Descobrindo o Amor escrita por bia


Capítulo 18
O fim




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/59377/chapter/18

Emily PDV

   O escuro é surpreendente, não ver nada durante uns minutos pode ser uma aventura para quem enxergou a vida inteira. E estou reclamando de que?

   Os dedos de Chris se apertam nos meus, fazendo nossas mãos suarem. Eu não queria pensar nas preocupações, bem na verdade, ele deve estar mais preocupado que eu. Ser pai aos dezoito anos é perder a adolescência, o que mais me deixa feliz é que Chris resolveu assumir esse filho (já que muitos garotos com o passado dele não o fariam).

   Andando na rua eu percebo como a noite é calma. Se bem que dez horas não é horário de andar por ai. Só queria ir à casa de Chris.

   - Emily, você está bem? – ele perguntou.

   - Claro, por quê?

   - Eu estou falando e você não responde – disse.

   - Desculpe, me perdi nos pen....

   Não deu tempo de terminar a frase, eu ouvi uma buzina e uma luz queimando meus olhos. A buzina não parava. O carro veio em minha direção com uma velocidade absurda. Não deu tempo de desviar nem nada, eu já fui atingida.

   Sentia dor. Caída no chão meu sangue saia da veia como água. Minhas pernas estavam abaixo do carro e minha cabeça aberta. Dor, dor e mais dor.

   - EMILY! EMILY! VOCÊ ESTÁ BEM? – gritava Chris.

   - Amor, olhe pra mim – eu sussurrei, eu sei que pode ser meu fim – Não se esqueça que eu te amo – disse ao fim, vendo minha vida ser levada.

  

Christian PDV

   Estávamos andando na rua, eu queria ir pra casa, dar para Emily o anel que eu comprei pelo nosso namoro. Eu falava, mas ela não respondia.

   Comecei a ouvir uma buzina ensurdecedora e de repente o carro atingiu meu amor. Ele deu uma batida nela. Emily caiu na calçada e bateu a cabeça, cortou. E como se não bastasse o veiculo passou por cima de sua perna, apertando as rodas bem em suas costelas. Eu me desesperei, o sangue escorria. Peguei meu celular e liguei para a ambulância.

   Eu sentei ao seu lado e comecei a chorar minha perda. Esperanças eram fúteis naquele momento, mas eu ainda podia ver a lagrima pedindo por socorro, escorrendo naquelas bochechas rosadas.

   A ambulância chegou, na minha cabeça eu já tinha tudo planejado para ir ao hospital com ela. Mas os médicos a colocaram na maca e socorreram-na no veiculo mesmo.  Eu ouvia os choques dado em seu peito, mas eles não tinham mais esperanças.

    A dor já sabia o que aconteceu.

   - Sinto muito rapaz, fizemos de tudo – disse o médico.

   Foi então que eu percebi o que realmente aconteceu, acabei de perder Emily, e não foi por uma noite ou um mês, foi para a vida toda.

 (...)

   - Sinto muito Chris, de verdade – disse Mike, me abraçando.

   Eu não pude conter as lagrimas, ali estavam elas novamente. O caixão aberto deixava um ar de morte, as bochechas não estavam mais rosadas.  Eu não conseguia olhar, derretia meu interior, me gelavas o corpo. Eu nunca mais teria alguém para sorrir bobamente ou andar pela rua.

   - Chris, meu filho, eu sinto muito. Não é melhor irmos para casa? – perguntou minha mãe, sentando do meu lado e passando o braço atrás do meu ombro.

   Ela sabia o que viria agora, mais depressão e psicólogos.  E eu não negava.

   O padre chegou, fez uma oração e enterraram Emily, enterraram minha pedra preciosa. Nesse momento me veio uma coisa na cabeça. Se eu poderia amar Emily, não amaria mais ninguém.

 (...)

   Os dias foram passando e eu esqueci totalmente do teste de compatibilidade. Olhando a foto da minha pequena rosada eu me lembrei de meu filho.

   Sai de casa, indo para o hospital.

   - Olá Chris, eu fiquei sabendo do que aconteceu. Sinto muito, muito mesmo. Eu sei o quanto você gostava dela – me consolou Nicole.

   Abri um sorriso, é talvez as pessoas mudem mesmo. Fui até a sala do médico e peguei o resultado do exame. Olhei profundamente o envelope e nada fiz, andei um pouco, rasguei o lacre. Eu podia sentir meu coração martelar meu peito, eu queria saber o que estava escrito.

   - Isso é por você Emily – eu sussurrei, enquanto pegava meu isqueiro e colocava fogo no resultado, sem saber a verdade.

   Voltei para o quarto do hospital e pedi Nicole me casamento.

   Se eu não posso amor Emily, então não vou amar mais ninguém.

  

  10 anos depois

   - Papai... Papai... Olha o que fiz pra você! – gritou a pequena Sara.

   Com seus quatro anos, minha segunda filha me mostrou um desenho, em que eu segurava sua mão.

   - Que lindo, esse é realmente o desenho mais lindo que eu já vi.

   - Brigada papai – aquele lindo sorriso me fazia lembrar quando eu queria ter um futuro.

      Um tempo passou, mas eu não fui capaz de contar os anos.

   - Olá Querido – disse ela.

    Mesmo vendo Nicole parada na porta, eu ainda me lembrava claramente da imagem de Emily, correndo atrás da mim.

 

 

 

 

Fim


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
demoro mais saiu.
O final ficou como eu esperava e espero que voces gostem (mesmo sendo dificil, já que Emily morreu)
Mereço Comentarios?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Descobrindo o Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.