Nothing Is How Looks Like escrita por BabyMurphy


Capítulo 21
Tudo isso.


Notas iniciais do capítulo

Milagres, eles são reais.



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21

Em uma semana Blaine estaria em frente à uma corte, um juiz estaria lhe encarando, querendo saber o motivo que o tinha levado até lá. Jude estaria interpretando o papel de avó caridosa, e James provavelmente estaria em prantos em alguns dos cantos, quando o juiz decidice que ele deve ir com a família.

Blaine também estaria em um canto.

As coisas não estavam fáceis, na verdade, elas estavam ficando cada vez mais difíceis. Com toda a história de Kurt e sua doença, Blaine acabou perdendo o prazo para seu novo trabalho, e foi substituído por um canadense, uma pena, não? Porém ele achou que as coisas não poderiam piorar, mas então os Hummels chegaram à Nova York.

– Kurt, ma belle, senti tanto a sua falta. – Elizabeth disse com a voz manhosa, enquanto abraçava seu único filho.

– Aí está o meu menino. – Burt, o pai de Kurt, ficou ao lado e abraçou mãe e filho juntos.

Os demais assistiam a cena, Rachel ficou um pouco emocionada, e encarava tudo com extrema atenção. Ela havia conseguido um novo papel, e precisava capturar toda a emoção em sua vida, para usar naquela grande cena de drama.

– Você deve ser o Blaine, namorado de Kurt. – Burt se aproximou de Blaine, esticando uma de suas mãos.

– Sim, um prazer conhecer você. – O moreno sorriu. – Elizabeth, uma honra. – Ele sorriu para a mulher também.

– Ele é un beau jeune homme. – A mulher sorriu para Blaine.

Logo após os pais de Kurt conheceram Rachel, afinal, depois que Kurt se mudou para os Estados Unidos, os pais nunca vieram visitar, pois achavam que aqui era a terra dos desafortunados e dos medíocres. Kurt precisou de muito trabalho para convencer seus pais.

– Então, que tal jantarmos juntos hoje? – Elizabeth sugeriu olhando para Kurt e Blaine.

– Seria agradável, mãe, se eu não estivesse em uma dieta especial, pois dependendo da comida, eu coloco tudo para fora. – Kurt sorriu irônico.

– Estou vendo que este lugar não tirou a ironica de você, querido. – Sua mãe lançou à ele o mesmo sorriso.

Blaine parou ao lado de Kurt, pois ele estava ficando pálido novamente, o moreno sabia que quando isso acontecia, Kurt poderia desmaiar, ou simplesmente ficar tão fraco que não conseguiria se manter de pé.

– Blaine? – Chamou Kurt.

– Sim, querido. – Blaine virou para ele, olhando em seus olhos, agora sem brilho.

– Mesmo comigo neste estado, suas pupilas se mantém dilatadas quando olha para mim. – Kurt sorriu.

– Isso é porque estou apaixonado por você, e sempre estarei. – Blaine abraçou Kurt pela cintura, aproximando seus rostos.

– Com toda essa situação, nós não ficamos muito tempos juntos, assim, abraçados. – Kurt colou seu rosto no de Blaine, sua boca no nível da orelha de Blaine. – Não queria estragar este nosso momentos, mas minha cabeça está girando, você poderia me levar ao hospit...

O castanho não conseguiu terminar sua sentença, pois ele desmaiou nos ombros de Blaine. O moreno o pegou no colo e logo gritou para os outros que Kurt precisava ir ao hospital, os pais do castanho começaram a correr e em quinze minutos eles estavam lá, dando entrada na estadia de Kurt.

B

Depois de duas horas, os médicos voltaram para falar com os familiares e amigos de Kurt, informando que ele permaneceria internado, pois seu estado era instável e eles não podiam permitir que ele fosse para casa desta maneira. Todos estavam permitidos a visitá-lo, até mesmo James.

– Este menino é seu filho, Blaine? – Burt perguntou ao moreno, que na pressa do momento nem pensou em sua resposta.

– Sim. – Ele correu até o quarto de Kurt, e nem percebeu um pequeno James sorrindo ao seu lado.

Não havia como descrever o estado de Kurt sem sentir um aperto no peito. Seu rosto estava sem cor, seus olhos sem brilho e seu cabelo opaco. Por que chamam de remédios se deixa as pessoas deste jeito?

