Nothing Is How Looks Like escrita por BabyMurphy


Capítulo 20
Processo.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo: não me matem, ok?

Não vou dar nenhuma desculpa dessa vez, porque eu não escrevi devido a preguiça e falta de vontade. :(

Espero que gostem.



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20

A memória é algo extremamete frágil, é fácil perdê-la e é difícil encontrá-la. Todos já sofreram com o esquecimento, seja de uma matéria na escola ou de algum conhecido distante. Isso ocorre porque parte da memória se deve a atenção que damos a certas coisas. Por exemplo, se você estiver atento a aula, a matéria irá entrar em sua mente, e ficará lá para sempre.

Além da atenção, a repetição é algo que sempre faz com que a sua memória fortaleça. Ter sempre a mesma rotina faz com que você memorize todos os acontecimentos do seu dia, e raramente irá esquecer de levar algo consigo, a não ser que algo fora da rotina aconteça, então você irá esquecer.

Você sabia que a primeira coisa que esquecemos quando algum ente querido morre é a sua voz? O motivo? Nós podemos repetir inúmeras vezes as lembranças em nossas mentes, mas não podemos repetir o tom de voz daquela pessoa. E para Kurt, esquecer a voz de Blaine era o que ele mais temia, sua sorte é que ele podia ouvir inúmeras vezes o CD que o moreno havia feito para ele.

– Então, Blaine, o que o médico disse? – Wes parou ao lado do moreno, que observava enquanto Kurt tomava soro.

O castanho estava cada vez mais enjoado, e estava ficando fraco. Basicamente todos os dias ele tinha que passar uma, ou duas horas, no hospital, tomando soro e analgésicos, para sua dor de cabeça constante. Blaine não sabia mais o que fazer, ver Kurt naquele estado o estava matando.

– Era o que os médicos suspeitavam. Kurt está com perda de memória recente. Ele vai começar a esquecer das coisas que aconteceram há poucos dias, ou semanas, que não se mantiveram frequentes em sua vida. Mas, se piorar, ele pode vir a esquecer de acontecimentos de meses atrás. – O moreno suspirou.

– Isso quer dizer que ele pode esquecer de você? – Wes observou o amigo.

– Exatamente! – Blaine tinha o olhar triste. – Por isso estou me fazendo presente o tempo inteiro, assim ele sempre vai se lembrar de mim. – Ele encarou Wes. – Hoje pela manhã ele perguntou quem era o cara moreno que estava ao meu lado.

– O cara moreno sou eu? – Wes arqueou uma sobrancelha.

– Sim. – Blaine suspirou novamente. – Vocês se falaram apenas uma vez, depois estavam nos mesmos lugares, mas não tiveram uma conversa concreta. Agora você é um borrão na mente dele.

– O namorado do meu melhor amigo não sabe quem eu sou, que maravilha. – Wes soou irônico.

O olhar de Blaine se mantinha sobre Kurt, que estava acompanhado de Rachel.

– Rachel, você acha que essa coisa é muito séria? Blaine parece preocupado o tempo inteiro. – Kurt olhou discretamente para o moreno.

– Claro que ele está preocupado o tempo inteiro, ele está apaixonado por você! Que pessoa gostaria de ver seu amor com uma doença? – Rachel sentou ao lado do amigo. – Kurt, isso não é muito sério, mas vamos precisar da sua colaboração. Agora, mais do que nunca, você não pode ficar trancado naquele apartamento, se não, tudo o que vai se lembrar é da cor do nosso sofá!

– Aquele marrom horrível, não sei porque deixei você escolher. – Ele sorriu. – Eu quero ficar com Blaine do meu lado sempre, a qualquer minuto, principalmente agora.

B

Com o passar dos dias, as perguntas de Kurt se tornavam mais frequentes “Qual o nome da nossa rua?” “Como eu faço esse trabalho?” “Quem é a criança?”. Rachel e Blaine as respondiam, até mesmo James estava mais presente, mais comunicativo, após Kurt não se lembrar dele. A atençãod e todos estava sobre o castanho.

– Kurt, sua mãe no telefone. – Rachel alcançou o aparelho a ele.

