I always loved you escrita por Just for Stana


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

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Ryan ligou para Esposito meia hora depois dizendo que havia seguido Kate até o Central Park. Quase que imediatamente ambos receberam uma mensagem de Beckett dizendo que estava bem, que sentia muito pelo que tinha feito com Lanie e que não sairia dali ate que Jack aparecesse. Também pediu para não ser vigiada, nem seguida, pois ele poderia perceber e não aparecer. Mandou também uma mensagem para Lanie pedindo desculpas e dizendo que a amava muito. Recebeu um “eu te amo” de volta e então encerraram-se as mensagens.

O Central Park estava praticamente vazio. Ainda eram duas da tarde, mas o frio daquele dia ordenava que todos ficassem em casa. A maioria da população obedeceu ao comando exceto aqueles que trabalhavam com serviços de emergência. Policiais, médicos, enfermeiros e Kate eram os únicos que estavam vagando pelas ruas naquele momento.

Beckett andou pelo Central Park ansiosa e ao mesmo tempo perdida. Aquele lugar era imenso e ela ainda não sabia como iria encontrar-se com o homem. Sabia apenas que deveria estar ali, o tempo que fosse preciso. Era realmente a única coisa que ela podia fazer. Caminhou mais alguns passos e encontrou seu banco preferido, e resolveu esperar sentada ali. Acomodou-se um pouco encolhida tentando proteger-se do frio com seu casaco e mantinha seu celular em mãos para o caso de Jack tentar entrar em contato novamente. Pensou em ligar para o celular de Castle, para tentar algum contato, mas quando o fez, viu que estava desligado. Jack havia retirado a bateria do celular não querendo ser incomodado, muito menos rastreado.

Beckett estava andando de um lado para o outro em frente àquele banco do Central Park. Estava cansada, com fome e sede, mas não sairia dali. Em sua ansiedade viu ao longe um carro parado observando-a. Não demorou muito para perceber que eram Ryan e Esposito dando suporte ao que ela estava fazendo. Ela riu dentro de si mesma por ter amigos fiéis como eles, mas também preocupou-se com essa estupidez deles e com a dela mesma.

A noite havia chegado, e a neve havia começado a cair lentamente. As horas avançavam sem misericórdia, e as ruas vazias e o frio congelante faziam o corpo da detetive tremer violentamente. Os meninos ainda a observavam de longe, mas não poderiam arriscar aproximar-se. Um movimento em falso poderia acabar em uma imensa tragédia.

– Eu estou no Central Park, droga! – Beckett gemeu tremendo de frio, medo e raiva. - Apareça!

As lágrimas da detetive finalmente rolavam pelo seu rosto gélido e pálido. A neve tomava conta do ambiente e de seu corpo, e ela tentava aquecer-se da melhor maneira que podia: com as lembranças de Castle. Minutos de luta e lamento se passaram até que Kate adormeceu ali mesmo naquele banco de madeira coberto de neve.

Por volta das duas horas da manhã um clarão rompeu a noite, acompanhado de um barulho ensurdecedor que arrancou Kate de seu cansaço. Atordoada, ela levantou-se rápido e tentou seguir a claridade e o som de um grande incêndio. Beckett sentiu seu coração despedaçar-se e sua alma fugir de si mesma quando olhou na direção de onde seus amigos policiais estavam lhe acompanhando. Ela conseguiu ver o carro deles completamente destroçado devido à explosão da bomba.

Algo indecifrável escapou dos lábios da detetive e seus pés vacilantes tentaram ir em direção àquela dolorosa cena. Apenas alguns passos e ela sentiu-se novamente congelar sendo subitamente surpreendida por uma voz ecoando atrás dela.

– Cansou de me esperar, Nikki?

Os ouvidos de Beckett estremeceram ao ouvir aquela voz. Rápida o tanto que sua experiência permitia, Kate sacou a sua arma e se virou para Jack deixando-o no centro de sua mira. Finalmente estavam frente a frente.

– Onde está Castle? – ela gritou sem cerimônias.

Um sorriso maligno serpenteou pelos lábios de Jack e ele deu passos em direção à Kate. Ele não aparentava ter medo, na verdade ele não sabia o significado dessa palavra. Seu coração não mudou o ritmo nem mesmo quando a arma da detetive foi destravada e ela gritou mais uma vez.

– Afaste-se, ou eu juro que eu atiro em você!

Suas mãos tremiam com a intensidade da fúria em seu corpo e então ela viu Jack indo em sua direção friamente. Inconscientemente Kate deu alguns passos para trás até que seu sapato escorregasse nos pedregulhos que anunciavam o fim da calçada. Seus olhos encararam Jack se aproximar cada vez mais até que seu peito tocasse a arma de Beckett.

