The Name Is Stella Stilinski. escrita por buckyonce


Capítulo 16
XVI - Visions.


Notas iniciais do capítulo

Então...
São mais de 3 da manhã e eu estou com sono, então sem mega notas iniciais! Sorry :(
P.S: Prestem BASTANTE atenção nas falas da Stella/Stiles, já que o capítulo é todo narrado no ponto de vista dela/dele.
Enjoy!



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Talvez fosse o tique taque do relógio.

Talvez fossem as gotas d’água que caíam na pia.

Talvez fosse a casa silenciosa, porém assim que James me beijou, eu acabei retesando.

— Você está bem? – Ele perguntou.

— Estou! Eu só... – Fechei meus olhos e respirei fundo. — Estou bem. – Sorri de canto e ele me acompanhou, pondo o nariz na base de minha clavícula e subindo. — O que está fazendo, James?

Ele continuou com aquilo e, mais uma vez, acabei me afastando dele e levantei.

— Stella, você está muito estranha.

— Eu só... Não faça mais isso, ok?

— Tudo bem. – Ele deu de ombro e eu assenti, virando para me ocupar com a louça suja na pia. — Trouxe uma surpresa pra você.

Deixei o prato que havia acabado de pegar cair na pia e o mesmo espirrou água pra todo canto com o impacto, encharcando minha blusa e parte do meu short. Merda.

— Merda. – Xinguei baixinho e voltei à encará-lo. — O que você disse, James?

Ele riu, um som meio baixo e acanhado, e caminhou em minha direção, parando à centímetros de mim e pondo os dois braços ao meu lado prendendo-me.

— Eu disse que tenho uma surpresa para a minha namorada. – Ele me deu um selinho e se afastou, tirando dois papéis retos do bolso interno da jaqueta. — Aqui está.

Peguei os papéis e verifiquei-os. Eram...

— Passagens de avião?

— Sim. – James confirmou, indo até a geladeira, abrindo-a, e tirando uma maçã de dentro. — Acabei de comprá-las.

— Ok... E o que eu quero com isso?

— Você é mesmo esquecida, né? – Ele deu uma grande mordida na maçã e voltou a encostar-se em mim, só que dessa vez ao meu lado. — Isso são os presentes de formatura que nossos pais combinaram, lembra? Estamos aguardando meses para eles nos deixarem ir para a Austrália.

— Austrália?

— Sim! – Nem notei quando ele pôs um dos braços ao redor de meu pescoço, minha atenção estava vidrada nas passagens em minha mão. — Stella?

— Sim? – Voltei meu olhar em sua direção e ele arqueou a sobrancelha.

— Ok, eu desisto. – James desencostou-se da bancada e começou à me puxar.

— Ei! Para onde está me levando?

— Bom, primeiro nós vamos à agência de viagens para combinar direitinho a viagem, depois vamos em casa porque minha mãe quer lhe dar um “presente especial” ou seja lá o que for e, por último, iremos ao shopping de Beacon Estates comprar algumas roupas, porque eu soube que faz calor nessa época do ano na Austrália.

Ele parou na porta de entrada e eu ainda estava parada na cozinha, de braços cruzados.

— Que foi? – Ele perguntou e eu arqueei uma sobrancelha. — Ah, que se dane! – James saiu e eu ri, jogando o avental longe e pegando os meus tênis perto da porta, sem antes pegar a bolsa tiracolo e checar que estava tudo lá. Carteira, identidade, chaves de casa, celular. Ótimo.

Fechei a porta de casa e, enquanto caminhava em direção ao Jeep, mandei uma mensagem ao meu pai explicando o que iria fazer. Assim que entrei no carro (do lado do motorista, óbvio), ele respondeu com um “Tenha cuidado!” e eu revirei os olhos.

— Então... Agência de viagens, certo? – Perguntei, por precaução, e James assentiu, mexendo no rádio. — Olha lá o que você vai fazer com meu Jeep...

— Acredite, eu não conseguiria machucar isso nem se quisesse. – Mal ele terminou de falar e eu pisei fundo no acelerador e, em seguida, no freio, fazendo com que ele quase virasse no banco. — STELLA!

— Nunca mais fale mal do meu bebê, se quiser viver. – Voltei a dar partida no carro e ele me deu língua, enquanto eu soltava um muxoxo e dava a ré, rumo ao minha primeira parada.

*

Paris.

Londres.

Tóquio.

Os pôsteres de diferentes cidades enfeitavam a pequena agência localizada no centro da cidade e, enquanto James cuidava dos últimos preparativos para a viagem, me vi perdida no meio de tantas paisagens.

De repente, uma me chamou a atenção.

Era um corredor enorme de prédios, todos colados um ao lado do outro. Havia neve no chão e era de noite, então todas as árvores estavam cobertas por pisca-piscas.

— Nova Iorque. – Murmurei e uma das atendentes sorriu para mim.

— Sim, essa é Nova Iorque. Você sabe que rua é essa?

