I always loved you escrita por Just for Stana


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oieee!!!

Voltei com os capítulos, desculpe não ter postado antes.
Obrigada a Cleo Tavares, a Poi Peterson (Miky) e Houghton Beckett por favoritares.

Então segurem os forninhos, e vamos à sofrencia. rsrsrsrsrsrsr



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Algum tempo depois a ambulância chegou trazendo consigo os paramédicos para socorrer Martha. Logo em seguida a equipe forense também estava ali para coletar os vestígios que todos desejam que não fosse da cena de um crime. Mas a julgar pela quantidade de sangue, Alexis poderia estar gravemente ferida ou até mesmo morta. Kate não sabia o que pensar, nem mesmo por onde começar. Decidiu então acompanhar a mãe de Castle até o hospital, já que Esposito e Ryan ficaram para colher informações e quem sabe conseguir alguma pista que levasse ao paradeiro de Alexis.

O pesadelo estava voltando com todas as suas forças. Não que já tivesse acabado, mas tudo estava na mesma há um mês. Sem pistas, sem ligações, sem esperanças. Agora todos estavam recebendo um recado. Ele estava de volta, sabia onde eles moravam e realmente não estava brincando. Beckett aguardava na sala de espera do hospital alguma notícia. Não existiam palavras para descrever o que ela estava sentindo. Devastação seria uma boa palavra, mas com certeza ainda era um eufemismo.

“É minha culpa, eu não consegui protegê-las.” – ecoava em sua mente. – “Castle nunca vai me perdoar.”

Tudo aconteceu tão rápido que ninguém estava sabendo realmente como agir. Lanie e Montgomery conseguiram chegar até o hospital para acompanhar Beckett. Não falaram nada ao encontrá-la. Não havia nada a ser dito, estavam ali apenas para que ela não se sentisse sozinha, o que era muito pouco provável. O abraço de Lanie veio em boa hora. Eram como irmãs e Kate murmurou baixinho em seu ombro.

– Por que ele está fazendo isso? O que ele quer de mim? – ela chorou. – Tudo isso é minha culpa. Se eu não estivesse lá, se não estivesse lá com elas isso não teria acontecido. Eu deveria protegê-las e...

– Beckett, você sabe que não é assim. – a voz do capitão foi ouvida ao seu lado. - Ele deve ter seguido você, mas ninguém poderia adivinhar. Ele poderia ter levado você, mas decidiu não fazê-lo. Isso faz parte de um jogo, ele está claramente brincando conosco...

Antes que ele terminasse sua explanação, uma enfermeira veio com a notícia de apesar do ataque, Martha passava bem, mas precisaria ficar um tempo em observação. Deus, finalmente algum alívio para esse dia que mal havia começado. Kate foi até a UTI, ver a senhora Rodgers, que ainda estava sobre efeito das medicações.

– Minha filha... – Martha gemeu ao sentir o toque das mãos de Kate. – Meu filho... Minha neta...

– Martha... Estamos fazendo o possível, mas você precisa descansar. – detetive sussurrou tentando controlar sua voz.

– Encontre-os... Por favor... – a mãe de Castle pediu, antes de adormecer outra vez.

Minutos depois Beckett saiu dali e tinha dado apenas alguns passos pelo corredor, quando sentiu seu celular vibrar. Seu coração saltou e suas pernas quase perderam as forças ao ver a origem da chamada: o celular de Castle.

– Castle??? Castle é você??? - ela disse ansiosa em extremo, indo rapidamente ao encontro do Capitão.

Entrou na sala de espera, esbaforida deixando claro tanto para o chefe quanto para a ME que aquela ligação era perturbadora o suficiente para deixá-la em pânico. Do outro lado da linha, ela não ouvia muita coisa, a não ser uma respiração forte e o som de uma pessoa delirando do outro lado. Palavras desconexas em geral, mas ela reconheceria aquela voz em qualquer lugar, especialmente quando ela conseguiu entender o que a pessoa estava pronunciando: seu nome.

– Castle, por favor, fale comigo! Fale comigo! – a detetive não percebeu que estava simplesmente gritando, enquanto as duas outras pessoas naquela sala a olhavam sem poder fazer absolutamente nada.

– Kate... – Castle fazia esforço para sua voz sair. – Kate... Por favor...

– Rick... – ela conseguiu balbuciar antes de sua voz ser afogada em lágrimas.

– Kate... Por favor... Encontre... Alexis...

