamente seu estômago, não havia comido nada além do café que Renan preparar. Foi diminuído o ritmo, quando chegou a saída do parque estava fazendo uma leve caminhada, tomaria um banho, depois descobriria um bom lugar onde pudesse tomar um bom café da manhã.

–----------

Félix olhava o celular sobre a mesa do pequeno café que tinha escolhido para fazer seu desjejum, não o tinha ligado desde Boston, e a ideia de liga-lo, e recebe uma enxurrada de mensagens de André, o faziam querer jogar o aparelho no cesto de lixo mais próximo. Adiando a decisão por enquanto, observou as pessoas que passavam, mesmo àquela hora o shopping estava lotando, com pessoas carregando sacolas de compras.

Se perguntava se já estivera antes nesse lugar, nada lhe parecia familiar, ou lhe causara uma sensação estranha, as pessoas que passavam diante dos seus olhos eram sem graça e desinteressantes. Com um suspiro, pegou a xícara de café sobre a mesa, mas parou no meio do caminho até a boca.

Sentiu seu cérebro debate-se, enquanto seus olhos se fixavam nele, sem percebe abriu um sorriso enorme. Como uma corda o puxando levantou-se, quando ele sumiu do seu campo de visão, o que fez seu estômago se retorce.

Seus olhos passearam pelas pessoas o buscando, seus pés se movendo quase que automaticamente. Ele estava nas escadas rolantes, com passos rápidos e desviando das pessoas que se colocavam a sua frente, ficou a uma pequena distância dele, em alguns momentos tão perto que se esticasse o braço roçaria os dedos nele.

Parou quando ele entrou no restaurante.

Félix fez uma careta, não gostava de comida japonesa, a primeira vez após a cirurgia, que foi provar um prato, assim que sentiu o cheiro, ficou zonzo, sua cabeça começou a lateja com pontadas que o fizeram se dobrar de dor, por isso acreditava que em algum momento de sua outra vida, teve uma experiência não muito agradável com a culinária nipônica.

Ele devia trabalha no restaurante, por que ainda era muito cedo, a não ser que ele gostasse de um café da manhã a base de sushi. Félix sentou-se em um banco próximo olhando o restaurante.

Não se considerava uma pessoa normal, não depois de tudo pelo que passará. Mas stalkear pessoas com certeza estava no topo de sua lista de anormalidades, sua mente sempre tentava adverti-lo que estava cometendo um erro sem tamanho, mas o pensamento sempre se perdia em meio a inexplicável sensação de que precisava seguir a pessoa, durante um momento de horror chegou a pensar que era um serial killer, mas a ideia foi descartada com alivio, não sentia nenhum impulso de fazer mal, e depois de observar por alguns instantes o estranho a sensação sumia dando lugar a decepção, como se aquela pessoa não fosse quem procurava.

Geralmente eram homens de olhos verdes, então um dia tudo mudou o fazendo quase se mete em uma grande encrenca, o garoto não devia ter mais que cinco anos, loiro de olhos verdes, estava correndo em um parque quando o viu, foi rápido ao inventar uma mentira, dizendo que tinha perdido seu filho da mesma idade, o que o tirou da enrascada de está observando persistentemente uma criança, a mentira o encheu de tristeza. Seus olhos pareciam busca alguém, mas não havia um padrão, um garoto andando de skate, um garoto negro, uma menina de sorriso fácil... mas sempre voltava para o homem de olhos verdes.

Questionou André e Renan sobre sua vida amorosa, eles não precisaram lhe contar o que fazia seu corpo reagir, de alguma forma sabia, mas foram evasivos sobre seus romances, contando apenas que sempre foi muito discreto e por isso não havia muito a se contar.

Félix bocejou sentindo-se cansado, ficaria nesse banco por um tempo esperando a sensação passar, como sempre passava, dando lugar ao vazio que já estava tão acostumado a sentir.

