The Name Is Stella Stilinski. escrita por buckyonce


Capítulo 10
X - Cliché.


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao décimo capítulo e não conseguimos chegar aos 100 coments, porém estamos muuuito perto.
Quero muito agradecer à todos que leem, acompanham e favoritam a história por tererm parado e aberto essa coisa meio louca que saiu da minha cabeça, então... Thanks, fellows!
Bom, little nuggets, nesse capítulo teremos muita interação Stames porém com um pouquito de Stelek para deixar vocês animado/as! =)
Ansiosos?
Enjoy!



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Talvez clichê não fosse o que eu pensava de mim, porém sentado nesse carro enquanto James me leva há um lugar totalmente desconhecido, esse adjetivo até que cai bem... Para o momento, óbvio.

–- Você está perdido, não é? – Perguntei, pela enésima vez, assim que dobramos em uma ruazinha estreita ao lado da rodovia e ela terminava em um estranho “beco sem saída” feito de troncos de árvores. Lugar diferente para se construir uma rua, mesmo que fosse uma ruela, porém prefiro não comentar.

–- É claro que não! – Ele fez um gesto com a mão e olhou, apreensivo, para os lados. – Tá tão na cara assim?

–- Parece que escreveram com marca-texto rosa néon na sua testa: “Não sei para onde raios estou indo.” – Respondi e ele suspirou, me fazendo soltar uma gargalhada meio presa depois.

–- Tá bom, pode rir. Eu não ligo. – Ele falou e eu comecei à rir, contorcendo-me no banco enquanto algumas lágrimas caíam em meu rosto. – Ok, chega de rir do James.

–- O James tá muito chato hoje. – Retruquei, tentando fazer uma voz de criança, mas saindo uma voz esganiçada um tanto quanto assustadora.

–- O James não tá chato, ele tá tentando não fazer besteira na frente da primeira garota que leva pra sair. E adivinha só? Ele já conseguiu! – Ele bateu as mãos no volante, o que acabou levando a uma buzinada e um farfalhar de folhas à nossa volta. Olhei, inseguro, para o local e de lá, um coelhinho bem fofo saiu. – O que você tá fazendo?

–- Observando o coelho.

–- Por quê?

–- Porque os filmes me ensinaram que sempre que sai coisas lindinhas da floresta, um bicho mal vem e come. – Respondi e foi a vez dele começar à rir. Revirei os olhos e continuei focado no bichinho até o ver desaparecendo no meio dos arbustos ao lado.

–- Desapontada? – Ele indagou e eu virei o rosto. – Ah, Stella, você sabe que eu estava brincando, né?

Continuei olhando para o lado e ele desistiu, bufando e ligando o carro mais uma vez. Ao sair da ruazinha, em vez de dobrar à esquerda para o caminho de volta, ele foi rumo à direção contrária e eu fiquei logo assustado.

–- Para onde está me levando? A minha casa é pra lá.

–- Nosso passeio ainda não acabou.

–- Ah, acabou sim! No momento em que uma certa pessoa zoou da cara da outra pessoa só porque ela tem uma imaginação fértil e tudo por culpa dos filmes que assistia quando criança. – Cruzei os braços assim que terminei e ele deu um sorrisinho.

–- Pensei que estivesse me dando um gelo...

Droga!

Continuei focado na estrada à nossa frente e, mesmo assim, consegui ver pela visão periférica o pequeno sorriso tornar-se algo mais e com mais brilho e acabei sorrindo junto.

–- Você é um idiota. – Falei e ele acelerou o carro.

–- Eu sei disso.

*

Ao chegarmos no local previsto, eu já havia imaginado um castelo secreto ou até a masmorra do Drácula porém eu nunca esperaria um caminho de pedras bem na minha frente, que nos levaria direto á um morro, segundo James disse.

–- Espera bem aí. – Segurei seu braço assim que vi ele tirando uma mochila do banco de trás da picape. Sim, ele tinha uma picape. E ela era o segundo carro mais lindo do mundo, logo atrás do meu amado e abençoado pedaço de metal azul (também conhecido como bebê ou Jeep). – Vamos caminhar?

–- Sim. Mais ou menos uns nove quilômetros ou dez, não sei ao certo. É uma caminhada curta.

–- Você me trouxe pra caminhar... E nem me diz o que devo vestir! Eu estou de vestido e rasteirinha, James. Isso, definitivamente, não é roupa pra se usar enquanto mergulho no escuro da floresta por nove longos e dolorosos quilômetros. – Reclamei e ele revirou os olhos, tirando uma outra sacola do carro e abrindo-a, retirando um par de tênis roxos do saco. – O que é isso?

