Descobrindo o Amor escrita por bia


Capítulo 5
Maceió




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Emily PDV
- Sete e meio, uau! – Disse Chris comemorando, quando recebeu a prova bimestral de geometria.
Essas três semanas passaram rápido. Agora estamos na ultima prova do primeiro bimestre. Eu tirei nove em geometria e Chris sete e meio.
- Que ótimo amor e essa prova tava difícil – eu disse, abraçando Chris, ele me levantou e me rodou no alto. No corredor as pessoas olhavam, algumas ainda espantadas por ele ter me escolhido, pra falar a verdade até eu não acredito direito.
Eu amo tanto Chris, ele é tão maravilhoso. É carinhoso, compreensível, e quando sabe o que quer ele foca, e digo isso por experiência própria.
- Você é uma ótima professora. Sabe, depois das provas bimestrais tem uma semana livre, você sabe né? – perguntou ele. É eu soube que tem esse negócio aqui, não é nada mal.
- Fiquei sabendo sim.
- Bom, meu pai tem uma linha de hotéis em Maceió. Por pura coincidência – disse ele piscando para mim – ele vai precisar ir para ela nessa semana, e disse que eu posso levar alguém comigo. Você quer ir? – perguntou ele. Não consegui conter o sorriso.
- Claro! – eu disse dando um pulinho ele me olhou e riu. Já estava acostumada, ele sempre da risada de minhas manias.
- Essa é nova, minha pequena. – disse ele se referindo ao pulinho. Ele me abraçou e meu dei um beijo em seus lábios.
- Nossa Chris! Me falaram, mas eu consigo acreditar, o que esta fazendo com essa CDF? – a voz veio do lado, ambos viramos e vimos Camila, ela é uma nojentinha.
Se você quer saber o que aconteceu com Camila e Caio fique sabendo que foi uma história triste. Ele foi morar com o tio em outro estado, para esquecer o que Camila fez. Também queria sair de perto de sua irmã, nunca a perdoaria pelo que fez. Acho que já deu para entender que as duas tinham um caso. Também fiquei meio chocada. Foi uma polemica na escola toda.
- Acho que Nicole ainda esta solteira, porque não da em cima dela? – perguntou Chris, olhando firme para os olhos Camila.
- Calma Chris, a sua hora ainda vai chegar, não precisa ficar com ciúmes. – disse ela dando um tapinha de leve no ombro dele. Virou-se e saiu andando rebolando a bunda com sua mini saia.
- Nem liga minha pequena, ela só quer nos separar e ficar com você só pra ela. – disse ele rindo. Não acredito que Camila seja lésbica, não tenho nada contra, mas com a irmã de seu namorado é golpe baixo.
- Bom, voltando a viajem, você vai mesmo né? – perguntou ele pegando minha mão. Eu abri a porta do meu armário com a outra e coloquei meus livros lá dentro.
- Claro! – eu disse, me virei e dei um beijo em sua bochecha.
- Faz o pulinho de novo? – pediu ele fazendo um biquinho.
Dei o pulinho de novo e ele sorriu.
- Ah, eu te amo. – disse ele.
- Eu também te amo meu amor. – disse, nós saímos andando de mãos dadas porta a fora, até chegar em casa.
Depois que começamos a namorar Chris sempre me acompanha até em casa.
- Só para constar, a gente vai amanhã. – disse ele.
- Nossa, amanhã? E você me avisa agora?
- Eu não te avisei agora – disse ele me puxando e me virando, fazendo nós ficarmos um de frente para o outro. Estávamos na calçada, ele fez um biquinho – te avisei há uns minutos atrás.
- Tem razão, não foi agora. – eu disse sorrindo, ele olhou em meus olhos. Ficou olhando e depois desviou para a minha boca.
- Eu sou um cara de sorte. – disse ele passando os dedos de leve em meus lábios. Eu sorri. – Bom, entra lá e arruma sua mala, passo aqui amanhã às dez horas da manhã. – eu dei um beijo em sua bochecha e abri a porta de casa, antes de entrar olhei para trás. Ele estava me olhando. Entrei e fechei a porta.
- Ciao Nonna!
- Ciao Mi!
- Nonna, onde esta mamãe? – perguntei colocando minha mochila no chão da sala.
- No quarto de Bruno. – respondeu ela.
Subi as escadas, e parei na frente do quarto dele. Comecei a perceber que tinha algo errado, mamãe e Bruno choravam. Sei que não é certo, mas fiquei na porta ouvindo a conversa.
- Calma Bruninho, ela vai perceber que você é a melhor pessoa que existe. – disse mamãe, olhei por uma fresta . Ele estava deitado na cama, com a cabeça no colo de mamãe, ela estava passando os dedos pelo cabelo dele. É uma coisa que ela odiava fazer, mas por Bruno ela faria.
- Acho que ela não vai voltar mamãe. – disse ele chorando, o que será que esta acontecendo? – posso ficar um pouco sozinho? – perguntou ele fungando.
- Claro meu amor, se precisar de alguma coisa é só me chamar, hoje nem vou trabalhar pra ficar com você. – disse ela se levantando da cama e vindo em direção a porta.
Fui rapidamente para o banheiro do corredor me esconder. Eu sei que tem algo errado, Bruno não é do tipo chorão. Ela desceu as escadas e eu voltei para a fresta da porta.
Ele se levantou da cama, foi até o espelho, secou as lagrimas. Pegou o celular e discou um numero.
- Oi meu amor. – ele esperou a pessoa falar. – Sim, foi moleza. – disse com um sorriso, deu uma risada. – você que é! AH CACHORRO! – disse ele alto. Olhou para a porta ver se ninguém ouviu.
Espera um instante. Cachorro é no masculino, então ele esta falando com um homem e o chamou de amor. Arregalei meus olhos, BRUNO É GAY.
-Ta, te amo. – disse ele desligando.
Bruno se sentou na cama e começou a olhar o celular. Sorriu e deitou. Não consegui me conter, dei um toque na porta e entrei, ele se sentou e me viu.
- Estava chorando? – perguntei a fim de fazer a conversa chegar ao ponto que ele me conta de sua opção sexual.
- É. Eu estava namorando a Larissa, aquela garota que eu te falei, sabe? – perguntou ele olhando para baixo.
- Sim.