Meu Deus, Castle sabia! Beckett ainda tinha esperanças de que pudesse poupá-lo de mais esse sofrimento, mas estava claro que o sequestrador utilizaria todos os recursos para torturá-lo.

– Cuide dela para mim... Eu... Eu a-amo você...

Foram as últimas palavras de Castle, antes que sua voz desaparecesse em um gemido profundo e dolorido.

– Castle... – ela gemeu conseguindo sentar-se em algum lugar com a ajuda de seus amigos.

Kate estava assustadoramente abalada. O cansaço, a tortura mental, a saudade de Castle, o sumiço de Alexis, o estado de saúde de Martha e agora, mais essa ligação demonstrando que o escritor estava vivo, mas ela não saberia dizer por quanto tempo, nem onde poderia encontrá-lo. Que sensação esmagadora de impotência!

Apesar do desespero, Beckett permanecia ao telefone na esperança de ouvir mais alguma coisa. Alguma informação, algum som ambiente que desse uma pista, ou simplesmente queria estar de alguma forma perto de Castle especialmente se aquele fosse seus últimos momentos de vida.

– Rick... E-Eu... amo ... você... – a detetive suspirou uma última vez.

Nenhuma resposta.

– Eu estava com saudade de ouvir a sua respiração. - uma voz rouca de desejo quebrou o silêncio segundos depois falando do outro lado da linha.

A detetive estremeceu a ouvir aquela voz pegajosa.

– Quem está falando? – Beckett bradou, as lágrimas dando lugar à fúria.

– Hmm... Eu ainda sinto você em mim... - o homem continuava falando arrastadamente.

– Quem é você? Identifique-se! - ela disse tentando manter o controle da situação.

– Não acredito que você já se esqueceu de mim Nikki... – ele disse entristecido. - Nos divertimos tanto. Não se lembra do que fizemos juntos?... Dos nossos momentos de amor... Juntos...

As suspeitas dela se confirmaram e o pânico calou sua voz por um momento. Ela conseguiu lembrar-se daquela voz em sua consciência.

– Onde você está seu desgraçado? O que você fez com eles dois? – ela gritou, não conseguindo parar de tremer.

– Meu amor, você está muito agressiva hoje... Você também está sentindo minha falta não está?

– Onde eles estão? Me diga o que você quer? – ela gemeu alto, o medo e ódio deixando-a sem controle.

– Calma, meu amor. Você precisa relaxar. Você não quer me ver irritado quer?

Apesar de falar friamente ela sabia que ele estava fora de si. Era o Enfermeiro Jack e ele estava claramente perturbado. Nunca tinha feito tantos contatos em tão pouco tempo. Até então não tinha feito contato nenhum. Isso deixava todos preocupados. Ele estava nervoso, sem controle e poderia ser perigoso ao extremo.

– Não, você está certo... – Kate respondeu, encarando Lanie e o capitão com o olhar aflito. Ela precisava reunir forças de algum lugar para continuar naquela ligação e tentar reunir o máximo de informações.

– Ah, agora sim é a minha doce Nikki. Eu já estava ficando zangado, mas hoje eu estou de bom humor então vou deixar passar. – ele riu sarcasticamente.

– Onde você está agora? Quem está aí com você?

– Você continua ciumenta como sempre não é mesmo? Meu amor eu estou aqui sozinho. Quer dizer, praticamente. Na nossa história só existe nós dois. Só existe eu e você.

– Como está Castle? Onde está Alexis.

– Humn... Você está pedindo duas informações muito preciosas para mim. Mas eu só posso dar uma a você. Então, você escolhe meu amor.

O desespero correu pelo corpo de Beckett e ela tentou não entender o que ele estava querendo dizer a ela. Mas infelizmente, ela e todos estavam nas mãos dele. Ela teria que escolher a quem salvar. Ela se lembrou da conversa anterior com Castle, talvez sua última conversa, talvez seu último pedido. Por mais que isso a partisse pelo meio ela teve que fazer essa terrível escolha.

– A-Alexis... Onde está Alexis?

– Alexis?! – o demônio riu. – Você me surpreende cada vez mais Nikki. Não quer mesmo salvar o seu escritor?

– Onde ela está? – ela apertou os olhos e forçou sua voz.

– Alexis? Ah...le..xiss.. – ele pensou alguns eternos segundos torturando-a. - Ahnn sim aquela menina ruiva, uma bela ruivinha por sinal. Se não fosse meu amor incondicional por você Nikki eu ficaria perdidamente apaixonado por ela. Ela cheira muito bem, não tão bem quanto você, mas tem um sabor de rosas muito bom.