–- São da minha mãe. Ela tinha comprado pra fazer academia, mas só usou um dia e jurou nunca mais pisar em uma esteira. Eles já estavam guardados há alguns meses e eu achei que poderia trazer, já que sabia que você iria precisar e acho que seu pé cabe melhor nesse tênis no que o 39 que tenho escondido debaixo da minha cama. – Ele me estendeu os tênis e eu os peguei, retirando as sandálias e colocando os sapatos logo depois.

–- Nossa!

–- Gostou?

–- Eles são tão confortáveis! E altos! Nunca me senti tão alto assim desde que meu pai brincou de aviãozinho comigo pela última vez e isso foi há muito tempo! – Brinquei e ele riu, fechando a porta do carro e o travando, antes de guardar as chaves na bolsa e estender o braço na minha direção para que eu o agarrasse.

–- Pronta, senhorita? – Ele perguntou.

–- Nunca. – Respondi e pisquei para ele, antes de entrarmos floresta adentro.

*

Ele mentiu pra mim.

A caminhada não levou apenas poucos minutos, ela pareceu levar uma eternidade e mais um oitavo de tempo para terminar.

Eu estava praticamente me arrastando no chão enquanto James estava na minha frente, olhando uma bússola e sem um pingo de suor ou cansaço no corpo. Que inveja.

–- Quanto tempo falta?

–- Uns trinta minutos. Acho que pegamos o caminho mais longo, isso está demorando demais.

–- Não me diga! – Soltei e ele virou-se, antes de me puxar para sua direção. Só que isso não combinou bem com o fato d’eu estar sentado em cima de uma enorme pedra toda cheia de lodo e o resultado foi um belo e perfeito tombo, com direito á cambalhota no final.

–- STELLA! – James gritou e eu sentei, coçando o lado esquerdo da cabeça. – Você está bem?

Tirei a mão do local e vi que não havia sangue, por isso apenas fechei os olhos enquanto inspirava e respirava bem fundo e dei um sorrisinho leve para melhorar a situação.

–- Eu tô bem, James. Foi apenas um tombo.

–- Tombo?! Você caiu de um pedra de, mais ou menos, dez metros e bateu a cabeça no chão. Eu preciso te levar ao médico e... Opa.

–- O quê? – Olhei na direção em que seus olhos estavam grudados e vi o rastro gigantesco de sangue bem no meu joelho. – James, eu...

–- Calma, ok? Eu tenho um kit de primeiros socorros aqui. – Ele tentou me acalmar, passando a mão em meu cabelo, e tirou a mochila de suas costas, abrindo-a rapidamente e pegando a maletinha branca, tirando gaze, agulha e linha de dentro.

–- O que você vai fazer, James? – Perguntei só por perguntar, já que a resposta era bem óbvia.

–- Eu vou ter que costurar. O corte é bem profundo e se não for limpado e tratado rapidamente, pode causar uma infecção. – Ele falava enquanto ajeitava a linha na agulha e cortava o resto com o dente, antes de rasgar um pedaço de gaze junto com mertiolate ( e é claro que era o que não arde) e limpar o ferimento. Assutei-me quando vi outro pedaço de gaze sendo posto em minha boca, porém ele segurou minha mão e disse que eu precisava ser forte para que tudo corresse bem.

–- Vai logo, James. – Assenti para ele e senti a fisgada mínima da agulha entrando e saindo da minha pele. Não era uma dor totalmente insuportável, mas acho que se não tivesse o pano na boca, eu já estaria rouco à essa hora. A costura foi feita em um pulo e logo eu já estava de pé, porém segurando-me firme nos ombros de James.

–- Eu posso me mexer.

–- Não confio em você andando normalmente, imagina com uma cratera em seu joelho.

–- Dá pra parar de dar uma de Edward Cullen pra cima de mim? Porque eu tenho a certeza absoluta que não sou a Bella.

–- Você daria uma boa Bella.

–- Não, a Bella é muito quieta. Muito timída. Eu sou mais do mundo e o mundo sou eu, pronto. – Ele riu e tirou do bolso um chiclete, tirando a capinha e pondo em minha boca. Agradeci e continuamos caminhando (apesar d’ele ser o único caminhando, realmente) até que paramos em uma espécie de cortina feita com folhas e ele “abriu”, dando espaço para que eu apreciasse a bela vista de Beacon Hills à noite. – Hm... James, eu... Uau!