– Não, Nikki... Você não vai atirar em mim – ele riu calmamente forçando seu corpo ainda mais contra a arma da policial. – Porque será o mesmo que atirar em seu escritorzinho.

O coração de Beckett parou por alguns segundos lembrando-se do terrível pesadelo da noite anterior: Castle sendo morto pelas suas próprias mãos. Ela não suportaria viver com isso. Kate foi despertada de seu devaneio, ao sentir uma das mãos de Jack segurando a sua arma, apertando-a contra si mesmo. A outra mão envolveu a nuca da detetive trazendo-a praticamente para um beijo, mas ela conseguiu desviar. O rosto dele encontrou os cabelos dela e ele aspirou profundamente o aroma natural da detetive.

O corpo de Kate ficou tenso e ela teve que apertar os olhos quando sentiu sua arma sendo tirada de suas mãos. Nunca ela foi desarmada tão facilmente, na verdade isso ocorreu pouquíssimas vezes, visto que sempre tinha mais destreza e rapidez que seus oponentes. No entanto, ela precisava concentrar-se em Castle, pois qualquer movimento em falso poderia fazer com que ela nunca mais o visse, ou pior. Poderia decretar a morte de Castle e consequentemente, a morte dela mesma. Ele era tudo o que ela tinha.

– Onde ele está? Eu quero vê-lo - ela disse sentindo a respiração de Jack muito próxima.

– Oh... você já vai vê-lo, não se preocupe. Vamos aproveitar um pouco o lugar romântico onde estamos.

– Não, eu não quero assim - ela conseguiu pronunciar enojada da forma como ele a estava tocando. - Quero vê-lo primeiro, depois serei toda sua...

Jack não gostava de ser contrariado, não lidava bem com rejeição. Em uma viagem ao exterior aos treze anos, foi o único sobrevivente de um suposto acidente doméstico em que acabou perdendo seus pais, que deixaram uma fortuna de herança para ele. Fortuna essa que patrocinava sua perversão doentia. Mesmo ouvindo as últimas palavras de Beckett, ele sabia que era mentira. Aquela mulher nunca seria sua, mesmo que a possuísse. Olhava para ela com o ódio vibrando por seus poros, apertando com violência os ombros frágeis de Kate, machucando-a. Deus, ele era um homem realmente forte.

– Tudo bem, eu vou levar você – ele resmungou entre os dentes. – Mas antes...

Jack passeou mais uma vez as mãos pelo corpo tenso de Beckett. Além de aproveitar o momento para atormentá-la com seus toques, o objetivo dele era encontrar a segunda arma dela. Infelizmente, ele conseguiu.

– Hmm... Sabia que você tinha uma arma reserva – ele ofegou vitorioso enquanto Beckett o amaldiçoou mentalmente. – Agora, vamos para o carro, querida.

Jack saiu andando e Beckett deu alguns passos seguindo-o. Subitamente o medo e a lucidez bateram em sua mente. O que diabos ela estava realmente fazendo? Ela entraria no carro com aquele louco, e depois? Como ter certeza de que ele a levaria até Castle? Como saber se não era um novo sequestro no qual ele desaparecia com ela e deixaria Rick morrer lentamente abandonado em algum lugar? Como saber de qualquer coisa afinal?

– Como eu sei que você não está mentindo pra mim? – ela questionou, tentando inutilmente demonstrar algum equilíbrio.

Jack parou, dando voltas em seus pensamentos enquanto sua face se iluminava com um sorriso macabro.

– Você não sabe... – ele começou sem virar para trás. - Mas você quer realmente arriscar? – ele parou esperando uma resposta da mulher atrás dele. - Acho que essa é sua única, sua última alternativa – ele riu, balançando as chaves do carro nas mãos.

Sua trajetória até o carro continuou quando ele ouviu os passos de Beckett demonstrando que mesmo relutante ela havia decidido ir com ele. Kate caminhou pelo Central Park alguns minutos até chegar ao carro de Jack. Ele como um cavalheiro abriu a porta para ela que entrou evitando o contato visual. Ele realmente se sentia triunfante.

O carro movimentou-se e, ao sair do lugar, passaram pelo local onde os meninos lhe davam cobertura. Nenhum movimento, a não ser as chamas altas e escuras que tomavam conta da lataria do carro retorcida. O coração de Beckett se partiu, ela olhou entre lágrimas pela janela do veículo a trágica cena, despedindo-se de seus amigos, seus parceiros. Seus irmãos.


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