Your Selection - Fanfic Interativa escrita por Soo Na Rae


Capítulo 34
Príncipe Thommas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Capítulo 33

Príncipe Thommas

"A virtude é uma consequência da saúde e da alegria; a tristeza depõe contra a virgindade e contra o amor. E, finalmente, que são a virtude, a saúde e a alegria, senão a mais completa felicidade humana - a família?" - Aluísio Azevedo

Emilie Simon – Chanson de Toile

América, 6 anos antes.

O céu americano exalava as baforadas de cinza que as chaminés despejavam no ar. Espirais, subindo as paredes de pedra e tijolos, dando um pouco mais de preto e branco para a paisagem de cimento e calcário. O mundo era cinzento demais, depressivo demais. O vento corria como um fugitivo, esperando chegar a outro local. Os sons que vinham do lado de fora eram cortados pelo vidro e o metal. A janela deixava visível apenas metade daquela tristeza. Terra convertida em calçadas e asfaltos, há muito inutilizados. Os trilhos do trem atravessavam vales desertos, relvas que cresciam negras, flores que murchavam antes mesmo de brotar. E com os olhos fincados lá, além, ele continuava ignorando tudo ao redor. Os bancos estofados e marrons, as malas balançando, os passos, os sussurros. Ignorava tudo e todos. Enquanto observava o lado de fora daquele trem, onde o mundo jazia.

No paletó que havia ganho, o crachá com seu nome estampava tudo o que precisava para sobreviver a viagem. Meias até os tornozelos, sapatos pretos. As calças cobriam-no como mantas, grandes demais, em seu corpo ossudo e fino. A parte interna da bochecha já estava em carne viva, enquanto mordia-a, esperando passar o tempo. Às vezes uma lebre ou uma corça surgiam, correndo. Serpentes rastejavam pela areia no deserto. Mas o trem continuava andando, sem lhe dar tempo para ver mais daquele mundo. As nuvens misturavam-se com o Sol, e o Sol misturava-se com a brancura dos céus infinitos. Uma gota caiu diante de seu nariz, e outra, ao lado. Aos poucos, a terra cinzenta e os paralelepípedos de cimento eram manchados com água. Uma chuva ácida despontava no horizonte, sendo levada pelas forças da natureza, ou o que havia restado dela. Thommas viu uma lagoa seca, com as carcaças de bois e os esqueletos de peixe a deriva em suas águas imaginárias.

Há quem diga que este é um ambiente de dor, uma pintura desalentadora ou até mesmo dramática. Mas para ele era um pingo de azul, azul cinzento. A morte tinha esta cor. E vê-la lhe dava um pouco mais de alegria. Afinal não era sempre que se podia presenciar as cores do mundo, deste modo. E acredite, para a morte ter uma cor, o mundo deve estar bem preto-e-branco.

Mas pelo menos agora não passaria mais fome. Não teria de correr dos ataques das gangues e também não precisaria temer dormir de noite, quando alguém poderia abrir sua garganta com um pedaço de vidro. Olhou as próprias mãos. Os únicos vestígios de que viera de era a sujeira debaixo das unhas, mas isso logo iria embora também, pois cortariam, escovariam e o deixariam limpo. De corpo e alma, assim esperava. Mas o quanto uma alma pura pode ser limpada? Os fleches de luz refletidas no oceano chamaram sua atenção, voltando a olhar para fora da janela. Agora o Sol brilhava de verdade, já partindo. Abandonando a Terra para uma noite fria e escura. Sem Lua ou estrelas. Apenas os grilos.