–- Eu sei. – Ele falou e me pôs sentado em uma pedra, bem perto do precipício, enquanto sentava aos meus pés, com suas pernas balançando no ar. – Bem legal, não acha?

–- Como descobriu esse lugar? – Perguntei enquanto me agachava e sentava ao seu lado. Ele deu de ombros e voltou os olhos pra lua crescente no céu.

–- Minha mãe, apesar de detestar academia, adora caminhar ao ar livre. E, em uma dessas caminhadas, eu me afastei e decidi varrer a área até encontrar esse lugar. Você é a primeira pessoa que trago aqui.

Acabei corando, contra a minha vontade, e decidi baixar o olhar, deparando-me com os metros que nos separavam do chão.

–- Acho que acabei de ter um pouco de vertigem... – Alertei-o e ele me puxou para mais perto, segurando minha mão.

–- Melhor? – Assenti e ele voltou sua atenção ao luar, esquecendo completamente (ou propositalmente) nossas mãos entrelaçadas. Como eu não mando em meu corpo e eu e ele vivemos em uma rixa perpétua, não fiquei envergonhado quando minha barriga roncou estrondosamente. Eu e James nos entreolhamos e começamos á rir. Espantei-me quando o vi pegando algo na mochila que trouxe e me dando um sanduíche enrolado em papel-toalha.

–- Obrigado. – Agradeci e continuei comendo enquanto conversávamos trivialidades, como a nossa diferença de altura, o número de quilômetros entre a Lua e a Terra e a batalha sem fim entre Marvel e DC Comics. Quando terminei de comer, ele tirou duas garrafas d'agua da bolsa e me deu uma enquanto abria a outra e tomava um grande gole da mesma. Fiquei parado observando seu pomo de adão subir e descer com o movimento do líquido e acabei acompanhando o trajeto que uma gota solitária fez do canto da boca dele, chegando ao queixo, descendo pela jugular até chegar ao pescoço e sumir por dentro da camiseta cinza clara que ele usava.

O tempo passou e eu nem havia me tocado. Quando, enfim, olhei para o relógio e vi que já estava com uma hora e meia de atraso referente ao horário que James havia prometido me deixar, eu estava deitado tranquilamente na grama do precipício, contando estrelas.

–- 768, 769, 770. Já chega, eu desisto. – Falei e fechei meus olhos. James estava ao meu lado, querendo terminar até chegar a marca de 1000 estrelas. Levantei meu tronco para sentar e decidi desamarrar o nó da jaqueta jeans que estava usando por cima do vestido, já que o tempo estava um pouco frio. Comecei a dobrar a peça e fui surpreendido por dedos em meu ombro, fazendo movimentos mínimos no mesmo lugar. – O que está fazendo?

–- Sabia que você tem uma pele bem macia? – James perguntou enquanto a ponta de seus dedos subia para meu pescoço, pressionando uma veia bem ali. – Deliciosamente macia...

Senti meu coração disparar e a cor de meu rosto sair assim que ouvi tais palavras, que pareciam tanto com as de um...

–- Ei, o que houve? – Ele indagou assim que me viu um pouco distanciado. – Me desculpe se a assustei, Stella, mas é que... Eu tenho que falar uma coisa que está entalada na minha garganta há muito tempo e eu sei que, se não disser nada, nunca mais terei outra chance como essa. Consegue me entender?

Apenas assenti e ele deu um resquício de sorriso, claramente nervoso, já que pegou minhas duas mãos e as pôs em seu rosto. Só fui me tocar que ele queria me beijar quando seus lábios tocaram os meus e, involuntariamente, fechei meus olhos e me deixei levar pela sensação.

O beijo foi calmo e muito, muito doce. Seus lábios não tinham pressa contra os meus, o que tornava o momento ainda mais prazeroso. Senti a ponta de sua língua adentrar a minha boca e dei total espaço para ela, deixando-me à mercê de seu toque quente. Minhas mãos passaram de seu rosto para seu pescoço e, quando vi, já estava sendo deitado no chão com ele por cima de mim. Senti mãos percorrerem minha cintura e me puxarem para mais perto de um corpo musculoso e sucumbi ao cheiro e ao gosto do homem que me beijava. Assim que nos separamos, porém, fui pego com outra surpresa...

–- Derek? – Sussurrei, assim que vi o sorriso de Derek enchendo minha visão. E não, aquilo não era coisa da minha imaginação. Derek Hale estava sorrindo, com direito à dentes, covinhas e um leve rubor nas bochechas.