–-----------

Niko olhou o relógio, não demoraria para Daniel chegar, e não sabia o que faria na presença dele após sua atitude na noite anterior. Não queria enche-lo de esperanças, não queria se encher de esperança de que podia embarca em um relacionamento apenas para descobrir que o bote estava furado por balas de canhões com o nome Félix Khoury neles.

Uma voz o alertou, estava desistindo antes de tentar, como tinha feito com todos os outros que tentaram se aproximar antes de Daniel, ainda está esperando que ele volte e diga que cometeu um erro ao termina com você? A mesma voz perguntou com uma perversa satisfação.

O quanto havia de verdade nisso, o quanto de si ainda esperava que ele voltasse? Niko recostou-se em sua poltrona no pequeno escritório, admitindo a si mesmo que mais do que gostaria. E se um dia ele voltasse? Entrasse no restaurante e dissesse, oi Niko, tudo bem? É bom te ver! O que faria?

Niko ficou de pé afastando-se de sua mesa, não devia se tortura com perguntas das quais nunca teria a resposta, ele estava muito longe. Chegara a conclusão de que sua mente lhe pregara uma peça, criando a imagem dele, para que não pudesse ir para a cama com Daniel apenas por raiva, e quando pensava nisso a fundo era até grato por ter acontecido, se não estava pronto o melhor era ir com calma.

Sentindo-se sufocando, resolveu dar uma voltar, precisava acalmar suas emoções, para que quando Daniel chegasse pudesse ter uma conversa franca com ele.

Quando encontrou Edgar no salão, informou que daria uma volta e que não demoraria, estavam quase no fim da manhã o movimento ainda era fraco, poderia dá uma volta pelo shopping distrair sua cabeça e voltar para o horário de almoço.

Niko saiu do restaurante ainda concentrado em seus pensamentos, alheio a tudo a sua voltar, mas seu olhar periférico captou algo, e o déjà vu foi tão forte que quase o derrubou.

Félix?

Ele estava sentando no banco, no mesmo banco que o encontrou no que parecia agora milhares de anos atrás, dormindo na mesma posição, seu queixo encostado no peito, as mãos dobradas sobre seu colo, oscilando instavelmente de um lado a outro.

Niko fechou os olhos com força, era uma criação da sua mente, não foram poucas as vezes que ao passar por esse banco o imaginou sentado nele, o esperando, mas quando se aproximava era apenas uma ilusão, ou um estranho no qual o tinha projetado. Quando abrisse os olhos não haveria ninguém.

Niko abriu os olhos.

Félix ainda dormia no banco.

Com passos incertos se aproximou, se ajoelhando na frente dele para pode ver seu rosto. O rosto que invadia seus pensamentos diariamente, por mais esforço que fizesse. As lágrimas vieram sem sua permissão, provavelmente estava chamando a atenção das pessoas que passavam, mas tudo que conseguia se focar era nele, ali na sua frente.

Limpando as lágrimas aproximou seu rosto do dele, tão perto que seus narizes quase se tocavam, ele ressonava tranquilamente, com as mãos tremendo roçou a ponta dos seus dedos na bochecha dele, o que fez os cantos da boca dele se mexerem formando um quase sorriso.

Niko prendeu a respiração quando os cílios dele vibraram, as pálpebras subindo, seus olhos colidindo contra os dele.

– Oi

A voz dele estava rouca, e causou um arrepio que atravessou todo seu corpo. Ele sorriu, então fez uma careta, seu rosto se contorcendo em agonia, ele ofegou, seus olhos revirando e se fechando, o corpo amolecendo e tombando para frente, caindo nos braços de Niko.

Niko precisou de um segundo para entender o que tinha acontecido, algumas pessoas começavam a se aproximar, não demoraria para ter uma multidão de curiosos a sua voltar.

– NIko? - um par de pernas surgiu na sua frente, ao levantar os olhos viu que era Daniel, o olhando com inegável surpresa.

