Katherine

Já fazia quase um dia que fugi da Mansão Salvatore e nenhum sinal ou noticia do bondezinho de Mystic Falls. Peguei duas bolsas de sangue que estavam conservadas em um refrigerador e olhei para Elena, ela me encarava.

– O que é?

– Nada. –ela suspirou e olhou para baixo.

Revirei os olhos. A Cópia Malfeita me cansava.

Então, a porta abriu e dela entrou Kol.

– Finalmente! –exclamei.

–Você não tem autoridade pra dizer “finalmente” sendo que há pouco tempo você estava desaparecida. –ele disse enquanto se jogava no pequeno sofá e colocava os pés sobre a mesa de centro.

– Os Salvatores tinham me pegado. Você deveria saber.

– E eu sabia.

– E por que não fez nada, seu idiota? –empurrei suas pernas fazendo-o tirar os pés da mesa de centro e me sentei ao seu lado.

– Eles tinham que achar que você está trabalhando sozinha. Mas, já que você conseguiu, podemos ir atrás de Hope agora. Precisamos dela.

– Eu sei. Eu tenho um plano. Ouvi coisas enquanto estive por lá.

– Isso é ótimo. –Kol sorriu com malicia.

Hope

Depois de chorar debaixo da árvore, fui para casa e tomei um longo banho, então, dormi. No dia seguinte, acordei e me vesti e fui até a Mansão Salvatore. Ao entrar encontrei Damon tendo um ataque de raiva e quebrando várias coisas e Stefan e Bonnie conversando com uma garota loira que estava de costas pra mim.

Ao notar minha chegada Damon e Stefan se entreolharam e Damon se direcionou a mim, eu queria ver o rosto da garota loira, mas ele fez um sinal para eu ir para a varanda, eu assenti e fui.

– O que está acontecendo? Quem é aquela garota?

– Ninguém. A vadia da Katherine fugiu.

– Como?!

– Eu não sei. Mas eu estou com um súbito desejo de descontar minha raiva, então vá embora!

– Eu posso encontrar Katherine, mas vocês tem que prometer me ajudar.

– Por que eu confiaria em você?

Por que não? Que eu saiba não descumpri nenhuma promessa.

Mikaelsons não tem uma boa fama, pelo visto.

Suspirei.

– Não precisa confiar... Só acreditar em mim. –eu tentava olhar pela porta quem era a loira, mas Damon percebeu o que eu estava fazendo e entrou na minha frente. Ele não queria que eu a visse. Por quê?

– Não é tão simples. Conversamos depois. Estou ocupado agora.

– Quebrando coisas inutilmente?

– Sim. –ele sorriu e fez um gesto indicando minha saída.

– Okay. –revirei os olhos e dei meia volta, comecei a andar para outro lugar.

Caroline

Ouvi a porta bater e virei a cabeça, vi Damon entrando e indo até eu, Stefan e Bonnie com aquele sorriso dele que me irritava.

– Cansou de destruir a mobília? –perguntou Stefan.

– Precisávamos de moveis novos, de qualquer jeito. – ele olhou para mim – Barbie Vampira! Quanto tempo!

– Olá pra você também, Damon. – sorri – Quem era aquela garota?

– Ninguém importante. –ele não manteve o olhar em mim, lançava olhares desesperados á Bonnie e Stefan quando achava que eu não estava olhando. Aquela garota era alguma coisa importante e eles não queriam me contar. – O que está fazendo aqui? As férias de... – ele contou nos dedos – 12 anos? Quase isso? Que seja, com Klaus já acabaram?

Suspirei.

– Damon.

Ele sorriu.

– Damon. –interrompeu Stefan e Damon se calou.

– Então. –disse Bonnie, quebrando o gelo – Caroline voltou, acho que devíamos comemorar!

– Eu concordo. –disse Stefan.

Sorri, é bom quando mostram que se importam com você.

– Eu preparo as bebidas. –disse Damon enquanto saia do cômodo.

Bonnie foi ajudar Damon e Stefan me ajudou a levar as malas para um quarto.

– Então – começou ele –, você e Klaus, como foi?

– Ahn... Foi bom, mas ele anda muito preocupado com a filha, você sabe...

Era meio estranho falar disso com o Stefan, dado a que nós já namoramos e agora eu estou com Klaus.

– Deve ser difícil perder um filho assim.

Eu sabia no que ele estava pensando. Ele estava pensando no filho que ele podia ter tido com Valerie Tulle há anos atrás, na qual um cara chamado Julian espancou Valerie até matar o bebe enquanto ela estava grávida.

Trocamos um olhar e descemos para beber com Damon e Bonnie.

Klaus

Hope se foi. Caroline se foi. Agora só me restam meus irmãos e Little Wolf. Rebekah tenta animar a mim e a Hayley, porém, ela não tem muito sucesso e também precise de alguém que a anime. Hope era como uma filha que ela nunca teve – e nunca vai ter –, e Elijah procura por ela, como eu. Mas não é uma tarefa muito fácil considerando que não sabemos nada sobre a atual Hope, seus gostos, aparência. Katerina tirou isso de mim, ver minha filha, minha herdeira, crescer. E eu vou mata lá e causar tanta dor a ela por isto.

Hayley me chamava. Virei-me e fiquei de frente para ela.

– Elijah tem uma ideia de onde Ela pode estar.

Mantive-me em silencio.

– Eu também sinto falta dela, Klaus, nossa garotinha. –ela me abraçou, e permaneci parado, um tanto surpreso.

– É sua culpa.

– Eu sei, e me digo isso todos os dias, mas o que importa agora e encontra-la.

– Sim. –ela me soltou.

– Espero você lá embaixo. –disse, e desceu.

Arrumei as coisas na qual eu precisava e desci com elas, fui ao carro, Elijah estava no banco do motorista, Rebekah no banco traseiro e Hayley esperando me ver para finalmente entrar e sentar ao lado de Rebekah. Entrei no banco do passageiro, ao lado de Elijah.

– Para onde vamos? –perguntei.

– Você verá. –respondeu Elijah, que começou a dirigir.

Mystic Falls, Hope

Estava mexendo nas coisas da minha família. Eram superinteressantes. Encontrei coisas que deveriam estar em museus por lá. Agora eu olhava os quadros de meu pai, Niklaus. Eles eram lindos. Eu desenhava também, mas meus esboços não se comparavam a aquilo. Ele tinha mais criatividade, em geral, eu desenhava coisas que já existiam.

Encontrei um quadro que estava coberto, retirei o pano que lhe cobria revelando sua pintura. Fiquei surpresa. Não era um quadro qualquer, era eu, eu e Hayley, eu e minha mãe. Ele nos pintou. Abri um sorriso e uma lágrima desceu pelo meu rosto.

Quando ouvi um barulho de porta sendo arrombada. Meu pequeno momento de felicidade tinha acabado. Desci as escadas correndo e me deparei com a única pessoa que eu nunca mais queria ver na minha vida novamente.

– NÃO! –gritei e comecei a ficar ofegante, meu coração estava acelerando, mas não no bom sentido.