The Name Is Stella Stilinski. escrita por buckyonce


Capítulo 8
VIII - Reaction.


Notas iniciais do capítulo

E depois de mais de 10 dias sem atualizar, ela volta!
EEEEEEEEEEEEEEHHH QUEM SENTIU SAUDADES?!
Ninguém?! Affs, gente.
Se vocês estão zangados comigo por causa do "break up" do capítulo passado, vão passar a me odiar nesse! o_o
Não digam que eu não avisei, porque foi dito desde o caps passado!!!
Enfim...
Enjoy!



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Desabafar nunca havia sido um de meus fortes. Sempre fora meio retraído, na minha, e quase não compartilhava meus segredos. Scott sempre foi a pessoa que eu recorria, apesar de que a escolha mais sensata fosse o meu pai. Só que agora, nesse momento, eu sabia que só ele podia me ajudar.

E era assim que nos encontrávamos: Eu estava em um lado do sofá e ele no outro. Minhas pernas estavam em cima das dele, enquanto uma grossa manta de lã vermelha me cobria dos pés a cabeça. Chovia forte lá fora, por isso o ambiente estava muito frio e eu havia insistido em tomar chocolate quente enquanto comia sorvete. Loucura? Pode-se dizer que sim.

Na televisão, Star Wars passava, mas eu nem prestava atenção, meu foco voltado ao enorme pote tamanho extragrande de sorvete de chocolate com pedaços de biscoito que meu pai havia comprado no caminho de casa. A caneca de chocolate jazia na mesinha de centro, assim como o prato onde eu havia posto as batatas-fritas que ele havia trazido, os dois vazios.

–- Então... – Meu pai começou e eu dei mais uma colherada gigante no sorvete. – Quer me contar agora o motivo disso tudo?

Paralisei por um tempinho, o suficiente para pensar em alguma desculpa, e só me veio três alternativas:

A – Permanecer calado e comendo.

2 – Dizer tudo e já preparar meu vestido preto para o funeral de Derek.

III – Me fingir de dissimulado e dizer um “hã?”, como quem não quer nada.

Analisei tudo atentamente no meu cérebro e decidi, logo, a resposta.

–- Hã? O que disse? – Respondi, com a boca toda melada de marrom-claro.

Meu pai me lançou aquele típico olhar de “criança, é melhor me falar logo o que está acontecendo” e eu sabia que ele sabia que eu logo iria me entregar.

–- Tá bom. Você venceu. – Bufei e larguei a colher no sorvete, afundando ela com o gesto brusco. Legal. – Foi Derek.

–- O que aquele filho da mãe fez? – Ele perguntou, com a maior naturalidade do mundo, e eu me senti meio “traído” com sua reação. Era pra ele estar fumegante, arrancando os cabelos e preparando a arma para atirar no lobisomem, mas seus pés continuavam debaixo dos meus e sua caneca de café ainda estava em sua mão, o que só podia significar que: ou meu pai e Derek estavam em uma linda e bela aliança ou o lobo já havia feito isso comigo antes e eu, tolo (ou melhor - tola), dei mais uma chance (talvez chances) para ele, e isso explicaria melhor a expressão relaxada que meu pai ainda tinha.

–- Não sei se seria bom eu lhe contar. – Se meu pai apenas pensasse que o cara que deveria ser meu namorado havia me chamado de “vadia”, eu tenho certeza que – ao menos – uma veia na sua testa explodiria e eu não estava disposto a ir para dois enterros.

–- Ah, mas você vai me contar! Porque, há muito tempo, eu estou esperando a oportunidade perfeita para estrear as minhas balas com wolfsbane e não tem coisa melhor que testá-las no cara que acabou de quebrar o coração da minha filha adolescente. – Ele respondeu e deu um sorrisinho no final. Se eu tinha alguma dúvida da origem do meu famoso “Sarcasmo Stilinski”, a dúvida havia acabado de passar.

–- Violência não vai levar a nada. – Retruquei.

–- Vai sim! Á minha vingança... E sangue. Muito sangue.

–- Ok, pai. Sério, você está começando a me assustar. – Levantei-me e levei as xícaras e os pratos, além do potão de sorvete. – Derek só... Ele me chamou...

