I always loved you escrita por Just for Stana


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Segurem os forninhos e até amanhã. :*



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Beckett acordou novamente pela parte da tarde. Ainda se sentia meio zonza pela medicação, mas já conseguia discernir bem as coisas. Percebeu Rick debruçado ao lado de sua cama, dormindo profundamente segurando sua mão. Ele parecia abatido e, mesmo em repouso, a expressão de preocupação não deixava sua face. Kate moveu sua mão e acariciou o rosto do escritor por alguns segundos, sorrindo enquanto uma pequena reação percorria a face de Rick.

– Kate! – ele meio que gritou ansioso, olhando ao redor.

– Meu Deus, Rick, você quer finalmente me matar do coração? – ela respondeu baixo, em tom de brincadeira, mas não deixando de se assustar momentaneamente.

Ele olhou para ela e então conseguiu processar a imagem. Sua musa estava bem, ainda um pouco abatida, mas incrivelmente linda e com um sorriso pequeno, mas que era capaz de dissipar qualquer tempestade. Castle segurou as mãos dela e as beijou, não conseguindo impedir que o choro da sua alma finalmente saísse, volumosamente.

– Eu sinto muito Kate... Eu não pude proteger você... – ele dizia com sua voz falhando.

– Rick, por favor, pare com isso – ela o repreendia.

– Eu quase perdi você de novo... de novo Kate... eu não posso me perdoar... – ele desesperava-se.

Beckett passou os dedos pelo rosto de Rick, tentando fazer com que ele olhasse para ela.

– Hey. Está tudo bem, eu estou bem, me sinto bem... O pior já deve ter passado.

– Como você pode saber? – ele disse respirando.

– Bom, você sabe... Como você pode ver, eu não morri – ela riu.

– Por Deus, Beckett, não brinque com uma coisa dessas – ele reclamou.

– Ok! Vejo que deixei você realmente zangado. Você está me chamando de Beckett? Castle? – ela interrogou com o olhar magoado.

Castle inclinou-se na direção dela e a beijou. Um beijo simples, porém demorado até que o alívio alcançasse um bom nível em sua consciência. O pior realmente já havia passado. Separaram-se e ele a acomodou melhor na cama, organizando seu travesseiro para maior conforto. Seu quadro ainda era instável, ela precisava descansar.

– Está melhor assim? – Rick perguntou.

– Sim, está ótimo – Kate agradeceu. – Rick... Conte-me tudo.

– Estava demorando você perguntar.

– Eu estava esperando você me dizer.

– Você precisa descansar.

– Se eu só ouvir, não vou me esforçar.

– Então pare de falar.

– Então pare de argumentar e me diga logo de uma vez...

– Isso é uma briga?

– Não... É só um pedido – ela finalmente suspirou, fechando os olhos.

Rick se arrependeu do tom de voz utilizado. Não estava sendo nada fácil para ele. Estava cansado, irritado com toda a situação e principalmente consigo mesmo, preocupado e faminto. Mas isso não era motivo para tratá-la asperamente. Nada, nunca seria motivo.

– Me perdoe, Kate. Eu fui grosseiro. Sinto muito. – Ele deu um beijo em sua testa. – Você ainda pode me ouvir?

Ela acenou com a cabeça e então ele começou. Detalhe por detalhe foi narrado, até que o nome Nikki Heat fosse mencionado. Então Beckett riu e quebrou o seu silêncio, com seus olhos ainda lacrados.

– Nikki... Heat... – ela disse em voz baixa. – Minha vida nunca mais foi a mesma depois desse nome...

Rick suspirou pesadamente, analisando o que havia acabado de ouvir.

– Eu sinto muito, Kate. Eu não fazia ideia de que isso iria trazer tantos problemas pra você. Logo pra você. Eu me arrependo tanto...

– Você se arrepende de ter escrito sobre mim, Rick?

– Não, nunca... Eu só quis... Você é...

– Extraordinária? – ela abriu os olhos verdes brilhando na direção dele.

– Você é a minha obra de arte favorita. Sim, você é extraordinária.

Olharam-se durante alguns minutos. Ambos desejavam que tudo fosse diferente. Se nada disso tivesse acontecido. Se nunca tivesse surgido um louco para ameaçá-los, ou nunca tivessem colocado o orgulho em primeiro lugar. Se tivessem colocado seus sentimentos como prioridade, talvez, pudesse ter acontecido de outra forma.

