Descobrindo o Amor escrita por bia


Capítulo 6
Confissões




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Christian PDV
- Esse quarto é lindo.
- Igual você – passei as costas das mãos na maçã do rosto de Emily, ela abriu um sorriso. Aquele sorriso que eu tanto amo, sonho com ele, acordo pensando nele, durmo desejando ter ele do meu lado. Aquele sorriso que está gravado em minha mente para sempre.
Ela olhou em volta. Sai do meu transe e percebi que estava parado do meio do quarto do hotel de meu pai. Aquele quarto que eu via todo ano, mas dessa vez parecia diferente. Parecia completo, como uma flor que posta na mesa da sala transmite vida.
Ela usava uma blusa de alcinha cor preta com uma calça jeans azul clara. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo. Sem brincos ou maquiagem, ela é bonita ao natural. No pé uma sandália sem salto. Unhas sem esmalte.
Ela voltou a olhar para mim, olhou profundamente, aquele olhar sustentado pelo amor.
Emily se aproximou de mim, eu a abracei. Ela ficou com a cabeça em meu peito e eu com as mãos em suas costas. Ela levantou a cabeça e meu olhar encontrou seus lábios, aqueles que eu tanto queria.
Eu a beijei. No inicio foi calmo, sua língua enroscava na minha, lambi seu lábio inferior. Ela deu aquela mordidinha na minha língua. Como eu amo suas manias. Sua mão foi para a minha nuca e a outra para as minhas costas.
O beijo começou a ficar intenso, minhas mãos se mexiam em seu corpo. Eu a prensei contra a parede, bati minha perna na cabeceira, mas a dor não afetou fogo que queimava dentro de mim. Eu tirei minha blusa. Ela se afastou de mim e ficou olhando meu corpo, logo senti vergonha.
A puxei para perto de mim. Emily deu um selinho na minha boca, desceu para o pescoço. Sentia sua língua passar ali, junto com seus lábios que eram pressionados na minha pele. A essa altura meu coração já estava saltando para fora. Ela parou de beijar meu pescoço e senti sua respiração no lugar úmido, gélido e refrescante. Arrepiei-me, ela também.
Eu a abracei. Sua pele estava tão quente...
Deitamos na cama ainda com aquele laço de carinho. O quarto estava escuro, as cortinas fechadas, eram quatro horas da tarde e senti que só sairemos de noite, se sairmos.
Fui por cima de Emily, coloquei uma perna de cada lado de seu corpo, não coloquei todo meu peso. Fiquei olhando sua blusa, tentando imaginar como era por baixo dela, não dá. Essa garota é tão surpreendente. Levei minha mão até seu ombro direito e abaixei a alcinha. Ela olhou o ato e depois meus olhos.
Como eu disse, ela é surpreendente. Emily foi e abaixou a alcinha do outro ombro.
- Tem certeza que quer fazer isso? – eu sussurrei.
- Mas que tudo nesse mundo – disse ela me puxando para mais perto.
Eu sai de cima dela, ficamos de lado. Não estava frio, mas fomos para de baixo da coberta. Eu tirei sua blusa. Passei a mão por sua barriga, por cima do sutiã até chegar a seu pescoço. Fui para a sua nuca a ali puxei sua cabeça para perto da minha, fazendo nossas bocas nos tocarem. Ela colocou as mãos em meu quadril, fui para as costas e ficou alisando minha pele.
Abracei Emily e com a minha mão em suas costas pude tirar seu sutiã. Ela ficou envergonhada.
- Minha pequena, não tenha vergonha de mim. – eu disse, passando as mãos na sua coxa por cima da calça.
- Então promete que hoje você não vai ficar me olhando? – perguntou ela.
- Claro! – entendo que ela não queira mostrar. É a nossa primeira vez juntos e Emily não sabe o quanto é bonita.
Ela abriu o botão da minha calça jeans, olhei para seus olhos, estavam focados no zíper que acaba de deslizar. Eu terminei de tirar a calça com a cueca junto. Ela olhou para meu pênis ereto. Depois olhou para meus olhos.
- Se quiser não precisa fazer isso.
- Eu quero fazer meu amor. – respondeu ela.
Abri e tirei sua calça jeans com a calcinha junto. Não olhei, como prometido, mas podia prever que era maravilhoso como tudo em Emily. Passei minha mão por sua coxa lisa, fui subindo para seu traseiro. Olhei em seus olhos, transmitiam insegurança.
- Meu amor, podemos só ficar deitados hoje?