–- Do que ele chamou você, Stella?

Fiquei calado e ele segurou forte meu braço, antes que eu pudesse me virar e correr para a cozinha.

–- Stzevsllania Elizabeth Stilinski, me diga agora do que ele te chamou.

–- Ele me chamou de vadia, pai.

Vi a tal veia na testa saltar quatro vezes e esperei o provável infarto do meu pai, mas não foi bem isso que aconteceu. Antes que me desse conta, ele já havia se levantado e estava procurando a velha espingarda de caça que deixava “escondida” no armário velho da cozinha. Corri para lá e me joguei contra o armário, bloqueando o seu alcance.

–- Nem pense nisso. – Sibilei e soprei o cabelo que havia caído em meu rosto.

–- Stella, sai da frente. Aquele imbecil não tem nenhum direito de chamar a MINHA FILHA de vadia! E na cara dela, ainda por cima.

–- Pai, é sério. – Ele tentou me tirar do caminho, mas eu me segurava no armário com tanta força que sabia que os nós de meus dedos já estavam brancos. – Não faz isso.

–- Como você... Como você consegue ainda defendê-lo mesmo depois do que ele fez com você? Ele terminou com você, foi atrás de você naquela maldita escola e ainda teve a cara de pau de te ofender!

–- Acha que eu não sei disso? Que eu não me lembro do que ele está me fazendo passar? A culpa não é minha de amar esse... esse... Merda, eu nem consigo xingar ele, pai! – Á essa altura, as lágrimas já rolavam há muito tempo em meu rosto e, com apenas um abrir de braços do meu pai, me joguei contra ele, abraçando-o com toda a força que ainda me restava. – Pai...

–- Shiu... – Ele tentava me reconfortar, passando a mão em meus cabelos e nos ajoelhando no chão da cozinha. – Está tudo bem, filha.

–- Não, pai. Não está tudo bem. Eu não consigo querer mal para o cara que me fez mal. Eu deveria estar odiando ele nesse exato momento, amaldiçoando até a sétima geração dele, mas eu não consigo! Não dá! Não posso! O que é isso, pai?

–- Isso é amor, filha. Você o ama e, quando se ama alguém, algo ruim é o que menos queremos que essa pessoa tenha.

–- Então faz parar, pai. Faz parar antes que eu enlouqueça. Eu não quero mais amar o Derek, não com esse amor louco e doentio que só me faz mal.

Ele respirou fundo, bem na pele do meu pescoço, e nos afastou, pondo as duas mãos em meu rosto.

–- Eu queria muito te ajudar nisso, mas sabe que eu não posso. Tem certas coisas que nem os pais conseguem resolver para os seus filhos.

–- Mas você iria matá-lo.

–- E iria fazer diferença? Você iria para de amá-lo caso eu o matasse?

A resposta estava clara, até mesmo para mim.

–- Não, eu não pararia.

–- O máximo que eu posso fazer agora é dar um conselho. Aceita uma singela palavra desse velho xerife?

–- Claro. – Ri um pouco e sequei os rastros molhados em meu rosto. – O que quiser, pai.

–- Vá dormir, porque amanhã é um novo dia. E novos dias existem para que novas decisões sejam feitas.

Assenti e levantei, junto com ele. Limpei a poeira em meus joelhos e dei um beijo em seu rosto, antes de subir as escadas, atravessar o corredor, entrar em meu quarto e jogar-me em minha cama, esperando que esse novo dia chegasse logo.

*

Ao descer do Jeep na ensolarada manhã de hoje, eu não fazia ideia do que esperar na escola. Céus, eu nem sabia por qual motivo eu tinha vindo para cá. Meu pai tinha me dado bandeira branca para faltar se eu quisesse. Eu poderia, nesse momento, estar em casa, comendo horrores e assistindo todos os filmes do mundo, mas não... A “aluna exemplar” interior que eu tinha não havia colaborado hoje.

Avistei Lydia e Allison no fim do corredor e acenei para elas do meu armário. Estranhei não ver Scott ao lado de Allison, mas deixei passar. O sinal tocou e eu ainda não havia pego o meu livro de História, por isso comecei a procurar quando algo tocou meu ombro e eu me virei para ver o que era.