– Eu amo você, Kate. Mais do que minha própria vida – ele disse ainda meio temeroso.

– Eu também amo você – Beckett respondeu passeando suas mãos pelo rosto masculino, afagando seus cabelos, beijando-o levemente. Um beijo cuidadoso, amoroso, sincero.

– Vejo que o universo finalmente conseguiu vencer vocês dois – disse Martha alegremente.

Castle e Beckett sorriram de volta para as duas mulheres que adentravam o quarto.

– Eu fico muito feliz que você esteja melhor, detetive Beckett – Alexis falou entregando-lhe um lindo buque de flores.

– Então? Os dois pombinhos querem nos contar os detalhes das novidades que acabamos de presenciar? – Martha disse num tom sugestivamente divertido.

– Vovó... por favor deixe os dois – Alexis disse percebendo o constrangimento de Kate.

– Então – Castle resolveu falar, fazendo sinal pra Beckett. – Nós íamos contar pra vocês, ontem, no jantar, mas... aconteceu que...

– Oh queridos. Está tudo bem - disse Martha abraçando os três. - Estamos muito felizes por vocês. E assim que você sair, vamos fazer um jantar especial em sua homenagem!

Os três se entreolharam com uma expressão de desespero, mas Martha estava tão empolgada em seus devaneios e projetos que não percebeu.

Enquanto isso, Ryan e Esposito voltavam da busca na casa do enfermeiro com as mãos vazias. Seu rastro havia desaparecido como poeira. Aparentemente ele limpou tudo e saiu da cidade. Infelizmente, estavam voltando à estaca zero nesse maldito caso. Beckett precisaria passar por alguns dias internada até completa desintoxicação. Castle estava sempre por perto, mas agora ajudava Ryan e Esposito a tentarem encontrar o rastro daquele que ameaçava a sua família. Dessa vez, Martha se ofereceu para ficar como acompanhante durante o dia.

Alexis ia sempre da escola direto pro hospital, querendo também demonstrar seu apoio. Ela e sua avó divertiam Kate com suas histórias e sempre esperavam Rick chegar antes de irem embora, assim podiam passar algum tempo em família. Esse era o momento preferido do dia para Castle. Encontrar suas três amadas mulheres, e partilhar momentos insubstituíveis ao lado delas.

Uma semana já havia se passado e o cansaço torturava incrivelmente a todos. O caso ainda sem solução, a situação de Kate ainda no hospital, o maníaco a solta. Todos sabiam que a segurança só seria completa depois que o pegassem, fazendo-o apodrecer na prisão. Já estava anoitecendo e depois de mais um dia de esforços inúteis no precinto Castle decidiu ir embora. Passou em casa rapidamente, para trocar de roupa e fazer um pequeno lanche. Ligou para saber como Kate estava e era sempre maravilhosamente reconfortante ouvir a sua bela voz. Na verdade, era única coisa que conseguia fazê-lo respirar mais aliviado.

Ele organizou suas coisas, fechou o apartamento e saiu. Estava tenso, seu peito com um peso diferente, um semblante caído por dor e preocupação. Resolveu então fazer o caminho até o hospital andando para esclarecer as ideias. Não queria deixar as mulheres preocupadas, mas em sua mente não se conformava. Simplesmente não se conformava.

Martha e Alexis aguardavam Castle para irem para casa. Beckett já havia sido medicada e Alexis dormia encolhida na cadeira que havia no quarto. Martha tentava não transparecer para Kate seu nervosismo.

– Ele está demorando mais que os outros dias – a detetive falou sob o efeito do remédio.

– Não se preocupe, querida, ele já vai chegar. Deve estar preso em algum engarrafamento. Às vezes o trânsito dessa cidade fica louco de uma hora para outra, você sabe como é. Ele sempre vem e amanhã você vai poder voltar pra nossa casa com a gente – Martha disse tentando sorrir, enquanto a detetive adormeceu.

Castle se aproximava das imediações do hospital ainda perdido em seus pensamentos. Estava se sentindo derrotado, vazio, louco. Tentava se livrar das lágrimas de raiva, angústia e medo que o acompanharam durante todo o caminho. Kate precisava dele bem e ele sempre daria o seu melhor para ela. Na verdade, ele daria tudo para ela. Antes que dobrasse a esquina para a rua do hospital o escritor sentiu uma picada no pescoço. Rick cambaleou alguns passos, deu um suspiro e apagou.


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