– Kurt, como você está se sentindo? – Blaine pagou sua mão.

– Confuso. – Kurt franziu o cenho. – Esse negócio de memória é uma droga, esqueci sobre o meu médico, todas as dicas que ele havia dado sobre os remédios. – Ele fechou os olhos. – E minha cabeça está doendo cada vez mais, eu quase não consigo pensar.

– Não há analgésicos nos Estados Unidos? – Elizabeth disse para a enfermeira, que acenou um sim com a cabeça. – Então dê à ele, sua estúpida.

A enfermeira saiu do quarto, um pouco chocada, para buscar os remédios para Kurt.

– Agora eu sei de onde vem o seu lado doce. – Blaine sorriu para o namorado.

– Desculpe você ter que conhecê-los desse jeito, era para ter um jantar legal, vocês conversarem. – Kurt suspirou. – Meu pai iria adorar falar sobre futebol com você, e minha mãe iria adorar falar sobre música, e enquanto vocês falavam, eu iria na avenida tentar achar um carro rápido...

– Sabe que não tem mais graça as piadas com o carro te atropelando, pois olhe onde estamos. – Blaine olhou sério. – Desculpe, eu não consigo parar de pensar naquele dia, em que nos conhecemos e que eu podia ter te arrastado ao hospital e ter evitado tudo isso.

– “Tudo isso” que você iria evitar, seria o nosso relacionamento, pois não iríamos iniciar nossa tradição de tomar café juntos todos os dias, e não iriamos nos apaixonar. Você realmente acha que os médicos iriam achar imediatamente uma lesão no meu cérebro que era menor que uma semente de feijão? Claro que não.

– Mas minha consiência estaria mais leve. – Blaine apertou a mão do namorado. – Eu podia ter evitado toda essa situação, você está esquecendo de tudo.

– Não me importo com o tudo, eu só não quero me esquecer de você! – Kurt sorriu.

B

Logo que a enfermeira voltou com os remédios, Kurt apagou e dormiu por horas. Durante este tempo, Blaine resolveu conhecer os pais do castanho. Ele descobriu que a mãe de Kurt realmente gostava de música, e ela ficou emprecionada com os trabalhos de Blaine. Ele também pode explicar para Burt toda a sua situação com James.

– Ele não é meu filho de verdade, estou com a guarda provisória dele, mas eu sinto como se fosse. – Blaine sorriu torto, James estava em seu colo. – Apesar de ser um pouco travesso e muito honesto, não quero perder esse carinha.

– E apesar de ser um péssimo cozinheiro, e de não ter me colocado em uma escola ainda, eu amo esse cara. – James gargalhou.

– Isso é verdade, eu não te coloquei em uma escola. Com toda a bagunça que está acontecendo, acabei me esquecendo que crianças de cinco anos já frequentam a escola. Amanhã irei tomar conta disso. – Blaine falou sério.

– Por que eu fui falar? – James disse com um olhar triste. – Kurt vai ficar bem, não vai? – Ele olhou para Blaine, que lhe deu um sorriso.

– É claro que ele vai.

– Familiares do Sr. Hummel? Ele está acordado. – Anunciou a enfermeira.

Todos levantaram e foram até o quarto do castanho, seus pais entraram primeiro, sorriram ao ver o filho. O sono de horas havia feito muito bem a ele, a cor estava de volta em seu rosto, os olhos estavam azuis da cor do mar. Rachel parou ao seu lado e o abraçou sem jeito, ele sorriu para ela, e então seu olhar parou em mim. Blaine caminhou em sua direção, sorrindo.

– Você está muito melhor do que antes, acho que as pessoas estão certas quando dizem que um bom sono faz milagres. – Blaine riu, Kurt esboçou um sorriso. – Como você está se sentindo agora?

– Bem, só estou com uma dor de cabeça fraca, pois estou tentando me lembrar quem é você, seu rosto me é familiar, mas, eu não faço ideia de quem você seja. – Kurt disse com o sorriso sem graça em seu rosto.

Enquanto Blaine olhava o brilho nos olhos de Kurt, ele perdia o brilho dos seus. Seu maior pesadelo era, agora, real.


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Notas finais do capítulo

Sabe, eu amo viver!

Vejo vocês no próximo.



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