Emily PDV
- Claro – respondeu ele, deitando do meu lado.
Como eu me odeio, mas é minha primeira vez. Não quero me entregar por completo a ele, confio em Chris, mas e se acontecer alguma coisa e ele me abandonar? Serei motivo de piada.
Sei que meu namorado já faz com outras garotas antes, e se ele achar que não sou tão boa quanto Nicole na cama? E se ele achar que não foi o melhor sexo da vida dele? Pior, e se ele não chegar ao orgasmo e tiver que fingir para não me magoar? Que horror!
E se doer? Nunca conversei sobre esse assunto com mamãe nem com uma amiga (já que não tenho nenhuma), por isso não sei de quase nada.
Estávamos virados para cima, olhando o teto, com a coberta até o pescoço. Não tive coragem de mostrar meu corpo. Ele não iria gostar. Virei de lado, encarando o perfil de Chris.
Ele percebeu que estava ali e se virou também. Não consegui saber o que seus olhos transmitiam, talvez porque os meus estavam úmidos.
- Está bravo comigo? – perguntei.
- Porque estaria?
- Não sei – eu disse procurando sua mão de baixo da coberta. – Acho que fiquei com medo.
- Minha pequena, não precisa ter medo. Nunca vou te machucar, se teu medo é de se entregar para mim, fique tranqüila, nunca amei tanto uma pessoa que exista de verdade. Se teu medo é a gente terminar fique tranqüila, nunca irei te abandonar. Se teu medo é de sua capacidade, fique tranqüila, você é a garota mais sexy e gostosa que eu já encontrei. E ganhei tudo isso sem nem mesmo procurar.
E mais uma vez Chris foi ótimo com as palavras. Não tem como não ficar emocionada. Aproximei-me mais de meu namorado, coloquei minhas mãos em suas costas e escondi meu rosto em seu ombro. No inicio ele ficou sem ação, mas depois me abraçou também.
Meu celular começou a tocar. Ele estava na cabeceira, me virei e peguei.
- Bruno. – eu disse para Chris, ele me olhou com uma cara de quem já sabia o que era.
- Alô – eu atendi.
- Mi, o que você acha de irmos todos até a praia? Li a programação e vai ter um Luau hoje.
- Topa um Luau? – perguntei para Chris, ele estava deitado com a coberta bem na cintura, exibindo sua barriginha com o famoso tanquinho.
- Pode ser. – disse ele passando a mão na região descoberta das minhas costas. Arrepiei-me.
- Nós vamos! Que horas vai ser? – perguntei para Bruno.
- As oito.
- Nos vemos lá então, beijo – e desliguei.
Admito que não estava muito afim de ir, queria ficar deitada curtindo meu namorado. Virei para Chris, estava deitado, olhando distraidamente para o teto. Deitei-me ao lado dele.
- Esta pensando em que? – perguntei curiosa, não me contendo com sua linda carinha.
- Em você – respondeu ele virando o rosto e olhando firmemente em meus olhos. – E você?
- Em você.
- Acha que ficaremos juntos para sempre? – perguntou ele. Eu gelei, essa pergunta me assustou.
Meus olhos se inundaram, geralmente é assim que começa o fim do namoro. Tenho que ser forte.
- Porque esta perguntando isso? – perguntei, segurando as lagrimas.
- Porque eu ainda não consigo acreditar que uma garota tão maravilhosa quanto você quer ficar com um cara horrível feito eu – respondeu ele, nossa.
- Você nem sabe o quanto é maravilhoso.
- Emily, já fiz coisas horríveis, coisas que queria poder não ter feito. E ao seu lado me sinto um monstro que está abusando da sua inocência – disse ele se virando para mim, e passando a mão no meu rosto – eu queria poder te contar, mas tenho medo – seus olhos começaram a acumular lagrimas de desespero.
- Meu amor, você pode me contar tudo, não importa o que você tenha feito, vou estar sempre ao seu lado. Se você quiser eu conto uma coisa minha primeiro. – eu disse, não estava curiosa para saber o que ele tinha feito (ta bom, talvez um pouquinho), só queria que ele dividisse esse sofrimento.