— Eu acredito ser a Quinta Avenida. Estou certa? – Mais uma vez a atendente sorriu e apontou para um pequeno quadrado prateado no canto esquerdo inferior da tela, que dizia: “Quinta Avenida, Natal de 2009.”

— Muitas pessoas acabam confundindo com a Times Square, mas até que você respondeu rápido. Já foi para Nova Iorque?

— Não. Nunca.

— Bom, para alguém que nunca esteve lá, até que você está bem.

— Televisão... – Ri fraco e ela me acompanhou, saindo do meu encalço para atender um cliente que acabara de entrar. Voltei meus olhos para a tela e outra coisa prendeu meu olhar. Havia uma figura escura na imagem, no meio das pessoas. Curvei-me para ver melhor e eu quase pude ver...

— Stella. – James chamou, bem atrás de mim, e eu voltei à minha posição original. — Vamos?

Voltei meus olhos para a tela, mais uma vez, e suspirei.

— Claro. – Aceitei, de bom grado, a mão que ele me estendeu e decidi segui-lo, engolindo em seco ao pensar em como a figura do quadro havia desaparecido quando o olhei pela segunda vez.

*

Ao chegarmos à casa de James, um cheiro bom apossou-se do ar e meu estômago roncou. Já era mais de 10 horas quando eu e ele havíamos saído de casa e acabamos ficando quase 1 hora e meia na agência, então meu metabolismo não estava mentindo e a hora do almoço havia chegado.

James segurou na minha mão, mais uma vez, e aquele sentimento esquisito apareceu de novo. No entanto, antes que meu corpo fizesse algo fora do meu controle, a mãe de James apareceu na porta, limpando as mãos com um pano de prato.

— Meninos! – Carmen, a mãe de James, exclamou e veio até nós, dando um beijo estalado em cada uma de nossas bochechas. — Chegaram bem na hora do almoço! Belo timing, James.

— Eu avisei à senhora. – Ele a respondeu e ela riu, bagunçando o topete claramente arrumado do filho.

— Vamos comer, meninos. E, Stella, não precisa se envergonhar, ok?

Assenti, claramente enrubescida, e entramos na casa. Assim que pus o primeiro pé, um clarão iluminou minha vista e eu cambaleei e quase caí, se não fosse James que me segurava forte.

— James, eu...

— Shiu, fique quieta. – Ele proclamou e eu arrepiei-me com o que ele disse. — Você me disse que estava bem.

— E eu estou bem.

— Se estivesse bem, não tinha quase desmaiado bem na porta da minha casa. – Ele pressionou uma toalha molhada em minha testa e eu relaxei. — Me fala o que aconteceu.

— Eu só tive uma sensação estranha.

— Defina estranha.

— Eu não sei, James! Era estranha, o que quer que eu diga? Ai! – Ele pôs mais força na toalha e eu bufei. — Desculpa.

— Sem problema, Stel. É que... – Ele parou e largou a toalha na mesinha de centro da sala. — Eu me preocupo com você, ok? Todo dia e toda hora. E te ver quase arrebentando a cara no chão não é uma cena que quero presenciar, entende?

Afirmei com a cabeça e ele deu um meio-sorriso de lado, estendendo a mão e me puxando para cima assim que a segurei.

— Pronta para comer a gororoba de minha mãe?

Sorri e ele deu um beijo em minha mão.

— Prontíssima.

— MENINOS, AS ALMONDÊGAS NÃO SE COMEM SOZINHAS! VENHAM LOGO ANTES QUE ESFRIEM! – Carmen gritou da cozinha e nos apressamos para chegar lá.

*

Compras no shopping sozinha era uma coisa.

Compras no shopping com James e apenas James era uma coisa totalmente diferente da outra.

Já era fim de tarde quando saímos da casa dele (com as barrigas estufadas e uma nova caixa de camisinhas femininas e masculinas, que seria o tal “presente especial” da mãe de James) e ele dirigiu até Beacon Estates para podermos ir ao shopping de lá, que era maior e possuía mais opções.

Na primeira loja que paramos, fomos interceptados por vendedores entusiasmados e promoções e eu acabei sendo separada de James. A garota (ela não podia ter mais de 18 anos) que me atendia era loira e de olhos castanhos e uma sensação nostálgica começou á me sufocar e eu não me segurei.

— Com licença, mas qual é o seu nome?

A moça ficou surpresa quando perguntei e apontou para um crachá em sua blusa. “Evelyn”. Na mesma hora, a sensação dissipou e eu voltei minha atenção á ela que, agora, dava os prós e contras das roupas de banho que tinham na loja.

Ao passarmos de raspão pelas roupas de inverno, parei no meio do caminho enquanto admirava a peça na minha frente. Uma linda jaqueta de couro.

— Eu quero. – Murmurei para a vendedora e ela assentiu, claramente satisfeita de que eu iria comprar algo. Com poucos minutos, a jaqueta já estava em minhas mãos e eu corria na loja toda à procura de James. — James?