– Ele desmaiou - disse como se ao dize-lo toda a situação fizesse mais sentindo em sua cabeça, Daniel pegou o celular, pronto para chamar uma ambulância, dois guardas apareceram empurrando os curiosos para se aproximar. Eles olharam a multidão que se formava, um deles se abaixou e segurou no pulso de Félix, sentindo os batimentos cardíacos.

– Acho melhor levamos ele para o posto médico que tem aqui no shopping.

– Mas não é perigoso mover ele? - Niko perguntou, instintivamente puxando Félix para mais perto.

– Ele parece bem, talvez tenha sido uma queda de pressão, é melhor tirarmos ele daqui.

Niko hesitou, mas afrouxou o aperto em voltar de Félix, deixando os guardas o tirarem dos seus braços, e assim que o fizeram se pôs de pé pronto para segui-los, onde quer que fossem leva-lo.

O posto médico do shopping era uma pequena sala com uma maca e algumas cadeiras, sobre uma mesa de canto havia alguns objetos, Niko reconheceu o medido de pressão e o desfibrilador.

Niko deixou seus olhos passearem pelo rosto dele em busca do que poderia ter mudado nesse tempo que ficaram longe um do outro. Ele já não usava a franja meio de lado, seu cabelo estava curto demais para isso, sua pele estava um pouco mais branca do que se lembrava, como se onde ele estivesse o sol não saísse com regularidade, estava um pouco mais magro, mas também mais firme, como se ele tivesse criado o habito de se exercitar.

– Sentir tanto sua falta - sussurrou tristemente, e antes que pudesse se conter segurou a mão dele entre as suas, elas estavam quentes e macias. Uma voz o alertou que estava sendo um tolo, que quando ele acordasse iria embora, e dessa vez talvez fosse para sempre.

Niko apertou a mão que segurava com mais força, como se assim pudesse impedi-lo de partir, as lágrimas deslizando por suas bochechas, soltou a mão de dele, não sem relutância, limpou as lágrimas, quando ouviu passos se aproximando.

– Niko - Daniel parou do seu lado o olhando com atenção - Você está bem?

– Sim, por que não estaria?

– Se um estranho desmaia-se nos meus braços, eu estaria um pouco agitado.

Niko riu, um estranho hein?

– Estou bem Daniel...

– Vamos voltar para o restaurante Niko, não a mais nada que possamos fazer, os guardas estão esperando a chegada de alguém do administrativo, para revisar os bolsos dele e ligar para um parente...

– O que? - Niko olhou Daniel nos olhos - ainda não ligaram para a família dele?

– Eles disseram que não podiam mexer nas coisas dele, sem autorização...

Daniel se calou, o olhando espantado quando enfiou a mão dentro do bolso do paletó que Félix usava, tirando uma carteira e um celular.

– O celular está desligado - ele disse entregando-o para Daniel, a carteira pesava em sua mão, não sabia o que podia encontrar nela, algo que quebraria novamente seu coração.

Mas antes que Niko pudesse se decidir, Daniel havia ligado o celular e ele começará a tocar.

– Atendo?

– Não, eu atendo - Daniel entregou o aparelho na mão estendida de Niko, que respirou fundo e atendeu, mas não teve tempo de falar nada, pois uma voz furiosa o impediu.

– Você diz que não gosta de ser tratado como criança, mas age como uma Félix! Como você pode ter ido embora assim, sem dizer adeus... e ainda se recusar a falar comigo, eu disse a você que poderíamos voltar juntos, eu só precisava de um tempo...

– Desculpa, mas não é o Félix - Niko interrompeu, apertando o celular com força contra seu ouvido.

– Quem está falando? Quem é você? Me deixa falar com o Félix! – a voz exigiu

– Ele não pode falar no momento... ele desmaiou...

– Desmaiou?! Ele ainda está desacordado?!

– Sim, mas parecer está bem...

– Não mexam nele, eu vou chamar alguém para busca-lo, onde vocês estão? Algum hospital?

Niko contou a ele onde estavam, com um agradecimento rápido ele desligou. Daniel o olhava com uma expressão atenta, por isso deu as costas a ele, se esforçando para não chorar. Esse estranho parecia conhecer Félix muito bem, pode identificar a irritação, e talvez uma pitada de ciúme, quando ele ouviu sua voz, e depois a preocupação quando contou sobre o desmaio.