- Pode ser assim. – respondeu ele.
Na mesma hora senti vergonha, mas sei que posso confiar em Chris e vou contar tudo pra ele.
- O que vou te falar, ninguém sabe além das pessoas que participaram. Bom, lembra daquele meu vizinho na Itália, que eu te falei? – perguntei, estávamos de lado, encarando um ao outro, com nossos corpos nus de baixo da coberta.
- Sei. – disse ele, colocando um braço de baixo do travesseiro.
- Então, eu não te contei a história toda. Na escola esse meu vizinho ficou sabendo que eu tinha uma quedinha por ele, esse garoto era o mais popular. Pra se divertir, ele me convidou para uma festa particular, não conseguia acreditar que um garoto que eu gostava e popular podia estar a fim de mim. Eu fui, comprei um vestido todo azul claro, com detalhes em miçangas. Enfim, estava tudo perfeito. Cheguei à festa, do que pisei dentro da casa voou um ovo em minha direção. Olhei para os lados e estavam ali todos do grupinho dele, segurando ovos. Algumas meninas que bateram e os meninos me xingaram. Depois disso passei a odiar aqueles que eram populares ou mais bonitos – terminei. Os olhos de Chris estavam sem emoção.
- AQUELES IDIOTAS, MANIACOS, VAGABUNDOS, COVARDES. E AQUELAS VADIAS TUDO FILHA DE CHOCADEIRA. – gritou ele se levantando da cama e andando pelado de um lado para o outro.
- Calma Chris, já passou.
- Se eu tivesse lá já teria acabado com aqueles... Aqueles... – ele não conseguia terminar a frase, suas mãos estavam fechadas em um punho. Ele olhou para mim e veio correndo em minha direção – Eles te machucaram? Você esta bem? – perguntou ele preocupado.
- Já se passaram três anos. – eu disse.
Ele segurou minha cabeça entre suas mãos e me beijou com amor, carinho e ternura. Deitamos na cama, ainda nos beijando. Sua mão circulava pelo meu corpo, explorando. Sua língua passeava na minha boca. Minha mão estava repousada em sua cintura.
- Desculpe – disse ele se afastando – você estava...
- Tudo bem Chris, volta pra mim – eu disse abrindo um espaço para ele, de baixo da coberta. Ele voltou e se deitou ali, seu lábio encontrou o meu.
Meu celular voltou a tocar.
- Não preciso atender – eu disse, sem desgrudar nossas bocas.
- Não precisa mesmo – completou Chris.
- PRECISA SIM! – gritou uma voz do lado de fora do quarto.
Ambos nos assustamos, levantamos rapidamente da cama.
Procurei correndo na minha mala uma roupa. Peguei um vestido, coloquei por cima e abri a porta. Vi Bruno e Mike parados na frente da porta.
- O que estão fazendo aqui? – perguntei um pouco assustada.
- São sete e quarenta. Por acaso não tinham um Luau pra irem? – perguntou Bruno já entrando no quarto. Mike estava logo atrás dele.
- Ui, o que rolo aqui? – Mike viu Chris pelado na cama.
- Nada – eu disse, realmente foi nada que rolou.
- Gente, nós não estamos com vontade de ir, podemos fazer alguma outra coisa amanhã? – perguntou Chris, ele leu minha mente.
- Ta bom, essa cena me deixou excitado, vamos fazer amor? – perguntou Bruno para Mike, saindo os dois para fora do quarto.
- De novo? – perguntou Mike, quando já estavam no corredor.
Fechei a porta e voltei para a cama.
- Chris, acho que você tem uma coisa para me contar.
Não me esqueci do combinado, ele sofria, vi em seus olhos.
- Prometa que não vai me abandonar depois do que eu vou te falar? – perguntou ele inseguro.
- Não importa o que você me fale, eu vou estar sempre ao seu lado meu amor.
- Ta, bom... Eu matei um cara!

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Notas finais do capítulo

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Oiew gente!
Está aqui um capitulo adiantado, porque, graças à chuva não fui pra praia!
Esse já é mais quente hein.
Agradeço aos comentários e quero mais hein!
Beijinhos Bia