Anteriormente

Damon riu.

– Ainda duvidando das minhas habilidades, Stefan? –disse e se retirou.

No dia seguinte

Hope

Acordei no sofá de casa com pipoca espalhada sobre mim, levantei e fui até o banheiro. Lavei meu rosto e me encarei no espelho. Suspirei. Argh! Por que tudo não podia ser mais simples? –pensei. Então vi no espelho Damon, me virei e lá estava ele me olhando com aquele sorriso de “você não faz ideia do que eu posso fazer”. Ele era bonito, eu não podia negar.

– O que você está fazendo aqui? –questionei.

– Vou te mostrar uma coisa. Venha. –ele me deu as costas e começou a andar.

– Por que eu iria com você?

– Por que não? –respondeu sem me olhar e ainda andando.

Hesitei, mas por fim, resolvi segui-lo. Alcancei-o já fora da propriedade Mikaelson.

– Então, o que você quer me mostrar? –perguntei enquanto andávamos.

– Você vai ver.

O dia estava bonito, o sol batia em meu rosto e a brisa também, refrescando o calor. Tinha uma vaga lembrança de sair num dia como esse com Hayley e Rebekah. Ia ter uma festa, compramos vestidos juntas, o meu era rosa.

Voltei à realidade e notei que Damon havia parado, parei junto a ele. Estávamos na floresta olhando para destroços de uma construção antiga.

– O que é esse lugar?

– Antes de eu ser transformado, em 1864 eu conheci uma garota chamada Katherine, ela era linda.

Katherine. Pensei e suspirei

“Eu e Stefan nos apaixonamos por ela. – ele começou a andar – Quando achávamos que ela estava morta eu descobri que ela ainda estava viva, porém presa. Eu esperei muito tempo para tê-la de volta, e no final, descobri que ela nunca esteve presa nem morta.

Há poucos anos eu conheci Elena, ela era igual à Katherine mas ao mesmo tempo tão diferente. Ela não era má, não era manipuladora e também não era egoísta, ela era diferente. Depois que eu descobri a verdade sobre Katherine, ela partiu meu coração. Mas ainda tinha Elena, eu me apaixonei por ela e ela sentia o mesmo, mas Katherine a tirou de mim.”

Me senti um pouco mal por ele. Mas porque deveria dar Elena para ele se depois eles não me ajudariam com o meu problema? Eu era só uma criança e fui tirada da minha família.

Damon me encarava.

– Me desculpe por Elena. Mas ela não foi à única tirada das pessoas que ama. Ela não é a única que precisa de ajuda. Eu também preciso, e eu prometo conseguir a localização dela com Katherine se vocês me ajudarem a chegar até os Mikaelson’s. Temos um acordo?

O olhar dele era diferente agora, ele estava com raiva por eu não ter cedido.

– Eu preciso de Elena! Você não entende? EU PRECISO DELA!

– Eu entendi, e eu também preciso da minha família!

Ele quebrou alguns dos destroços da construção.

– É minha prioridade. –falei num murmúrio, dei as costas para ele e sai andando.

Comecei a pensar na possibilidade de um nunca encontra-los. Lágrimas começaram a cair dos meus olhos, não consegui evitar. Eu precisava da minha família. Eu precisava deles.

Me apoiei num árvore e limpei minhas lágrimas, fechei os olhos e respirei fundo.

Katherine

Já estou cansada desse lugar. Tenho coisas melhores para fazer. E um rosto tão bonito não deve ficar escondido por tanto tempo.

Comecei a me debater fazendo um barulho alto. Bonnie entrou e me encarou como se eu fosse louca.

– O que você está fazendo?

– Chamando atenção. Pelo visto funcionou. Mas eu esperava que o Stefan estivesse aqui. Não tem coisa melhor pra fazer, BonBon? Como colocar flores no caixão da vovó Bennett?

–Não ouse falar da minha avó!

Comecei a rir.

Bonnie se aproximou

– Você não faz ideia do quão ruim sua situação é, não é mesmo? Do quão deplorável é o seu estado? Se eu fosse você pouparia as piadas ridículas, elas não vão te ajudar em nada, quando encontramos Elena, você morre.

– Eu acho que não. –num movimento rápido transformei meu rosto e mordi o pescoço de Bonnie, o gosto de sangue que não sentia há dias era ótimo, sangue fresco. Bebi até deixa-la inconsciente e me soltei quebrando as correntes que me prendiam, sumi daquele lugar em velocidade de vampiro e fui até onde sabia que não me achariam: onde Elesma estava.

New York

Caroline

– My Love... –insistia Klaus enquanto eu jogava minhas coisas numa mala – Não há necessidade disso.

– Sim, Klaus, há necessidade.

– Então você vai simplesmente me deixar? – ele bloqueava meu caminho colocando-se a minha frente.

– Não estou deixando você. –tentava desviar dele, mas ele me impedia – Mas eu não posso mais aguentar isso, você não está bem desde que Katherine levou Hope. Você só... Destrói coisas e grita, desconta sua raivas nos outros. Você precisa de um tempo.

– Eu não preciso de um tempo.

– Precisa sim. Ao menos até achar sua filha.

– Eu preciso de você aqui.

– Quando você acha lá eu estarei em Mystic Falls esperando por você, certo?

– Mas...

– Certo?

– Certo. –ele suspirou e eu sorri.

Fechei a mala e coloquei no chão (era de rodinhas), comecei a andar puxando-a e Klaus não me impediu, quando cheguei na porta ele me puxou pelo braço e me deu um beijo de tirar o fôlego, retribui o beijo e finalmente quando nenhum dos dois aguentava mais nos separamos.

– Até logo. –disse num sussurro e me soltei dele, desci as escadas e passei por Elijah, Hayley e Rebekah que conversavam na sala de estar, sai pela porta e fui até a calçada, peguei meu celular a chamei um táxi que logo chegou. Quando o carro começou a andar, vi de relance Klaus observando pela janela do andar de cima.