Seja quem fosse, ele e Félix tinham uma relação intima.

– Vamos Daniel, alguém vai vim busca-lo.

Precisava se trancar em algum lugar e chorar, seus olhos o buscaram uma última vez, antes de sair da sala, escutava os passos de Daniel o seguindo, mas tudo que queria era correr e se trancar em seu escritório, um dos garçons tentou se pôr na sua frente quando entrou no restaurante, falando alguma coisa sobre Edgar, mas Niko se desviou e continuou sua caminhada. Assim que entrou em seu escritório, fechou a porta e apoiou suas costas nela, sua cabeça tombando enquanto as lágrimas caiam.

Sentindo suas pernas bambearem, puxou uma cadeira e sentou-se, tampando o rosto com as mãos, o que faria se Félix tivesse voltado para ficar? Ele pode ter voltado pelo casamento da Paloma! O que faria se precisasse cruzar com ele em vários momentos, e se ele estivesse acompanhando, o que faria?

Demorou a ouvir as batidas na porta, não queria falar com ninguém, não queria ver ninguém, queria chorar até que a dor que sentia diminui-se, por que sabia para seu desespero que ela nunca iria embora.

– Quero ficar sozinho...

– Niko abre a porta, é importante, é sobre o Edgar.

Niko pulou da cadeira, esquecendo momentaneamente seus problemas e abrindo a porta preocupado, seu rosto ainda molhado pelas lágrimas.

– O que aconteceu com Edgar?! - perguntou passando por Daniel, que segurou seu braço, o puxando de volta para a sala - Daniel, me soltar! Eu preciso...

– Edgar está bem! - ele disse soltando seu braço - Ele precisou sair, algum problema no apartamento dele.

Niko respirou aliviado.

– Preciso voltar para o restaurante...

– Niko, não precisa, não agora... Ivan está cuidado de tudo, ele dá contar. Você não está em condições de fazer nada - Daniel o estudou, sua expressão uma misto de calma e firmeza - O que aconteceu? Você conhece aquele homem?

– Eu não conheço ele! - gritou e recuou ao ouvir o desespero em sua voz.

Daniel o olhou com preocupação, ele tentou se aproximar, mas Niko indicou com a mão que ele mantivesse distância.

Precisava de um tempo para pôr suas emoções em ordem.

– Daniel eu preciso ficar sozinho, por favor...

– Não vou deixar você sozinho... e sofrendo, se não quer me contar o porquê de todo esse sofrimento, tudo bem, mas não me afaste Niko.

Daniel voltou a se aproximar, e dessa vez Niko se deixou abraçar. Desejando que os braços que estivessem a sua voltar fossem de Félix. Queria se repreender pelo pensamento, mas não tinha forças para isso.

Após alguns minutos Niko se desvencilhou dos braços dele, sentindo-se mais calmo.

– Desculpa, eu...

– Você não tem por que se desculpar... está se sentindo melhor? - Niko balançou a cabeça, tentando força um sorriso - Sei que não tenho o direito de me meter na sua vida, mas quero que você me considere um amigo, você carrega uma tristeza muito grande, eu não sei por que ou por quem... mas você pode confiar em mim.

– Eu sei, eu confio em você... Daniel, eu amei muito uma pessoa, mas ele... - Niko suspirou, mas não precisou continuar, pois batidas na porta o interromperam, Daniel estava mais próximo e a abriu.

– Seu Niko - o garçom olhou de Daniel para Niko - Tem alguém que quer falar com o senhor.

– Diga que o Niko está ocupado, que não pode atende-lo.

– Eu já disse, mas ele insistir. Disse que não vai embora enquanto não falar com seu Niko.

– Antônio, quem quer falar comigo?

– Ele disse que é o homem que desmaiou... que se chama Félix.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo mais tarda na sexta feira!!



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