O nojo e o pavor percorreram as entranhas da detetive, mas ela estava de mão atadas.

– Por favor, me diga onde ela está.

– Não sei, deve estar sendo comida pelos vermes agora. Sabe como é carne nobre não é mesmo?

Kate ainda esperava pela informação de onde Alexis estava, quando Ryan e Esposito entraram na sala com a notícia.

– Achamos a filha de Castle! Ela está... viva... – Esposito disse antes de Montgomery fazer sinal para ele.

Beckett ouviu a notícia, mas não sabia a quem dava atenção. Se ao colega com as novidades ou ao seu telefone que poderia trazer algumas informações de Castle.

– Percebo que vocês a encontraram. – ele riu novamente. – Muito fácil na verdade, não foi? Me diga, como ela está Nikki?

– E-Eu... Eu não sei, me diga você.

– Ela está bem, ela deve ficar bem. Cuidei muito bem dela. Eu sou um homem de bom coração, como você pode ver.

Kate não sabia o que fazer. Nunca em todos os seus anos trabalhando na polícia esteve tão perdida. Estava completamente sem noção da realidade ou de como proceder. Deus como ela queria passar por dentro do telefone e salvar Castle e matar aquele cão sarnento com próprias mãos. Uma voz surpreendeu a mente da detetive outra vez.

– Kate... Kate...

– Castle!!! – seu coração saltou.

– Kate... Cuide delas para mim... N-Não venha para cá.

Antes que ela pudesse responder a voz de Castle foi substituída por outra voz. A voz de um monstro.

– Nikki... Estou com saudades... Eu quero ver você... – Jack disse sibilando como uma serpente.

– N-Não... K-Kat... Ugh... – Castle gemeu do outro lado antes de ser interrompido com um soco na boca.

– Shhh não atrapalhe seu maldito! Não vê que eu estou falando ao telefone?! – ele gritou com ódio, desferindo mais alguns socos no rosto do escritor, que apesar de tentar controlar sempre deixava escapar um ou outro suspiro de dor.

– Por favor! Pare com isso! – Kate descompensou do outro lado da linha, deixando que todos ouvissem seus soluços desesperados.
Houve silêncio. Um estranho e mórbido silêncio. Alguns passos, sons de uma torneira ligada e novamente a voz do bandido.

– Pronto, ele não vai mais nos atrapalhar.

– O que você fez com ele!?

– Nada que ele não merecesse por ser tão mal educado. Nem parece que é um escritor. – Jack continuou após lavar as mãos que estavam sujas com o sangue de Castle. – Mas enfim... Ele não vai nos atrapalhar mais. É só um peso morto agora. Ele não aguenta o meu ritmo... – o maníaco parou de resmungar alguns segundos. - Mas você... Você me surpreendeu Nikki, fizemos um belo par e isso me deixou ainda mais enlouquecido.

Kate decidiu fazer uma última pergunta, temendo profundamente a reposta.

– Ele ainda está vivo?

– Ele? Você ainda quer falar sobre ele? – ele disse demonstrando claramente irritação, mas respirando fundo antes de continuar. - Não sei... Isso depende de você... Você quer que ele esteja?

– Sim, por favor... - ela respondeu com sua mão nos lábios abafando um soluço.

–Oh, meu amor então eu vou me certificar disso pra você.

Ela ouviu passos do outro lado da linha e um grito de dor baixo e sufocado foi ouvido. O desespero rolou mais intensamente pelo rosto de Beckett. Ela não sabia o que fazer, não tinha como rastrear a ligação então restava a ela apenas esperar. O psicopata então voltou a conversar com ela.

–Sim minha Nikki, ele ainda está vivo. Não por muito tempo, algumas horas. Ele é fraco, por isso eu preciso de você, você é mais quente, você é mais Heat.

– Onde você está? Eu vou ao seu encontro. – ela disse rápida e ansiosamente, levantando-se.

– Hmm... Essa conversa está começando a me animar de novo. Ficar aqui sozinho com esse tal de Castle já estava perdendo a graça para mim. – ele riu. – Você está se lembrando de nós confesse... Eu também estou com saudades. Não vejo a hora de senti-la novamente em meus braços.

Kate respondia com o silêncio quando a falta de ar travava sua voz. Estava se sentindo completamente inútil.

– Então, vamos nos encontrar. Venha para mim.

– Onde? Quando? Eu irei sozinha.

– Duas perguntas de novo. Só vou responder uma: Central Park. – disse ele e desligou o telefone.


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