- Então, ela terminou comigo e tipo, eu gostava mesmo dela. – ou Bruno sabe chorar falso ou está emocionado com sua ótima atuação.
- Sabe Bruno, você pode me contar tudo, tudo mesmo. – eu disse olhando firme em seus olhos.
- Você já sabe, né? – aquilo foi uma afirmação, mas eu assenti com cabeça.
- Quem era no telefone? – perguntei.
- Meu namorado. – disse ele sem emoção. Estava envergonhado.
Eu me sentei na cama, e encostei minhas costas na parede. Ele fez o mesmo.
- E você gosta dele? – perguntei.
- Muito. – disse ele sorrindo.
- Então é isso que importa, sou sua irmã e vou te apoiar seja qual for sua opção. – eu disse. Ele entrelaçou nossos dedos e me olhou. – Me conte, como vocês ficaram namorados? – perguntei.
- Ele é do time de futebol. Teve um dia que eu fui assistir o treino com Larissa, ela é minha melhor amiga. Então eu o vi e não parei de pensar nele. Comecei a ir sempre aos treinos, com Larissa, até que teve um dia que a bola caiu do meu lado e ele foi buscar. Me cumprimentou, eu não consegui responder nada. – ele rio. – No dia seguinte nos esbarramos no corredor e ele disse: ‘Oi garoto mudo, como você sempre esta assistindo o treino deve gostar de futebol, não gostaria de ir ao jogo que vai ter hoje? Corinthians e Palmeiras, estou com um ingresso sobrando’. Foi nesse jogo que rolo um clima e a gente começou a namorar. – finalizou ele sorrindo.
- Que bonita essa história de vocês. – eu disse.
- Mas e você em mocinha, corre um boato de que você e Christian estão namorando, é verdade? – não pude deixar de sorrir.
- Já faz duas semanas. – eu disse.
- Eu imagino, a gente anda tão distante né? Mas não muda de assunto não sua danadinha, pode me contar tudo. – eu corei.
- Bom, na segunda semana de aula ele veio do nada pedir ajuda em geometria, veio aqui em casa e começou a falar que me queria, essas coisas.
- Ui, que romântico. – disse Bruno, ter um irmão gay podia até ser legal.
- Enfim, no dia seguinte ele pediu ajuda de novo e foi ai que começamos a namorar. – eu terminei, minha história é tão simples perto da do Bruno.
- Esse não perde tempo hein, é dos bons. – disse ele.
- Esse é meu hein. – eu disse, rindo. Ele também rio.
- Calminha, não sou a Camila. Aquela vadia. – disse ele fazendo biquinho.
- Só tem uma coisa que não me sai da cabeça. Você já era gay ou... – eu não consegui terminar a frase, admito que foi meio chato essa pergunta.
- Eu sempre fui meu amor. Minhas namoradas eram homens. – disse ele com orgulho.
Ficamos um pouco em silencio e me lembrei de Maceió.
- Sabe o que vou fazer nessa semana livre depois das provas? –perguntei sorrindo.
- O que? Me conta tudo!
- Vou para Maceió com Chris e seus pais. – eu disse, ele abriu a boca.
- Quem vai pra Maceió? – perguntou mamãe que estava parada na porta.
- Os pais de Chris me convidaram, posso ir? O pai dele é dono do hotel. – eu disse.
- Se os pais dele vão, então tudo bem. – ela disse.
- Vou amanhã. – eu disse. Ela ficou um pouco chocada.
- Então vai logo arrumar as coisas. – disse ela, abri um sorriso. – Como esta meu filhinho? – perguntou mamãe para Bruno.
- Eu e Mi estamos conversando, ela esta me ajudando a superar essa fase. – disse ele apertando firme minha mão.
- Ta bom então, eu estou lá em baixo, se quiser alguma coisa. Emily vá arrumar suas coisas.
Mamãe saiu porta a fora. Bruno sabe que ela sempre da preferência a ele, por isso tenta me ajudar.
- Quer ajuda pra arrumar as coisas? – perguntou ele. Bem quando eu ia responder meu celular começou a tocar.
- Quero, rapidinho. – peguei meu celular e olhei o display. – É Chris. – eu disse.
- Põe no viva voz, quero ouvir.
- Oi meu amor. – eu disse atendendo.
- Oi minha pequena. – eu corei e olhei para Bruno, ele estava com a ponta do dedo na boca. – Deu um problema e meus pais não vão poder ir, tenho duas passagens sobrando, você não quer levar alguém? – eu não teria quem levar, não tenho amigos, nunca que vou levar minha mãe. Talvez Nonna, mas seria uma viagem muito grande pra ela.
Olhei para Bruno e tive um super idéia.
- Posso levar Bruno e... Sua namorada? – perguntei olhando pro meu irmão
- É namorado! – gritou ele.
- Namorado? – perguntou Chris sem entender nada do outro lado da linha.
- É uma longa história, mas pode ser? – Bruno estava quase pulando.
- Claro, vai ser até melhor. Assim eu e você ficamos em um quarto e os dois em outro.
- AAAAAHHH! VOU ARRUMAR MINHAS COISAS! – disse meu irmão saindo correndo para o armário, feito uma criança.
- Acho que ele que ir. – disse Chris. – Também vou arrumar minhas coisas, tá? Eu te amo minha pequena.
- Também te amo meu amor.
Desliguei e fiquei olhando pro celular ainda sentada na cama de Bruno. Sorri, eu sou mesmo sortuda.
- Vou ligar pro meu namorado.
- Põe no viva voz, eu quero ouvir. – dessa vez era eu que estava curiosa.
- Oi gato – disse o homem do outro lado da linha. Nossa, me lembrei que eu não sei quem é.
- Oi gostoso - respondeu Bruno. – Minha irmã vai viajar pra Maceió e tem duas passagens sobrando, ela chamou eu e você, não quer ir?
- Mas ela... Tipo... Eu e você... Sabe... – ele ficou sem graça.
- Ela já sabe. – respondeu Bruno
- Tudo bem, quando nós vamos?
- Amanhã.
- E você passa aqui pra me pegar? – perguntou o namorado misterioso.
- Claro.
- Nos vemos amanhã, te amo meu gato.
- Também te amo gostoso. – respondeu Bruno desligando o celular.
Levantei da cama e abracei meu irmão, foi o primeiro em muito tempo.
- Desculpa Mi, por eu sempre roubar a mamãe de você, eu te amo.
- Tudo bem, não é você que faz isso, é escolha dela – ainda abraçada com Bruno pude sentir a umidade de meus olhos. – Eu te amo maninho.
(...)