– Talvez seja melhor adormecer um pouco, garoto. Amanhã chegaremos e todos estarão esperando ver um garoto sem olheiras ou lábios caídos. Até lá, espero que consiga te ensinar a sorrir – A assistente social abriu um sorriso consolador, pousando a mão em seu joelho. Observou-a. Dedos longos, pele morena, unhas pintadas de vermelho vinho. Thommas não sabia o que era vinho, também não sabia como era o vermelho, mas assim sentia que vinha o calor da pele daquela mulher. Colorindo um pouco mais. Azul cinzento, vermelho vinho. Seu joelho ossudo e pequeno batia contra os dedos dela, enquanto balançava os pés sem sincronia. O silêncio era seu maior aliado naquela viagem, não havia quebrado-o desde que deixara seu lar. Sabia para o quê o tinham levado. Thommas não era ingênuo ou bobo. Sabia que o queriam, sabia que pessoas se intitulavam “Papai e Mamãe”, em algum lugar no final daquela viagem. Mas isso não significava que realmente seriam seus pais. pois Thommas já tinha uma família, mesmo que mortos. Em algum lugar, eles ainda estavam lá.

Então virou a cabeça e pousou-a contra a janela, observado o infinito caminhar da Terra, o cinza, a fumaça. Casas aparecendo e desaparecendo, até que enfim fechasse os olhos e dormisse.

América, 4 anos antes.

Colocou a lente diante do olho direito, castanho e de longos cílios. Fechou o olho esquerdo, erguendo uma sobrancelha, como um ritual. Apertou o botão vermelho no alto da máquina e ela começou a gravar. Deu o sinal para Patrick, que ergueu sua espada montante de um metro e vinte centímetros, com lâmina dupla, grossa e de punhal largo para duas mãos. Os braços do rapaz eram finos, embora ele conseguisse levantar a arma. A armadura constituía-se em uma viseira, capacete, cotoveleiras e joelheiras. Uma placa de peito, cota de malha e luvas de couro. Patrick deu um passo a frente, ameaçador, com um metro e oitenta e oito de valentia e bravura. Um soldado medieval perfeito.

– Renda-se agora, ou morrerá sentindo o gosto da lâmina da minha justiça. – ele disse, a voz trovejando.

Thommas suspirou, cortando o vídeo e excluindo-o em seguida. Detestava quando os irmãos erravam o texto. Passara horas escrevendo e os obrigara a decorar, então porquê simplesmente não acertavam após a décima oitava vez? Patrick jogou a espada no chão, tirou o capacete e a viseira. Seus olhos azuis faiscavam, os cabelos despenteados e o maxilar contraído mostravam que estava realmente entediado com tudo aquilo.

– Você errou. É “o gosto da lâmina da justiça”, não “o gosto da lâmina da minha justiça”. – disse, recolocando a câmera do lugar e rolando o vídeo. Observou as cenas já gravadas. Elas se encaixavam, embora fossem cortadas. Às vezes desejava apenas poder voltar para o quarto e ver mais um dos filmes antigos. – Se queremos fazer isso, temos de seguir o roteiro.

– Não é chato demais seguir um roteiro? Imagine se a vida fosse um roteiro? – Will tirou sua máscara de "Assassino Mascarado”, que Thommas havia demorado duas horas para terminar. O papel verde já se rasgava em um dos pontos, mas Will teve a delicadeza de cuidar da máscara.

– Isso se chama filosofia, e não estamos em uma sala de aula. – Patrick retrucou – Eu concordo com o Tom, precisamos seguir o roteiro. Mas o seu roteiro é péssimo. Você nunca vai conseguir fazer algo realmente bom usando isso – ele chutou a espada de quase 1200 anos de idade. Thommas correu até ela e pegou-a com ambos os braços, envolvendo-a.

Isso tem mais valor que minha câmera. Foi feita no período de madeira dos primeiros homens, quando o fogo ainda era o meio de iluminação e as guerras eram travadas com lanças e cavalos, não bombas e radiação. Morriam soldados, não camponeses.

– De qualquer modo, morriam. – Patrick deu de ombros. – E a guerra se ganhava com a melhor estratégia e a melhor movimentação diante das adversidades. De que custa um exército se você não tem cobertor e comida para todos eles? Assim aprendeu Napoleão.

– E assim você aprendeu, em uma sala de aula, com um tutor. Mas não se aprende a viver um personagem. Você simplesmente faz. – Thommas suspirou – Eu não quero mais fazer isso. Vou escrever outro roteiro.