–- Com licença... – A voz baixa e rouca do cara a minha frente ribombou em meus ossos e eu parei, por alguns segundos. – Sabe dizer onde é a sala... 315?

–- Hã? – Legal, Stiles. A primeira impressão que dá pra esse cara é a de que é um maluco sem noção. Muito bem.

–- A sala 315? – Ele repetiu e sorriu de lado, fazendo com que uma covinha aparecesse no meio de sua bochecha barbuda. – Sabe onde fica?

–- Ah, claro. – Afugentei todo e qualquer pensamento que tinha sobre aquela barba e foquei na pergunta. – Seguindo direto, você dobra á esquerda. Aí você vai passar três corredores, vai dobrar á esquerda de novo, dobrar à direita e entrar na quarta porta da direita. Entendeu?

–- Não. – Ele respondeu e eu acabei sorrindo, meio sem querer meio querendo. – Pode me levar até lá?

–- Claro. – Pus o livro dentro da bolsa e fechei o armário com uma mão, enquanto estendia a outra. – Stella Stilinski. E você é...?

–- James. James Harper. – Ele apertou rapidamente, porém firme, e ajeitou o copo de café que trazia consigo. – Acabei de me mudar para Beacon Hills, por isso não sei onde são as aulas e também me atrasei. Céus, eu te atrasei também! Me desculpa, eu só queria...

–- Não, calma! – Sorri e ele acompanhou. – Uma aula perdida não faz mal a ninguém, além disso, é do Harris e aquele homem não vai com a minha cara de qualquer forma então... – Nem terminei e ele voltou á rir. Ou eu estava sendo muito engraçado, o que eu sabia que não era verdade, ou esse cara estava rindo de propósito. – Vem, vamos por aqui! – Falei e acabei puxando a mão que segurava café, fazendo com que ele perdesse o equilíbrio do copo e derramasse tudo na minha blusa.

–- Ai, Deus... Me desculpa! Eu não... Desculpa, sério, foi sem querer...

Levantei um dedo no ar e ele se calou. Respirei fundo e comecei a caminhar, fazendo um gesto para que ele me acompanhasse. Quando chegamos á sala de “Achados e Perdidos”, ele arqueou uma sobrancelha, porém ficou calado.

–- Fique de olho na porta, ok? – Perguntei e ele assentiu enquanto eu entrava na sala e começava a vasculhar uma blusa ou moletom que me cobrisse o suficiente e não me deixasse com cheiro de café com leite. Por sorte, havia um moletom de algum jogador do time de lacrosse da escola lá, grande e fedido o suficiente para que enganasse as pessoas, e eu me apressei em vesti-lo. Quando arranquei a blusa ensopada de meu corpo, pude ver – pela visão periférica – que ele me observava e eu não pude deixar de ficar constrangida e horrorizada com a atitude, por isso chutei a porta e ela se fechou com um estrondo. Assim que terminei de me vestir, saí da sala e James olhava algo no celular, claramente esquecendo assim que me viu.

–- Eu não quis ver, foi reflexo.

–- Assim como essa resposta?

Ele manteve-se calado e eu revirei os olhos, pegando minha bolsa de suas mãos e pondo-a em meus ombros.

–- Vamos, sua aula começa em quinze minutos.

*

–- Quem é aquele cara? - Lydia perguntou assim que sentei na nossa mesa habitual de almoço. Hoje, havia decidido comer algo por isso a bandeja que trazia estava cheia, com: sanduíche, fruta, suco, leite e um chocolate que estava dentro da minha bolsa. – Stella, como quer continuar entrando em saias comendo desse jeito?

–- Do mesmo jeito que fazia há dezoito anos atrás: Não usando. – Forcei um sorriso amarelo e dei uma grande mastigada no meu sanduíche.

–- Já viram o garoto novo? – Scott falou assim que sentou-se, com Allison. – Dizem que ele é de Washington.

–- Pois me disseram que ele era de Detroit. – Allison falou.