Christian PDV
- Agora é só esperar por Bruno e o namorado dele. – eu disse, minha pequena segurava minha mão.
- Aquele é o carro dele. – disse ela, apontando para um carro preto que estava chegando.
O carro parou, desceu Bruno e depois seu namorado. Espera um instante, aquele não seria meu melhor amigo?
- Aquele é Mike? – perguntou Emily, olhei para ela e estava com a boca aberta.
- Aham – eu também não consegui entender nada.
- Oi gente, esse é Mike, eu sei. – disse Bruno de mão dada com o namorado.
- Amor, você não me avisou que sua irmã é a Emily e que namora o Chris. – sussurrou Mike pro namorado
- Achei que você já sabia. – respondeu ele.
- Tudo bem gente. Não me importo Mike, sério. Se você quiser não conto pra ninguém, mas você podia ter me contado, é meu melhor amigo.
- Desculpa, achei que você não iria querer mais andar comigo se eu te contasse. – respondeu ele olhando para baixo.
- Cara, eu te amo. Entendo que você goste de... Homem. – respondi, sei que isso soou gay.
- Tudo bem, mas o namorado é meu. – disse Bruno.
- Claro! – respondi.
- Certo, então vamos? – perguntou Mi.
- Sim meu amor, nós vamos nesse jatinho do hotel – eu disse, chamei Frederick. – esse é Frederick, mas eu o chamo de Fred. Ele que vai... Cuidar da gente.
- Olá Fred. – respondeu Emily. Os outros dois deram um tchauzinho com a mão.
Eu subi dentro do jatinho, atrás de mim estava Emily.
- Mas as malas estão no carro. – disse Bruno.
- Fred pega.
- Claro senhor. – respondeu ele.
Subimos todos. Eu e Emily sentamos juntos, ela segurou minha mão e apoiou a cabeça em meu ombro. Beijei sua testa. Logo seriamos só eu e minha pequena.

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Notas finais do capítulo

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Oiew gente!
Tive que terminar correndo esse capitulo, porque mais uma vez vou viajar.
Esse não ficou muito bom, mas tem que ter para continuar.
Para quem não gosta de história homossexual, fique tranqüilo, não vou falar nada de Bruno e Mike.
Estou muito feliz com os comentários que me mandam e com os meus leitores fieis.
Quero mais comentários hein =D
Beijinhos Bia