– Por favor, pode ser sobre animais? – pediu Will.

– Ou ficção científica. – Patrick jogou a placa de peito no chão, entre as folhas das árvores.

– Será sobre o que eu quiser. – Thommas mordeu os lábios, abraçando a câmera e também o suporte, e levando-os, junto a espada. Era pesado, sim, mas carregaria. Carregaria como se carregasse filhos. Subiu o morro da floresta e seguiu em direção a varanda de sua casa. Subiu os degraus, abriu a porta dos fundos, percorreu o corredor, entrou na última porta do segundo andar. Colocou os instrumentos sobre a cama, cuidadosamente. Fechou as cortinas, acendeu a luz elétrica. Lançou um longo e fatídico olhar sobre a tela negra da televisão. Sentou na poltrona e apertou o botão, liberando a imagem congelada. As cenas se desenrolavam. Pessoas sorriam, embora estivessem atuando. Pessoas morriam, embora estivessem atuando. A beleza de todas as cenas não era o verdadeiro ato ou a história contada no filme, mas o modo tão real com que os atores conseguiam retratar tudo. Mesmo não sendo aquelas pessoas. Mesmo não tendo sofrido tudo o que os personagens sofriam. Suspirou. Por que Patrick e Will não conseguiam fazer o mesmo? Olhou para a pilha de roteiros já usados e excluídos. Jogou o último deles sobre a pilha. Mais um fracasso. Era incrível imaginar que um dia aquele mesmo lugar fora palco para pessoas tão talentosas. Os filmes eram uma relíquia, fragmentos do passado. Tudo o que restara da América, de sua casa. Seu país. Por que não conseguia fazer algo igual?

“Mas o seu roteiro é péssimo. Você nunca vai conseguir fazer algo realmente bom usando isso.”. Ele conseguiria, apostava que conseguiria. Fungou, tentando conter as lágrimas, enquanto elas vinham. O filme era de 1942. A Segunda Guerra, em cores. Mordeu os lábios, piscando algumas vezes, afastando o drama de sua alma já melancólica. Era sempre assim. Não conseguia segurar. Uma lágrima escorreu pela bochecha, quente. O filme foi gravado anos após o verdadeiro término da guerra, mas os atores faziam parecer real. Encolheu-se quando uma das bombas explodiu sobre a casa mais próxima, a bola de fogo erguendo-se pelos céus, e então pessoas correndo nas ruas, mãos na cabeça, tentando encontrar algum abrigo para se esconderem. Thommas preferia ver os filmes onde as batalhas eram combatidas com espadas e arcos, não com bombas. Ao menos eles tinham um meio de se defender. Uma chance, uma oportunidade. Esperança. A segunda bomba explodiu na rua, elevando fumaça e pedaços de cimento, piche e tijolos. Casas. Pessoas. Moveu a mão em direção ao controle, pronto para desligar o DVD, quando a porta se abriu de repente. Apertou o botão rapidamente, coçando os olhos vermelhos.

– Mãe? Você... – olhou-a, e então abaixou os olhos – Eu só...

– Fiz biscoitos. – ela sorriu, aproximando-se, a bandeja em mãos com seus deliciosos pedaços de chocolate. Ela colocou a bandeja sobre sua cama e ajoelhou-se diante da poltrona. Os braços dela estavam marcados com cicatrizes grossas e salientes. Seu sorriso era caloroso, como amarelo areia. Mais uma das cores de sua vida. – Thommas... – ela disse, a voz suave e macia, como suas mãos, enquanto acariciavam suas panturrilhas – Você...

As lágrimas recomeçaram, e os soluços as seguiram. Tentou reprimir, mas quando mais tentava, mais intenso ficava, até que estivesse nos braços dela, a cabeça sobre seu peito, os braços o envolviam com fraqueza. Ela sorria, sabia que estava sorrindo, mesmo sem olhar para o rosto dela. Pois ela era assim. Sempre sorria. Seus olhos castanhos deveriam estar fechados e sua mão adentrava o emaranhado castanho dos cabelos de Thommas.