Abri a boca para falar mais alguma coisa, mas fui silenciado por Derek. Ou melhor, pela boca de Derek. Continuamos nos beijando e, mesmo relutando para não cair na tentação, bastou uma mordida em meu lábio inferior e uma enorme mão em cima de meu seio esquerdo para eu virar gelatina em seus braços e esquecer de todo o resto. Os gemidos que saiam de minha garganta eram muito constrangedores e, ao mesmo tempo, excitantes. Eu conseguia sentir o quanto aquilo estava animando Derek, literal e figurativamente. Com uma chave de pernas na cintura do lobisomem, acabei nos virando e fiquei por cima, aproveitando para arrancar a blusa que ele vestia, passando minha curtas porém afiadas unhas em seu tórax totalmente esculpido.

Céus, aquilo não era homem nem animal. Aquilo era um Deus. Um Deus Grego pronto pra me fazer enlouquecer, seja ele Dionísio, Apolo ou qualquer um dos outros que existem.

Uma das mãos de Derek, a que estava livre, começou à se ocupar com a fina alça de meu vestido, tentando abaixá-la, enquanto a outra continuava explorando a região de meu colo, mais precisamente no fecho de meu sutiã. E quando, finalmente, a peça íntima saiu e o vestido foi aberto, eu acordei.

*

Sonhos são muito bons.

Mas acordar de sonhos é uma droga.

Abri meus olhos, dando de cara com uma claridade intensa, e os olhos azuis preocupados e com rugas nos cantos de meus pais me observando.

–- O que foi, pai?

–- Eu que o diga, Stella. Acabei de me levantar, correndo, porque você estava gritando.

Gritando?!

–- Gritando?! Mas eu...

–- Filha, foi outro pesadelo? Um ataque de pânico?

–- Não, pai. Eu estava bem. Quer dizer, eu estou bem. O sonho não era mau, longe disso.

–- E o que tinha nesse sonho?

Eu quase perdendo a única coisa pura que restava em mim. Não, espera. Eu já havia perdido.

–- A mamãe. – Opa, golpe baixo. Golpe bem baixo. – Eu me lembrei... Do dia em que viajamos para o litoral e começou à chover e tivemos que ficar em casa, brincando e comendo pizza congelada. – Notei que, enquanto falava, meu pai ficava mais quieto por isso desembrulhei-me e puxei-o para um abraço, meio desajeitado já que ele estava de lado e eu, de frente. – Eu sinto falta dela.

–- Eu sei, filha. Eu também sinto. – Ele deu dois tapinhas em minha mão e deu um beijo em minha testa. – Mas, acredite, eu consigo me lembrar dela todos os dias e, mesmo assim, nunca me entristeci.

Ele levantou-se e desligou o abajur do lado da cama.

–- Pai?

–- Sim?

–- Como nunca conseguiu esquecê-la?

Ele riu e ficou do lado de fora, ainda segurando a maçaneta.

–- Simples. Sua mãe era, é e sempre será a mulher que mais amei nessa vida. E também... Você parece exatamente como ela era – Senti lágrimas brotarem em meus olhos e meu pai sorriu. – Boa noite, filha.

Acabei ficando sentado por mais alguns segundos, tentando relembrar cada momento que havia passado com a minha mãe, até que os pelos de minha nuca eriçaram e, em um rápido movimento, peguei meu taco de baseball e ia acertando o invasor quando o mesmo pegou o taco e jogou na cama.

–- Ei! Derek, cuidado! Eu só tenho ele!

Quando o invasor apareceu na luz, ele ( com toda a certeza do mundo) não era Derek.

–- Scott?

–- Stella, eu preciso falar com você. E não vou sair daqui até te dizer tudo o que tenho pra falar.


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Notas finais do capítulo

~feels, feels, feels everywhere~
Não sei o que é pior, acordar de um sonho com Derek Hale ou acordar de um sonho com Derek Hale quase transando com você... Stellinha, a garota mais sortuda e azarada do mundo!
E pensar que tudo isso foi um sonho... UM SONHO, MANO! COMO RAIOS ESSA GAROTA/GAROTO SONHOU TUDO ISSO?!
Opa, Mascott na área... Apenas observando esse povo que adora entrar em janela... O que será que ele quer falar com ela, hein?
Espero que tenham gostado, guys!
Beijos e não se esqueça: eu amo vocês!
Byeeeee!