Descobrindo o Amor escrita por bia


Capítulo 17
A um passo da verdade




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Christian PDV

   - Chris!

   - Calma Nicole, estamos chegando.

   - CHRIS! – gritava ela.

   Suas mãos suadas passavam sob o cabelo bagunçado. Ela segurava a barriga, como uma proteção. Não sei como, mas de uns tempos pra cá Nicole tem ficado linda, sim linda.

   Ela estava diferente, mais carinhosa, talvez sensível. A pessoa fria em que ela se tornou no passar dos tempos estava morrendo, enquanto nascia uma criança em seu útero.

   - Nick, vai dar tudo certo.

   Ela olhou profundamente em meus olhos, buscando a esperança de me ter de volta. É, talvez ainda existisse mesmo.

   - Vai nasce! – disse o médico, pedindo para Nicole fazer mais força.

   - É um menino!

   - Um menino – eu repeti a mim mesmo.

   Passou um tempo. Eu fui ver meu filho. Ele é lindo. Suas bochechas rosadas, sua boquinha pequena, seus dedos minúsculos. Leandro é lindo. Peguei-o no colo, sentindo seu hálito, sem nunca ter colocado um alimento na boca. Seu hálito de vida.  

   Eu estava olhando em seus olhos, quando ele sorriu. Vi suas gengivas e seus olhos brilhar. Meu filho é lindo.

   Olhei para o lado, Nicole dormia depois de um parto difícil. O bebê está calminho no meu colo. Foi quando o pano que o cobria escorregou e eu vi uma coisa. Uma mancha de nascença, mas não era uma manca qualquer. Eu já a tinha visto antes.

Flashback

- Cara, o que você fez no braço? – perguntei, passando a não em cima do machucado.

   - Áh, isso. Não é nada, é uma mancha de nascença. Meu vô tem, meu pai tem, eu tenho. É feia, eu sei. Não é nada.

- Nossa, é muito feia. – eu disse rindo.

Caio me deu um empurrão.

- Você é um idiota.

Fim do Flashback

   Será que Nicole estava mentindo para mim? Ela tem sido falsa esse tempo todo? Nicole estava mudada, eu tenho certeza.

   - Enfermeira – eu chamei qualquer uma que estava passando.

   - Sim?

   - Eu quero fazer um teste de compatibilidade, com esse bebê – eu disse.

   - Bem, vamos ter que conversar com seu medico e esperar uns dias, ele é muito pequeno. E vai demorar a sair.

   - Eu não tenho tempo, sei que podemos chegar a um acordo.

   - Vou chamar o médico aqui.

   (...)

   - Bem, daqui três dias sai o resultado, e como o senhor disse, em segredo – o medico confirmou.

   - Obrigado doutor.

  

Emily PDV

   - Você tem certeza Chris?

   - Tenho Mi, eu me lembro direitinho dele falando da mancha.

   - Então você pediu pro doutor fazer o teste de compatibilidade?

   - Pedi, também pedi para ele não mencionar nada com Nicole.

   - Isso é importante.

   Realmente o que ele me dizia que surpreendia um pouco, eu sabia que Nicole não prestava, mas ela seria capaz de enganar Chris sobre uma coisa tão séria? É, seria.

   - Oh amor, eu estou com tanto medo.

   Ele encostou sua cabeça no meu ombro. O quarto estava quente para o dia frio que fazia. Sentada na cama eu podia sentir as lagrimas do olho de Chris.

   - Calma Chris...

    - Como ela pode me enganar? Como? Eu que fui o único em apoiá-la com isso, e ela me engana, fala que o filho é meu. Estamos falando de uma vida, ela não pode ter feito isso.

   - Você ainda não sabe direito.

   Tentei confortá-lo.

   - O pior é que eu tenho certeza.

   Eu sei o quanto isso é importante para ele, afinal, ele sempre quis ter um filho. Ele tinha esperanças de ser uma ótima experiência, mesmo sendo muito cedo e com a Nicole. Eu o entendia.

   - Amor, você sabe que eu estou do seu lado.

   - Eu te amo Mi.

   Dei um sorriso bobo. Deitei na cama e ele deitou do meu lado.

   Chris me puxou para mais perto dele e selou nossos lábios. Não nos mexemos, estávamos apenas de olhos fechados, sentindo a pele e o calor um do outro. Eu sentia sua respiração doce entrar na minha boca.