Chamei-o quando ele terminava de calçar um tênis.

— Eu quero. – Grunhi e mexi ao braço que estava com a jaqueta. — Por favor, compre!

— Eu não sei, Stella. Estaremos no meio do verão quando chegarmos lá e você não vai poder usar isso. Além do mais, para quê você quer isso? Que eu saiba, couro nunca foi uma de suas opções relativas ao vestuário.

— E não é. – Rebati. — Eu só achei bonita e quis. – Era mentira. Eu só queria a jaqueta porque ela me fazia lembrar do quadro, na agência de viagens, com a figura escura e misteriosa, que sumia sem avisar.

— Eu sei que você nem vai usar isso, mas... – Ele avistou um vendedor e o chamou, murmurando algo no ouvido dele e dando a jaqueta. Cinco minutos depois, já saímos da loja com várias roupas, além da jaqueta.

Como já havíamos comprado quase tudo, decidimos parar para tomar um sorvete e sentamos em um dos vários bancos do estabelecimento.

— Pronta para ir?

— Na verdade, eu gostaria de ir em mais um lugar.

Ele levantou as sobrancelhas mas deu de ombros, voltando a atenção para o sorvete. Quando terminamos, fomos aos banheiros lavar as mãos e eu o guiei para onde queria ir.

As portas duplas de vidro do salão de beleza abriram-se assim que chegamos perto das mesmas e um cara de, pelo menos, 20 anos veio e me chamou para conversar.

— Stella, você tem certeza?

— É só um corte de cabelo, James, não o fim do mundo. — Pisquei para ele e segui o cara até uma cadeira vazia entre as outras, aonde me sentei e ele começou a mexer em meu cabelo. Disse a ele exatamente o que queria e o trabalho começou. Acabei fechando meus olhos quando a parte do corte de cabelo aconteceu e só os abri quando ouvi o barulho do secador.

Assim que meu cabelo ficou pronto, agradeci ao cabelereiro e voltei ao encontro de James.

— Então... – Parei e dei um rodopio. — O que achou?

— Ficou lindo. – Ele me puxou para um beijo e eu virei o rosto a tempo para que ele não percebesse. — Vamos para casa?

Assenti e ele pagou o corte, em seguida.

Dessa vez, James não segurou minha mão.

*

Agora entendo por quê dizem que não é nada melhor que nosso próprio lar.

Ao chegar em casa e encontrar meu pai esquentando uma pizza no micro-ondas, soltei a respiração (que nem sabia que estava presa) e tentei relaxar com a aura doce e calma de “lar” que a casa emanava.

— Boa noite, filha! – Meu pai falou, tirando o prato da pizza sem a luva e queimando-se, em seguida. Típico. — Temos pizza quatro queijos e siciliana, escolha.

— Quatro queijos. – Respondi assim que tirei meus tênis e joguei as sacolas na mesa da cozinha.

— Wow! Quanta coisa... Foi James que comprou pra você?

— Foi. Tem muita coisa aqui e eu disse que ele estava sendo exagerado, mas não aceitava “não” como resposta.

— Esse garoto realmente gosta de você, não é?

Parei de mexer com as sacolas e meu pai entendeu na mesma hora.

— Vá guardar as compras e lave as mãos. Quando descer, comeremos as pizzas. Ok?

— Ok. – Murmurei e dei um beijo na testa de meu pai antes de subir para meu quarto e cair de cara na cama. Fiquei alguns minutos ali, apenas apreciando a fofura de minha doce cama, quando meus olhos bateram em uma das sacolas e eu me levantei para pegar a jaqueta de couro.

— STELLA, A PIZZA ESTÁ PRONTA! – Meu pai chamou, de baixo, e eu decidi ignorar.

— VOU JÁ! – Respondi e voltei minha atenção à jaqueta em minhas mãos. Com cautela, passei um braço pela manga correspondente e depois o outro e ajeitei o colarinho, antes de virar-me para olhar no espelho.

Ela era linda, isso eu tinha de admitir.

Mas havia algo...

Tinha alguma coisa de errado com aquele espelho e eu precisava descobrir. Agachei-me para ver melhor e fechei um dos olhos, deparando com duas iniciais gravadas no vidro.

D.H.

E, bem ao lado, havia as minhas iniciais.

S.S.

Meu pai me chamou mais uma vez e eu fui, com a mente a mil por conta de uma coisa: Afinal, quem era D.H?


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Notas finais do capítulo

É isso!
Notaram a diferença?
Espero que sim, né!
Próximo capítulo provavelmente será o último, depois disso teremos apenas o epílogo e pronto.
Eu espero que tenham gostado, fiz na maior correria e não tive tempo de fazer correções =(
Quero avisar que fiquem atentos porque nesse fim de semana eu posto minha mais nova fic (e não oneshot, yaaaay) e queria que fossem lá ler :3
Amo vocês! Bjos!



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