Como podem? – disse, entre soluços, e ela o apertou um pouco mais.

– Meu amor, meu lindo e bondoso amor. – ela suspirou – Você tem um coração tão puro e grande, Thommas... – ela o soltou e segurou seu rosto – Meu garotinho. Eu o amo. Sabe que o amo.

– Sei. – soluçou – Eu sei. – respirou fundo. – Também te amo.

Ela sorriu novamente, e o envolveu. Cheirava a biscoitos, o cabelo castanho sobre seu rosto. Thommas gostava de quando mamãe o abraçava. De senti-la dando conforto, mesmo quando não havia motivo para isto. Patrick dizia que era apenas um bobo chorão, Will achava bonito. Papai não gostava de falar sobre e graças a Deus o resto da família não tinha conhecimento. Mas as lágrimas sempre foram fáceis para Thommas. Vinham com tanta rapidez que era difícil segurar. Talvez ele realmente fosse um bobo chorão, ou apenas fraco demais. Mas gostava. Gostava de chorar a morte de pessoas que nem mesmo conhecia. Gostava de saber que isso incomodava seu peito. Pois assim, mamãe diria que ele era seu garotinho bondoso. E isso ele não queria perder, nunca.

– Eu nunca vou deixar ninguém colocar a mão em você. – ela prometeu, segurando seus ombros – Nunca. Nunca irão machucá-lo, Thommas. Não novamente.

– Eu sei.

Seu sorriso veio acompanhado de olhos marejados, e logo ela também estava soluçando.

– Nunca. – repetiu, para si mesma. – Nunca, meu garotinho.

América, hoje.

Abaixou os olhos das câmeras, mostrando as cenas ao redor do mundo. Não queria ver. Não queria mesmo ver tudo aquilo. A mão de Sarah estava sobre seu ombro, embora isso não amenizasse sua infelicidade de estar lá. Mas papai insistira. Patrick e Will encaravam, boquiabertos, a revolta francesa, enquanto o rei Filip falava sobre como a investida contra a Inglaterra tinha sido um sucesso. O castelo estava tomado, a família real fugira e agora a Inglaterra pertencia a América. Comprimiu os lábios. Thommas desejava que os inocentes estivessem bem. Que as famílias não fossem destruídas e que ninguém morresse. Por favor, que ninguém tenha morrido.

– Pensamentos que a família real provavelmente virá para seu principal aliado, a Península, por isso fechamos o mar nesta direção e todos os aeroportos próximos. Eles demorariam quase três dias para chegar ao outro lado do país e assim conseguir reforços, mas as estradas estão cheias de ladrões e criminosos foragidos, por isso não sobreviverão muito tempo. Mesmo de carro. – O rei Filip disse. Por favor, que consigam sobreviver. – Sobre a França, os cidadãos começaram hoje uma revolta para colocar abaixo a monarquia, inspirados em seus direitos de liberdade, igualdade e fraternidade. Tomaram o castelo e mataram o rei em sua cama. Não sabemos ainda sobre os príncipes e as princesas, a Rainha da França permanece cativa na Península, com suas duas filhas, entretanto o resto da família já se desloca com forças armadas para conter a revolta.

– Estima-se que Joaquim esteja vivo. – explicou o rei Noah.

– Após tantos anos desaparecido? – a rainha Sophia se pronunciou.

– Joaquim esteve longe, sim. Mas a França é um vasto território para se governas com somente uma mão. O Rei Francisco colocou seu irmão para governar a parte asiática de seu reino, e agora Joaquim retorna para a parte européia, com um exército e toda sua família. Ele provavelmente será nomeado rei regente, enquanto o filho de Francisco não completa a maior idade.