   Foi então que o celular de Chris começou a tocar.

   - Só um minutinho – disse ele a mim, com nossos lábios ainda colados. Demos uma risada – É o Mike. Alô? – Ele começou a ouvir, sua testa franziu em preocupação – Tem certeza cara? Vou ver aqui, já te ligo – ele desligou o telefone – Onde Bruno está?

   - Acho que no quarto.

   - Acho que não. Mike disse que Bruno passou na casa dele, deu um beijo de despedida e saiu montado em uma moto com uma mochila nas costas.

   Não acredito que Bruno fugiu com aquela garota e largou Mike.

   Levantei correndo e fui até o quarto de Bruno. Em cima da cabeceira tinha um envelope. 

            Emily,

   Você é a minha única irmã, e aquela que eu sei que realmente posso contar. Espero que você entenda meus sentimentos. Estou confuso e fugir com Alexandra foi à única solução razoável. Isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde.

   Tomara que você encontre essa carta antes de mamãe, e se for você que está lendo isso, saiba que eu sempre fiz de tudo para te ver sorrindo e ver mamãe ao seu lado. Voltarei em breve, assim espero. Não irei tão longe, apenas me espere todos os dias.

   Com amor,

   Bruno.

 

   - Meu Deus, coitado do Mike – disse a mim mesma.

   - Não acredito.

   Peguei meu celular do bolso e disquei o numero de Bruno, a cabeceira começou a vibrar, abri a gaveta e ali estava seu celular.

   - Ótimo, mais problemas. Não quero nem pensar na reação da minha mãe, e de Nonna.

   - O que tem minha reação Mi? – olhei para porta e estava Nonna parada.

   - Bruno fugiu.

   - Ele me avisou – disse ela calmamente.

   - Como assim? Nonna, a senhora não fez nada para impedir?

   - Impedir o que Mi? Ele queria ir, que vá. Mas lembre-se, no final do dia todos voltamos para casa.

   - Não acho que ele vá voltar.

   - Não agora.

   Chris também parecia meio pasmo. Voltamos para o quarto.

   - Meu irmão fugiu – disse,a inda me recuperando do choque.

   - Calma Mi, ele disse que vai voltar – disse Chris, me abraçando.

   - Quando? Para onde ele foi? Porque ele fez isso?

   - Ele precisava de um tempo.

   - E minha mãe? Ela vai querer se matar.

   - Não exagere amor. Vem cá.

   Ele me puxou para mais perto, olhou em meus olhos e me beijou. Sua língua me explorava como nunca feito antes. Ele lambeu meu pescoço, subiu até minha orelha e sussurrou:

   - Estava com saudades.

   Arrepiei-me.

   - Onde você estava esse tempo todo?

   - Te esperando – respondi, deitando na cama.

   Estava muito frio e já era de noite. Puxei o edredom para cima de nós dois. Ele não estava afim e eu também não. Só queríamos curtir um ao outro.

   Deitados ali eu podia sentir o calor de nossos corpos, um grudado no outro.

   Não conseguia para de pensar em Bruno, ele fugiu por quê?

   Tudo bem que aqui não é a melhor casa do mundo, mas não é tão ruim. Ele tinha a mãe só para ele e ainda um namorado perfeito. Aquela Alexandra chegou para estragar, estava tudo harmonioso antes dela.

   - Posso fazer uma pergunta?

   - Claro amor.

   - O que vai fazer se o filho não for seu? – ele olhou para mim com intensidade, desejei não ter feito pergunta nenhuma.

   - Se não for meu com certeza é de Caio, e eu vou falar com ele, um papinho especial – eu sabia o que isso significava.

   - Chris, não faça nenhuma burrada.

   - Não vou bater nele, apenas botar um medo, assustar.

   - E Nicole?

   - Essa criança era o único motivo para eu ainda estar falando com ela, se esse bebe não for meu, então não há mais motivo para manter contato.

   Olhei para o teto e dei um sorriso torto, eu sei, não deseje o mal para as pessoas, mas acho que Nicole merece mais que isso.


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Notas finais do capítulo

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Oiie gente!
Desculpe a demora e o capitulo curto,,
queria deixar um recado,
A fic está acabando, deve ter pelo menos uns 3 capitulos e então acaba, já até sei o que vai acontecer.
Estão todos deacordo com isso? Afinal, tudo tem um fim.
Espero que gostem,
comentarios?



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