Oi, mamãe. – Sua voz saiu como um sussuro, devido aos medicamentos e o soro constante, Kurt estava ficando cada vez mais fraco. – Eu estou bem, não é nada sério. Por quê você quer me arranjar um encontro com um homem? Eu contei? Meu deus. Não, eu não quero um encontro. Porque eu já tenho um namorado, mamãe. Esqueci de lhe contar, me desculpe, as coisas estão meio bagunçadas por aqui. Sim, mamãe, pode contar ao papai. Vocês o quê? Não, não precisa. Mamãe. Se não há nada que posso fazer. Tudo bem. Tchau. Também te amo.

– Está tudo bem? – Blaine sentou ao seu lado.

– Sim, eu só me esqueci que havia me assumido para a minha mãe, e com isso não contei sobre você. – Os dois se encararam.

– Tudo bem, querido. – Blaine abraçou Kurt.

– Não só sobre isso, mamãe disse que está muito preocupada com a minha situação, pois uma jovem moça chamada Rachel ligou para eles mais cedo e contou sobre as sequelas do meu acidente, e de como eu estou esquecendo das coisas e agora eles estão preocupados que eu vá me esquecer deles.

– Desculpe, Kurt, mas...

– Rachel, eu jamais iria esquecer dos meus pais. A perda é da memória recente, até onde eu sei, meus pais sempre estiveram comigo. – O castanho encarou a menina.

– Mantê-los informados não faz mau nenhum. – A garota o encarou, os braços cruzados acima do peito.

– Faz sim, quando eles decidem se mudar para NYC. – Kurt leventou, porém o movimento foi muito rápido e ele acabou ficando tonto. Blaine o segurou. – Tudo o que eu não precisava era dos meus pais aqui.

– Kurt, não diga isso. – James se aproximou do castanho. – Aposto que eles irão te ajudar, bastante.

B

Blaine estava fazendo todo o esforço do mundo para não enlouquecer. Ele não havia contado a mais ninguém sobre o envelope pardo que havia chegado em seu apartamento uns três dias atrás, enderaçado a ele, com o carimbo da Corte Judicial do Estado de Nova York.

Jude havia entrado com um processo sobre Blaine, declarando que ele havia sequestado James e não queria entregá-lo a verdadeira guardiã.

No mesmo instante o moreno ligou para o advogado da família, onde ele respondeu a petição de Jude, e uma audiência foi marcada. Ele pretendia falar com James e explicar a situação, ele devia explicar ao menino que se o Juiz decidisse que ele deveria ir com a avó, não tinha nada o que Blaine poderia fazer.

– James, o jantar está bom? – Os dois estavam sentados à mesa.

– Sim, porque não foi você que cozinhou. – O menino sorriu.

– Engraçadinho. – O moreno riu. – James, eu preciso te contar uma coisa. Sua avó, Jude, entrou com um processo para levar você com ela, afinal, ela é a sua família.

– Eu não quero ir com ela. – O menino disse sério.

– Por quê? Geralmente as crianças amam suas avós. – Blaine estava tentando entender a situação.

– Geralmente as avós estão presentes quando suas filhas sofrem um acidente que as leva a morte, não é? – Lágrimas brotaram nos olhos de James. – Eu posso ter cinco anos, Blaine, mas eu entendo as coisas. E eu entendi todas as vezes que minha mãe reclamava sobre a mãe dela. De como Jude a tratava quando era criança, de como Jude a negou quando ficou grávida de mim. Ela nunca foi presente na minha infância, aquele dia no seu apartamento, foi a segunda, ou terceira vez, que eu vi ela na minha vida. Você é mais família para mim do que ela.

– Então eu acho que vou precisar de um advogado melhor para me ajudar a ter a sua guarda. – Blaine levantou e abraçou o menino, que esboçou um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Mereço continuar viva?

Sei que o capítulo foi meio fraco, mas não queria antecipar o drama. Mas se preparem, pois a parte boa está vindo de avião, direto de Paris.

PS: Não sei muito sobre processos, então não vou entrar em detalhes. E me perdoem se cometer um erro.

xoxo'



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