Eight escrita por Thierry Mitsuhide


Capítulo 11
Across the River


Notas iniciais do capítulo

Afogue-se em suas memórias...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/594318/chapter/11

FlashBack ON:

Alex tentava dormir dentro do carro, mas Charlie não deixava. Estava tão eufórico por fazer seis anos. Mas Alex não se importava. Quando Alex fez seis anos, ele não teve festa. Por que Charlie podia ter?

A viagem até a casa do avô dele parecia durar uma eternidade, mas Alex estava mesmo querendo vê-lo, já que ele morava numa cidade vizinha e era bem raro eles irem até lá.

Quando chegaram, Charlie quase derrubou Alex para sair logo do carro. Alex estava achando tudo aquilo muito chato, exceto a visita até a casa de seu avô. Como o velho morava mais distante um pouco da cidade, sua casa era envolta de uma gigante floresta.

Como iriam fazer a festa de seis anos de Charlie lá, iluminaram bastante a casa. Alex esperou Charlie descer do carro, para poder descer também. Caramba, ele estava com onze anos e nunca tinha ganhado uma festa. Talvez ele estivesse com um pouco de inveja do seu irmão, mas porque ele tinha que ser especial?

Alex foi rápido em direção ao seu avô, o abraçando e gritando:

_VOVÔ CARLOS!!!!!!!!!!!!!! Que saudade!!!!

_Oi meu netinho preferido! Oi, Charlie!

Talvez Alex gostasse tanto assim do avô porque ele preferia ele ao invés de Charlie.

Alex sentou numa cadeira ali perto. Ele se sentia estranho.

Os parentes deles começaram a chegar e ajudaram no resto da decoração da casa. Charlie não parava quieto: gritava, pulava e estourava balões.

A festa nem havia começado e Alex já estava querendo ir embora. Até que os amigos da família e os coleguinhas de Charlie chegaram.

No meio de tantas crianças pequenas, havia chegado uma família um tanto "nova" para Alex.

Eles chegaram, eram quatro pessoas: A mãe, que se chamava Helena. O pai, com o nome de George e dois filhos.

Um pequeno, da idade de Charlie, seu nome era Albert, mas gostava de ser chamado de Peanut. E havia a filha mais velha. Ela era um ano mais nova que Alex.

Lucie. Este era seu nome. Pela primeira vez Alex olhava para uma garota e sentia algo especial.

Durante a festa ele até que tentou puxar papo com ela, mas ela estava muito estressada e somente o respondia com grosserias.

Depois de algum tempo, ele desistiu e foi para a cozinha conversar com Carlos:

_Quero ir embora! - Alex resmunga.

Carlos olha para os lados, verifica se não tem ninguém perto. Ele chega bem perto de Alex e sussurra:

_Isso tudo irá acabar quando ele vier... Para te buscar!

_Como assim vovô?? Me buscar? Quem?

_Quando chegar a hora, você saberá! Por que não vai passear na floresta agora?

_T-tudo bem. - Alex se afastou, com medo e ao mesmo tempo curioso.

Ele saiu da varanda da casa, onde todos se localizavam, e foi em direção à floresta. Sentou-se no pé de uma árvore e começou a pensar.

Dez minutos depois, ele estava quase dormindo. Mas ele se lembrou das palavras sinistras que o seu avô havia dito.

"Me buscar? Quem vai vir me buscar? O que vovô Carlos queria me dizer?"

Ao ouvir um barulho um pouco a frente, Alex se levantou e chegou um pouco mais perto.

O barulho ficava mais alto a medida que Alex se aproximava. Estava atrás de alguns arbustos. Estava um barulho bem alto, algo como água.

Ao segurar os arbustos e puxar, Alex se surpreendeu com um rio, que ali perto, corria bem forte. Era visível que o rio era muito fundo, então Alex nem resolveu chegar muito perto.

Ele voltou e se sentou novamente na árvore.

Quando ia caindo no sono, alguém o empurrou com muita força. Alex se levantou bem rápido, ainda com sono, e olhou para trás.

Com certeza era Charlie, fazendo uma de suas brincadeiras de mau gosto. Alex resolveu voltar para a casa. Quando estava chegando, viu Lucie derramar o copo com refrigerante.

Rapidamente ele se favoreceu e foi buscar um refrigerante para a garota. Abriu a porta da dispensa, e estava pegando uma Coca-Cola, mas a porta se fechou sozinha.

Quando ele tentou abri-la, alguém estava a segurando, pois Alex conseguia ver sombra de pés por debaixo da porta.

Alex tentou muito abrir a porta. Começou a gritar:

_CHARLIE! QUE PORRA, ABRE ISSO AGORA! QUANDO EU SAIR VOCÊ VAI SE ARREPENDER, ESTÁ ME OUVINDO??!

Mas não adiantava. Ele não conseguia sair.

Alex começou a entrar em desespero, e começou a gritar por ajuda incontrolavelmente.

Após algum tempo gritando, a porta se abriu e Alex foi correndo na direção da mãe, chorando.

_O que aconteceu filho?? - Susan perguntou preocupada.

_Charlie-e, mãe! Desde que chegamos ele está me infernizando! Quero ir embora! Agora!

Charlie se aproximou e disse, sorrindo:

_Hahahaha! Você está chorando?? E depois me apelida de crianção! - Ele começa a rir.

Susan olha para Charlie e diz:

_Charlie, você não consegue ficar um minuto sequer sem tentar aparecer? Você está fazendo seis anos e está pior que uma criança de três! Saiba que esta é sua primeira e última festa! Você passou dos limites!!!

_Mas, não fui eu! Eu.... eu juro que não fiz nada com ele... - Charlie contesta.

_SILÊNCIO! Já disse! - Susan, estressada.

Susan sussurra algo com o marido, antes de ligar o carro e partir, com Alex.

Alex estava sentado, já mais calmo.

Ao ficar observando a janela, ele viu um homem, bem de longe. Ele não tinha rosto, mas Alex simplesmente pensou que era por causa da velocidade do carro.

Ele também nem se importou muito com aquilo. Naquele momento ele só estava com ódio de Charlie. Muito ódio.

FlashBack OFF:

Alex acordou na beirada de uma rocha. Estava totalmente ensopado. As águas daquele rio gelado ainda batiam nas suas pernas.

Alex não sabia como não tinha morrido. Ele se levantou lentamente. E foi mancando para longe daquele rio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eight" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.