– Mas ele ainda é uma criança. – a Rainha Sophia suspirou. A velha sofria com uma doença incurável que afetava sua memória, porém o príncipe já possuía idade suficiente. O Rei Noah só queria esconder o real fato: O príncipe estava desaparecido. A sala cheia de conselheiros mantinha-se em agitação. As reuniões eram sempre assim. E Thommas odiava-as. Thommas não gostava dos dois reis, Filip e Noah. Filip também não gostava dele, era um homem frio e extremamente rabugento. E desde que fora adotado pelo príncipe Joshua e a princesa Kate, Filip o havia ignorado completamente, como se não existisse. “Pois sou sul-americano. E para ele só existe uma América. A América dele”. Noah simplesmente era um velho que aceitava matar pessoas inocentes e despreparadas, por isso Thommas também não gostava dele.

– O próximo passo é estabelecer a União. – o rei Filip concluiu. – Quando o verdadeiro rei assumir o poder, então conquistaremos o mundo. E enfim... A cura.

– A Praga não possui cura. – interveio Patrick.

– A cura para o nosso orgulho. Nossa honra rasgada e estraçalhada – o rei brandiu, seus cabelos brancos brilhando. E então tossiu, tossiu e tossiu. – Amanhã a Rússia será nossa, agora que o rei partiu, tomar o castelo é questão de minutos. Vida longa ao rei verdadeiro.

“Vida longa ao rei verdadeiro” ecoou pelo salão de reuniões, enquanto os éforos e gerontes deixavam o lugar, e ambos os reis permaneciam. Noah sentou-se e acariciou a mão de sua rainha Sophia, enquanto Filip re-analizava o mapa de guerra. Sua esposa, Mary, não estava na sala, assim como suas filhas Kelly e Kate. O filho de Noah, Jóshua, e sua irmã Sarah permaneciam ao lado dos pais idosos, com Oliver, filho de Sarah e os príncipes Patrick, Willian e Thommas, filhos de Jóshua. A família Arauto e a família Capet uniam-se em laços de matrimônio, com os primogênitos de ambos os reis. E seus netos eram o fruto do governo. Patrick e Willian seriam os próximos reis. Mas Thommas não se encaixava naquele quadro. Ele não era um Arauto, e também não era um Capet. Não tinha o sangue dos reis, não tinha o sangue de Jóshua e Kate. Era um membro encaixado, uma folha dourada, naquela árvore verde.

Mas amava, amava sua família.


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Notas finais do capítulo

Um garoto solitário e melancólico, Thommas tem apenas 14 anos, mas seu discernimento sobre o mundo e sobre a guerra é algo a ser levado em conta. Apaixonado por filmes, quando criança tinha o sonho de gravar algo como o que via na televisão, mas acabou desistindo após trezentas e duas tentativas falhas com seus irmãos mais velhos, Patrick e Willian. Thommas foi adotado com oito anos, veio de uma nação antiga e agora totalmente destruída, que não se encontra nos livros de história. Alguns chamam a terra de Guarani. Thommas possui bondade e altruísmo genuíno. Chora facilmente, embora isso não o torne fraco, mas sim forte. Ele quer que o mundo tenha paz, e que as pessoas não se machuquem mais. Quer que os avós adotivos, rei Filip e Noah, desistam da guerra, embora saiba que seria ridículo pedir isso a eles. Thommas tem poucas memórias boas de sua infância na América do Sul, a maioria vem de passar fome e correr por sua vida, além de tentar não ser contaminado pela Praga. Tinha uma irmã biológica, porém a perdeu alguns meses antes de ser adotado, e agora tem certeza de que ela ou está morta, ou está com Praga, o que significa quase a mesma coisa.
Embora não se sinta um membro da família real, Thommas ama seus irmãos, sua mãe e seu pai, suas tias e seu primo. Ama também as avós e os avôs, mesmo não concordando com a ideologia deles. Thommas é um garoto sonhador e naturalmente silencioso, depressivo e melancólico. Acostume-se a vê-lo de cabeça baixa, apenas divagando em pensamentos, pois ele raramente gosta de conversar.



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