–- Eu soube que ele é do Texas e veio pra cá porque o pai e a mãe separaram. A mãe dele é a nova juíza local da cidade. – Jackson disse enquanto comia um pretzel de uma vez. Erica revirou os olhos e deu uma grande mordida em sua maçã.

–- Ele é de Nova York, tem 20 anos, dois irmãos mais novos, pais separados, vive com a mãe aqui já que ela foi mudada de departamento e é alérgico á gatos. – Falei enquanto retirava a alface do meu sanduíche apenas para ser fuzilado por sete pares de olhos. – O que foi? – Olhei para trás e vi que James se aproximava. Ah, não. Onde é que existem buracos para a China quando se precisam deles?

–- Oi, Stella. – Ele me cumprimentou, sorrindo, e eu sorri junto. Ok, Stiles, pare de sorrir.

–- Oi, James. – Respondi e senti um aperto na minha coxa. Lydia. – Ok, James, esses são Lydia, Jackson, Scott, Allison, Isaac, Erica e Boyd. Meus amigos. – Apontei para cada um deles e cada um deu um “oizinho” com a mão enquanto eu indicava quem era quem.

–- Oi pra vocês também. Stella, posso falar com você por um minuto?

–- Claro. – Respondi e peguei minha bolsa e o sanduíche. Lydia segurou meu braço e fez aquele sinal de “estou de olho em você” com os dedos antes de me soltar e empurrar pra cima de James. – Vamos, James.

Começamos a caminhar e conversar um pouco enquanto eu comia meu sanduíche e ele devorava um saquinho de cookies. Achamos um banco desocupado e sentamos, pondo as mochilas no chão.

–- Por quê me chamou, James?

–- É a diretora. Aparentemente, eu estava um pouco “fora do contexto” na minha escola antiga e vou precisar de tutor para estudar nas próximas provas. Ela sugeriu que eu chamasse alguém que eu conhecesse, e eu só conheço você até agora.

–- Quer que eu te dê aulas de reforço?

–- Você falando assim parece patético... Nossa, isso é muito patético.

–- Só me diz o que “fora do contexto” quer dizer antes de eu tirar conclusões precipitadas.

–- Significa que eu sou burro e não sabia.

–- Ah, então eu não estava errada. – Ele riu e me empurrou de leve. – Ei, eu sou uma dama! Não se deve empurrar damas!

–- Desculpe-me, milady. – Ele fez uma reverência e foi minha vez de empurrá-lo. – E aí? Posso contar com sua ajuda?

–- Como sabe que eu não sou um desastre na escola?

–- Eu não sei, na verdade. Ela me deu uma lista e seu nome estava lá, logo atrás de uma garota...

–- Lydia. Essa era a garota.

–- Ah. Ela é tão inteligente assim?

–- Ela faz a lerdeza de Scott parecer um crime bárbaro contra a humanidade, então sim. – Rimos juntos e a campainha bateu. – Posso pensar um pouco a respeito desse convite?

–- Claro que pode. Eu até acharia melhor, porque aí posso falar com a minha mãe... Quem sabe ela não vem aqui, ameaça a diretora e eu volto para a minha vida de burrice em paz?

–- Se eu aceitar, posso cobrar honorários? – Brinquei.

–- O que você prefere: Cinema ou Jantar? Esses serão seus honorários. – Ele retrucou e eu estava pronto para responder, quando avistei um vulto conhecido na linha da margem da floresta. Eu sabia que Derek podia me ouvir, por isso, fiz questão de morder o lábio e sorrir antes de responder.

–- Eu aceito os dois. – Beijei a bochecha barbada de James e o abracei, antes de me despedir dele e sair de lá satisfeito com as reações que havia visto.


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Notas finais do capítulo

E LÁ VEM AS TRETAAAAAAAS!
Caralho, mano, sinto cheiro de chifre e não é da Stella!
Derek, amor, a casa caiu! (Baba, olha o que perdeu/Baba, criança cresceu)
Morrendo aqui com essa interação Stella/Sherriff e o lindo do James :3
Quem aqui amou o James tanto quanto eu? Ninguém? Então tá, né.
Vejo vocês depois, guys!
Amo vocês, bjos!



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